segunda-feira, 31 de maio de 2010

Frente fria chega ao Estado nesta segunda-feira (31)

Uma frente fria vinda do Sul do Brasil chega ao Espírito Santo nesta segunda-feira (31), e deve mudar as condições do tempo no Estado até o final da semana, com queda nas temperaturas e chuvas isoladas em todo território capixaba. Essa é a previsão do Centro de Meteorologia do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag).

A partir da tarde desta segunda-feira (31), há previsão de chuvas apenas na Região Sul do Estado e as temperaturas variam entre 13°C e 27°C na Região Serrana e entre 14°C e 31°C nas demais regiões. Já nesta terça-feira (01), há previsão de chuvas fracas de forma isolada nas regiões Nordeste, Noroeste e parte das regiões Serrana e Grande Vitória no decorrer do dia.

Na madrugada desta terça-feira (01), as temperaturas sofrerão forte queda e devem variar entre 9°C e 19°C na Região Serrana e entre 12°C e 26°C nas demais regiões. Há também condições favoráveis para a formação de nevoeiro na região Serrana entre a madrugada e o final da manhã.

De acordo com o meteorologista do Incaper, Hugo Ramos, a frente fria irá atingir toda a região Sudeste do Brasil nesta semana. O fenômeno já é característica da chegada do inverno, que tem início no dia 21 de junho. Apesar da instabilidade, não há previsão de chuvas com forte intensidade. Os ventos irão contribuir para a sensação térmica mais fria.

Na quarta-feira (02), o tempo segue instável, com previsão de chuvas em todas as regiões do Estado durante o dia. As temperaturas continuam em declínio e devem variar entre 8°C e 17°C na Região Serrana e entre 11°C e 25°C nas demais regiões.

Na quinta (03) e sexta-feira (04), a previsão é de chuvas isoladas em todas as regiões do Espírito Santo e as temperaturas seguem amenas.
Fonte: Incaper

Crédito para custeio e colheita de café do Funcafé serão unificadas

A partir de abril do próximo ano, as operações de crédito destinadas a custeio e colheita de café com recursos do Funcafé serão unificadas. A decisão foi tomada pelos componentes do Conselho Monetário Nacional (CMN). "A partir de 2011, vamos acabar com os dois créditos que têm café, o de custeio e o de colheita", disse o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt.

Indagado por jornalistas sobre o motivo que teria levado à decisão de união, o secretário respondeu com outra pergunta: "Por que dois?". Ele garantiu que o produtor não sairá perdendo com a concentração. "É para simplificar", resumiu, informando que esta é uma demanda do setor e argumentando que as despesas referentes à colheita também compõem o item custeio. Bittencourt disse que a data foi escolhida para não atrapalhar o andamento das tomadas de crédito deste ano.
Fonte: Campo Vivo

Cresce consumo de café no Brasil

Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o consumo interno brasileiro de café continua crescendo. Entre novembro de 2008 e outubro de 2009, a ABIC registrou consumo de 18,39 milhões de sacas, que representa um acréscimo de 4,15% em relação às 17,65 milhões de sacas no período anterior correspondente. Isso significa que o país ampliou seu consumo interno de café em 740 mil sacas nos 12 meses considerados. Ainda de acordo com dados da ABIC, há expectativa de aumento em 5% para 2010, chegando ao valor de 19,31 milhões. O consumo per capita, entre novembro de 2008 e outubro de 2009, foi de 4,65 kg de café torrado, quase 78 litros para cada brasileiro por ano, registrando uma evolução de 3% em relação ao período anterior.

O diretor executivo da ABIC, Nathan Herszkowicz, destaca que a norma foi construída durante três anos, em parceria entre técnicos do governo e representantes do setor privado. "Com base no Programa de Qualidade do Café (PQC) da ABIC, provadores especializados no produtoexperimentaram e atribuíram uma nota de qualidade de 0 a 10 pontos para cada café. Na instrução assinada na última semana, ficou definido que o café que não apresentar nível mínimo de qualidade sensorial igual ou superior a 4 pontos terá sua comercialização proibida pelo Ministério da Agricultura", revela Herskowicz.

As novas regras de qualidade entram em vigor em fevereiro de 2011. O prazo de nove meses servirá para que os torrefadores de todo o país se adaptem à novidade e os técnicos do Ministério da Agricultura (Mapa) se preparem para a fiscalização do produto. Equipes coletarão amostras de diversas marcas presentes no comércio varejista ou na indústria para análise de impurezas em laboratório oficial ou credenciado. Haverá, ainda, a prova da xícara, feita a partir da degustação da bebida.

O secretário de produção e agroenergia do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Manoel Bertone, explicou que as empresas que não atenderem os critérios impostos poderão sofrer punições. "Serão inibidas as marcasque não respeitam o consumidor e concorrem de forma desleal com a indústria de torrefação brasileira, com misturas impróprias. Permanecerão aqueles torrefadores que cumprem as regras, têm produto honesto e alcançarão esse nível de qualidade sem grande dificuldade", diz.
Fonte: Revista Cafeicultura

Indústria do café prevê que Brasil seja o maior consumidor de café do mundo em 2012

Primeiro produtor e segundo consumidor mundial de café, o Brasil tem em seu mercado interno um grande estímulo: a bebida é consumida diariamente por mais de 97% dos cidadãos acima dos 15 anos, segundo pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Em 2009, foram industrializados 18,39 milhões de sacas de café, 4,15% a mais do que no ano anterior (17,65 milhões de sacas).

A previsão do setor para este ano é que o consumo interno cresça 5% e passe para 19,31 milhões de sacas.

O país está atrás apenas dos Estados Unidos, já que os americanos consomem entre 20 e 21 milhões de sacas/ano. Mas, o consumo interno brasileiro é o que mais cresce, com taxas médias de 4% a 5% ao ano. A meta nacional é chegar a 2012 com um consumo interno de 21 milhões de sacas, fazendo assim do Brasil o maior consumidor mundial, informa a Abic.

“Isso é resultado da melhoria da qualidade que vem sendo ofertada ao consumidor e das campanhas de esclarecimento dos benefícios do café para a saúde humana, feitas tanto junto aos consumidores quanto à classe médica e profissionais da saúde”, disse a Abic por meio de sua assessoria.

Nenhum outro país produz e exporta mais café que o Brasil e, como aponta a pesquisa da Abic, desde 2002 o país produz principalmente em grão torrado ou torrado e moído para vender aos Estados Unidos. Porém, novos mercados estão sendo abertos com a promoção comercial, como Japão, Coréia do Sul, Argentina, Chile e países do leste europeu. Os estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Paraná, Bahia e Rondônia são os maiores produtores.

A produção de café tem como característica a bienalidade, ou seja, um ano de grande safra seguido de um ano de safra menor.

Em 2010, de acordo com a segunda estimativa divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em maio, o Brasil irá colher 47,04 milhões de sacas de 60 quilos.

Esse resultado representa um acréscimo de 19,2% (ou de 7,5 milhões de sacas) quando comparado à produção da safra 2009 (39,47 milhões de sacas). Isso porque 2010 é um ano de “bienalidade positiva”.

A pesquisa aponta que o consumo per capita em 2009 foi de 5,81 kg de café em grão cru ou 4,65 kg de café torrado: o brasileiro bebeu quase 78 litros de cafezinho em um ano, uma alta de 3% em relação a 2008. Os brasileiros estão consumindo mais xícaras e diversificando o uso da bebida durante o dia, como expressos, cappuccinos e outras combinações com leite. O consumo per capita brasileiro é próximo ao alemão, de 5,86 kg/habitantes ao ano, e já supera os índices da Itália e da França, que são grandes consumidores de café.

Em relação às principais mudanças no mercado de café, a Abic acredita que os consumidores estão em busca de praticidade e de produtos inovadores.

Vem crescendo muito o mercado de monodoses, que são as doses únicas, seja em sachê ou em cápsulas. Cafeterias também passam a oferecer ambientes que representam a continuidade dos lares dos consumidores. Para a entidade, o café está conquistando um público que também busca momentos prazerosos, como o preparo de expresso em casa ou no trabalho.
Fonte: JB Online

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Colheita do café no Sul de Minas é irregular e não chega a 10%

A colheita de café da safra 2010 na região de atuação da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), que atua no sul e cerrado de Minas Gerais e em parte de São Paulo, está muito irregular, com muitos grãos verdes sendo colhidos junto com os grãos cereja.

Segundo o gerente de desenvolvimento técnico da Cooxupé, Joaquim Goulart, nas regiões de maior altitude do sul mineiro, a colheita começou e em muitas áreas teve de parar tamanha a incidência de grãos verdes. Isso ocorre devido ao número excessivo, e o longo período, de floradas no segundo semestre do ano passado.

"A qualidade do cereja é boa, mas vamos ter muitos grãos verdes do começo ao fim da colheita", disse Joaquim Goulart à Agência SAFRAS. Observa que normalmente a catação é de 15% na média, e este ano passará de 20%, sendo que no momento ela passa de 30%, com muitos grãos verdes.

Os trabalhos estão andando melhor nas áreas de menor altitude, próximas à Represa de Furnas, como Altinópolis, Alfenas e Campos Gerais. No geral, Goulart acredita que, no sul de Minas Gerais e na parte de São Paulo em que atua a Cooxupé, a colheita não chega a 10%. Já no cerrado mineiro, a colheita está mais avançada, em torno de 15%/20%.

Goulart indica que o alto índice de grãos verdes deve afetar o rendimento no beneficiamento do café e o número final da safra nas regiões de atuação da Cooxupé. Destaca que especialmente em São Paulo se esperavam grãos de peneiras mais altas, e estão vindo mais baixas.
Fonte: Revista Cafeicultura

Chuvas permanecem no Estado até sábado (29)

Nesta sexta-feira (28), há previsão de chuvas isoladas nas regiões Nordeste, Sul, Grande Vitória e parte da região Serrana do Estado no decorrer do dia.

Tempo instável, com previsão de pancadas de chuvas em algumas regiões do Estado, segue até o próximo sábado (29). Essa são as informações do Centro de Meteorologia do Instuto Capixaba de Pesquisa Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), que alerta ainda para a formação de nevoeiros na Região Serrana entre a madrugada e o início da manhã desta sexta-feira (28).

A previsão para esta quinta-feira (27), é de chuvas isoladas nas regiões Sul, Serrana e Grande Vitória e por todo o litoral Norte no decorrer do dia. As temperaturas variam entre 11°C e 22°C na Região Serrana e entre 15°C e 28°C nas demais regiões.

Na sexta-feira (28), o tempo varia entre nublado a parcialmente nublado, com previsão de chuvas isoladas no litoral norte. Nas demais regiões, o sol aparece entre nuvens e não há previsão de chuvas. As temperaturas variam entre 11°C e 23°C na Região Serrana e entre 15°C e 28°C nas demais regiões.

“Ventos úmidos vindos do oceano favorecem o aumento da nebulosidade, o que causa a instabilidade do clima, principalmente no litoral, onde há previsão de chuvas até o sábado (29).”, explica o meteorologista do Incaper, Hugo Ramos.

O meteorologista afirma ainda que não há frente fria atuando sobre o Estado, por isso não haverá queda considerável nas temperaturas. Além disso, não há previsão de chuvas de forte intensidade. “As precipitações deverão ocorrer de forma isolada, intercaladas com aberturas de sol durante o dia”, completa Hugo.

Há previsão de chuvas isoladas neste sábado (29) na Grande Vitória e por todo o litoral norte do Estado no decorrer do dia. Nas demais áreas, o sol aparece entre nuvens, mas não há previsão de chuvas. As temperaturas devem variar entre 12°C e 24°C na Região Serrana e entre 15°C e 28°C nas demais regiões.

Já para o domingo (30), o sol aparece entre algumas nuvens, e não há previsão de chuvas em todas as regiões capixabas. As temperaturas devem variar entre 11°C e 24°C na Região Serrana e entre 16°C e 29°C nas demais regiões.
Fonte: Incaper

Café: Retração vendedora sustenta preço do robusta do ES

Apesar de as atuais cotações do café robusta no Espírito Santo ainda estarem distantes das observadas no mesmo período de 2009, os preços da variedade têm registrado pequenas altas diárias, devido à retração de vendedores, segundo dados do Cepea. Compradores que precisam do grão para cumprir seus embarques, por sua vez, acabam aumentando os valores pagos para adquirir alguns lotes. Nessa quinta-feira, 27, o Indicador CEPEA/ESALQ do café robusta tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 165,61/saca de 60 kg alta de 0,5% em relação ao dia anterior, mas 16% inferior à média de maio de 2009, de R$ 197,13/saca de 60 kg, em termos nominais. No acumulado de maio, o Indicador registra aumento de 5,6%. Para o robusta do tipo 7/8 bica corrida, o Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 160,51/saca na quinta, 0,6% superior ao da quarta, porém, 17% menor que a média de maio de 2009, de R$ 193,14/sc. Em maio, o Indicador acumula elevação de 6,2%.
Fonte: Cepea/Esalq

Café reduz risco de câncer de próstata, indica estudo

Beber café pode ajudar a diminuir os riscos de que a pessoa desenvolva formas agressivas de câncer da próstata, segundo um estudo americano.

O trabalho concluiu que os homens que consumiam quantidades grandes de café tinham 60% menos riscos de apresentar tumores agressivos do que os que não bebiam café.

O café tem efeito sobre a forma como o corpo quebra as moléculas de açúcar e também sobre os índices dos hormônios sexuais - ambos fenômenos que já foram associados ao câncer da próstata em outros estudos.

A pesquisa, feita por especialistas da Harvard Medical School, foi apresentada durante uma conferência da American Association for Cancer Research.

"Poucos fatores ligados ao estilo de vida foram associados de forma consistente aos riscos de câncer na próstata, especialmente aos riscos de formas mais agressivas da doença, então será muito estimulante se esse vínculo for confirmado em outros estudos", disse Kathryn Wilson, uma das pesquisadoras.

Os pesquisadores não sabem ao certo que componentes do café poderiam ter esse efeito positivo.

Entretanto, sabe-se que ele contém minerais e antioxidantes, que limitam danos aos tecidos causados pela liberação de energia nas células.

Mais Estudos

Os pesquisadores monitoraram o consumo de café em quase 50 mil homens a cada quatro anos entre 1986 e 2006.

Eles ressaltam que mais pesquisas são necessárias antes que se tire qualquer conclusão sobre os efeitos benéficos do café.

Mas uma coisa é certa, disse Wilson: "Nossos resultados indicam que não há razão para deixar de beber café em função de preocupações sobre o câncer da próstata".

Comentando o novo estudo, uma representante da entidade beneficente The Prostate Cancer Charity, Helen Rippon, disse que pesquisas anteriores a respeito do efeito da bebidas cafeinadas sobre o câncer da próstata tiveram resultados ambíguos.

"Não recomendaríamos que homens adotem o hábito de beber muito café baseados nesse estudo, até porque o alto consumo de cafeína podem causar outros problemas à saúde".

"Por outro lado, os que já tomam regularmente uma xícara de café vão ficar aliviados em sabe que não precisam desistir do hábito por conta da próstata".
Fonte: Revista Cafeicultura

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Colheita do conillon no Espírito Santo chega a cerca de 30%

A colheita de café conillon no Espírito Santo da safra 2010 está em torno de 30% do total. Os trabalhos agora estão evoluindo melhor, já que os produtores esperaram as lavouras terem uma granação mais parelha. A avaliação parte do presidente da Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel da Palha (Cooabriel), Antônio Joaquim de Souza Neto, que falou à Agência SAFRAS. A Cooabriel atua principalmente no nordeste e norte do ES.

Entretanto, a falta de chuvas de 100 dias, com dezembro, janeiro e fevereiro tendo sido de estiagem, deve causar uma quebra significativa na safra do conillon capixaba. A Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) estimou a safra de conillon do Espírito Santo em 2010 em 8,144 milhões de sacas, com crescimento de 7,1% sobre a safra de 2009, indicada em 7,602 milhões de sacas.

Segundo Antônio Joaquim, 20% do que foi colhido até agora foi beneficiado apenas. E o rendimento está aquém do esperado, o que justifica a expectativa de quebra da safra. "Normalmente temos 45 sacas por secador, e agora está dando 35", afirmou Antônio Joaquim.

Assim, enquanto a Conab estima safra do conillon de 8,1 milhões de sacas, Antônio Joaquim acredita mais em uma produção de no máximo 7 milhões de sacas.
Fonte : Revista Cafeicultura

Preparativos do 1º Salão de Cafés Especiais do Espírito Santo

Há menos de dois meses para a realização do 1º Salão de Cafés Especiais do Espírito Santo, os preparativos do evento estão adiantados e vêm com inovações. O Salão de Cafés Especiais, conta com uma equipe de aproximadamente 30 pessoas envolvidas nos últimos 60 dias na aquisição de equipamentos e peças decorativas para a montagem e instalação tanto da parte técnica e artística do espaço.

Uma das inovações do Salão será a retratação de temáticas diferenciadas durante os três dias do evento. O Salão fará referência a países que marcaram a história do café, como a África, país berço do café e sede da Copa do Mundo de 2010, e também aos Árabes.

Outra novidade vem da Italian Coffee, uma das patrocinadoras do Salão de Cafés Especiais, que trará dois baristas de renome vindos de São Paulo, especialmente para o evento. Além disso, o salão contará com mais seis baristas locais, que durante o preparo de cada receita e bebida, dará aos visitantes instruções e informações de como preparar receitas saborosas com o café.

Lembrando que o Espírito Santo é o Estado que mais tem empresas participantes do Programa de Qualidade do Café da ABIC. Das 30 empresas existentes no Estado, dez já participam do programa. São elas: Vista Linda/Glória (Vila Velha), Expedicionário (Colatina), Campeão (Cachoeiro de Itapemirim), Número Um (Vitória), Classe A (Marilândia), Meridiano (Colatina), Bonzon (Barra de São Francisco), Duarte (São Mateus), Real/Cafuso (Viana).

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Crédito rural: aumento de 26% confirma incentivo ao médio produtor e a agricultura sustentável

Faltando dois meses para o fim da safra 2009/2010, a concessão de crédito para o setor rural é quase 26% superior ao que foi aplicado no mesmo período da safra anterior, passando de R$ 57,6 bilhões para R$ 72,4 bilhões, entre julho e abril. Apenas para a agricultura comercial foram aplicados R$ 62,9 bilhões de julho a abril de 2009/2010 – 27% a mais do que no mesmo período do ciclo 2008/2009. Para investimento, os recursos passam de R$ 8 bilhões.

Produção sustentável – Entre julho de 2009 e abril de 2010, o crédito concedido pelo Programa de Incentivo à Produção Sustentável do Agronegócio (Produsa) foi de R$ 380 milhões, quase cinco vezes mais do que o volume liberado no mesmo período do ciclo anterior. “Esses resultados indicam que o produtor rural está cada vez mais preparado para adaptar-se ao desenvolvimento sustentável que incluirá, a partir da próxima safra, um novo programa de investimento para a agricultura de baixo carbono”, observa o ministro da Agricultura, Wagner Rossi.

Entre julho de 2009 e abril de 2010, a aplicação de recursos do Programa de Geração de Emprego e Renda Rural (Proger Rural), destinado ao produtor de médio porte, é cinco vezes maior ao que investido no mesmo período da safra 2008/2009. Os dados consolidados da concessão de crédito até abril indicam quase R$ 2,5 bilhões, incluindo custeio e investimento.

Custeio e comercialização - Os 49,8 bilhões liberados para custeio e comercialização beneficiaram também os produtores que utilizaram os recursos para estocagem. Para a comercialização, neste ano, mais de R$ 17 bilhões foram aplicados até agora - representando um crescimento de 39,7% em relação ao mesmo período de 2009. Desse total, R$ 7,4bilhões foram destinados a Empréstimo do Governo Federal (EGF) e R$ 4,7 bilhões em crédito agroindustrial.

Outros R$ 643 milhões foram direcionados para Linha de Crédito Especial (LEC) com a finalidade de apoiar a comercialização de café, leite e derivados, milho, lã, mel, carne suína e frutas. Destaque para a cadeia produtiva de maçã, pêssego, abacaxi, maracujá, pêssego e goiaba que já recebeu R$ 108 milhões nesta safra por meio da LEC. A linha é um instrumento para incentivar, especialmente, a agroindústria de sucos de frutas e outros derivados.
Fonte: Revista Cafeicultura

Melles diz que normas para qualidade do café são fundamentais e destaca que pureza é inegociável

O presidente da Frente Parlamentar do Café, deputado federal Carlos Melles, declarou que as novas normas para a qualidade do café, criadas pelo Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, são fundamentais para atestar a qualidade do que é produzido no Brasil. Ele disse que tais normas fazem parte de um conceito regulatório de qualidade e que se distinguem do “Selo de Pureza Abic”, que existe hoje.

Melles lembrou que o “Selo Pureza” deu início a esse processo que o setor vive hoje e foi instituído pelo então presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Américo Sato, com apoio do presidente do Instituto Brasileiro de Café (IBC) à época, Jório Dauster Magalhães. “Foi um grande diferencial para o café, que deu sustentação para o aumento de produtividade no Brasil, saltando de sete milhões de sacas daquela época para as quase 20 milhões de sacas e ainda incentivando para que daqui dois a três anos sejamos o maior consumidor de café do mundo. Isso tudo se deu por causa da criação do selo, que a cada dia mais deve ser preservado”, contou o presidente da Frente Parlamentar do Café.

Para Carlos Melles, a marca que possui um café impuro, deve ser cassada e comparou com as fraudes feitas em combustíveis. “É como a adulteração de combustível, só que o combustível quem bebe é o carro, e quem bebe café adulterado é o ser humano, então essa certificação não pode ter nenhum tipo negociação”, argumentou o deputado.

Melles ainda explicou que o “Selo de Pureza” é diferente das normas de qualidade que foram criadas nessa semana. “Pureza é uma coisa e qualidade é outra. O que se fez agora foi o lançamento de uma certificação da qualidade do café. É preciso fazer uma divulgação dessa normativa de forma bem didática, com explicação, para que todos conheçam seus efeitos”, disse o deputado.

“O Brasil tem os melhores cafés do mundo, o gourmet, o especial, cultivados nas melhores regiões para isso, como o Sul de Minas, a Mogiana Mineira, a Paulista e o Cerrado. Agora podemos fazer uma concorrência ou comprar café pela origem, por sua qualidade. Pureza é inegociável, devemos comprar café puro em toda e qualquer circunstância”, finalizou Carlos Melles.
Fonte: Revista Cafeicultura

Um cafezinho melhora seu rendimento no trabalho

Pesquisadores descobriram que tomar uma xícara de café e dar um tempo no trabalho faz com que sua produtividade aumente.

De acordo com pesquisadores britânicos, a cafeína melhora a concentração dos funcionários, sua memória e reduz o número de erros que eles cometem no trabalho. Para aqueles que trabalham durante a noite, o efeito de uma xícara de café é comparável ao de uma soneca.

Os cientistas juntaram as conclusões de 13 estudos feitos anteriormente sobre o café, que analisavam seus efeitos em trabalhadores noturnos, principalmente com 20 anos de idade.

Os voluntários dos estudos precisaram completar tarefas que testavam sua memória, sua concentração – alguns tomavam pílulas de cafeína enquanto outros tomavam um placebo. Os testes, então, se repetiram quando outros fatores interferiam (os participantes eram expostos a luzes brilhantes ou, então, deveriam tirar um cochilo).

Nos testes de memória, raciocínio e concentração aqueles que tomaram as pílulas de cafeína tiveram notas melhores do que os que tomaram o placebo. Esse efeito podia ser notado se eles tomassem uma pílula de cafeína, uma xícara de café, algum energético que contenha a substância ou que comiam alimentos com cafeína.

Agora os pesquisadores planejam analisar os efeitos da cafeína em pessoas mais velhas.
Fonte: Revista Cafeicultura

Somar Meteorologia indica que áreas de instabilidade cobrem parte do cinturão produtor de café

O boletim da Somar Meteorologia indica que áreas de instabilidade cobrem parte do cinturão produtor de café, causando mais nuvens do que chuva no Paraná e São Paulo. Até o fim da semana, uma frente fria avança pelo oceano, causando chuvas isoladas também na zona da Mata do Espírito Santo.

Até o fim do mês, não há previsão de queda das temperaturas no cinturão produtor de café. Entre o último dia de Maio e o primeiro de Junho, outra frente fria passa pelo Sudeste, novamente causando mais nuvens do que chuva.

Na retaguarda desse sistema, se espera a chegada de uma nova massa de ar polar, que deve ter sua parte mais ativa sobre a Região Sul. Este sistema tem centro de 1022 hPa e avança ao sul do cinturão produtor de café. A temperatura cai, mas não há risco de geada associada à este sistema.
Fonte: Revista Cafeicultura

Publicada norma de qualidade do café

O regulamento de qualidade para o café torrado em grão e o torrado e moído foi publicado no Diário Oficial da União, desta terça-feira (25). A Instrução Normativa nº 16 prevê um limite de 1% de impureza no produto disponível ao consumidor, além de regras para rotulagem, percentual de umidade e uma classificação para características sensoriais (sabor, aroma e fragrância).

Esta é a primeira norma publicada para essa finalidade e inédita no mundo. Os critérios de qualidade do café produzido no País e importado foram anunciados ontem (24) pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, quando foi comemorado o dia nacional da bebida.
Fonte: DCI e Mapa

terça-feira, 25 de maio de 2010

Seca comprometeu a qualidade do café conilon do Espírito Santo

A família Mação é produtora de café há mais de 60 anos em Vila Valério, no noroeste do Espírito Santo. O objetivo da família era colher 1,2 mil sacas, mas a produção deve ser 15% menor do que o esperado. A falta de chuva atrapalhou os planos.

“A seca foi muito forte, com uma temperatura muito elevada. A irrigação não resolvia todos os problemas. O café queimou”, falou o agricultor Geraldo Mação.

Mesmo assim, para este ano a expectativa para todo Estado é de uma produção de 8,1 milhões de sacas de conilon. São 500 mil a mais do que no ano passado. Quem conseguiu superar a seca enfrenta o desafio do preço baixo.

O agricultor José Bento Brumati já colheu quase toda a produção. Até agora, são 150 sacas. É pouco mais do que no ano passado. Na última colheita o produtor vendeu a saca por R$ 200. Hoje, a situação é outra. O valor do produto não passa de R$ 140.

De acordo com a Secretaria de Agricultura do Espírito Santo, até agora, 40% das lavouras foram colhidas.
Fonte: Globo Rural

Produção de café pode ter aumento na rentabilidade

A expectativa é que o plantio de café no país cresça 5% em 2010. Para aproveitar o momento favorável, produtores devem investir em equipamentos mais eficientes, especialmente para a colheita.

O ano de 2009 fechou em alta na produção cafeeira, com aumento de 4,15%, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). No total, foram 18,39 milhões de sacas, com expectativa de aumento em 5% para 2010, chegando ao valor de 19,31 milhões. Para aproveitar a boa expectativa de safra e aumentar a produtividade neste cenário promissor, os produtores contam com a mecanização da coleta de grãos e no manejo da cultura.

Na cultura cafeeira, a colheita representa pelo menos 50% dos custos, sendo a outra metade dividida entre fertilizantes (30%) e demais despesas como água e energia; é o que aponta o estudo elaborado pela P&A Consultoria, especializada no setor cafeeiro. Para Elói Fernandes, diretor de Vendas da Husqvarna, multinacional especializada no desenvolvimento de produtos para o manejo de áreas verdes, o investimento em soluções inovadoras não poderia vir em melhor hora. “Em vez de deixar para agir na contenção de recursos quando o período está complicado, como aconteceu na crise financeira global, os produtores hoje têm a chance de repensar suas técnicas de manejo em um cenário favorável para produção cafeeira”, diz.

O executivo ressalta que o mercado oferece poucas soluções integradas e eficientes para quem busca novas tecnologias e maior produtividade. “Pensando nesta demanda, elaboramos o ‘Kit Café’ para o produtor, que é composto por diversos equipamentos que garantem a melhoria na produtividade e rentabilidade em todas as fases”. A inovação desenvolvida pela empresa, que estréia no setor cafeeiro, é um kit multifuncional com o objetivo de auxiliar o produtor na compra dos equipamentos necessários. “Ao invés de adquirir várias máquinas para diversas utilidades, oferecemos um pacote mais prático e versátil”, destaca Fernandes.

A novidade é composta por quatro equipamentos essenciais: os Aparadores, com seus acessórios para podar e esqueletar; o Atomizador; o Soprador; e uma motosserra.

O que cada máquina pode fazer pelo produtor - O Atomizador é um equipamento de alta eficiência e de fácil manuseio, utilizado principalmente para a aplicação de defensivos agrícolas. Seu mecanismo impulsionado por um potente jato de ar permite o lançamento de insumos líquidos alcançando até 12 metros tanto na vertical quanto na horizontal. Isso garante uma perfeita uniformidade na aplicação dos insumos e uma maior proteção ao cafezal.

Já a família de Aparadores 327 funcionam perfeitamente como máquinas de derriçar. O diferencial é a possibilidade de adicionar os acessórios disponíveis, tornando possível ainda utilizá-los no esqueletamento e poda do café. Ainda vale ressaltar que estes equipamentos também são acompanhados de um cabeçote com fio de nylon para serem usados como roçadeira, atividade essa também requisitada dia a dia do campo.

Soma-se a toda essa tecnologia, o soprador 356BTx, ideal para a limpeza do cafezal e do terreiro com mais facilidade e eficiência. Desenvolvido para uso profissional, é um produto com conceito revolucionário e conta com baixos níveis de ruído do motor.

“Este conjunto do Kit Café reflete o nosso compromisso em desenvolver soluções integradas, aliando tecnologia, segurança e eficiência aos mais modernos equipamentos”, explica o diretor. “Vale lembrar que, em um futuro bem próximo, queremos ajudar cada vez mais o produtor a ter acesso ao mais alto nível de tecnologia, aliada à mitigação de riscos por meio de operações estruturadas, pois acreditamos muito no desenvolvimento e crescimento da cafeicultura no Brasil”, finaliza Elói.
Fonte: Revista Cafeicultura

Vai faltar café

Não dá para o gasto

"Vai faltar café", avisa o boletim semanal do Escritório Carvalhaes, de Santos (SP). "Os estoques estão caindo em todo o mundo e a nova safra brasileira, de ciclo alto, mesmo que fique acima dos 50 milhões de sacas, como esperado pelo mercado, será suficiente apenas para atender às necessidades brasileiras de exportação e consumo. Não teremos condições de cobrir a quebra de outras origens, sem ficarmos descobertos para o ciclo 2011/2012, quando nossa colheita será de ciclo baixo", avalia Eduardo Carvalhaes.

Baixo investimento

Os preços futuros do café caíram acompanhando os demais mercados, enquanto o mercado físico brasileiro permaneceu estável, sustentado pelos baixos estoques e pela desvalorização do real frente ao dólar. "Os preços praticados no mercado internacional não estimulam novos investimentos e nossos cafeicultores, quando muito, apenas otimizam a produção da área já plantada", diz Carvalhaes

Dia do café

Ontem o Brasil comemorou o Dia Nacional do Café. Maior maior produtor mundial de café, o país responde por 30% do mercado internacional. Também tem o segundo mercado consumidor, atrás somente dos EUA.
Fonte: Revista Cafeicultura

Café arábica capixaba no caminho da excelência

Para comemorar o Dia Nacional do Café, celebrado nesta segunda-feira (24), o Governo do Estado iniciou um amplo trabalho para oferecer aos produtores rurais, que investem na atividade cafeeira, as condições necessárias para melhorar a qualidade da produção. Trata-se do lançamento da Campanha de Qualidade do Café Arábica das Montanhas do Espírito Santo.

Para tanto, a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e extensão Rural (Incaper) e a Prefeitura de Castelo realizaram, no Teatro Municipal de Castelo, um grande encontro para apresentar as ações que serão realizadas e as tecnologias indicadas para garantir padrão de excelência ao café produzido na região de montanha do Espírito Santo.

Estiveram presentes no evento o secretário de Agricultura, Ênio Bergoli, o diretor-presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, o prefeito de Castelo, Cleone Nascimento, entre outras autoridades. Participaram do encontro cerca de 350 pessoas, entre lideranças locais, cafeicultores, técnicos e alunos do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) de Alegre e da Escola Família Agrícola de Castelo.

O investimento em qualidade tem retorno. Em média, o valor da saca de café arábica superior é, em média, R$ 100,00 maior do que uma saca de café sem este incremento. “A busca incessante pela qualidade dos cafés se justifica pela exigência cada vez maior dos consumidores e nem tanto como vantagens adicionais de preços do produto, mas como uma premissa à permanência dos cafeicultores num mercado cada vez mais competitivo. Os cafeicultores terão todo o apoio necessário para continuar evoluindo, até o ponto de atingir a excelência na produção”, destaca o secretário da Agricultura, Enio Bergoli.

Durante o encontro, o diretor-presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, demonstrou ao público presente as técnicas adequadas para se produzir com qualidade e as vantagens mercadológicas de se adotar as boas práticas. “Atitudes como colher no momento certo - quando os grãos já estão totalmente maduros - e realizar a secagem da forma adequada irão contribuir para que os cafeicultores do Estado agreguem mais valor à produção, contribuindo assim para a melhoria da rentabilidade na atividade cafeeira”, afirma.

O produtor rural de Castelo, Paulo Cecotti, é um exemplo disso. Ele começou um trabalho de melhoria da qualidade da sua lavoura em 2000, e hoje comemora os lucros adicionais. “As boas práticas funcionam e trazem rentabilidade. Hoje comercializo a saca de café por um preço até R$ 150,00 acima do mercado”, afirma.

O segredo ele não esconde: “Investi na renovação da lavoura, adotando novas variedades mais modernas indicadas pelo Incaper, construí uma estufa para secagem do café, adquiri uma máquina de beneficiamento, entre outras ações”, conta Paulo.

Para o professor do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) de Alegre, João Batista Peluzio, um evento como este é importante por buscar novas formas de agregar valor à atividade café. “O aumento da renda do agricultor contribui para a fixação do homem no campo, principalmente os jovens que estão ingressando na atividade”, afirma.

No Espírito Santo, a cafeicultura de arábica envolve 140 mil pessoas. As lavouras estão presentes em aproximadamente 20 mil propriedades rurais, distribuídas em 48 municípios. São 195,6 mil hectares ocupados com as plantas e para a safra de 2010, que acaba de começar, a previsão é que sejam produzidas 2,9 milhões de sacas. Os municípios que mais produzem o grão são Brejetuba, Iúna, Vargem Alta, Ibatiba e Irupi.

“O processo de certificação dos cafés é um caminho sem volta, pois cada vez mais o mercado requer uma garantia que comprove pelo menos o uso de boas práticas agrícolas, a rastreabilidade e a proteção ao meio ambiente e ao homem, seja cafeicultor ou consumidor do produto final”, ressalta Enio Bergoli.

A Campanha

Com ações previstas para todos os municípios que produzem arábica no Espírito Santo, o trabalho conta com o envolvimento direto de 26 instituições e prefeituras, que vão atuar em conjunto com a Seag, na realização de aproximadamente 800 ações técnicas de capacitação (cursos, visitas técnicas, dias de campo, encontros, simpósios) promovidas pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café (Cetcaf) até o final de 2010, oferecendo aos cafeicultores todas as informações e recursos para garantir as condições necessárias para melhorar a qualidade da produção.

Além do investimento em capacitação, a Seag vai repassar às regiões produtoras, 10 mil quilos de sementes, que são suficientes para produzir 25 milhões de mudas de café arábica.

A campanha de melhoria da qualidade do Arábica está completando 10 anos.

A marcha da qualidade do Café Arábica

1997 – Primeiros Cursos de Qualidade em Castelo, Conceição do Castelo e Venda Nova do Imigrante;

1997 em diante - O Centro de Comércio Café de Vitória inicia o incentivo à melhoria da qualidade do café;

1998 - Inauguração do Centro de Certificação da Qualidade do Café em Venda Nova do Imigrante;

1999 - Publicação em Simpósio Especializado de Trabalhos Técnicos de Qualidade de Café das Montanhas do Espírito Santo;

2000 - Dois produtores de Venda Nova e um de Brejetuba são finalistas do Prêmio Illy de Qualidade de Café;

2001- Em uma parceria inédita da Real Café / Tristão com a japonesa /UCC, Ueshima Coffee Com. Ltd. é lançado o prêmio CAFUSO/UCC de Qualidade de Café das Montanhas do ES;

2001- Produtor de café de qualidade de Afonso Cláudio vende seu café a R$ 1.272,00 a saca;

2002 - Café capixaba de qualidade é comercializado a R$ 1.641,00 a saca, através de leilão eletrônico;

2003 – Secretaria de Estado da Agricultura lança o Pedeag para o Café das Montanhas;

2004 - Espírito Santo é a sede do Cup of Excellence e 60 produtores capixabas ficam entre os 170 melhores cafés do Brasil. Élio Ribeiro Filho, de Brejetuba, foi um dos classificados.
Ainda em 2004 - Incaper indica cultivares de arábica para os diversos ambientes do quadro natural e sistemas de produção.

2005 – Consolida-se cada vez mais a participação e classificação dos cafeicultores capixabas, de vários municípios, nos diversos concursos (BSCA, Illy Café, UCC/Tristão, etc)

2006 – Café de Itarana fica entre os 10 melhores do País, no renomado concurso da Illy Café.

De 2007 aos dias de hoje – A Região de Montanhas se consolida, nacional e internacionalmente, como produtora de cafés de qualidade e o processo de certificação passa a se tornar uma realidade.

10 mandamentos para se produzir café Arábica com excelência de qualidade

1. Cuidar bem da lavoura o ano todo: análise de solo, adubações, poda, desbrota e manejo do mato, de pragas e de doenças.

2. O cafeicultor deve se estruturar com terreiros, secadores, tulhas ou armazéns, de acordo com sua produção.

3. Colher o café na peneira ou no pano, com o maior percentual possível de frutos maduros.

4. Usar sacaria de rafia na colheita e durante o transporte. Iniciar o processamento no mesmo dia.

5. Em função da alta umidade da região de montanha, dar preferência ao processamento via úmida (lavador/separador e descascador).

6. Para a secagem em terreiros, esparramar o café em camada fina, mexer no mínimo 10 vezes ao dia e, a partir do ponto de meia-seca, proteger o café das chuvas.

7. Para a secagem em secadores mecânicos, usar o secador de fogo indireto e utilizar lenha seca; operar o secador em plena carga; manter a temperatura na massa dos grãos de café com o máximo de 45°C; descarregar o secador quando os grãos atingirem umidade de 12%.

8. Utilizar novas tecnologias de secagem, de menor custo e impacto ambiental, como: terreiro híbrido, silo secador e terreiro coberto.

9. Armazenar o café com 11,5% de umidade e em ambientes limpos, arejados e livres de entradas de animais; usar sacarias de junta e tulhas ou armazéns limpos, sem insumos, adubos e defensivos.

10. Comercializar o café somente após sua avaliação em sala de prova, buscando sempre mercado com maior valor agregado.
Fonte: Incaper

Ministério da Agricultura fiscalizará café torrado em grãos ou moído

Ministério da Agricultura vai passar a fiscalizar a qualidade do café torrado em grãos ou moído. As regras foram anunciadas em Brasília.

As marcas não poderão apresentar mais de 1% de impurezas, como cascas e pedaços de madeira. O café passará a ser classificado em uma escala de zero a dez e não poderá ter uma nota menor que quatro para ser vendido. O aroma e o sabor da bebida também serão avaliados, como acontece hoje com os vinhos.

O secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura acha que a medida poderá beneficiar toda a cadeia produtiva. “Nós acreditamos que isso redundará em um melhor nível de consumo, melhores preços ao produtor e um preço justo ao consumidor”, falou Manoel Bertone.
Fonte: Revista Cafeicultura

Regras de qualidade do café reforçam liderança do Brasil no setor, diz Rossi

No Dia Nacional do Café, comemorado nesta segunda-feira (24), o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, assinou a instrução normativa que vai garantir a qualidade da segunda bebida mais consumida no Brasil, atrás apenas da água. Na ocasião, Rossi destacou o ineditismo da medida em nível internacional. “No mundo inteiro, não há uma exigência real de qualidade do café em grão e do café torrado e moído. Portanto, é o primeiro regulamento desta natureza, o que mantém o Brasil na liderança do setor cafeeiro”, avaliou. As normas serão publicadas no Diário Oficial da União de amanhã (25).

O ministro disse, ainda, que a medida é um ato de respeito ao consumidor e que o marketing de outros países alterou a visão mundial sobre o café produzido no País, inclusive a da população brasileira. “Precisamos mostrar que produzimos com profissionalismo e dedicação. Quem tem o melhor café do mundo não pode ter o mito de que o bom produto só vai para o exterior”, enfatizou.

As novas regras de qualidade começarão a vigorar em fevereiro de 2011. O prazo servirá para que os torrefadores se adaptem à novidade e os técnicos do Ministério da Agricultura (Mapa) se preparem para a fiscalização do produto. Equipes coletarão amostras de diversas marcas presentes no comércio varejista ou na indústria para análise de impurezas em laboratório oficial ou credenciado. Haverá, ainda, a prova da xícara, feita a partir da degustação da bebida.

O secretário de Produção e Agroenergia do Mapa, Manoel Bertone, explicou que as empresas que não atenderem os critérios impostos poderão sofrer punições. “Serão inibidas as marcas que não respeitam o consumidor e concorrem de forma desleal com a indústria de torrefação brasileira, com misturas impróprias. Permanecerão aqueles torrefadores que cumprem as regras, têm produto honesto e alcançarão esse nível de qualidade sem grande dificuldade”. Isso, na opinião do secretário, terá como resultado maior consumo interno, melhores preços ao produtor e valor justo ao comprador.
Fonte: Notícias Agrícolas

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Governo vai passar a testar e a avaliar café

Novas regras estabelecem padrões de pureza e qualidade mínimos.

As marcas de café comercializadas no país terão de passar no teste de qualidade com um provador profissional da bebida. O Ministério da Agricultura publica nesta semana instrução normativa que prevê padrões de pureza e qualidade mínimos.

O teste será feito aleatoriamente com amostras retiradas das prateleiras do comércio. O governo vai checar ainda se o fabricante obedece ao teto de 1% para as impurezas, que passará a ser exigido na norma.

Provadores vão avaliar as características sensoriais do café. Os testes servem para apurar desde aroma e acidez até a finalização para apontar o gosto predominante na boca. A metodologia é inédita no mundo e se assemelha àquela usada pelos sommeliers na avaliação de vinhos.

A pureza do café é medida hoje pela Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), que atesta o cumprimento do teto com um selo. Segundo a instituição, 1.040 das 2.300 marcas nacionais são certificadas.

Nos casos em que a auditoria da Abic encontrou irregularidades, as impurezas variaram de 5% a 25%.

Além de oficializar e expandir a auditoria de pureza, o governo vai incorporar a metodologia para checagem de qualidade do café. Cerca de 180 técnicos que fazem a classificação dos grãos serão treinados para monitorar o produto industrializado.

Os fiscais vão inspecionar as linhas de produção das fábricas e as amostras coletadas no comércio serão enviadas para um laboratório.

Autuação

A gradação do teste varia de 0 a 10 pontos. A escala classifica os produtos como tradicional, superior e gourmet. O governo exigirá um mínimo de 4 pontos (tradicional). Os fabricantes que não atenderem aos critérios terão os lotes recolhidos e serão autuados. Em caso de reincidência, o ministério poderá fechar a indústria.
Fonte: Folha de São Paulo

Café brasileiro terá mais qualidade

O cafezinho de todos os dias terá mais sabor. Uma Instrução Normativa do Ministério da Agricultura, assinada nesta segunda-feira (24) pelo ministro Wagner Rossi, estabelece critérios rígidos para garantir a qualidade do produto oferecido ao consumidor. As novas regras são válidas para o café torrado em grão e para o café torrado e moído. A medida, que será publicada amanhã no Diário Oficial da União e começará a vigorar em nove meses (270 dias), define exigências de percentual máximo de impurezas, além de um padrão básico de sabor, aroma e fragrância da segunda bebida mais consumida do País, atrás apenas da água.

“Considero a norma um marco na cafeicultura nacional. É uma forma de respeito ao brasileiro que aprecia e tem o hábito de tomar café, como também a valorização deste mercado que tem crescido, em média, 5% ao ano no País, tornando-o o segundo maior consumidor do mundo”, destaca Rossi.

A nova legislação foi construída durante três anos com a participação de técnicos do governo e representantes do setor privado, como a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). Esta é a primeira norma publicada com esta finalidade e inédita em todo o mundo, como exemplo de política publica de valorização do café e de defesa dos consumidores.

Com a medida, o consumidor terá a segurança, atestada pelo governo, de saborear um café mais puro e com um nível mínimo de qualidade. Isso porque, o café produzido no Brasil ou o importado só poderá ter, no máximo, 1% de impurezas. A presença de umidade no grão torrado ou moído também não poderá ultrapassar 5%. Serão observados, ainda, o estado de conservação do produto, aparência, odor e informações de rotulagem, como nome de fabricante, lote, prazo de validade e país de origem, quando for o caso.

A norma determina, também, critérios para características sensoriais do café: aroma, sabor, fragrância e sabor residual. O nível de acidez, amargor ou adstringência e até se a bebida é encorpada serão avaliados por um classificador credenciado pelo Ministério da Agricultura. O profissional técnico agrícola ou engenheiro agrônomo especializado em café fará a prova da xícara, que consiste na degustação do produto, de acordo com especificações da Instrução Normativa. O teste deverá ser realizado dentro uma empresa também credenciada pelo Ministério. O classificador irá emitir um laudo técnico e, a empresa em questão, fornecerá um certificado de que o produto está dentro ou não do padrão estabelecido.

Conforme a legislação, o cumprimento desses critérios resultará na “Qualidade Global da Bebida” e, para ser comercializado, o produto deverá ter, no mínimo, nota igual ou superior a quatro pontos em uma escala que vai de zero a dez.

Fiscalização - Quando a Instrução Normativa entrar em vigor, os fiscais do Ministério darão início à fiscalização sobre o cumprimento do regulamento. Para isso, equipe espalhada por todo o País irá coletar amostras (embalagens fechadas) de diversas marcas presentes no comércio varejista ou na indústria que serão encaminhadas a um laboratório oficial ou credenciado para análises da presença de impurezas. Outras amostras serão utilizadas para prova da xícara. Os lotes dos produtos que não atenderem as exigências serão recolhidos do comércio.

Preferência nacional – Pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) revela que esta é a segunda bebida mais consumida no Brasil, atrás apenas da água e a frente de sucos, refrigerantes, energéticos e achocolatados. O estudo mostra, ainda, que 97% da população acima de 15 anos toma café diariamente. Além disso, a qualidade é apontada como o segundo critério mais importante na hora da compra, superando a embalagem e o preço.

Liderança – O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café. O grão negro está em quinto lugar no ranking dos embarques do agronegócio. O produto rendeu, em 2009, US$ 4,27 bilhões com as vendas externas realizadas principalmente para Alemanha, Estados Unidos, Itália e Japão. A demanda maior é pelo café verde seguido do solúvel e do torrado e moído. A safra 2010, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), deve atingir 47 milhões de sacas de 60 quilos, 19,2% a mais que o produzido em 2009.

Dia do Café – 24 de maio é o Dia Nacional do Café.
Fonte: Revista Cafeicultura

Incaper participa de Festival de Café em Brejetuba que reunirá cerca de três mil pessoas

O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), a Prefeitura Municipal de Brejetuba e a Secretaria de Turismo do Estado (Setur) comemoram, neste sábado (24), o Dia Nacional do Café com a realização do 1° Festival de Café e Cultura no município, em que será coado o maior ‘cafezinho’ do mundo.

O evento acontecerá na Praça Central de Brejetuba, a partir das 13 horas, e conta com a participação de aproximadamente três mil pessoas. O objetivo do Festival é valorizar a importância do café para o município e dar notoriedade nacional e internacional à produção e à cultura de Brejetuba, que é o segundo maior produtor de café arábica do Brasil.

O engenheiro do Incaper e organizador do evento, Fabiano Tristão, conta que a idéia do Festival surgiu da necessidade de mostrar para o Brasil e para o mundo o relacionamento cultural, econômico e histórico do município com o cultivo do café, uma vez que esta é a principal atividade econômica de Brejetuba, representando 84% da receita bruta do município.

O evento servirá como espaço para apresentações artísticas e demonstração da cultura e culinária do município, além de valorizar e levantar a auto-estima dos agricultores. Será também uma oportunidade de divulgação do potencial agroturístico da região e abrirá caminho para o relacionamento e interação com exportadores, indústrias e pessoas interessadas na comercialização do café de Brejetuba.

“Temos um objetivo de que, no futuro, quando o nosso café for comercializado, exista um selo que o identifique como sendo de origem de Brejetuba. E que isso signifique para o consumidor um produto de extrema qualidade, como já acontece com os vinhos finos”, afirma Fabiano.

Brejetuba é o maior produtor de café arábica no Estado e o segundo maior do Brasil. Possui 20 mil hectares ocupados com a atividade, envolvendo cerca de seis mil agricultores em 1.069 propriedades. A expectativa de produção para este ano é de 450 mil sacas, o que deve gerar renda de R$ 90 milhões de reais apenas no setor de produção.

O café gigante

Os organizadores do Festival buscam quebrar o recorde mundial do maior ‘cafezinho’ do mundo, que até então pertence a uma empresa particular do Panamá, que produziu um café de 2.840 litros. Neste sábado (24), um café de 3,5 mil litros pretende ser coado na frente do público em Brejetuba.

A água fervente chegará num caminhão térmico fechado. Ela sairá de uma mangueira, encoberta pela simulação de um bico de bule, que irá jogar a água diretamente num coador gigante, preenchido com 300 quilos de pó de café, doados pelos cafeicultores das região. Depois de coado, o café cairá dentro de uma xícara com capacidade para quatro mil litros, acompanhada por um pires com um raio de 3,5 metros. Abaixo da xícara, uma tubulação levará o café pronto até as garrafas para ser servido ao público.

Fabiano Tristão assegura que o processo é seguro e não trará nenhum tipo de risco às pessoas presentes.
Fonte: Revista Cafeicultura

ABIC convoca consumidores para comemorar o Dia Nacional do Café

Todo dia é dia de café, como comprova o fato de 97% dos brasileiros acima dos 15 anos consumirem ao menos uma xícara diariamente. Só isso já poderia ser considerado uma homenagem e tanto a essa bebida. Mas desde 2005, quando a data 24 de Maio foi incorporada ao Calendário Brasileiro de Eventos como Dia Nacional do Café, a comemoração ganhou outra dimensão, passando a ser festejada por industriais, produtores, exportadores, cooperativas, varejo, cafeterias e por todos os apaixonados por café.

A sugestão de se criar o Dia Nacional do Café foi feita ABIC - Associação Brasileira da Indústria de Café com o objetivo de promover, valorizar e manter viva, junto aos consumidores, a importância histórica deste produto que é cultivado há 283 anos em terras brasileiras, desde que as primeiras mudas foram trazidas da Guiana Francesa para Belém, no Pará, por Francisco Melo Palheta, em 1727.

Ao resgatar a história, a ABIC também pretende mostrar a razão dessa bebida mundialmente milenar se manter tão moderna e atual.

Por isso, a cada ano, a entidade elege um tema, e desta vez a inspiração é a Copa do Mundo. Tendo como mote a frase "Café: energia e paixão como o futebol", a entidade une dois ícones dos brasileiros e promove duas atitudes saudáveis: os benefícios da prática de esporte e do consumo do cafezinho, puro ou com leite, para a saúde de todas as pessoas.

Pesquisas mostram que o consumo diário e moderado de café (de três a quatro xícaras ao longo do dia), é benéfico ao cérebro, estimula o prazer, melhora o intelecto, estimula a memória e a atenção e ajuda no combate de diversas doenças. Muita gente desconhece, mas o café é a bebida mais saudável para atletas, por exemplo. Estudos científicos mostram que, quem consome café regularmente, pode ter um aumento dos níveis de endorfina no cérebro. Isto faz com que os atletas não se cansem facilmente e sigam adiante até atingir além do ponto máximo de cansaço físico com a força mental. "Atletas que consomem diariamente café produzem mais endorfinas e encefalinas e podem ter sua performance aumentada de forma significativa", atesta o médico e pesquisador Darcy Lima, coordenador de pesquisa de café e saúde da Embrapa-Café e coordenador científico da ABIC.

Estudos preliminares, que estão sendo realizados pelo Instituto do Coração (InCor), do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com o suporte da Embrapa, também mostram que o café coado, além de não fazer mal ao organismo, não faz mal às pessoas que já tiveram algum problema cardíaco. "Ao contrário do que sempre se disse o café não parece fazer mal ao coração", diz o cardiologista Luiz Antônio Machado César, coordenador da pesquisa.

Pausa para o café

Tomar café é um hábito prazeroso, social, que agrega as pessoas, aquece e dá energia. No trabalho e nas reuniões de negócios, a pausa para o café torna todos mais produtivos e alertas. E pode se transformar em um momento de relaxamento na rotina diária, quando se aproveita alguns instantes para saborear a bebida em uma cafeteria, só ou com amigos.

O café pode ajudar também crianças e adolescentes em idade escolar. O consumo moderado e diário de café, ao estimular o sistema de vigília, atenção e concentração, pode ajudar no aprendizado escolar. Para isso, basta incluir o café no desjejum - com ou sem leite -, na merenda escolar e também no lanche da tarde. O consumo diário e moderado de café, portanto, torna o cérebro mais atento, estimula a memória, atenção e concentração, melhorando a atividade intelectual.

O café não é remédio, mas a comunidade médico-científica já considera a planta como funcional (previne doenças mantendo a saúde) ou mesmo nutracêutica (nutricional e farmacêutico). Isso por que o café não possui apenas cafeína, mas também potássio, zinco, ferro, magnésio e diversos outros minerais. O grão do café também possui aminoácidos, proteínas, lipídeos, além de açúcares e polissacarídeos. Mas, o principal segredo: possui uma enorme quantidade de polifenóis antioxidantes, chamados ácidos clorogênicos.

Você sabia?

O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo. Entre os principais compradores dos cafés brasileiros estão: Alemanha, Estados Unidos, Itália, Japão e Bélgica. O país é o segundo maior mercado consumidor de café do mundo. Em 2009, foram industrializados 18,39 milhões de sacas de café, 4,15% a mais do que em 2008, que havia sido de 17,65 milhões de sacas. Os maiores consumidores mundiais são os Estados Unidos, com uma média anual entre 20-21 milhões de sacas/ano.

A previsão para 2010 é o consumo no Brasil crescer 5% e passar para 19,31 milhões de sacas. A meta brasileira é chegar a 2012 com um consumo interno de 21 milhões de sacas (passando o Brasil a ser o maior consumidor mundial).

O consumo per capita em 2009 foi de 5,81 kg de café em grão cru, ou 4,65 kg de café torrado, quase 78 litros por pessoa por ano, registrando uma evolução de 3% em relação ao período anterior. Os brasileiros estão consumindo mais xícaras de café por dia e diversificando as formas da bebida durante o dia, adicionando ao café filtrado/coado consumido nos lares, os cafés 'espressos', cappuccinos e outras combinações com leite.

O consumo per capita brasileiro se aproxima ao da Alemanha (5,86 kg/hab.ano) e já supera os índices da Itália e da França, que são grandes consumidores de café. Os campeões de consumo, entretanto, ainda são os países nórdicos - Finlândia, Noruega, Dinamarca - com um volume próximo dos 13 kg/por habitante/ano.
Fonte: Revista Cafeicultura

Governo incentiva cafeicultores de arábica a investir na busca pela excelência da produção

Nesta segunda-feira (24), em todo o Brasil, é comemorado o “Dia Nacional do Café”. Para marcar a data, o Governo do Estado, em parceria com a Prefeitura de Castelo promove no município um grande encontro de cafeicultores e profissionais que atuam no setor.

A atividade acontece a partir das 8h30, no Teatro Municipal de Castelo, com as presenças do secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, do presidente do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) Evair Vieira de Melo, e do prefeito de Castelo, Cleone Nascimento.

Na oportunidade, serão apresentadas pela Seag as ações da Campanha de Melhoria da Qualidade do Café, elaborada a fim de oferecer ao cafeicultor condições para garantir padrão de excelência ao café arábica produzido na região de montanha do Espírito Santo.

Segundo maior produtor de café do Brasil, para 2010 a safra capixaba deve atingir 11 milhões de sacas, entre Conilon e arábica. Somente de arábica, a previsão é de 2,9 milhões de sacas. As ações da campanha estão previstas para acontecer em todo o Estado, até o final de 2010.

Serviço:

Dia Nacional do Café
Data: 24 de maio (segunda-feira)
Horário: 8h30
Local: Teatro Municipal de Castelo
Fonte: Incaper

domingo, 23 de maio de 2010

Excelência para o café arábica no Estado

Em função do aumento da exigência do consumidor, governo lança programa para melhorar a produção desse tipo de grão

Para comemorar o Dia Nacional do Café, amanhã, o governo do Estado inicia um amplo trabalho para oferecer aos produtores rurais que investem na atividade cafeeira as condições necessárias para melhorar a qualidade da produção.

As ações que serão realizadas, as tecnologias e os tratos indicados para garantir padrão de excelência ao café arábica produzido na região de montanha do Estado serão apresentados pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) durante encontro de cafeicultores em Castelo, que ocorre amanhã.

Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, o investimento tem retorno: em média, o valor da saca de café arábica com qualidade superior é R$ 100 maior do que uma saca de café sem este incremento.

“A busca incessante pela qualidade dos cafés se justifica pela exigência cada vez maior dos consumidores, e nem tanto como vantagens adicionais de preços do produto, mas como uma premissa à permanência dos cafeicultores num mercado cada vez mais competitivo”, frisou. E prosseguiu:

“Os cafeicultores terão todo o apoio necessário para continuar evoluindo, até o ponto de atingir a excelência na produção.”

No Espírito Santo, a cafeicultura de arábica envolve 140 mil pessoas. As lavouras estão presentes em aproximadamente 20 mil propriedades rurais, distribuídas em 48 municípios.

São 195.600 hectares ocupados com as plantas, e para a safra de 2010, que acaba de começar, a previsão é que sejam produzidas 2,9 milhões de sacas.

Os municípios que mais produzem o grão são Brejetuba, Iúna, Vargem Alta, Ibatiba e Irupi.

“O processo de certificação dos cafés é um caminho sem volta, pois cada vez mais o mercado requer uma garantia que comprove pelo menos o uso de boas práticas agrícolas, a rastreabilidade e a proteção ao meio-ambiente e ao homem, seja cafeicultor ou consumidor do produto final”, ressalta Enio Bergoli.

Governo vai testar padrões de pureza do café
As marcas de café vendidas no País terão de passar no teste de qualidade com um provador profissional da bebida. O Ministério da Agricultura publica nesta semana instrução normativa que prevê padrões de pureza e qualidade mínimos.

O teste será feito aleatoriamente com amostras retiradas das prateleiras do comércio.

O governo vai checar ainda se o fabricante obedece ao teto de 1% para as impurezas, que passará a ser exigido na norma.

Provadores vão avaliar as características sensoriais do café. Os testes servem para apurar desde aroma e acidez até a finalização para apontar o gosto predominante na boca.

A metodologia é inédita no mundo e se assemelha àquela usada pelos sommeliers na avaliação de vinhos. Os fiscais vão inspecionar as linhas de produção das fábricas e as amostras coletadas no comércio serão enviadas para um laboratório.

A gradação do teste varia de zero a 10 pontos, e o governo deverá exigir um mínimo de 4 pontos (tradicional).
Fonte: Jornal A Tribuna

sexta-feira, 21 de maio de 2010

ABIC promove 2ª Semana do Café Gourmet do Brasil no Chile

A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) promove de 31 de maio a 7 de junho, em Santiago, no Chile, a 2ª Semana do Café Gourmet do Brasil - Sabor y Saber. Assim como na primeira edição realizada em setembro do ano passado, o evento conta com diversos cursos e treinamentos para chefs, baristas, donos de cafeterias e de restaurantes e são ministrados na INACAP Apoquinto, uma das principais escolas de gastronomia do país.

O objetivo é promover o café gourmet em grão torrado ou moído industrializado no Brasil junto à alta gastronomia do Chile. Os chilenos já importam cafés brasileiros, mas principalmente o solúvel. Desde que tiveram início as iniciativas do PSI (Projeto Setorial Integrado de Promoção à Exportação de Cafés Industrializados, realizado pela ABIC em parceria com a Apex-Brasil) as exportações brasileiras para o Chile de produtos gourmet de empresas como Melitta e Café Bom Dia aumentaram significativamente: de US$ 3.770 (FOB) no período janeiro/março 2009 para US$ 158.877 (FOB) em igual período em 2010, ou 4.114%.

Para a edição 2010, a programação traz algumas novidades além dos cursos de formação básica de barista e de técnicas de preparo de cappuccinos e latte art: Curso de Preparação do Café Perfeito e Curso Básico de Degustação de Café.
Fonte: Sincafé

Brasileiros estão consumindo cada vez mais cafés gourmet

O mercado de cafés especiais é promissor e aladar do brasileiro mudou. Poucos ainda se contentam com o velho pingado em copos de plástico. Com o aumento e a melhor distribuição de renda no país, apreciar um bom espresso deixou de ser um luxo para poucos.

Quem vem acompanhando este processo bem de perto é a Baggio Coffees, empresa que há três anos está focada na torrefação de grãos especiais. Com uma experiência de quase 130 anos no cultivo de café, Liana Baggio Ometto, já na quarta geração da família, iniciou a torrefação dos melhores grãos das fazendas Baggio.

Atualmente a família produz cerca de 22 mil sacas de café por ano em 600 hectares localizados nas regiões da Alta Mogiana e sul de Minas. Destes, cerca de 500 são de grãos arábica e Bourbon amarelo. "A produção de grãos nobres ainda é pequena em nossas propriedades, mas vem aumentando ano a ano devido à crescente procura do mercado", afirma Liana.

O otimismo está galgado em números. Uma pesquisa feita em janeiro pela Abic mostra que o consumo de café aumentou 6,6% em sete anos no Brasil. O ato de tomar café fora de casa tem contribuído significativamente para este feito. Em sete anos este comportamento cresceu 170%. O estudo mostra também que o conhecimento da população sobe cafés gourmet ainda é baixo, mas que o brasileiro já consegue distinguir um bom café.

Para acompanhar essa forte demanda, a Baggio Coffees possui um portfólio com três linhas de produtos: Baggio Bourbon, Baggio Gourmet e Baggio Aromas.

Baggio Bourbon: Produzido com grãos de origem única 100% coffea arábica da variedade Bourbon Amarelo do sul de Minas Gerais, o Baggio Bourbon é um produto extremamente nobre.

A bebida é do tipo mole com característica naturalmente adocicada.

Baggio Gourmet: Este é um café produzido com grãos 100% coffea arábica, selecionados e que passam por um rigoroso processo de classificação. O Baggio Gourmet é resultado de blends de grãos da Alta Mogiana e sul de Minas Gerais.

Baggio Aromas: Buscando diferenciação no mercado de cafés especiais, a Baggio Coffees destaca-se pela produção de cafés aromatizados. A empresa utiliza os mesmos grãos gourmet para adicionar aromas naturais ou artificiais. Os produtos estão disponíveis em cinco versões: Chocolate com Menta, Caramelo, Amaretto, Limão e Açaí.

A inovação é, sem dúvida, um requisito essencial para aumentar o consumo da bebida. "Acreditamos que o Brasil e o mundo ainda oferecem grandes oportunidades para o mercado de cafés especiais. Basta a indústria estar antenada para levar ao consumidor uma bebida com características realmente excepcionais", acredita Liana.
Fonte: Revista Cafeicultura

Tem início a comercialização do arábica

Grande percentual de grãos verdes provoca deságio de até R$ 40 na saca do produto de algumas regiões nas primeiras negociações da nova temporada.

Os preços do café robusta no Brasil têm registrado sucessivas quedas logo após o início da safra no Espírito Santo. A maior oferta do produto e o menor interesse dos compradores pressionam as cotações. O indicador Cepea/Esalq do robusta tipo 6 peneira 13 acima teve média de R$161,29 pela saca de 60 quilos na primeira quinzena de abril.

As negociações iniciais do café arábica da safra 2010/2011 começaram na terceira semana de abril no mercado brasileiro. Pesquisadores do Cepea afirmam que os preços para o grão, dependendo da região de origem, estão com deságio de cerca de R$ 40 pela saca, e essa redução de preço ocorre por conta do grande percentual de catação - de 30% a 50% de grãos verdes.

As exportações de março alcançaram 2,6 milhões de sacas, para uma receita de US$ 412 milhões. O mês apresenta variação positiva de 0,2% no volume e de 18,4% na receita em relação ao ano passado. Em comparação com o mês de março dos últimos cinco anos, o período em 2010 foi o que registrou a melhor performance nas exportações, segundo dados do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O diretor-geral da entidade, Guilherme Braga, acrescenta que o bom resultado na receita se deve à recuperação dos preços internacionais.

A safra nacional do grão é estimada em 2,654 milhões de toneladas (44,2 milhões de sacas), de acordo com levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa um decréscimo de 4,7% em relação a fevereiro. Segundo o relatório, a queda pode ter sido causada pelo Espírito Santo, que teve produção de café arábica reduzida, em razão de más condições climáticas.
Fonte: Revista Cafeicultura

24 DE MAIO - Segunda-feira é o Dia Nacional do Café

Puro, pingado com leite, coado, filtrado, tirado de uma máquina de ‘espresso’, adoçado ou não, combinado com outros ingredientes, cappuccinos, com ou sem creme; não importa qual a receita ou forma de preparo, o fato é que o café está presente no dia a dia dos brasileiros de forma tão intensa que faz o país ser o segundo maior mercado consumidor do mundo, só superado pelos Estados Unidos. Uma paixão que tem até data para ser comemorada: 24 de maio, Dia Nacional do Café.

Em 2009, o consumo per capita no Brasil foi de 5,81 kg de café em grão cru, ou 4,65 kg de café torrado, quase 78 litros por pessoa/ano, uma evolução de 3% em relação ao período anterior. Esse consumo per capita se aproxima ao da Alemanha (5,86 kg/hab.ano) e já supera os índices da Itália e da França, que são grandes consumidores de café. Mas os campeões nesse quesito, entretanto, ainda são os países nórdicos – Finlândia, Noruega, Dinamarca – com um volume próximo dos 13 kg por habitante/ano.

Em volume, o Brasil é o segundo maior país consumidor, com 18,39 milhões de sacas industrializados em 2009 (4,5% a mais que em 2008). Em primeiro lugar estão os Estados Unidos, com uma média de 20/21 milhões de sacas/ano. Porém, mantendo-se o ritmo do crescimento do mercado interno – o consumo em 2010 poderá crescer 5% e chegar a 19,31 milhões de sacas – o Brasil poderá dentro de poucos anos desbancar a tradicional posição dos norte-americanos.

O Dia Nacional do Café foi incorporado ao Calendário Brasileiro de Eventos em 2005, por sugestão da ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café, e desde então a data é festejada, com muitas xícaras repletas de aroma e sabor, por industriais, produtores, exportadores, cooperativas, varejo, cafeterias, imprensa e por todos os apaixonados por este produto, que é cultivado há 283 anos em terras brasileiras, desde que as primeiras mudas foram trazidas da Guiana Francesa para Belém, no Pará, por Francisco Melo Palheta, em 1727.

Este ano, em comemoração à Copa do Mundo da África do Sul, o tema escolhido pela ABIC é “Café: energia e paixão como o futebol”. É a união dos dois grandes ícones dos brasileiros.
Fonte: Revista Cafeicultura

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Você sabia que o Brasil consome mais café do que cerveja?

O Brasil detém mais de 30% do mercado mundial de café

No mesmo período, a OIC apurou que o Brasil exportou 29,5 milhões de sacas, garantindo também a primeira posição no ranking mundial de exportadores do produto. Com esse volume exportado, o país detém mais de 30% do mercado mundial de café.

Já no quesito consumo per capita, o maiores bebedores de café são os povos nórdicos, que consomem 13 kg de grãos por habitante ao ano, enquanto o brasileiro, segundo dados de 2009 da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), consome 5,8 kg de grão cru per capita, o que equivale à 4,65 kg de café torrado, o mesmo que 78 litros da bebida preparada ao ano.

Este volume supera o consumo nacional de cerveja, que, pelas contas do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), fica em torno dos 50 litros per capita ao ano.
Fonte: Revista Cafeicultura

Cerca de 97% dos brasileiros consomem café todos os dias

Os amantes do café têm mais um motivo para comemorar no próximo dia 24: a data foi incorporada ao Calendário Brasileiro de Eventos como Dia Nacional do Café, desde 2005. De acordo com pesquisa anual da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), 97% dos brasileiros acima dos 15 anos consumem ao menos uma xícara diariamente.

Segundo a chefe da nutrição do Hospital e Maternidade Dr. Christovão da Gama, Silmara Teruel, uma medida aceitável de consumo de café é de 400 ml a 600 ml, ou de oito a 12 xícaras pequenas, diariamente. "Mas isso depende da pessoa que consome. Se for uma pessoa mais sensível, o ideal é diminuir essa quantidade", ensina. Quando o assunto é o expresso, mais concentrado, o consumo deve ser cortado pela metade.

Por conter substâncias estimulantes, o café estimula memória, aumenta a capacidade de atenção e a disposição. "Alguns estudos indicam que a bebida age até na redução da depressão. Mas as mesmas substâncias que trazem esses benefícios, em grande quantidade podem causar taquicardia, insônia e agitação. Por isso, a ingestão deve ser moderada, principalmente no caso de gastrite, já que o café pode agredir a mucosa intestinal", aponta Silmara.

Destaque na economia

"O café merece uma data comemorativa por tudo o que este produto já fez pela nossa economia", diz o diretor-executivo da Abic, Natan Herszkowicz. Responsável pelo desenvolvimento dos transportes, da arquitetura e até das artes, o café ainda hoje ocupa um papel de destaque na balança comercial brasileira. Atualmente é o sexto produto do agro negócio em exportação. "Além disso, o café é hoje o maior empregador do Brasil, considerando toda a cadeia produtiva, com 6 milhões de trabalhadores", revela Herszkowicz.

Apontada como a segunda bebida mais consumida no Brasil - atrás apenas da água - o café ainda é uma novidade nos países asiáticos. "Somente 20% da população mundial consome café. Isso porque nos países orientais, a tradição sempre foi o consumo do chá. Mas devido a ocidentalização das culturas, esse mercado está se abrindo. Para o Brasil, que é o maior produtor do mundo, isso significa boas perspectivas", diz o diretor da Abic.
Fonte: Revista Cafeicultura

Café: qualidade da safra supera expectativas

Grãos estão uniformes e produtores esperam recuperar as perdas da safra anterior, que foi prejudicada pela chuva

Uma forte massa de ar de origem polar provocou o declínio das temperaturas na última semana. As mínimas registradas em Campos do Jordão chegaram a 3 graus, mas não houve registro de geadas nas áreas agrícolas. Nas lavouras de milho safrinha o problema maior continua sendo a pouca disponibilidade de água no solo, sobretudo no oeste e noroeste do Estado.

A quantidade de água disponível no solo diminuiu, ficando abaixo dos 50% em Barretos, Votuporanga, Ilha Solteira, São José do Rio Pardo, Jaboticabal e Ribeirão Preto. A última frente fria trouxe chuvas isoladas e de baixo volume; o maior volume, 85 milímetros, foi registrado em Iguape.

O clima favoreceu a colheita do café, que vem superando as expectativas com grãos uniformes e de boa qualidade. Os cafeicultores esperam recuperar as perdas da safra anterior que foi seriamente prejudicada pela chuva. Especialistas aconselham o produtor aguardar por melhores preços para efetuarem as vendas, pois é um momento em que o mercado internacional se ressente da falta de bons cafés do tipo arábica.

Batata. A colheita da batata da safra de verão, que está chegando ao fim, foi prejudicada pela chuva no fim do ano. O produto teve qualidade inferior, elevando os preços ao consumidor. A expectativa agora é com a colheita da segunda safra, que começará em junho em Vargem Grande do Sul.

A queda na temperatura noturna é excelente para a formação do morango e a colheita deve começar em junho em Atibaia, Jarinu e Monte Alegre do Sul. O tempo favoreceu a colheita da batata-doce na região de Presidente Prudente, do feijão das secas em Itaberá e Capão Bonito, e da cana-de-açúcar em Promissão, Guaíra, Piracicaba e Morro Agudo.
Fonte: O Estado de São Paulo

IV Encontro de Cafeicultores pretende melhorar a qualidade do café em Dores do Rio Preto

Com objetivo de discutir temáticas que contribuam para a melhoria da qualidade do café em Dores do Rio Preto, nesta sexta-feira (21), às 12h30, acontece na propriedade de Manoel Protázio de Abreu o IV Encontro de Cafeicultores do município. O evento é uma realização do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), em parceria com o Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café (CETCAF) e a Prefeitura local.

Na propriedade, aproximadamente 130 agricultores poderão conhecer a produção de cafés arábica especiais, ou seja, cafés produzidos dentro das técnicas adequadas de cultivo, que apresentam com qualidade superior. Além disso, os participantes irão visitar também um despolpador de café, que atende a 26 famílias. O momento consiste em apresentar as vantagens da adoção da máquina.

O encontro, que é realizado anualmente, está em sua quarta edição. Este ano, irá abordar Educação Tributária, Aplicação da Legislação Ambiental e sobre linhas de financiamento para Colheita e Pós-Colheita nas lavouras de café.

Na primeira palestra, o subgerente de Educação Tributária da Secretaria da Fazenda do Espírito Santo (Sefaz), Getúlio Bandeira Pinheiro, explica o sentido de Educação Tributária, com o propósito que os participantes lutem por uma campanha que melhore o tributo local, principalmente no setor agropecuário.

Em seguida, o instrutor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Murilo Pedroni, explica sobre a legislação ambiental atual, que é aplicada de forma geral em todo o Brasil. Segundo o chefe do escritório local de Dores do Rio Preto, Norberto Neves Frutuoso, a ideia do palestrante é abordar as possíveis mudanças no sistema atual, já que “com a lei florestal de meio ambiente do Brasil, as particularidades de alguns Estados não são levadas em conta, em meio à realidade do País como um todo”, afirma.

Para instruir os produtores sobre as linhas de financiamento na colheita e pós-colheita de café, foram convidados: o extensionista do Incaper Marcos Moulin Teixeira; o engenheiro agrônomo do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), Paulo Cezar Federici; e o superintendente do CETCAF, Frederico de Almeida Daher. Os palestrantes irão apresentar estratégias para melhorar a estrutura da propriedade e tornar o processo mais eficiente.

Os interessados em participar do encontro podem procurar o escritório local do município ou se inscrever no início do evento. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (28) 3559 1442.
Fonte: Incaper

Estoques de café caem e cenário para preço é otimista, diz Bertone

Manoel Bertone, secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, afirmou ontem (19) que o cenário para o café é otimista. Segundo ele, os estoques estão caindo no mundo. Bertone disse ainda que o Brasil nunca teve estoques tão baixos. O governo teria em mãos cerca de 1,7 milhão de sacas de café, referentes ao exercício dos contratos de opção, lançados no ano passado, e mais cerca de 400 mil sacas de grãos de safras velhas. Já o estoque da iniciativa privada é uma incógnita, que precisa ser desvendada, mas também está em baixa.

Bertone acrescentou que países concorrentes do Brasil enfrentam problemas na produção, principalmente de natureza climática. "A Colômbia, por exemplo, perdeu a posição de segundo maior produtor mundial, para agora ficar atrás de Brasil, Vietnã e Indonésia".

Bertone disse que há espaço para otimismo, mas os preços do café não vão "explodir". De acordo com ele, o governo estuda como financiar a safra deste ano, que promete ser volumosa. "O governo vê com bons olhos a reivindicação dos produtores", disse ele. Os cafeicultores pedem crédito para financiar 20 milhões de sacas, mas cujo volume solicitado, talvez, represente exagero de preocupação".

Ontem foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) portaria que determina que os preços mínimos do café safra 2010/2011 serão mantidos em relação aos valores da safra anterior. Desde 1º de maio, continua a vigorar o valor de R$ 261,69 a saca de 60 quilos para o café arábica, tipo 6, bebida dura para melhor. Para o robusta, foi mantido o valor de R$ 156,57, bebida tipo 7. A medida vale por prazo indeterminado.

Bertone disse que seriam necessários entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões para financiar a pré-comercialização com menor risco, "liberando o maior volume de recurso por saca, em relação ao preço de garantia".

Nova York

Os dirigentes da Bolsa de Nova York (ICE Futures US) deverão aprovar a entrega de café arábica brasileiro naquela instituição. Uma sinalização nesse sentido foi emitida pela própria bolsa, em recente comunicado. A avaliação é de Rodrigo Costa, vice-presidente de Vendas Institucionais do Newedge Group.

Conforme Costa, a bolsa tem interesse em um maior número de agentes.

"Ela é pró-business", disse ele. No entanto, se a medida fosse confirmada hoje, a entrega só poderia ser feita a partir do contrato com vencimento em maio de 2013, considerando que existem contratos em aberto até o vencimento março de 2013.
Fonte: Campo Vivo

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Preços mínimos do café são mantidos

Os preços mínimos do café safra 2010/2011 serão mantidos em relação aos valores da safra anterior. A decisão, resultado de voto do Conselho Monetário Nacional (CMN), foi publicada na Portaria Nº 392, do Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (19).

Desde 1º de maio, continua a vigorar o valor de R$ 261,69 a saca de 60 quilos para o café arábica, tipo 6, bebida dura para melhor. Para o robusta, foi mantido o valor de R$ 156,57, bebida tipo 7.

A medida vale por prazo indeterminado, de forma semelhante aos demais produtos atendidos pela Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM).
Fonte: Notícias Agrícolas

Brasil é responsável por 32% da produção mundial de café

A produção mundial de café em 2010 deverá ficar por volta de 124 milhões de sacas de 60 quilos, sendo que segundo estimativas da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) o Brasil será responsável por 47 milhões (38%) deste total. Destes 47 milhões da produção nacional estamos somando os 35,3 milhões de sacas de café arábica e 11,7 milhões de sacas do tipo robusta, sendo assim, o café tipo arábica representa cerca de 75% da produção total do país.

O Brasil e a Exportação

O Brasil tem participação em 32% das exportações de café no mundo, sendo que dois terços do total de café produzido no Brasil é exportado.

No exterior o café brasileiro que atualmente tem a saca cotada por volta de R$ 280,00 possui valores bem superiores. Na Europa o Kg de café solúvel custa em média R$ 32,00 no varejo e no Brasil apenas R$ 8,00.

Setor cafeeiro precisa aproveitar atual situação do mercado internacional

“A cafeicultura brasileira precisa aproveitar as oportunidades colocadas diante da atual situação do mercado internacional”, afirmou na manhã desta quinta-feira (13) o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi. O ministro participa de uma reunião, em Brasília/DF, com representantes da cafeicultura, incluindo parlamentares, produtores, cooperativas, exportadores, associações, além de membros da indústria e de entidades, como o Conselho Nacional do Café (CNC) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Atualmente, explicou Rossi, o mundo está com baixos estoques do grão, com queda na safra dos principais países produtores e há boa inserção do café nacional usado em blends (resultado da composição de grãos de diferentes espécies) nas regiões do planeta onde a bebida é mais consumida.
Fonte: Notícias Agrícolas

Contratos futuros do café arábica encerraram em alta na terça-feira

Os contratos futuros do café arábica encerraram o dia em alta na terça-feira, surfando no bom momento das commodities em geral. Além disso, disse Jack Scoville, vice-presidente da Price Futures Group, de Chicago, haverá disponibilidade de café no mercado. "Não há dúvidas disso. Mas essa disponibilidade ainda continuará apertada por um tempo", disse ele, em entrevista à Dow Jones. Na bolsa de Nova York, os papéis com vencimento em julho subiram 170 pontos, para US$ 1,3425 por libra-peso. Segundo a Conab, a próxima safra deverá ficar na casa de 47 milhões de sacas, embora boa parte dos traders estimem um número maior. No mercado interno, o indicador Cepea/Eaalq para a saca de 60 quilos ficou em R$ 287,46, com alta de 0,25. No mês, há alta de 1,34%.
Fonte: Valor Econômico

Crise deve prejudicar exportações brasileiras

Diante do consenso de que a Europa passará por uma segunda onda de recessão, derivada das medidas implementadas para controlar os déficits fiscais dos países da região, os economistas brasileiros estão de olho no impacto que isso terá no País. Principalmente, na balança comercial e no volume de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED).

As estimativas para essas variáveis ainda não foram prejudicadas, mas isso pode ser uma questão de tempo. Afinal, em conjunto, a Europa é responsável por 22% das exportações do País. Nos investimentos, a importância é ainda maior, de 40%, no acumulado deste ano.

Quando se analisa o impacto de cada país isoladamente, é no investimento que os países mais atingidos pela crise têm maior peso. De janeiro a abril, a Espanha, sozinha, respondeu por 4% dos investimentos estrangeiros no Brasil. Portugal ficou com 3,1%. Na pauta de exportações, esses dois países não têm expressão individual. A Grécia não é destaque em nenhum dos dois setores.

O problema é que, se o déficit fiscal atinge mais fortemente as economias periféricas da Europa, a recessão deve ser mais disseminada, já que todos estavam apenas esboçando uma recuperação após a crise de 2008. De acordo com os últimos dados de PIB, a Europa cresceu 0,2% no primeiro trimestre de 2010 ante o último trimestre de 2009. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, a alta foi de 0,5%.

Balança comercial. O economista-sênior do BES, Flávio Serrano, acredita que a primeira variável a sentir os efeitos dessa recessão europeia será a balança comercial. A sua percepção é de que o ajuste para cima no superávit comercial de 2010, captado pela pesquisa Focus divulgada segunda-feira, ainda é decorrente da maré de alta nos preços das commodities do início do ano até abril.

"Isso foi interrompido", disse Serrano, acrescentando que os preços das commodities vão parar de subir e a tendência é de que a balança comercial fique um pouco abaixo das estimativas atuais - US$ 13,75 bilhões na Focus de ontem. "Na situação atual, com as commodities estáveis ou em queda e a atividade doméstica em alta, a balança comercial deve ter saldo um pouco menor." O BES mantém projeção de superávit de US$ 13,5 bilhões de antes do agravamento da crise, mas não descarta revisão para baixo.

Para a economista- chefe da Rosemberg Associados, Thaís Zara, depois do impacto inicial nos investimentos em carteira, principalmente ações, a crise europeia deve afetar mais o investimento. Ela ressalta a importância de Espanha e Portugal nessa variável. Thaís avalia, no entanto, que o impacto será mais no longo prazo. "A recessão europeia tem impacto, mas vai demorar um pouco a ser sentida. Isso deve ser percebido no fim do ano e início de 2011, a menos que haja uma restrição de liquidez, o que não é o mais provável."

Um outro economista de mercado, que prefere não ser identificado, ressalta que a recessão da Europa, por enquanto, não deve ter o mesmo impacto global da quebra do Lehman Brothers, em 2008.

Ainda assim, concorda que pode haver redução das exportações brasileiras. Ele também vislumbra estagnação ou queda nos preços das commodities, com o novo cenário. "Se a crise da Europa afetar o restante do mundo mais fortemente do que se espera, então os efeitos serão maiores e não sabemos exatamente o que ocorrerá", alerta esse economista.

O economista da corretora Gradual, André Perfeito, concorda: "Se houver um colapso do euro, não tem como precificar; então, tudo que estamos vendo é pouco". Porém, ele não vê essa possibilidade. Perfeito está entre os mais otimistas e acredita que a economia real da Europa está mais forte do que se avalia.
Fonte: O Estado de S.Paulo

terça-feira, 18 de maio de 2010

ES: Máquinas quebradas geram prejuízo na cafeicultura e no campo

A busca por qualidade no café está parada para duas associações que ficam na zona rural de Guaçuí. Há dois anos, eles receberam dois despolpadores vindos de uma doação do governo do estado em parceria com o município. Os equipamentos nunca funcionaram.

"Recebemos os equipamentos que faziam parte de um programa de qualidade do café, mas nunca conseguimos colocar tudo em prática. Os equipamentos estão parados e o pior, nem sabemos se funciona mais", afirma o agricultor, Gilson Vimercati.

Máquinas quebradas

Patrol, retro escavadeira, trator e pá mecânica. Em Muniz Freire, das 14 máquinas que existem no município, oito estão quebradas. A falta de equipamentos acaba atrasando o trabalho em algumas lavouras, e em outras, o agricultor precisa pagar o serviço para empresas terceirizadas que cobram, em média, R$120,00 a hora.

Promessas e prazos

Dos três municípios citados, as secretarias de agricultura sabem da situação dos equipamentos. Todas prometeram que o problema será resolvido aos poucos, mas aproveitaram para reclamar que a falta de recursos municipais dificulta o trabalho.

Segundo o secretário de agricultura de Muniz Freire, Edilson Oakes de Araújo, o problema deve ser resolvido o quanto antes. Quatro novas máquinas estão sendo licitadas e uma outra deve chegar ainda este mês. "Estamos esperando uma retro escavadeira, dois caminhões e um trator", conta o secretário.

Já em Ibatiba, a promessa é que dos nove despolpadores parados, dois devem voltar a funcionar em 10 dias. Os outros sete devem continuar sem funcionar até que a prefeitura consiga recursos. "Dois despolpadores vão para o a localidade de Cambraia e Pontal. Estamos tentando resolver o problema, mas cada instalação dessa custa em média R$ 30 mil", conta o secretário de agricultura, Edivaldo Alcantara.

Em Guaçuí, o prefeito Vagner Rodrigues, informou que a prefeitura não tem a responsabilidade de montar os equipamentos e argumentou que a obrigação é do Incaper. O chefe do Incaper local, Maxwel Assis, afirma que o instituto faz apenas o acompanhamento técnico do processo.

Estado sabe que os despolpadores estão parados

Comunicado sobre os equipamentos parados, a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), informou que num prazo de 60 dias vai junto com os municípios avaliar a real situação dos despolpadores que foram doados e nunca funcionaram. Existe até a possibilidade do recolhimento das máquinas.

A Seag informa ainda que o Caparaó é a principal região que produz o café arábica no estado e os equipamentos vão contribuir para a melhoria da qualidade dos grãos. As máquinas foram doadas como concessão, cabe a todos os municípios a instalação dos despolpadores. E a demora nas instalações pode estar relacionada a dificuldade de obter a licença ambiental.

Já o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo, Idaf, que é responsável por emitir a licença ambiental, adequando todo o processo às lei, afirma que para que as máquinas funcionem é preciso dar entrada em um processo junto ao órgão. Para isso, o produtor precisa comparecer a um escritório do Idaf na cidade onde mora com os seguintes documentos: formulário de requerimento, cópia do DUA pago, cópia do RG e CPF, cópia da anuência ou alvará da prefeitura municipal, permitindo o uso e ocupação do solo para a atividade.

Em um segundo momento, o instituto vai analisar todos os documentos e efetivar uma vistoria técnica. Se nada estiver errado, a licença é permitida. Vale lembrar que o documento tem prazo de validade e precisa sempre ser renovado pelo Idaf.
Fonte: Campo Vivo

Preços do café robusta devem voltar a ter elevação em junho

Os preços do café robusta devem voltar a subir a partir do mês de junho, quando a safra deve voltar aos patamares normais. Em abril de 2009, a média mensal do café robusta estava em R$ 200,20 a saca tipo 6 peneira 13, enquanto no mesmo período deste ano os negócios foram fechados 21% mais baixos. A safra 2010/2011 apresentou comercialização a R$ 155 a saca, e no fim de abril caiu para R$ 145 (o tipo 7/8 bica corrida), queda de R$ 10 por saca.

Basicamente, é influência da cotação internacional. Com a entrada da atual safra o preço caiu", afirmou Nathan Herszkowicz, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic). "No entanto, a demanda está permanente e vem atendendo [ao mercado] interno e externo. A demanda mundial cresce 2% ao ano", acrescenta.

Para Gil Barabach, analista da Safras & Mercado, o preço do café robusta caiu em função de um aumento na oferta mundial, que agora foi retomado pela produção do Vietnã. "Eles [vietnamitas] é quem ditam o ritmo. Apesar de o preço ter caído, a renda brasileira se manteve porque o Brasil pôde subir os preços", diz.

Segundo o analista, a tendência é de que o volume da oferta aumente em junho. Por enquanto, a safra nova é de poucos grãos, panorama que deve se alterar a partir do próximo mês.

Herszkowicz ressalta que os produtores do café conilon (robusta) ainda têm lucratividade. "Não há nada de anormal com o setor. Os preços não ficam no pico a vida toda", pontuou.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com a bienalidade positiva do café, a safra 2010/2011 deve crescer 19%. Mas o mercado está otimista e aposta em um crescimento entre 19% e 25%.

O País pode colher uma safra [2010/2011] recorde, entre 51,6 a 54,2 milhões de sacas", disse o analista da Safras. Na temporada 2009/2010, que termina no próximo mês, a colheita foi de 43,2 milhões de sacas. O analista atribui o bom cenário, além da bienalidade, à contribuição da chuva. "Apesar do excesso, a chuva foi importante para a produção", diz.

Acompanhada pela nova safra está a exportação, que também terá aumento. De acordo com Guilherme Braga, diretor-geral do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), a exportação no segundo semestre pode chegar a 17 milhões de sacas embarcadas. "Neste mesmo período, em 2009, exportamos cerca de um milhão a menos", afirma.

Otimista, Braga aposta, até o fim de 2010, em 31 milhões de sacas exportadas, volume maior que o acumulado dos últimos 12 meses, quando o País comercializou 29.938.979 sacas de café, equivalente à receita de US$ 4,5 bilhões. Para o diretor-geral do CeCafé, o acréscimo nas vendas para o exterior está ligado à produção de 47 milhões de sacas. Esse número aponta aumento de 19,2%, ante as 39,5 milhões de sacas de 2009. A bienalidade da cultura de café é intercalada entre um ciclo alto e baixo. Se a safra for comparada a 2008, quando a bienalidade também foi positiva, o crescimento é de 2,85%.

Produção do robusta

O Espírito Santo representa mais de 22% da produção nacional de café, conforme atestou Antonio Joaquim de Souza Neto, presidente da Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel. Na opinião do produtor, a produção de robusta apresentou problema em virtude de três meses (dezembro, janeiro e fevereiro) de seca no fim do ano passado. "Estamos a 200 metros de altitude, ao norte do Espírito Santo, onde é muito quente. Com a falta da chuva, não houve enchimento do grão, fato que determinou perda de 30% no peso", explicou. Por isso, o presidente disse que só conseguiu colher 35 sacos de 80 litros, enquanto que o normal é 45 sacos.

Outro agravante foi ocasionado, segundo Souza Neto, pelo aumento nos custos de produção: "Aí, pode-se somar mão de obra mais cara; mais defensivos agrícolas; energia e combustível", afirmou o produtor.

O preço atual do conillon está em torno de R$ 156, enquanto o arábica (depende da variedade) está por volta de R$ 213. Souza Neto paga, atualmente, R$ 6 cada por saco de 80 litros.

O café tipo arábica, que representa 75,1% da produção total, está calculado em 35,3 milhões de sacas, ante 28,9 milhões do último ano. O crescimento é de 22,3%. Já o conilon ou robusta têm índices equivalentes a 11,7 milhões de sacas.
Fonte: Campo Vivo