A safra de café no Espírito Santo para 2010 já está estimada: 11.031 mil sacas. Mesmo com a seca de 100 dias que incidiu sobre o Estado este ano, o resultado apresenta safra record, com um crescimento geral de 8,1%, sendo 10,91% para o café arábica e 7,13% para o café Conilon.
O levantamento foi realizado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado a secretaria de Estado da Agricultura, Aquicultura, Abastecimento e Pesca (Seag) e divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quinta-feira (06).
Com o resultado, o Espírito Santo consolida sua posição de segundo maior produtor de café do Brasil, sendo Minas Gerais o primeiro colocado. Além disso, o Estado apresentou uma das maiores produtividades média do Brasil: 23,45 sacas beneficiadas por hectare, ficando atrás apenas de Minas Gerais, que apresenta uma estimativa de 23,77 sacas por hectare, apenas 0,22 maior.
De acordo com o pesquisador do Incaper, Romário Gava Ferrão, o crescimento da produção no Espírito Santo poder ser atribuído à renovação do parque cafeeiro capixaba e à utilização adequada de tecnologias avançadas no manejo das lavouras.
“O uso de variedades clonais com alto potencial de produção, tecnologias de adubação, poda, irrigação, bom manejo de pragas e doenças, maior adensamento das lavouras, entre outras práticas, são os motivos do aumento da produção de café no Estado, mesmo com os três meses de seca enfrentados pelo Espírito Santo. Se não fosse a seca, com certeza teríamos cerca de 1 milhão de sacas a mais”, afirma Romário.
Segundo ele, o avanço da produção e produtividade na cafeicultura deve-se a um programa de pesquisa científica do Incaper, que este ano completando 25 anos. “São 25 anos de pesquisas, na tentativa de desenvolver técnicas que auxiliem os cafeicultores a produzir mais sem que seja preciso o aumento da área plantada, resultando em um aumento da rentabilidade para o produtor. O alcance de uma safra record, mesmo com as adversidades climáticas, é uma Vitória para todos nós”, completa Romário.
Colheita
No mês de maio o Espírito Santo passa por um dos principais momentos sazonais de sua economia: a época da colheita do café. A colheita do Conilon está marcada para o dia 14 de maio e a do arábica acontece a partir do dia 29 do mesmo mês, se estendendo até meados de agosto. Entretanto, devido ao forte calor, a colheita foi antecipada em alguns locais e alguns produtores já estão colhendo.
Neste período são empregados mais de 300 mil pessoas, fazendo do café o setor da economia capixaba de mais gera empregos no Estado. O período é também uma oportunidade de geração de renda, já que um trabalhador ganha em média R$ 40,00 por dia para auxiliar na colheita.
O montante financeiro movimentado no período chega a ser imensurável. Apenas a comercialização da produção gera aproximadamente R$ 2 bilhões. Entretanto, ainda há a rentabilidade gerada nos outros níveis da cadeia produtiva, como na vendas de sacarias, lonas de colheita, luvas, peneiras, máquinas de secagem e transporte.
Cafeicultura no Estado do Espírito Santo
O Espírito Santo ocupa menos de 0,5% do território Brasileiro. Nessa pequena área, está inserida uma das mais imponentes cafeiculturas do mundo, numa área aproximada de 500 mil hectares, que são responsáveis pela produção anual de 10,3 milhões de sacas, entre arábica e conilon, oriundas de 60 mil propriedades. Essa produção coloca o Espírito Santo como o segundo maior produtor do Brasil, com 25% da produção nacional. Quando tratado apenas do Conilon, o Estado ocupa o primeiro lugar, com 72 % da produção do Brasil. Se fosse um país, o Estado seria o terceiro maior produtor mundial de café, perderia pelo próprio Brasil e Vietnã.
O levantamento foi realizado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado a secretaria de Estado da Agricultura, Aquicultura, Abastecimento e Pesca (Seag) e divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quinta-feira (06).
Com o resultado, o Espírito Santo consolida sua posição de segundo maior produtor de café do Brasil, sendo Minas Gerais o primeiro colocado. Além disso, o Estado apresentou uma das maiores produtividades média do Brasil: 23,45 sacas beneficiadas por hectare, ficando atrás apenas de Minas Gerais, que apresenta uma estimativa de 23,77 sacas por hectare, apenas 0,22 maior.
De acordo com o pesquisador do Incaper, Romário Gava Ferrão, o crescimento da produção no Espírito Santo poder ser atribuído à renovação do parque cafeeiro capixaba e à utilização adequada de tecnologias avançadas no manejo das lavouras.
“O uso de variedades clonais com alto potencial de produção, tecnologias de adubação, poda, irrigação, bom manejo de pragas e doenças, maior adensamento das lavouras, entre outras práticas, são os motivos do aumento da produção de café no Estado, mesmo com os três meses de seca enfrentados pelo Espírito Santo. Se não fosse a seca, com certeza teríamos cerca de 1 milhão de sacas a mais”, afirma Romário.
Segundo ele, o avanço da produção e produtividade na cafeicultura deve-se a um programa de pesquisa científica do Incaper, que este ano completando 25 anos. “São 25 anos de pesquisas, na tentativa de desenvolver técnicas que auxiliem os cafeicultores a produzir mais sem que seja preciso o aumento da área plantada, resultando em um aumento da rentabilidade para o produtor. O alcance de uma safra record, mesmo com as adversidades climáticas, é uma Vitória para todos nós”, completa Romário.
Colheita
No mês de maio o Espírito Santo passa por um dos principais momentos sazonais de sua economia: a época da colheita do café. A colheita do Conilon está marcada para o dia 14 de maio e a do arábica acontece a partir do dia 29 do mesmo mês, se estendendo até meados de agosto. Entretanto, devido ao forte calor, a colheita foi antecipada em alguns locais e alguns produtores já estão colhendo.
Neste período são empregados mais de 300 mil pessoas, fazendo do café o setor da economia capixaba de mais gera empregos no Estado. O período é também uma oportunidade de geração de renda, já que um trabalhador ganha em média R$ 40,00 por dia para auxiliar na colheita.
O montante financeiro movimentado no período chega a ser imensurável. Apenas a comercialização da produção gera aproximadamente R$ 2 bilhões. Entretanto, ainda há a rentabilidade gerada nos outros níveis da cadeia produtiva, como na vendas de sacarias, lonas de colheita, luvas, peneiras, máquinas de secagem e transporte.
Cafeicultura no Estado do Espírito Santo
O Espírito Santo ocupa menos de 0,5% do território Brasileiro. Nessa pequena área, está inserida uma das mais imponentes cafeiculturas do mundo, numa área aproximada de 500 mil hectares, que são responsáveis pela produção anual de 10,3 milhões de sacas, entre arábica e conilon, oriundas de 60 mil propriedades. Essa produção coloca o Espírito Santo como o segundo maior produtor do Brasil, com 25% da produção nacional. Quando tratado apenas do Conilon, o Estado ocupa o primeiro lugar, com 72 % da produção do Brasil. Se fosse um país, o Estado seria o terceiro maior produtor mundial de café, perderia pelo próprio Brasil e Vietnã.
O café está presente em todos os municípios capixabas, exceto Vitória, sendo ele o maior gerador de empregos no Estado. A cafeicultura é a principal atividade econômica em 80% dos municípios e representa, sozinho, 43% do PIB agrícola do Estado. Toda cadeia que envolve o café gera aproximadamente 400 mil postos de trabalhos por ano, e só no setor de produção é envolvido 133 mil famílias. A produção que gera esse grande negócio é obtida prioritariamente por produtores de base familiar, com tamanho médio das lavouras em torno de 4,8 hectares para o café arábica e 9,4 hectares para o café conilon.
Dentro da produção de café estadual, aproximadamente 70% é de conilon e 30% de arábica. O café Conilon é plantado em 64 municípios, em regiões quentes, com altitudes inferiores a 500 metros. Os maiores produtores são Vila Valério, Jaguaré, Sooretama, Linhares, Rio Bananal, São Mateus, Nova Venécia, Pinheiros São Gabriel da Palha, cuja produção de cada município é superior a 400 mil sacas por ano.
A cafeicultura do Estado do Espírito Santo tem um planejamento com ações bem definidos até o ano 2025, contempladas pelo Novo Pedeag – temática café. Em síntese, esse plano estratégico, estabelece metas para o café Capixaba: dobrar a produtividade e produção estadual com a produção de 30% do café superior, sem aumento de áreas. Para alcance dessas metas, foram levantados problemas e definidas várias ações estratégicas, que estão sendo implementadas, a curto, médio e longo prazo. As ações prioritárias atuais são: programa de melhoria da qualidade do café conilon, programa Renovar Café Arábica, marketing internacional e nacional dos cafés do ES, desenvolvimento de novas variedades, melhor manejo de irrigação, associação de cafés com árvores, certificação e mercado.
Fonte: Revista Cafeicultura
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