quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Exportações de café da Índia devem superar 240 mil toneladas em 2010, maior nível em quatro anos

As exportações de café da Índia devem superar 240 mil toneladas em 2010, maior nível em quatro anos, devido à produção maior e à firme demanda externa, disse nesta quarta-feira Ramesh Rajah, presidente da Associação dos Exportadores de Café da Índia.

Em 2009, os embarques atingiram 187.347 toneladas, segundo dados do Conselho de Café. O país exporta cerca de dois terços da produção local, principalmente para Europa, com Alemanha, Itália, Rússia e Bélgica respondendo por mais da metade da demanda geral. No período de 1º de janeiro a 17 de setembro de 2010, as exportações do grão subiram quase 60% frente ao mesmo intervalo do ano anterior, para 220.458 toneladas.

A Índia, segundo maior produtor do grão na Ásia, deve colher 289.600 toneladas no ano-safra 2009/10, que termina amanhã (dia 30), alta de 10,4% em relação à última temporada, informou o conselho. Segundo Rajah, a produção indiana deve alcançar cerca de 304 mil toneladas em 2010/11, ligeiramente abaixo das 308 mil toneladas previstas em junho pelo Conselho de Café.

Chuvas excessivas em importantes áreas de cultivo afetaram a safra, de acordo com autoridades da indústria. Karnataka é o principal Estado produtor da Índia. Kerala e Tamil Nadu, também no sul do país, são outras regiões de destaque. "Uma queda [na produção] é esperada em Tamil Nadu e em algumas partes de Karnataka", disse Rajah, acrescentando que as atuais condições da safra são boas e as entregas devem ser efetuadas no prazo. O café arábica é normalmente colhido em novembro, e o robusta em fevereiro.
Fonte: Revista Cafeicultura

Novo alento para a cafeicultura nacional

Marca registrada do Brasil, como o futebol e a caipirinha, o café passou os últimos anos sem muito o que comemorar. Com preços muito reduzidos, os cafeicultores ficaram desestimulados a investir. Colocar dinheiro na plantação resultou em perdas em alguns casos, como no do mineiro Hugo Villas Boas. Com fazenda no sul de Minas Gerais, a principal região produtora do país, Villas Boas pagou R$ 338 para produzir cada uma das 1.529 sacas que colheu em 2009. Na ocasião, o maior preço para sua mercadoria que conseguiu encontrar em Guaxupé, onde fica, foi de R$ 280 por saca.

Este ano, no entanto, suas perspectivas são bem mais estimulantes. Com colheita maior, seu custo ficou em R$ 198 por saca. E hoje consegue vender o café por mais de R$ 300. Vai, assim, investir R$ 100 mil em um equipamento que tira a casca dos grãos, a fim de adicionar valor ao café. “O resultado desta safra compensatória me deu coragem de investir”, disse o cafeicultor ao repórter Luiz Silveira, que foi verificar as condições da safra do sul de Minas in loco.

A colheita do Brasil deste ano, de 47,2 milhões de sacas, 20% maior do que a de 2009, deve chegar perto do recorde da safra de 2002/03, de 48,48 milhões de sacas. O preço internacional do café, em alta por causa de problemas na produção de países como a Colômbia, fazem com que as exportações possam chegar a US$ 5 bilhões até o final do ano, tambémum recorde.

A fim de aproximar o café negociado em pregão daquele vendido ao mercado externo, a BM&FBovespa mudou o padrão de qualidade do grão, de café tipo 6 para 4-5. A produtora de defensivos e agrotóxicos Syngenta inaugurou uma modalidade para vender seus produtos e fidelizar os cafeicultores. Prática conhecida como barter, a empresa recebe o produto agrícola como pagamento do produtor. No caso do café, decidiu ela própria colocar grãos especiais no mercado internacional. Este ano, exportará 208 mil sacas.
Fonte: Brasil Econômico

Cafés especiais do Brasil se consolidam no mercado japonês

Evento em Tóquio contou com a presença de cafeicultores brasileiros

De 22 a 24 de setembro, a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês), em parceria com a Apex-Brasil e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), organizou a participação dos cafeicultores brasileiros na Exposição e Conferência Mundial de Cafés Especiais, em Tóquio, Japão.

Segundo o produtor Túlio Junqueira, presidente da BSCA, o mercado asiático, principalmente Japão e Coréia, vem demonstrando uma tendência evolutiva para o nicho de cafés especiais. "O evento foi importante porque, mais uma vez, o Brasil marcou presença crescente neste mercado, com boa aceitação de nossos produtos", destaca.

O vice-presidente da entidade, Luiz Paulo Pereira Dias Filho, compartilha a opinião, dizendo que, a cada exposição e conferência mundial organizada pela Associação Japonesa de Cafés Especiais (SCAJ), o Brasil ganha espaço no mercado. "Estamos demonstrando, ano a ano, que nossos cafés têm potencial para agradar a todos os paladares, sendo aceito em quaisquer mercados, indo ao encontro do proposto por nosso slogan: 'one country, many flavours' (um país, muitos sabores)", aponta.

A diretora executiva da BSCA, Vanúsia Nogueira, completa, ressaltando a confiabilidade dos cafés especiais brasileiros - "além da qualidade comprovada mundialmente, o Brasil se consolida como um fornecedor fiel, com os compradores sem receio de fechar negócios com nossos produtores", atesta.

O balanço da Exposição e Conferência Mundial comprova a consolidação do Brasil como provedor confiável e de produto com qualidade excepcional. Entre contatos fechados e em prospecção, a BSCA estima que sejam movimentados cerca de R$ 1 milhão, valor referente à negociação de aproximadamente 2 mil sacas de café. "A feira nos mostrou que o mercado japonês está absorvendo os novos patamares de preço do mercado de café, tanto que, neste ano, novos players nos procuraram para iniciar trabalhos conjuntos", relata Vanúsia.

Um dos destaques do evento foi a apresentação "Sabor da Safra 2010 - The Taste of the Harvest", ação liderada pelo presidente da Agricafé, Sílvio Leite, um dos maiores experts em café do mundo, e o presidente da SCAJ, Hidetaka Hayashi. Em sessões de cupping, 37 degustadores de renomadas cafeterias e empresas compradoras puderam avaliar, na xícara, a qualidade global de 31 amostras dos associados da BSCA. "É exatamente nesses programas de demonstração dos nossos cafés que a gente ganha espaço. Mostramos que temos condição para ocupar a posição de produtor dos melhores cafés especiais do mundo", anota Luiz Paulo.

Cafés do Brasil - Durante a Exposição e Conferência Mundial de Cafés Especiais, no Japão, os presidentes da BSCA e da Agricafé, Túlio Junqueira e Sílvio Leite, respectivamente, ministraram uma palestra em seminário institucional sobre os Cafés do Brasil, apresentando as diversas regiões produtoras, as certificações brasileiras, o histórico dos cafés especiais no País, a atuação da BSCA, demonstrando a importância das ações da entidade aos cafeicultores, e a diferenciação dos métodos de avaliação para cafés commodities (usual) e o sistema criado especialmente para cafés especiais, como Cup of Excellence e SCAA, adotados pela BSCA. "Essa apresentação permitiu que os participantes soubessem que os cafés brasileiros, além de especiais, possuíam a certificação BSCA e o diferencial que ela agrega", conclui Junqueira.

Identidade visual - Outro ponto inovador no evento deste ano foi a apresentação da delegação brasileira. A Apex-Brasil criou uma identidade visual para stand, folders e uniforme da equipe de trabalho, que exalta as cores do País, sob o slogan "One country, many flavours".

De acordo com Cláudia Marinelli, coordenadora geral de Planejamento e Estratégias do Departamento do Café do Mapa, esse novo visual foi muito bem aceito pelos brasileiros e, principalmente, pelos participantes da feira no Japão. "A linha adotada pela Apex-Brasil cria uma identidade visual moderna e, vista a aceitação pública, acredito que poderá ser utilizada nos próximos eventos internacionais, de maneira que se consolide como a imagem de todos os nossos cafés no exterior", afirma.

A coordenadora diz que o stand brasileiro se destacou não apenas por essa nova identidade, mas também pelos serviços apresentados. "A atratividade visual era nítida e, aliada a ela, proporcionamos a degustação de aproximadamente 1.500 doses dos cafés especiais brasileiros. É gratificante ver que todo o trabalho, envolvendo o Taste, o seminário institucional, a nova identidade visual e a degustação foram sucesso de público e crítica. Isso nos dá a certeza de que estamos caminhando na direção certa", finaliza Cláudia.
Fonte: Revista Cafeicultura

Café: exportação mundial cresce em agosto, mas fica abaixo do total no ano cafeeiro anterior

A OIC (Organização Internacional do Café) divulgou hoje que a exportação mundial de café apresentou elevação de 3,8% em agosto deste ano, ante o mesmo período de 2009. Foram embarcadas 7,92 milhões de sacas de 60 quilos.

Com relação aos primeiros 11 meses do ano cafeeiro 2009/10, entre outubro de 2009 e agosto de 2010, as exportações apresentaram redução de cerca de 4,4%, para 86,34 milhões de sacas, contra 90,35 milhões de sacas do mesmo período do ano cafeeiro anterior.

Portanto, totalizado o ano cafeeiro 2009/2010, cerca de 60,44 milhões de sacas de café arábica foram exportadas, ante 63,13 milhões de sacas de 2009. As embarcações de robusta chegaram a 32,98 milhões de sacas, ante 35,31 milhões do ano anterior.
Fonte: Notícias Agrícolas

Cem modos de fazer expresso ou coado?! Mark, 'o original', sabe.

Fotógrafo canadense criador da expressão 'coffee geek' gosta tanto de café que se tornou professor da matéria

O canadense Mark Prince é "o coffee geek", "o original", como faz questão de frisar. Foi ele quem criou a expressão que designa os supernerds do café. Ops, nerd não: Prince é geek. "Um amigo me chamava de coffee nerd. Um dia respondi: 'Sou coffee geek, não coffee nerd.' O termo pegou. Registrei o domínio CoffeeGeek.com e depois lancei o site", diz em entrevista ao Paladar, de Vancouver.

Fotógrafo e designer gráfico, apaixonou-se pela cultura do café numa viagem à Europa nos anos 90. "Adorei a cena do café na França, ainda que a qualidade da bebida fosse medíocre. Quando cheguei à Itália e tomei meu primeiro expresso de verdade, fiquei completamente viciado."

Em 2000, começou a estudar o café. Fez os cursos profissionais da Specialty Coffee Association of America (SCAA) - de degustação, torrefação, avaliação e métodos de preparo - e também o de barista e de juiz dos campeonatos de barista. As resenhas sobre equipamentos e a obsessão pelo funcionamento perfeito resultaram em contratos para testar máquinas de empresas como a La Marzocco e a fabricante de moinhos Baratza. O hobby virou trabalho. "Fui pioneiro em analisar equipamentos e processos na extração de expresso", diz. Hoje, além de fotógrafo, designer, consultor e crítico, dá aulas sobre a bebida. No ano passado montou um laboratório em que mostrava mais de cem maneiras de preparar café coado e expresso. "Há dez anos, achávamos que sabíamos tudo sobre café, mas não sabíamos. Agora parece que sabemos muito sobre métodos de preparo, mas em breve vamos olhar para trás e dizer: "Uau, como éramos ignorantes."
Fonte: ESTADO DE S. PAULO

Café: Em baixa há cinco anos, estoque mundial cai para 1,99 milhão de sacas

Fenômenos como La Niña podem prejudicar ainda mais a oferta internacional e também a brasileira.

Com os problemas no abastecimento mundial, os produtores brasileiros esperam que a alta do café deste ano seja duradoura, e que os preços não voltem aos níveis dos últimos anos, desestimulantes. "O mercado vai ter que se acostumar com um novo patamar de preços", afirma Lúcio Araújo Dias, superintendente comercial da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé).

O motivo é a redução dos estoques mundiais da commodity. Em 2004, os estoques mundiais de café eram superiores a 5 milhões de sacas de 60 kg. Desde então, iniciaram uma trajetória gradual de queda, atingindo 3 milhões em 2009.Este ano,com a baixa oferta internacional ocorrida pelas quebras da Colômbia, a cifra desabou para 1,99 milhão de sacas em 16 de setembro.

O processo de recomposição desses estoques é lento, e é necessário no mínimo uma temporada para recuperar os níveis após uma quebra. No entanto, o próximo ano promete novas turbulências. No Brasil, será ano de baixa oferta, pela bienualidade dos cafezais - os pés de café, após um ano de alta colheita, tendem a ser menos produtivos, pelas características da planta.

E a safra brasileira ainda deve ser prejudicada pelo tempo seco previsto para os próximos meses, consequência do fenômeno La Niña. Com a falta de chuvas, as floradas devem ocorrer em menor quantidade, diminuindo a produção de grãos. "Haverá uma forte queda na produção de café na próxima safra. A seca está muito acentuada", prevê Armando Matielli, diretor-executivo da Associação Nacional dos Sindicatos Rurais das Regiões Produtoras de Café e Leite (Sincal). "No ano que vem, o preço vai disparar", aposta.

Cenário internacional

A baixa oferta no Brasil pode ser agravada ainda mais por uma temporada fraca nos demais países produtores. Na América Central, a temporada de furacões pode abalar novamente a colheita, como ocorreu este ano, em que a produção foi afetada pela tempestade tropical Agatha. Na Colômbia, o clima deve influenciar negativamente a produção pela terceira vez seguida: lá o efeito do LaNiña é o oposto do que ocorre no Brasil, causando maior incidência de chuvas.

De acordo com Gil Barabach, o quadro de altos preços não vai se inverter. "No cenário mais otimista, no caso de termos uma colheita internacional boa, os preços podem afrouxar um pouco", afirma. "Mas se o pior cenário se confirmar, os preços podem ter outra disparada. Vai ser assim até que haja tempo de recompor os estoques".

Para o analista, o mercado não corre o risco de sofrer uma bolha especulativa. "Sempre há um componente de especulação em produtos negociados na bolsa, mas desta vez a alta é baseada em fundamentos de mercado."
Fonte: Brasil Econômico

Clima: Previsão do tempo na região Sudeste (30/09 à 03/10)

Região Sudeste

30/09/2010 - Quinta-Feira
Nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e em São Paulo.
Temperatura: Máx.: 34°C Mín.: 10°C

01/10/2010 - Sexta-Feira
Nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas em Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e em São Paulo.
Temperatura: Máx.: 35°C Mín.: 11°C

02/10/2010 - Sábado
Nublado com pancadas de chuvas isoladas em Minas Gerias, Espírito Santo, Rio de Janeiro e em São Paulo.
Temperatura: Máx.: 35°C Mín.: 9°C

03/10/2010 - Domingo
Nublado a encoberto com pancadas de chuva e trovoadas isoladas em Minas Gerais, no Rio de Janeiro, nas regiões sul, serrana, central e Grande Vitória, no Espírito Santo e em São Paulo. Demais áreas, sol com poucas nuvens.
Temperatura: Máx.: 33°C Mín.: 8°C
Fonte: Inmet

Café: Exportações devem atingir US$ 5 bilhões

As exportações de café verde totalizaram 19,6 milhões de sacas de 60 kg em 2010 (até agosto, dado mais recente), de acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

A cifra praticamente repete o dado do mesmo período de 2009. No entanto, a receita disparou com a alta dos preços. Em 2009, até agosto, o faturamento das exportações da commodity foi de US$ 2,68 bilhões. Este ano, a cifra atingiu US$ 3,11 bi, ou US$ 430 milhões a mais. Até o fim do ano, a previsão da Cecafé é que os embarques fiquem iguais aos do ano passado, entre 30 milhões e 30,5 milhões de sacas. Já a receita deve bater o recorde dos US$ 5 bilhões, superando os US$ 4,27 bilhões do ano passado e o recorde anterior, de US$ 4,75 em 2008. Os maiores mercados compradores são a União Europeia e os Estados Unidos. A UE respondeu por 50% das vendas externas do setor neste ano, até agosto, com forte participação da Alemanha e Itália. Os EUA ficam em segundo lugar, destino de 20% das exportações do produto.
Fonte: Brasil Econômico

Café: Bolsa segue mercado e eleva padrão de qualidade dos contratos do grão

Nova classificação aproxima o café negociado do tipo mais comum usado para a exportação.

A busca da cafeicultura por padrões de qualidade superiores chegou até os contratos futuros negociados na BM&FBovespa. A bolsa liquidou no último dia 22 o primeirovencimentofuturo de café com o padrão de qualidade 4-5, que substituiu o café tipo 6 a partir do contrato de setembro de 2010. "O tipo 6 demandava um rebeneficiamento para chegar ao padrão de exportação", explica o diretor de commodities da BM&FBovespa, Ivan Wedekin.

A classificação é medida pela quantidade de defeitos encontrados em uma amostra durante análises técnicas. A alteração foi feita em maio, a partir de demandas do próprio mercado de café. O objetivo é facilitar o uso dos preços do grão na bolsa como referência para operações comerciais. Isso porque,agora,os contratos futuros passarão a indicar diretamente o preço esperado para o café mais comum de exportação. "Quando o importador conhece o padrão que é negociado em bolsa, sente-se mais estimulado a usar esses contratos futuros", avalia Wedekin.

Além disso, a elevação do tipo de café referenciado em bolsa também barateia os custos logísticos de quem preferir fazer a liquidação física dos contratos futuros - ou seja, literalmente entregar o café na data de vencimento do contrato para um comprador, via bolsa. "Sem precisar beneficiar o café entregue via bolsa, já há exportador mandando o contêiner direto da cooperativa para o porto de Santos", afirma Wedekin.

Historicamente, só cerca de 0,5% dos contratos de café são liquidados no mercado físico, mas atualmente é um momento de exceção. Aquele com vencimento em setembro 2010 teve 2,5 mil contratos sendo liquidados fisicamente, o segundo maior volume da história da bolsa paulista. O recorde de 4,5 mil contratos pertence a setembro de 2009.

Considerando que cada contrato é de 100 sacas, o laboratório da BM&FBovespa vai classificar 250 mil sacas de café neste mês. E, pela primeira vez, fará a classificação para o café tipo 4.5, e não mais o tipo 6. "Será o primeiro teste de liquidação física após a alteração do contrato, e logo em um momento de grande volatilidade de preços", diz o diretor da Bolsa.

Em momentos de maior volatilidade, tende a crescer o número de contratos com liquidação física, explica Wedekin. Nos últimos quatro anos, apenas sete vencimentos futuros de café na BM&FBoves-pa superaram os mil lotes liquidados fisicamente.
Fonte: Brasil Econômico

Cafeicultura sai da crise e retoma investimentos

Alta na cotação e produção perto do recorde recuperam bolso do produtor e ciclo de investimentos, com foco na qualidade.

Duas semanas depois de encerrar a colheita em seus 100 hectares de café, o produtor mineiro Hugo Villas Boas já tomou a decisão: vai investir R$ 100 mil em um sistema de despolpa para agregar valor a seus grãos. "O resultado desta safra compensatória me deu coragem de investir", diz o cafeicultor, que tem propriedade entre Guaxupé e Guaranésia, principal região produtora do país.

O investimento de Villas Boas encontra eco entre os vizinhos e faz todo o sentido dentro do atual mercado mundial de café. A alta de preços na Bolsa de Nova York já beira os 50% sobre setembro de 2009, e foi puxada principalmente por quebras de produção na América Central e, em especial, na Colômbia.

São países que exportam cafés de alta qualidade, e por isso são os grãos de maior valor que estão fazendo mais falta no mercado. É o caso do café do tipo cereja descascado, que Villas Boas vai passar a produzir com o novo investimento. A saca desse café vale cerca de R$ 370 em Guaxupé, bem mais do que o café comum,chamado de bica corrida, que é vendido por R$ 312.

A conjunção de preços bons com a segunda maior safra da história do país, de 47,2 milhões de sacas, está funcionando não só como um sopro de esperança para a cafeicultura brasileira, mas como uma oportunidade de investimento no ganho de qualidade.

Fornecedor da torrefação italiana Illy, o cafeicultor Galdino Norberto de Paula, de Campo Verde (MG) decidiu investir na área de terreiro e secagem do grão, além do tratamento da água utilizada no descascador - equipamento necessário para a produção do cereja descascado. "O foco dos nossos investimentos é sempre melhorar a qualidade", disse o cafeicultor na sexta-feira dia 24, durante a última edição de 2010 do programa BM&FBovespa Vai ao Campo, em Guaxupé.

Essa recuperação da cafeicultura deve muito ao clima, uma vez que que em 2009 as chuvas no final do ano facilitaram a florada dos cafezais. Já o tempo seco deste ano colaborou com o processo de secagem de grãos. O resultado é uma produção próxima do recorde, e com alta qualidade. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra de café beneficiado deve atingir 47,2 milhões de sacas, quase 20% acima do ano passado.

Não se pode esquecer que 2010 é um ano de "safra cheia", já que o café sempre oscila organicamente entre um ano de alta e outro de baixa produtividade. Mas a previsão da CONAB chega perto do recorde de 48,5 milhões de sacas colhidas em 2003.

Sustentação

A colheita é quase recorde e está praticamente concluída, mas nem com os armazéns cheios os preços dão sinal de ceder. "A colheita está maior do que no ano passado, mas não há disponibilidade para atender toda a necessidade do mercado", afirma o superintendente da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), Lúcio Araújo Dias.

Assim como Villas Boas, outros cafeicultores ficaram desestimulados de investir nos últimos anos. "Os preços de café ficaram baixos durante tanto tempo que agora devem subir", afirma Dias.

Soma-se a isso a quebra de um quarto da safra colombiana por conta das chuvas (cerca de 3 milhões de toneladas a menos) e está explicada a alta. "O mundo vem produzindo, de 2005 pra cá, abaixo do que o mercado precisa", explica o analista da Safras e Mercado, Gil Barabach.

O efeito começa a ser sentido no mercado de mudas de café, diz de Paula. "Já há uma movimentação de procura por mudas", afirma ele, Neste ano, de Paula chegou a vender café gourmet por R$ 460.
Fonte: Brasil Econômico

Café: preços realizam lucros e encerram a quarta-feira em queda na Bolsa de NY

Um movimento de realização de lucros após dois dias consecutivos de alta nesta semana fez com que os preços do café recuassem ontem na bolsa de Nova York. A expectativa de chuvas sobre a região produtora do Brasil deve favorecer o desenvolvimento das primeiras floradas e reduzir a preocupação em relação à falta de água que rondava o mercado. Os contratos com vencimento em março terminaram o dia cotados a US$ 1,8725 por libra-peso, queda de 305 pontos. Segundo a Dow Jones Newswires, a queda nas cotações nos Estados Unidos desmotivou produtores brasileiros a manterem o mesmo ritmo de vendas praticado durante os dias de alta no mercado. No Brasil, o indicador Cepea/Esalq do café arábica caiu 1,58% para R$ 323,58 por saca.
Fonte: Valor Econômico

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Safra de café de 2009 foi a pior da história de Cuba

A safra de café de 2009 em Cuba foi a pior da história do país, o que obrigou o governo a gastar US$ 40 milhões com a importação do produto, segundo a imprensa cubana.

"A deterioração da produção nos anos anteriores teve a queda mais dramática na colheita de 2009, a pior em nossa história cafeicultora, ao somar apenas 5,5 mil toneladas", informou nesta quarta-feira (29) o jornal oficial Granma.

Segundo as previsões para o próximo ano, o gasto com importação deste produto pode aumentar para US$ 47 milhões, "uma carga pesada que o país não pode suportar por mais tempo", comenta a publicação.

O governo afirma que o responsável pela queda é a carência de força de trabalho no campo -- que obriga a uma "custosa mobilização anual" de estudantes e trabalhadores de outros setores -, a ineficiente aplicação de tecnologia ao cultivo, entre outros.

Cuba tem passado, desde o início da gestão de Raúl Castro por um programa de substituição de importações. Atualmente o país compra do exterior 80% do que consome.

As 5.500 toneladas colhidas correspondem a 9% da melhor colheita de sua história, registrada entre 1961 e 1962, quando foi alcançado o patamar de 60,3 mil toneladas. O país pretende chegar a 22 mil toneladas em 2015, aproximando-se dos números dos anos 1970, quando a safra era em torno de 28 mil e 30 mil toneladas.

Atualmente, 80.700 hectares são dedicados ao cultivo de café, dos quais 85% são utilizados, porém "mal aproveitados".
Fonte: DCI

Estudo: enfermeiros são os profissionais que mais tomam café

Pesquisa do instituto americano Harris Interactive apontou quais são os profissionais que mais consomem café no horário de trabalho, ou que são mais dependentes da bebida. A lista é liderada por enfermeiros, logo a frente dos médicos. As informações são do site WebMD.

A pesquisa avaliou 3,6 mil profissionais, sendo que 43% dos pesquisados relataram produzir menos quando não consomem a bebida no trabalho e cerca de um terço dos trabalhadores disse precisar de café apenas para poder aguentar o dia de trabalho.

"A pesquisa mostra que obter energia extra de manhã e durante o dia ajuda nos níveis de produção", disse ao site Richard Castellini, diretor de marketing da empresa Carrer Builder, que encomendou o estudo.

A pesquisa também mostra que os mais jovens são mais dependentes do café e que um quarto destes compra café como recompensa por um trabalho bem feito, além de que mais de um terço dos profissionais não para apenas na primeira xícara.

A lista, liderada por enfermeiros e médicos, traz também, na ordem de consumo, físicos, empregados de hotéis, arquitetos e designers.
Fonte: Terra

Café: preços avançam em Nova York mesmo com expectativas de chuva no Brasil

Nem mesmo a expectativa de que as chuvas previstas para as regiões produtoras de café do Brasil beneficiarão o desenvolvimento das lavouras evitou que os preços do grão na bolsa de Nova York voltassem a subir no pregão de ontem. Os contratos com vencimento em março terminaram o dia cotados a US$ 1,903 por libra-peso, com valorização de 645 pontos. Segundo informações da Bloomberg, as áreas de produção no Brasil receberão nos próximos dias um volume adequado de chuvas, permitindo o bom desenvolvimento das floradas. Com isso, a possibilidade de 60% para a ocorrência de tempestades de granizo caiu para apenas 10% nos próximos dias. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq do café arábica fechou a R$ 328,76 por saca, alta de 1,96%.
Fonte: Valor Econômico

Clima: Pancadas de chuva e trovoadas em Minas Gerais

REGIÃO SUDESTE

29/09/2010 - Quarta-Feira
Nublado a encoberto com pancadas de chuva e trovoadas em Minas Gerais. Parcialmente nublado a nublado com chuvas isoladas no Espírito Santo. Nublado com chuvas isoladas no Rio de Janeiro. Nublado a parcialmente nublado com chuvas isoladas em São Paulo.
Temperatura: Máx.: 34°C Mín.: 11°C

30/09/2010 - Quinta-Feira
Encoberto a nublado com pancadas de chuva em Minas Gerais. Nublado a parcialmente nublado com chuvas isoladas no Espírito Santo. Nublado com pancada de chuva no Rio de Janeiro. Parcialmente nublado a com possibilidade de chuva isolada em São Paulo.
Temperatura: Máx.: 33°C Mín.: 12°C

01/10/2010 - Sexta-Feira
Nublado com pancadas de chuva isolada em Minas Gerias. Parcialmente nublado a nublado, com possibilidade de chuva e trovoadas isoladas no Espírito Santo. Parcialmente nublado a nublado, com possibilidade de chuvas isoladas no Rio de Janeiro. Nublado a parcialmente nublado com pancadas de chuvas isoladas em São Paulo.
Temperatura: Máx.: 35°C Mín.: 12°C

02/10/2010 - Sábado
Nublado com pancadas de chuva e trovoadas no sul, oeste, norte, centro e noroeste de Minas Gerais. Demais regiões mineiras, Rio de Janeiro e Espírito Santo, parcialmente nublado a nublado com chuvas isoladas.
Temperatura: Máx.: 34°C Mín.: 11°C
Fonte: INMET

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Produtor rural deve recuperar renda em 2011, estima setor de insumos

Crescimento da receita ao agricultor está previsto em 8%

A Câmara Temática de Insumos Agropecuários, órgão consultivo vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), realizou reunião nesta segunda, dia 27, e concluiu que o ano agrícola 2010/2011 será um período de recuperação da renda para o produtor rural.

– Teremos um crescimento na produção de grãos de 2% na comparação com a safra passada, chegando a 152 milhões de toneladas, mas com um crescimento de 8% da receita ao agricultor, que deverá alcançar R$ 85,3 bilhões para grãos. Se agregarmos as culturas perenes, como café, cana-de-açúcar e citricultura, chegaremos a R$ 183 bilhões – afirmou o presidente da Câmara, Cristiano Walter Simon.

Os números citados por Simon referem-se a estudo realizado pela RC Consultores para a Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef). O trabalho aponta que em 2010 a renda total do setor agrícola, envolvendo as culturas temporárias de algodão, arroz, feijão, milho, soja e trigo, e as lavouras perenes como as de café, cana-de-açúcar, fumo, laranja, além de outras culturas, alcançará R$ 174,7 bilhões. O setor de grãos, sozinho, registrará renda de R$ 78,8 bilhões este ano, indica a projeção apresentada na Câmara Setorial. A Andef projeta crescimento de 3% na produção de soja e de 10% para o algodão.

A perspectiva de recuperação da renda do produtor leva em consideração dois fatores, alertou Simon.

– O aumento dos preços das commodities tem ajudado o produtor, evidentemente. Há também redução ou pelo menos o equilíbrio dos preços dos insumos em relação à safra passada, o que também ajudou na relação de troca do produtor – disse Simon, que também é diretor executivo da Andef.

A Câmara divulgou alguns números referentes ao desempenho do setor de fertilizantes e de insumos deste ano. Entre janeiro e agosto, a produção de fertilizantes no país alcançou 6,4 milhões de toneladas, o que representa um crescimento acima de 20% na comparação com os 5,3 milhões de toneladas de igual período do ano passado. As importações somaram 8,9 milhões de toneladas entre janeiro e agosto deste ano, mais de 40% frente os 6,3 milhões de toneladas em igual período do ano passado.

Já o total de entregas ao consumidor final – o produtor rural – somou 13,6 milhões de toneladas no acumulado dos oito primeiros meses deste ano, representando crescimento de 3% em relação ao total de 13,2 milhões de toneladas do mesmo período do ano passado. Os dados foram apresentados pela Associação dos Misturadores de Adubos do Brasil (AMA).

No segmento de defensivos, a Câmara Setorial divulgou dados de faturamento calculados pela Andef, indicando US$ 539 milhões de vendas em julho deste ano frente a US$ 534 milhões em julho de 2009. Não foram divulgados dados referentes ao resultado parcial acumulado desde o início do ano. Há projeção de que o setor de defensivos encerre 2010 com faturamento de US$ 2,447 bilhões, em ligeiro crescimento frente aos US$ 2,426 bilhões do ano passado.

As operações com herbicidas devem atingir US$ 927 milhões este ano, o segmento de inseticidas deve movimentar US$ 690 milhões e o de fungicidas, US$ 675 milhões. Segundo Simon, os números comprovam que não há "euforia em relação aos resultados", mas uma "questão de sustentabilidade nesse crescimento".
Fonte: Agência Estado

Treinamento mostra que boa qualidade influência no sabor do café

Com o objetivo de apresentar, na prática, aos cafeicultores de Linhares como a utilização das boas práticas agrícolas influenciam no sabor final da bebida, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), realiza nesta terça (28), quarta (29) e quinta-feira (30), na Fazenda Experimental do Instituto em Linhares, um treinamento sobre a qualidade do café Conilon. Na oportunidade, os produtores e técnicos da região poderão degustar o café e avaliar como um produto de boa qualidade tem um melhor sabor, quando comparado a outro de qualidade inferior.

De acordo com o pesquisador do Incaper, Antônio Carlos Benassi, o curso não vem para formar degustadores de café, mas para mostrar na prática como a utilização de práticas inadequadas - principalmente no momento da colheita, secagem e beneficiamento do café – prejudica o produto final.


“Colher o café verde, demorar no transporte da lavoura para o terreiro ou secador, secar com altas temperaturas, usar lenha verde ou palha de café úmida no secador, secar o café em terreiro de terra, embalar o café em sacarias velhas e sujas, e armazenar a produção em locais inadequados são alguns dos fatores que podem contribuir para prejudicar a qualidade do produto”, afirma.

Segundo o pesquisador, o curso pretende estimular o produtor de Linhares a adotar as técnicas para melhorar a qualidade do Conilon, fazendo com que o produto tenha um maior valor agregado e aceitação no mercado. “Esperamos mostrar ao produtor porque o consumidor tende a escolher um produto de melhor qualidade e pagar um valor mais alto por ele”, completa.

O curso terá três turmas com 12 pessoas cada uma, sendo um grupo a cada dia. A quantidade reduzida de pessoas deve-se ao melhor aproveitamento da capacitação. Entretanto, o Incaper pretende realizar mais treinamento como este em Linhares.
Fonte: Incaper

Escassez de café ameaça mercados interno e externo

Diante das incertezas climáticas e da queda na produção de café do Brasil e especialmente da Colômbia, o mercado prevê falta do grão em 2011. Por outro lado, o cenário atual do setor no País, apesar de preços historicamente altos, justamente na entrada da safra 2010, ainda é de indecisão quanto à situação financeira do produtor e investimentos na produção.

A Colômbia, cuja oferta de café é esperada em outubro, nos últimos dois anos registrou queda na produção de mais de 30%. Das 12 milhões de sacas produzidas antes, de acordo com Gil Carlos Barabach, analista da Safras & Mercado, agora são pouco mais de 8 milhões de sacas. "O excesso de chuva hoje pode atrapalhar a próxima temporada colombiana. Os furacões na América Central também devem impactar na oferta mundial de café", afirma.

Segundo Barabach, a produção atual no Brasil opera no limite, apenas para repor estoque.

Em 2011, a situação deve ser ainda pior em função do ciclo negativo da cultura. "No ano que vem, o País não deve produzir nem para o gasto e os estoques não vão atender a demanda."

De acordo com Caetano Berlatto, especialista em café da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), em 2011, sem contar com interferências climáticas, o Brasil deve colher entre 39 e 40 milhões de sacas de 60 quilos. No entanto, o atraso nas chuvas já compromete a floração do grão.

O volume do grão produzido no Brasil em 2010, segundo o especialista, apesar da safra cheia, de 47,2 milhões de sacas estimadas, é de qualidade inferior. "Em Minas Gerais, a seca em alguns municípios da Zona da Mata reduziu a produtividade em 30%."

A consolidação da previsão de chuva para esta semana e início de outubro, segundo Barabach, é que vai direcionar o mercado.

Para o analista, a escassez de café suave para blend da indústria, tradicionalmente produzido pelos colombianos, com a safra da América Central que não foi suficiente para suprir a demanda, além da falta de certificação do grão brasileiro em Nova Iorque, coloca em xeque o abastecimento mundial, causando consequentemente aumento nas cotações do produto. "Se os problemas climáticos se concretizarem os preços podem ultrapassar a casa dos 200 centavos de dólares por libra peso", conclui o analista.

Os valores do café, segundo Barabach, que começaram o ano em alta, em torno de 135 centavos de dólares por libra peso, não devem mais retornar a esse patamar. Já que a falta do produto com a queda na Colômbia e a previsão de um La Niña intenso devem contribuir ainda mais na elevação da commodity. Os contratos de dezembro, ainda de acordo com o analista, giram em torno de 182,75 centavos de dólares por libra peso.

"O mercado acomodou na média de 180 centavos de dólares por libra peso a espera de uma definição climática", explica.

O pico histórico nos preços ocorreu no dia 8 de setembro, quando o café atingiu 198,55 centavos de dólares por libra peso. "Esse foi o maior preço referencia em 13 anos", diz, acrescentando que os preços no mercado interno brasileiro acompanham a flutuação do externo.

De acordo com o especialista, no início de 2009 o diferencial de preços entre o café tipo cereja descascado e o tipo 6 ficava entre R$ 30 e R$ 40 por saca, e de julho para cá, o salto registrado está entre R$ 70 e R$ 80.

Dentro do panorama mundial, outro agravante, segundo Berlatto, está na queda anual dos estoques mundiais de café.

Nos últimos cinco anos, a relação produção e consumo mostra um déficit de mais de 6 milhões de sacas. "Esse cenário ainda deve se manter nos próximos anos", afirma. Para 2011, segundo ele, a tendência é de preços firmes.

Diante das incertezas climáticas e da queda da produção de café do Brasil e especialmente da Colômbia, o mercado prevê falta do grão em 2011. Por outro lado, o cenário atual do setor no País, apesar de preços historicamente altos, justamente na entrada da safra 2010, ainda é de indecisão quanto à situação financeira do produtor e a investimentos na produção. A Colômbia, cuja oferta de café é esperada em outubro, nos últimos dois anos registrou queda de mais de 30% da produção: os 12 milhões de sacas produzidos antes, segundo Gil Barabach, analista da Safras & Mercado, agora são pouco mais de 8 milhões. "O excesso de chuva hoje pode atrapalhar a próxima temporada colombiana. Os furacões na América Central também devem ter impacto na oferta mundial de café", diz.
Fonte: Revista Cafeicultura

Café: Preços voltam a subir na Bolsa de Nova York

Após a queda no pregão da sexta-feira, as cotações do café na bolsa de Nova York voltaram a subir com força. Os futuros com vencimento em março encerraram o dia de ontem a US$ 1,8385 por libra-peso, alta de 165 pontos. De acordo com a Bloomberg, as importações de café da Venezuela aumentaram cerca de 76% na primeira metade deste ano, na comparação com o mesmo período de 2009, segundo informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. As importações totalizaram 3,11 milhões de quilos (6,8 milhões de libras) comparado com 1,76 milhões de quilos em igual intervalo de 2009. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq fechou praticamente estável com variação positiva de 0,1% com a saca de 60 quilos a R$ 322,44.
Fonte: Valor Econômico

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Franquias de Cafeterias avançam para fora dos shoppings

Na busca por espaços com um grande fluxo de pessoas, as franquias passam a diversificar o grupo de atuação e deixam de estar presentes apenas em shoppings e lojas de rua, pois começam a brigar por espaços em aeroportos, clubes de futebol e já disputam até mesmo os estádios onde devem acontecer os jogos da Copa do Mundo, que será no Brasil em 2014. Supermercados e hospitais são outro foco das empresas de alimentação, de olho no alto giro de consumidores nesses locais, dizem especialistas.

Um exemplo é o Shopping das Franquias, que hoje possui quatro marcas sob a sua direção, sendo que três são franquias de alimentação. A Tostare Café tem 25 lojas e prevê ter até 2013 cerca de 140 pontos. "Esta marca, depois de vencer uma licitação com a Infraero, irá começar a atuar em um aeroporto de São Paulo", segundo o proprietário da holding, Luis Renato Bischoff. Ele ainda complementa que a cafeteria já atua em um supermercado no Rio Grande do Sul, da rede Zaffari.

A outra marca que pertence ao Shopping das Franquias é a Camarão na Rede, com duas lojas e que espera ter 90 pontos-de-venda até 2013. A outra bandeira é a franquia especializada em comida japonesa Click Sushi, com 90 pontos e meta de atingir até 2013 cerca de 200 unidades. Segundo o porta-voz do Shopping das Franquias, todas as lojas a serem abertas tendem a estar estrategicamente distribuídas. "Todas as aberturas estão focadas nos estados que irão sediar a Copa e nas principais capitais do Brasil. O crescimento será com recursos próprio", explicou.

Ano passado o Shopping faturou R$ 9 milhões e este ano deve crescer 30%. Conforme Bischoff, a expansão deve acontecer por meio de recursos próprios e a captura de novos franqueados está na nova metodologia de pagamentos. "Hoje quem já está em qualquer lugar do País com uma marca nossa poderá abrir mais um ponto e parcelar em 36 vezes por meio de boleto. É um acordo de confiança entre nós e o nosso parceiro", enfatizou.

Seguindo a maré

Outra do ramo de franchising é a Platinan Franquias que tem sob seu guarda-chuva a rede Vanilla Café (cafeteria) e a Bon Grillê (franquia de alimentação). Ela também possui planos para investir nos eventos mundiais que começarão no País em 2014. Um dos planos da rede é investir em um treinamento diferenciado para os funcionários, como a contratação de profissionais bilíngues. Os cardápios serão disponibilizados em inglês e espanhol para facilitar o treinamento, explica o superintendente de Marketing e Novos Negócios da holding, Sérgio Freire.

O executivo diz que o plano é tudo estar pronto até dois anos antes da Copa do Mundo, no caso da Vanilla Café. "O plano de expansão pretende chegar a 100 lojas em 2012", enfatizou o porta-voz. No ano passado, o faturamento da rede foi de R$ 25 milhões. Para 2010 a meta é crescer 20%. A cafeteria está presente em cinco estados brasileiros, e atua hoje em dia com 25 pontos-de-venda no mercado interno. O plano de expansão do Vanilla Caffè prevê a abertura de mais 8 lojas até o final de 2010. "Em breve, abriremos uma unidade Vanilla Caffè no novo Hospital Sabará, uma outra aposta inovadora", explicou o executivo.

Segundo o porta-voz a Platinan Franquias aposta forte no crescimento do portfólio de produtos e serviços voltados à alimentação fora do lar, e com o Bon Grillê a marca inovou sua atuação ao inaugurar este segundo semestre uma loja fora de um centro de compras, no saguão principal do Hospital Nossa Senhora de Lourdes, localizado na zona sul de São Paulo. Com 50 unidades no País e 15 anos no mercado de fast-food em praças de alimentação, o Bon Grillê investiu R$ 500 mil no reposicionamento da marca. No ano anterior faturou R$ 42 milhões e em 2010 deve obter um crescimento de 19%.

Mercado

Segundo pesquisa realizada pela empresa de consultoria Ernst & Young, feita em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), a Copa do Mundo de 2014 poderá gerar um total de R$ 142 bilhões adicionais para o Brasil, nos próximos anos. A estimativa é que sejam gerados 3,63 milhões de empregos, aumentando a renda da população em R$ 63,48 bilhões, até 2014. Para o mercado varejista, as notícias são positivas e o consumo será crescente até o mundial. Porém, é necessário que os comerciantes se alinhem quanto a essa demanda e, principalmente, se atualizem em questões de capacitação, tecnologia e automação bancária.

Redes de restaurantes e de cafeterias começam a buscar a abertura de unidades em aeroportos, estádios e hospitais. A meta é ter espaços em cidades que sediarão a Copa de 2014, diz o proprietário da empresa Shopping das Franquias, Luis Renato Bischoff, que detém quatro marcas na área de fast-food. "Todas as nossas aberturas serão focadas nos estados que irão sediar a Copa, além das principais capitais do Brasil ", disse.

Uma das marcas é a Tostare Café, com 25 lojas e meta de até 2013 ter 140 pontos.
Fonte: Revista Cafeicultura

Minas reafirma liderança no mercado mundial de café

O sucesso das vendas externas nesse segmento é decorrente do crescimento das exportações

As exportações mineiras do complexo café (grão e solúvel), no período de janeiro a agosto de 2010, alcançaram receita recorde na comparação dos resultados obtidos pelo Estado em cada um dos períodos acumulados dos oito primeiros meses do ano desde 2001. Esta é uma das conclusões da Superintendência de Política e Economia Agrícola (Spea) da Secretaria da Agricultura de Minas após avaliar os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC/Secex).

De acordo com Márcia Aparecida de Paiva Silva, assessora técnica da Spea, o valor alcançado pelas exportações estaduais do café, até agosto de 2010, foi de US$ 2,2 bilhões, 26,3% superior ao registrado no mesmo período de 2009. "O grande sucesso das vendas externas nesse segmento é decorrente do crescimento das exportações de café em grão, que representou cerca de 99,5% das exportações mineiras do complexo café, nos primeiros oito meses de 2010.

O crescimento da receita de exportação do grão foi de 27,0% ante o período de janeiro a agosto de 2009", ela explica. A assessora ainda considera que o fato de Minas ter a maior parte de sua produção, cerca de 99,0%, destinada ao café arábica contribui para a significativa exportação do grão frente ao café solúvel – fabricado a partir da variedade robusta. "As exportações mineiras fazem do Estado o maior exportador mundial de café em grão, respondendo por 78,5% das exportações nacionais."

Principais destinos

Os seis principais países de destino do café em grão mineiro em 2009 – Alemanha, Estados Unidos, Itália, Japão, Bélgica e Espanha – mantiveram as suas posições em 2010, com captação de 70,4% das exportações mineiras do produto no período de janeiro a agosto. Márcia Silva diz que aqueles destinos das exportações mineiras apresentaram crescimento das importações, entre os primeiros oito meses de 2009 e 2010. Destaca-se o incremento das aquisições dos Estados Unidos – tradicional mercado consumidor de café – que foi de 35,2%, chegando a US$ 428,9 milhões em 2010.

Os preços em alta do café contribuíram para o crescimento da receita de exportação do grão. A assessora observa que, segundo informações da Organização Internacional de Café (OIC) apesar de uma produção maior em vários países, o aumento do preço indica alguma incerteza relacionada aos problemas de oferta no curto prazo. "É válido ressaltar que a melhor remuneração é direcionada ao grão de qualidade superior, considerado escasso no mercado internacional", assinala.

Produção global

O incremento da produção mundial é sinalizado em 11,2%, comparando-se as safras 2009/2010 e 2010/2011, de acordo com informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda). Para o período 2010/2011, a produção global é estimada em 139,7 milhões de sacas de 60 quilos, maior volume desde o início da década de 1960.

De acordo com Márcia Silva, o aumento da produção de café arábica, que deve responder por 61,5% da produção mundial do grão, em 14,4%, contribui para o crescimento do volume mundial. O café robusta, por sua vez, deve registrar acréscimo na produção de 6,4%, chegando a 53,7 milhões de sacas de 60 quilos.

Em termos de estoques, são previstos incrementos de 16,0% entre as safras 2009/2010 e 2010/2011, quando o volume estocado deve chegar a 36,3 milhões de toneladas. A União Europeia – que responde por maior parcela dos estoques mundiais (47,4%) – estima incremento em seus estoques de 3,0%. No grupo dos demais países que se destacam em termos de estoque – Brasil, Estados Unidos e Vietnã – a previsão também é de acréscimo.

Força do arábica

O Brasil é o maior produtor mundial de café, respondendo por 39,6% da produção mundial de arábica e robusta. Somente na variedade café arábica, a produção brasileira atinge 48,6% da produção global, e em seguida a produção da Colômbia responde pela parcela de 10,5%.

A produção brasileira, segundo dados da CONAB, é estimada em 47,2 milhões de sacas, 19,6% maior que o volume registrado na safra anterior. Minas Gerais é o maior Estado produtor e responde por 52,3% da produção nacional, equivalente a 24,7 milhões de sacas. Em comparação à safra anterior, de bienalidade negativa, a produção mineira apresenta crescimento de 24,7%.
Fonte: Revista Cafeicultura

Clima: Semana chuvosa nas áreas produtoras de café

O padrão da atmosfera mudou e a chuva voltou de forma mais generalizada nas áreas produtoras de café. Nas últimas 24 horas, registrou-se volumes médios de 30 mm em algumas localidades do interior paulista e sul de Minas Gerais. Esta chuva está associada com uma frente fria que chegou ao Sudeste no fim do sábado.

Ao longo dessa semana, a frente fria se mantém na costa da Região Sudeste e é alimentada por novas áreas de instabilidade. Dessa forma, a chuva continua entre o norte do Paraná e o centro-sul de Minas Gerais. Na zona da Mata as chuvas ocorrem de forma mais isolada.

Em Minas Gerais as condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com trovoadas e rajadas de vento ocasionais no SUL e ZONA DA MATA do estado, no período entre 00:00, do dia 25/09/2010, às 09:00, do dia 27/09/2010. Condições meteorológicas favoráveis à ocorrência de baixa umidade relativa do ar, abaixo de 30%, no NORTE e NOROESTE do estado, no período entre os dias 24/09/2010 e 27/09/2010.

Previsão do tempo para a região Sudeste

Segunda, 27 de setembro de 2010
Nublado a encoberto com pancadas de chuva e trovoadas esparsas em São Paulo. Demais áreas, nublado a parcialmente nublado com pancadas de chuva isoladas no Rio de Janeiro, sul e sudeste de Minas Gerais e possibilidade de chuvas isoaldas no centro, oeste e leste deste estado.
Temperatura: Estável Máx.: 35°C Mín.: 11°C

Terça, 28 de setembro de 2010
Nublado a encoberto com pancadas de chuva e trovoadas em São Paulo. Demais áreas, parcialmente nublado a nublado com pancadas de chuva no Sul do Espírito Santo, possibilidade de chuvas isoladas em Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Temperatura: Estável Máx.: 36°C Mín.: 10°C

Quarta, 29 de setembro de 2010
Parcialmente nublado a nublado, pancadas de chuva e trovoadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, sul e sudeste de Minas Gerais. Possibilidade de chuvas isoladas no centro, leste e oeste de Minas Gerais.
Temperatura: Estável Máx.: 36°C Mín.: 8°C

Quinta, 30 de setembro de 2010
Nublado com pancadas de chuva e trovoadas em São Paulo, sul, oeste e sudeste de Minas Gerais. Demais regiões mineiras, Rio de Janeiro e Espírito Santo, parcialmente nublado a nublado com possibilidade de chuvas isoladas.
Temperatura: Estável Máx.: 35°C Mín.: 7°C
Fonte: Somar e Inmet

Café: Chuva em MG pressiona o mercado e preços recuam em NY

Os contratos futuros para o café negociados na bolsa de Nova York encerraram a sexta-feira (25) a US$ 1,8220 por libra-peso, com queda de 90 pontos. Segundo a Dow Jones Newswires, o movimento se deu pela ocorrência de chuvas nas principais regiões produtoras dos Estados de Minas Gerais, Paraná e São Paulo. No pregão anterior, quinta-feira, a commodity tinha subido justamente por causa de preocupações de que a falta de chuvas poderia reduzir a projeção de colheita no Brasil. O país estava diante de uma estiagem que vinha desde abril. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 60 quilos do grão ficou em R$ 322,12, com queda diária de 0,44%. No mês, a commodity já acumula variação negativa de 0,37%.
Fonte: Valor Econômico

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Lucro na agricultura pode cair até 26% por causa das mudanças no clima, diz Ipea

Até 2100, o lucro da agricultura no Brasil pode ter queda de 26% devido às mudanças no clima. As projeções foram divulgadas nesta quarta, dia 22, em Brasília, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Baseado em simulações de clima para os próximos 100 anos, o estudo afirma que de 2040 a 2070 a queda nos lucros do setor agrícola no Brasil será de 3,7%. Os números consideram que as emissões de gases do efeito estufa se mantenham nos níveis atuais.

— Em termos gerais, as mudanças climáticas vão acarretar mudanças na economia brasileira como um todo. Do ponto de vista da agricultura, vai ter mudanças de produtividade em diversas regiões e com efeitos distributivos e regionais — disse o coordenador do estudo, Jorge Hargrave.

Os dados, no entanto, indicam que cada região do país sofrerá diferentes impactos. No Centro-oeste o aumento das temperaturas pode tornar inviáveis determinados cultivos. No Sul, onde as médias são mais amenas, a mudança pode trazer benefícios e aumentar as opções para os agricultores.

O Centro-oeste deve ter queda de 161% na produtividade até 2100. No Norte, a redução deve ser de 124%, e no Nordeste, de 51%. Para o Sudeste, a previsão é de poucas alterações, com queda de apenas 0,5%. A região Sul tem as melhores perspectivas: alta de 17% no mesmo período.

O técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea Gustavo Luedemann pondera as estimativas. Ele explica que as previsões climáticas para o futuro são relativas.

— Estamos hoje em uma fase em que é muito difícil, com a disponibilidade de dado, fazer previsões concretas sobre o aumento ou a diminuição de produtividade na agricultura — diz o pesquisador.

Segundo o instituto, a redução do desmatamento e uso de tecnologia podem amenizar os impactos negativos das mudanças no clima.

— O estudo sugere diversas outras medidas, como o investimento em novas tecnologias, tecnologias de adaptação da agricultura, fortalecendo o papel da Embrapa nessa adaptação. São medidas que eu consigo lembrar e que são prioritárias e muito importantes para o país — disse o coordenador do estudo, Jorge Hargrave.
Fonte: Campo Vivo

Preços do café devem seguir pressionados pela produção menor

Após algumas sessões apresentando queda, os preços do café na Bolsa de Nova York voltaram a fechar com valorização. Nesta quinta-feira, o contrato com vencimento em dezembro fechou com alta de 170 pontos, 0,94%, a 181,65 cents por libra-peso.

Durante a manhã de hoje o presidente da Organização Internacional do Café afirmou que o mercado ficará ainda mais apertado no próximo ano. Nestor Osório acredita que a principal preocupação é se a oferta será suficiente para dar conta da demanda. Em 2011, a produção brasileira passará por um ano de safra menor e as projeções apontam para queda entre 15% e 20% na oferta do País. Além disso, as condições adversas de clima estão afetando as plantações no Vietnã.

Dados da Associação Vietnamita de Café e Cacau mostram que a produção de café no país, que começa no mês de outubro, pode ficar abaixo das 18,72 milhões de sacas previstas pela OIC. Embora algumas lavouras de café tenham sido danificadas por fortes chuvas na região, produtores têm utilizado menos fertilizantes por causa dos altos custos envolvidos na aplicação. Ambos os fatores podem reduzir a produtividade da safra em 2010/11. As plantações também estão envelhecendo, sendo que quase 30% dos cafezais no país têm mais de 20 anos de idade.

Para Nestor Osório “o mercado está muito nervoso, com muita movimentação e especulação". A entidade estima produção mundial entre 133 e 135 milhões de sacas de 60kg de café para 2010/2011. A estimativa para o consumo é de 130 a 132 milhões de sacas. Segundo ele, o consumo também está dinâmico e mesmo a pequena queda registrada durante a crise não foi suficiente para reverter a tendência de alta. Nos últimos dez anos, a demanda por café foi elevada em 25 milhões de sacas. "A demanda continua muito forte. A grande preocupação é saber como manter a oferta de café."
Fonte: Revista Cafeicultura

Mercado de café ficará ainda mais apertado no próximo ano, acredita Néstor Osorio

O diretor-executivo da Organização Internacional do Café (OIC), Néstor Osorio, acredita que o mercado ficará ainda mais apertado no próximo ano. Atualmente, a principal preocupação é se a oferta será suficiente para dar conta da demanda. Osorio lembrou que, em 2011, a produção brasileira apresentará ciclo negativo e as projeções apontam para queda entre 15% e 20% na oferta do País.

Além disso, condições adversas de clima estão afetando as plantações no Vietnã. A safra da Colômbia pode ter alguma recuperação, mas não será suficiente para compensar a retração nos demais produtores. "O mercado está muito nervoso, com muita movimentação e especulação", disse há pouco, em entrevista coletiva na se de da OIC, em Londres. A entidade estima produção mundial entre 133 e 135 milhões de sacas de 60 kg de café para 2010/2011. A estimativa para o consumo é de 130 a 132 milhões de sacas. Essa relação puxa os preços do café, alimentados também pelo dólar fraco.

O setor passou por dois anos seguidos de déficit na Colômbia, se m produto similar capaz de fazer a substituição no mercado. "Os estoques estão sendo usados", reforçou Osorio. Segundo ele, o consumo também está dinâmico e mesmo a pequena queda registrada durante a crise não foi suficiente para reverter a tendência de alta. Nos últimos dez anos, a demanda por café foi elevada em 25 milhões de sacas. "A demanda continua muito forte. A grande preocupação é saber como manter a oferta de café."

Embora cite a especulação como fator a pesar sobre o mercado, Osorio disse que a OIC não qualifica a atividade de investidores privados no setor. Ele também não quis manifestar opinião sobre a nova legislação proposta na Europa para conter a especulação. "Não temos capacidade de determinar se a política de controle dos derivativos é apropriada ou não."
Fonte: Revista Cafeicultura

Encontros visam à melhoria da qualidade e produtividade do café

Dois encontros de cafeicultores serão realizados, nesta sexta-feira (24), pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural, órgão vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag). O XII Encontro de Cafeicultores de João Neiva e o IV Encontro de Produtores de Café Conilon de Atílio Vivácqua possuem o mesmo objetivo: instruir os produtores sobre as modernas técnicas de cultivo, com o intuito de promover a melhoria da qualidade e produtividade na atividade. Em ambos os municípios o café é a principal atividade econômica.

Em João Neiva, a capacitação será das 7 às 12 horas, na Quadra Poliesportiva de Barra do Triunfo, e terá a participação de cerca de 500 produtores do município e região. Na oportunidade, os técnicos do Incaper vão apresentar aos produtores as mais modernas técnicas de nutrição do cafeeiro e controle de pragas e doenças, de modo a garantir a qualidade e a produtividade da próxima colheita.

“A maioria dos produtores da região utilizam técnicas para nutrir a lavoura, mas muitos erram na dosagem dos produtos. Por isso a importância de orientar os agricultores para utilizar os insumos agrícolas de forma racional, de acordo com a realidade da propriedade”, afirma o extensionista do Incaper local, Danilo Sanson.

De acordo com o pesquisador do Incaper, Romário Ferrão, este encontro é um dos mais tradicionais da região, acontecendo pelo 12° ano seguido. “O encontro é importante porque nessa região os produtores de base familiar tem seguido as modernas técnicas recomendadas pelo Incaper, e os conhecimentos repassados em encontros como este têm gerado bons resultados na região. A localidade de Barra de Triunfo – onde é realizado o evento - apresenta uma das maiores produtividades médias do Espirito Santo, superior a 40 sacas por hectare, sendo que alguns produtores chegam a mais de 100”, afirma Romário.

Durante o encontro, o pesquisador irá apresentar um panorama geral da cafeicultura de Conilon no Estado, enfocando as principais tecnologias e os maiores desafios no setor. Além disso, o evento contará ainda com a apresentação de um vídeo sobre as boas práticas agrícolas, explicando a implantação de Áreas de Preservação Permanentes (APPs), Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Reserva Legal.

No município existem cerca de 800 propriedades produtoras de café, em uma área plantada de 4,5 mil hectares, que ao todo produzem aproximadamente 150 mil sacas de café a cada ano. Sendo o café a principal atividade econômica de João Neiva, cerca de 90% de todas as propriedades do município produzem café.

Atílio Vivácqua

Em Atílio Vivácqua, o encontro acontece no Parque de Exposição do município, de 11h30 às 16 horas. Na oportunidade, será apresentado o regulamento do 1º Concurso Municipal de Produtividade de Café Conilon, que deverá acontecer ao final da safra do próximo ano.

Além disso, os produtores serão instruídos sobre a maneira correta de conservação da água na propriedade, por meio do manejo correto da irrigação, para que não ocorra desperdício de água e energia, e também a adequação das estradas rurais, para evitar erosões e enxurradas. Por fim, os participantes receberão informações sobre a situação atual para comercialização do café.

A extensionista do Incaper, Vera Regina Balbino, comenta que o café Conilon está presente em cerca de 600 propriedades das 800 existentes no município. A média de produtividade local fica em torno de 20 sacas por hectare, mas algumas propriedades que já utilizam novas tecnologias para o plantio têm um aumento expressivo na produção. “Os produtores do município que usam a irrigação e outros manejos adequados no cultivo de café Conilon já apresentam uma produtividade três vezes maior em relação à média da região”, completa Vera Regina.

O município que produz cerca de 50 mil sacas de café conilon por ano pretende aumentar esse número através da mudança dos cafeeiros da região para as mudas da variedade de café clonal ‘Incaper 8142’(Conilon Vitória). O Conilon Vitória foi desenvolvido a partir da seleção, avaliação e caracterização de clones ao longo de 20 anos de pesquisas na área de melhoramento genético. A extencionista do Incaper diz que a renovação das lavouras na região será essencial para uma produção maior e de melhor qualidade, para que o café produzido na região receba um maior valor agregado devido a esse ganho na qualidade do Conilon.

As inscrições para o XII Encontro de Cafeicultores de João Neiva acontece no dia do evento a partir das 07h30, enquanto as inscrições do IV Encontro de Produtores de Café Conilon de Atílio Vivácqua tem início às 11h30.

Programação do XII Encontro de Cafeicultores de João Neiva:

07h30 – Recepção e inscrição dos participantes

08h00 – Apresentação do Vídeo – Boas Práticas Agrícolas
(Uso do EPI, Reserva Legal e APP)
Eng° Agrº Oliverio Poltronieri Neves

08h30 – Palestras
Cafeicultura do Conilon no ES: Tecnologias e Desafios
Romário Gava Ferrão – Coordenador do Programa Estadual de Cafeicultura, Pesquisador do Incaper

Manejo de Pragas e Doenças
Maurício José Fornazier – Pesquisador do Incaper
Hélcio Costa – Pesquisador do Incaper

Nutrição do Cafeeiro
André Guarçoni M. - Pesquisador do Incaper

11h00 – Pronunciamento das autoridades
12h00 – Almoço de confraternização

Local: Quadra Poliesportiva de Barra do Triunfo, João Neiva
Programação do IV Encontro de Produtores de Café Conilon de Atílio Vivacqua:

11h30 – Recepção e inscrição dos participantes
12h00 – Abertura solene com pronunciamento das autoridades

12h30 – Palestra 1: Sementes poderosas
Lúcia Maria Mendonça Camargo – IPAPPI

13h00 – Palestra 2: Manejo de irrigação
Ricardo Batista – Incaper

13h45 – Intervalo

14h15 – Palestra 3: Adequação de estradas rurais para conservação de água – caixas secas
Aliamar Comério – Incaper

15h00 – Palestra 4: Comercialização do café
Carlos Renato Alvarenga Teodoro – Cooperativa CAFESUL

15h45 – Lançamento do 1º Concurso Municipal de Produtividade de Café Conilon
16h00 – Encerramento e sorteio de brindes

Local: Auditório da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente
Parque de Exposição de Atílio Vivácqua
Fonte: Incaper

Clima: pancadas de chuva e trovoadas em São Paulo

Região Sudeste

24/09/2010 - Sexta-Feira
Nublado a encoberto com pancadas de chuva e trovoadas em São Paulo. Claro a parcialmente nublado, passando a nublado com possibilidade de chuvas isoladas em Minas Gerais e Rio de Janeiro. Claro a parcialmente nublado no Espírito Santo.
Temperatura: Máx.: 38 °C Mín.: 10 °C

25/09/2010 - Sábado
Parcialmente nublado a nublado com pancadas de chuva isoladas em Minas Gerais e Rio de Janeiro. Parcialmente nublado no Espírito Santo. Nublado a encoberto com pancadas de chuva, por vezes forte, em São Paulo.
Temperatura: Máx.: 38 °C Mín.: 9°C

26/09/2010 - Domingo
Nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas em Minas Gerais. Parcialmente nublado a nublado com chuvas isoladas no Espírito Santo. Nublado a encoberto com chuva no Rio de Janeiro e São Paulo.
Temperatura: Máx.: 36°C Mín.: 9°C

27/09/2010 - Segunda-Feira
Nublado com pancadas de chuva e trovoadas em Minas Gerais e Rio de Janeiro. Parcialmente nublado a nublado com pancadas de chuva e possíveis trovoadas isoladas no Espírito Santo. Nublado a parcialmente nublado com chuvas isoladas no norte e leste de São Paulo.
Temperatura: Máx.: 33°C Mín.: 8°C
Fonte: INMET

Café: Danos da estiagem à safra 2011/12 já são irreversíveis

Apesar de a maioria das regiões brasileiras já ter registrado chuvas nesta semana, agentes consultados pelo Cepea ainda mostram-se preocupados com a produção da próxima safra (2011/12). Colaboradores do Cepea comentam que a longa estiagem que atingiu as praças cafeeiras já ocasionou danos irreversíveis, que deverão ser amenizados apenas na temporada seguinte (2012/13). Segundo agentes consultados pelo Cepea, as expectativas para a safra 2011/12 já não eram de produção elevada, visto que a bienalidade será negativa. Além disso, como a atual temporada (2010/11) foi marcada por um grande volume produzido – acima da maioria dos anos de bienalidade positiva – a próxima temporada pode ser menor em relação a outros anos de bienalidade negativa.
Fonte: Cepea

Café não é mais lucrativo para produtores capixaba, diz pesquisa

A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA divulgou o relatório do custo da produção cafeeira no Espírito Santo, fruto de uma pesquisa do Centro de Inteligência em Mercados, realizada em Jaguaré, Iúna e Vila Valério, referências na produção de café no Estado.

Vila Valério apresentou maior custo na produção de café Conilon. Na região, são gastos R$ 9.351,00 para a produção de 60 sacas de café por hectare. A despesa com a colheita e a pós-colheita é a mais significativa, respondendo por 53% dos custos. Dentro dessa categoria, são despendidos com a mão de obra, 29% do total, entre salários e encargos.

Dos municípios analisados, Jaguaré foi o segundo onde mais se gasta para produzir 60 sacas de café Conilon. Do valor total de R$ 7.540 por hectare, 38% é utilizado na colheita e a pós-colheita, onde estão inseridos gastos com mão de obra, mecanização e outros. Ao contrário de Vila Valério, que não utiliza máquinas e implementos no processo produtivo, Jaguaré gasta com mecanização, R$ 597,6 para a produção analisada.

"Hoje estamos pagando para produzir. Com custo operacional total de R$ 152,65, o que sobra é menos que R$ 10 para o produtor, já que a saca está sendo vendida a R$ 160. A cafeicultura está deixando a gente bastante desanimado e preocupado. As contas estão vencendo e o produtor não sabe como pagar", enfatiza o presidente do Sindicato Rural de Jaguaré, Giovanni Sossai.

Iúna se diferencia dos outros municípios pesquisados, pois o gasto com mão de obra é nulo, já que os proprietários de terra firmam acordos com parceiros, dividindo a produção final. Então, o custo operacional total sai por R$ 2.804,58 a cada hectare, onde são produzidas nove sacas de café Arábica. Os maiores gastos estão concentrados nos insumos: fertilizantes, defensivos e corretivos.

A saca do café Arábica está sendo vendida no Espírito Santo a aproximadamente R$ 200, valor inferior ao custo operacional total de produção que está cotado a R$ 311,62, segundo a análise. A situação desestimula o cafeicultor a investir em qualidade, segundo o presidente da Comissão Técnica de Café da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo, José Umbelino de Castro.

"Pouca gente hoje no Estado quer produzir café Arábica. Enquanto o café de terreiro bebida dura nas praças de São Paulo, Paraná e Minas Gerais, vale em média R$ 320 e na zona da mata mineira é vendido a R$ 300, o do Espírito Santo possui preço inferior. Isso acontece porque quem compra não analisa a qualidade do produto", comenta José Umbelino de Castro.
Fonte: ES Hoje

Café: Falta de chuva no Brasil preocupa e dá suporte às cotações nesta quinta-feira em Nova York

Os futuros de café subiram na quinta-feira na bolsa de Nova York diante da preocupação de que a falta de chuvas vai reduzir a projeção de colheita no Brasil, maior produtor mundial. Os contratos com vencimento em março encerraram o pregão a US$ 1,8310 por libra-peso, alta de 155 pontos. O Brasil está diante de uma estiagem desde abril e precisa de chuvas neste mês, quando os pés de café iniciam o florescimento para produzir os grãos para a colheita do próximo ano, informou a Bloomberg. Em até sete dias, contados a partir de 30 de setembro, pode chover 200 milímetros, segundo Expedito Rebello, chefe de pesquisa do Instituto de Meteorologia (Inmet). No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para o café arábica teve alta de 0,56% fechando em R$ 323,53 a saca de 60 quilos.
Fonte: Valor Econômico

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Baixa oferta de café tornará mercado ‘ainda mais apertado’, diz Osorio

Estimativas apontam para uma safra 15% a 20% menor em 2011

O diretor-executivo da Organização Internacional do Café (OIC), Néstor Osorio, acredita que o mercado ficará ainda mais apertado no próximo ano. Atualmente, a principal preocupação é se a oferta será suficiente para dar conta da demanda.

Osorio lembrou que, em 2011, a produção brasileira apresentará ciclo negativo e as projeções apontam para queda entre 15% e 20% na oferta do País. Além disso, condições adversas de clima estão afetando as plantações no Vietnã. A safra da Colômbia pode ter alguma recuperação, mas não será suficiente para compensar a retração nos demais produtores.

"O mercado está muito nervoso, com muita movimentação e especulação", disse nesta quinta-feira, 23, em entrevista coletiva na sede da OIC, em Londres.

A entidade estima produção mundial entre 133 e 135 milhões de sacas de 60 kg de café para 2010/2011. A estimativa para o consumo é de 130 a 132 milhões de sacas.

Essa relação puxa os preços do café, alimentados também pelo dólar fraco. O setor passou por dois anos seguidos de déficit na Colômbia, sem produto similar capaz de fazer a substituição no mercado. "Os estoques estão sendo usados", reforçou Osorio.

Segundo ele, o consumo também está dinâmico e mesmo a pequena queda registrada durante a crise não foi suficiente para reverter a tendência de alta. Nos últimos dez anos, a demanda por café foi elevada em 25 milhões de sacas. "A demanda continua muito forte. A grande preocupação é saber como manter a oferta de café."

Embora cite a especulação como fator a pesar sobre o mercado, Osorio disse que a OIC não qualifica a atividade de investidores privados no setor. Ele também não quis manifestar opinião sobre a nova legislação proposta na Europa para conter a especulação. "Não temos capacidade de determinar se a política de controle dos derivativos é apropriada ou não."
Fonte: Estadão

Cafés brasileiros na Expo Xangai 2010

O início da primavera no Brasil (23/09) marcou também o dia do café brasileiro, torrado em grãos ou torrado e moído, na China, onde está sendo realizada a Expo Xangai 2010, mostra universal aberta em 1º de maio e que termina dia 31 de outubro. Além de degustações no Pavilhão do Brasil, 30 distribuidores brasileiros que já vendem cafés do Brasil para o mercado chinês, atendendo a restaurantes, hotéis e redes de fast-food, participaram com seus parceiros. A iniciativa foi da ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café em parceria com a Apex-Brasil, e teve como objetivo promover os cafés gourmet, a cultura e a atividade sustentável da agroindústria do país junto aos consumidores chineses. Entre as empresas brasileiras presentes estavam a Cia. Cacique, com o seu Café Pelé, e a Agrofood, que está comemorando três anos de vendas do Café Machado para a China.

A Expo Xangai conta com a participação de 190 países e de 50 organismos internacionais, incluindo ONGs e deverá ser visitada por 70 milhões de pessoas durante os seis meses de realização. Trata-se do terceiro maior evento internacional do mundo, atrás apenas dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo.

As exposições universais ou mundiais são grandes feiras das nações, organizadas por um país que convida os outros pelos canais diplomáticos. Tiveram início no século XIX com o objetivo de apresentar ao público os avanços tecnológicos das nações. A primeira foi em Londres, em 1851, e seu maior legado é o Palácio de Cristal. O mais famoso legado das expos, porém, é a Torre Eiffel, construída para a feira de Paris de 1889. Atualmente, as exposições universais - como a Expo Xangai - se realizam a intervalos regulares de cinco anos e têm duração de seis meses. Entre uma e outra, ocorrem as exposições internacionais, que duram três meses.

Mais informações no portal http://www.expo2010brasil.com.br/
Fonte: Agrolink

Descubra se tomar café causa ou não celulite

A cafeína tem a capacidade de transformar a gordura em ácido graxo e glicerol, facilitando a eliminação dos excessos na célula.

Se existisse uma lista de inimigos das mulheres mais (ou menos) vaidosas, a celulite com certeza estaria nos primeiros lugares. Afinal, ninguém gosta de olhar para as pernas ou bumbum e ver aquela pele que mais parece uma casca de laranja.

Por isso, muita gente vive atrás de dicas para fugir das marcas indesejadas. A internet, é claro, está cheinha delas. Mas atenção, porque nem tudo é verdade.

Por exemplo: você já ouviu falar que o café causa a celulite? Apesar de o assunto ainda ser controverso, estudos já provaram que essa afirmação é mito, como explica Tatiane Zago Curi, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (Regional São Paulo). "A cafeína é um composto classificado como alcalóide, pertencente ao grupo das xantinas. Estas são responsáveis por manter o indivíduo no estado de alerta, agindo sobre o sistema nervoso central e é considerado um agente lipolítico (capaz de quebrar gordura)".
Fonte: Revista Cafeicultura

Massa de ar mais quente cobre o cinturão produtor de café

Uma massa de ar mais quente cobre o cinturão produtor de café, causando temperaturas elevadas. Como aos poucos a umidade volta para a Região Sudeste, não está descartada, por conta do calor, alguma pancada de chuva típica de verão. Na próxima sexta-feira o tempo muda de forma mais significativa, quando outra frente fria chega ao cinturão produtor de café, trazendo chuva para o Paraná, São Paulo e no sul de Minas Gerais. Os modelos de previsão seguem consistentes para chuva no cinturão produtor de café, durante os últimos dias de Setembro e primeiros dias de Outubro. Estas chuvas devem ser generalizadas e apresentam volumes expressivos nas regiões produtoras da Região Sudeste.
Fonte: Revista Cafeicultura

Exportações brasileiras em setembro tem alta de 69.91%

As exportações brasileiras no mês de setembro, até o dia 21, totalizaram 1.489.405 sacas de café, alta de 69.91%% em relação às 876.557 sacas embarcadas no mesmo período do mês anterior. De acordo com informações do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), 1.304.138 sacas embarcadas são referentes a café arábica, 64.028 sacas de conilon e 121.239 sacas referentes a solúvel. Também até o dia 21, o Cecafé registrou a emissão de 2.077.843 certificados de origem, dos quais 1.816.612 são referentes a arábicas, 98.131 a conillon e 163,100 de solúvel.
Fonte: Revista Cafeicultura

Previsão do tempo na Região Sudeste

Região Sudeste

23/09/2010 - Quinta-Feira
Claro a parcialmente nublado, passando a nublado com possibilidade de chuva isolada em Minas Gerais. Parcialmente nublado a nublado com pancada de chuvas isoladas no Espírito Santo. Claro a parcialmente nublado com névoa seca no Rio de Janeiro. Claro a parcialmente nublado, passando a nublado com possibilidade de chuva isolada em São Paulo.
Temperatura: Máx.: 37 °C Mín.: 7°C

24/09/2010 - Sexta-Feira
Claro a parcialmente nublado, passando a nublado com possibilidade de chuva em áreas isoladas em Minas Gerais e Rio de Janeiro. Parcialmente nublado a nublado com possibilidade de chuva isolada no Espírito Santo. Nublado com pancadas de chuva e trovoadas em São Paulo.
Temperatura: Máx.: 38°C Mín.: 8°C

25/09/2010 - Sábado
Claro a parcialmente nublado, passando a nublado com pancadas de chuva e trovoadas no sul de Minas Gerais. Parcialmente nublado a nublado com chuva isolada no Espírito Santo e Rio de Janeiro. Nublado a encoberto com pancada de chuva em São Paulo.
Temperatura: Máx.: 38°C Mín.: 8°C

26/09/2010 - Domingo
Nublado a encoberto com pancadas de chuva e trovoadas no sul, sudeste, centro e oeste de Minas Gerais. Demais regiões mineiras, parcialmente nublado a nublado com pancadas de chuva isoladas. Nublado a encoberto, com pancadas de chuva e trovoadas isoladas no Rio de Janeiro. Parcialmente nublado a nublado, com pancadas de chuva e possíveis trovoadas isoladas no Espírito Santo. Encoberto com pancada de chuva isoladas em São Paulo.
Temperatura: Máx.: 34°C Mín.: 8°C
Fonte: INMET

Café: Com previsão de chuva para o Brasil, preços encerram em queda na Bolsa de Nova York nesta quarta-feira

A expectativa de chuvas para a próxima semana nas regiões produtoras de café do Brasil fez com que os preços da commodity fechassem em queda ontem na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em março terminaram a quarta-feira cotados a US$ 1,8155 por libra-peso, em queda de 280 pontos em relação ao dia anterior. Segundo a Dow Jones Newswires, o desenvolvimento das lavouras de café que serão colhidas em 2011, no ciclo de baixa da cultura, vai ser beneficiado pelas próximas chuvas. A Somar Meteorologia espera por chuvas fortes entre a última semana de setembro e a primeira de outubro sobre os principais Estados produtores do Brasil. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq terminou o dia em queda de 1,56% a R$ 321,73 por saca.
Fonte: Valor Econômico

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

3Corações ameaça liderança da Sara Lee

Pela primeira vez na última década, a liderança do mercado de café pode trocar de mãos. O crescimento da 3Corações no mercado doméstico nos últimos anos começa a ameaçar a hegemonia da americana Sara Lee, que se tornou a primeira no ranking brasileiro em 2000 ao comprar as marcas Pilão e Caboclo da antiga Companhia União. O grupo americano chegou ao Brasil em julho de 1998, quando adquiriu o Café do Ponto. Três meses depois comprou o Café Seleto, assumindo assim a segunda colocação do mercado.

Conforme números da Nielsen, a 3Corações - joint venture formada pela brasileira Santa Clara e pela israelense Strauss-Elite -, detém 18,1% do mercado nacional de café, contra uma fatia 20,9% da Sara Lee. Já pelo levantamento da LatinPanel, a situação se inverte. Enquanto a Sara Lee tem uma fatia de 18,6% , a 3Corações já aparece com 20,3% da preferência, com as marcas de café Santa Clara, 3Corações, Pimpinela, Letícia e Kimimo.

"Em 2008 conseguimos ter uma atuação nacional, com pelo menos uma de nossas marcas em cada Estado. Com isso, decidimos unir toda a companhia no guarda-chuva 3Corações neste ano, após um trabalho de pesquisa para saber qual seria o melhor nome a ser utilizado", afirma Pedro Lima, presidente da 3Corações.

A israelense Strauss-Elite comprou o controle da 3Corações em 2000 e em dezembro de 2005 se uniu à nordestina Santa Clara. Foi criada uma nova empresa, a 3Corações, em que cada um dos grupos ficou com 50% de participação. A presidência executiva da empresa ficou para a família que controlava a Santa Clara.

A trajetória das vendas e do faturamento da empresa retrata um desempenho superior ao do mercado de café. Em 2006, no primeiro ano da joint venture, a 3Corações vendeu no mercado interno 75 mil toneladas de café e teve faturamento de R$ 787 milhões. Para 2010, a expectativa é que sejam comercializadas 126 mil toneladas, com receita de R$ 1,65 bilhão.

As vendas em volume da 3Corações cresceram em um ritmo de 13,6% ao ano nos últimos cinco anos, enquanto a receita teve aumento médio de 21,8%. No mercado interno, dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) indicam um crescimento médio anual de 3,3% nos volumes consumidos nos últimos cinco anos.

Três motivos justificam a ascensão da 3Corações. O primeiro deles é o forte posicionamento no Nordeste do país, uma das regiões mais beneficiadas por programas sociais do governo federal, fator determinante para o aumento do consumo de café. O segundo ponto é a forte atuação no Sudeste, região com maior consumo per capita de café do país. Além disso, a 3Corações também investiu numa forte campanha de marketing para aumentar as vendas na cidade de São Paulo, "Se o negócio não tem sucesso em São Paulo, ele acaba ficando limitado", afirma Lima.

"A 3Corações tem uma agressividade comercial sem precedentes. Isso acabou resultando em uma guerra de preços nunca vista no mercado de café, o que acaba limitando a atuação de empresas de pequeno e médio porte", diz uma fonte do setor.

Mas a disputa pela liderança não deve se concentrar apenas nos dois grupos. Em recente entrevista ao Valor, a alemã Melitta informou ter planos de se aproximar das líderes e elevar suas vendas em um ritmo superior a 7% ao ano nos próximos sete anos, para atingir R$ 1 bilhão até 2017. Para alcançar a meta, o presidente da subsidiária brasileira, Bernardo Wolfson, não descarta a possibilidade de novas aquisições a exemplo do que fez em 2006 ao comprar o Café Bom Jesus.
Fonte: Valor Econômico - SP