sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Vem aí o café com leite gelado

A indústria Vista Linda se prepara para ampliar os negócios e planeja lançar o primeiro café com leite gelado e pronto do Estado

Um sonho que virou realidade. Ao sair, aos 16 anos de idade, da casa de seus pais, produtores de café em Linhares, o hoje empresário Egídio Malanquini sonhava em ser dono da sua própria fábrica de café. E conseguiu.

Hoje, depois de uma longa caminhada no ramo cafeeiro, ele é dono da Vista Linda, que em 2007 teve seu café eleito como o melhor do Brasil no concurso nacional de qualidade Abic (Associação Brasileira da Indústria do Café).

Agora, ele se prepara para ampliar os negócios com um produto inédito no Estado: o café com leite gelado pronto para beber. O novo produto, que ainda está em fase de estudo, é uma de suas apostas.

Egídio também é presidente do Sindicato da Indústria do Café no Estado (Sincafé) há 12 anos.


> Como começou sua relação com o café?
EGÍDIO MALANQUINI — Sou filho de produtores. Saí de Linhares aos 16 anos, sem família, buscando uma alternativa de vida em Vitória. Consegui meu primeiro trabalho como estagiário em uma empreiteira na Vale.
Depois, tive a oportunidade em uma indústria de café. Entrei como office-boy, fiquei um tempo como promotor de vendas, supervisor e, por fim, gerente.

> O senhor acha que passar por todos os setores o ajudou a conhecer todos os processos do café, da sua plantação à venda?
Com certeza. Foi aí que vi que não tinha mais para onde crescer. Acima de mim estava apenas o dono. Queria ter o meu próprio negócio e que fosse no ramo que eu conhecia e tinha domínio. Em 1986, tive uma indústria de café com um sócio, mas saí de lá em 2004.

> Foi então que o senhor iniciou a Vista Linda?
Sim. Criei minha empresa, que hoje é referência de qualidade.

> Que tipo de café é produzido pela empresa e de onde vem o grão?
Produzimos o torrado e moído nos tipos tradicional — que é mais encorpado —, superior e gourmet — este mais suave. Hoje também temos a linha de cappuccino e espresso. Os grãos do tipo arábica, que são os que mais utilizamos, vêm da região das montanhas, e os de conilon vêm do Norte do Estado.

> Qual a estrutura da empresa e qual a sua parte no processo?
Compramos o produto in natura do produtor. Na nossa fábrica, em Vila Velha, ele é torrado, moído e empacotado. Em anexo, funciona a parte administrativa e comercial. Fazemos também a distribuição e a comercialização do café. Hoje temos 22 funcionários diretos.

> Onde o café é vendido?
No Espírito Santo, vendemos cerca de 90% da nossa produção. Também vendemos o tipo gourmet no Rio de Janeiro.

> Quais os lançamentos para o próximo ano?
Para 2011, queremos lançar o café com leite pronto para beber e gelado, como se fosse um achocolatado na caixinha.
Ainda estamos estudando esta possibilidade, assim como o sabor, a embalagem e a venda. Outra novidade é o filtro para café, que também é um projeto para 2011.

> Qual o café que o senhor mais gosta?
Eu adoro o café tradicional do coador de pano, aquele que nunca vai perder sua essência e seu charme. Sempre digo que o café tem três ciclos: produtor, indústria e consumidor.

>Houve alguma época difícil para o setor?
Sim. Em 1987, faltou café no mercado interno por causa queda de produção no País em decorrência da falta de investimento.
Os produtores estavam descrente do preço na época, que estava muito abaixo do custo da produção. Com isso, não compensava investir, já que o preço do café não se tornava rentável.

> O setor vive este momento atualmente?
Hoje, o produtor e torrefador passam uma fase difícil também. Quem sai ganhando é o consumidor porque tem um preço abaixo do que normalmente pagaria.

> E qual seria a solução para enfrentar este problema?
A diversificação é o caminho. Você tem que melhorar seu mix de produtos para agregar valor.
Hoje, no mundo do café, temos de aumentar o consumo para rentabilizar o produto.

>Houve mudança no perfil do consumidor nos últimos anos?
Sim. No passado, um jovem jamais tomaria uma xícara de café porque achava que era bebida de velho. Agora, há várias cafeterias com lugares agradáveis.
O café está bem mais valorizado. Esta mudança permite que as indústrias sejam eficientes e com visão estratégica de mercado, sem ter de ter grande porte.

> Desde quando o senhor está à frente do Sincafé?
Desde 1998. Ano que vem termino o quarto mandato consecutivo.

> Qual é a produção de café atualmente no Estado?
Cerca de 9 milhões de sacas de grãos do conilon por ano e 3 milhões de sacas do arábica. Uma saca tem 60 quilos. No caso do café torrado e moído, são aproximadamente 1,2 milhão de quilos por mês, considerando os dois tipos.

> O senhor foi indicado para receber uma Medalha de Mérito Sindical. O que isso representa?
Isso me lembra de quando eu tinha 16 anos e de toda a trajetória. É gratificante esse reconhecimento e saber que contribuí com pessoas de todo um setor, que talvez nem conheça. Além de ser uma grande realização trabalhar pelo coletivo.

> Pessoalmente, qual foi a maior dificuldade no início de sua trajetória?
A solidão, de quando eu não tinha com quem compartilhar um problema. Tinha que apagar tudo aquilo e me apegar a Deus.

> Você sabia desde o começo do seu sonho?
Já sabia. Saí de casa com um único pensamento: um dia contar todas as minhas realizações, e hoje estou fazendo isso.

QUEM É
Egídio Malanquini
> DONO da café Vista Linda
> É CASADO e tem um filho
> IDADE: 53 anos
> É PRESIDENTE do Sindicato da Indústria de Café (Sincafé) no Estado
> MELHOR CAFÉ: “Aquele que é feito no coador de pano”
> LIVRO: “A Arte da G u e r ra ”, de Sun Tzu
> PRINCÍPIOS: “Crer em Deus, crer em si mesmo e buscar seu sonho”
> FILME: “A História de Jesus Cristo”

Fonte: Jornal A Tribuna

Confira a previsão do tempo nesta Sexta-Feira.

Região Sudeste
Nesta sexta-feira o ar seco se espalha pelo Sudeste. O sol brilha forte desde cedo, algumas nuvens se formam, mas não chove. A quantidade de nuvens é maior apenas na região serrana e no norte fluminense e também no leste mineiro e em todo o Estado capixaba. Só há chance de chuva a partir da tarde no extremo norte de Minas Gerais. Faz calor à tarde na maioria das áreas.

Região Norte
Nesta sexta-feira o sol aparece, as nuvens se formam e ocorrem pancadas de chuva à tarde na maior parte da Região. No Acre, sudoeste do Amazonas, nas áreas do Pará próximas da divisa com o Maranhão e no oeste de Rondônia, a chuva cai mais cedo, mas com aberturas de sol ao longo do dia. O tempo permanece abafado no Norte, o que é essencial para o crescimento das nuvens.

Região Nordeste
Nesta sexta-feira, o sol brilha forte, algumas nuvens se formam, mas não chove no norte do Maranhão e do Piauí, no centro-norte do Ceará, no Rio Grande do Norte e no leste da Paraíba. Sol fraco e pancadas de chuva na Bahia, no Sertão de Pernambuco e no centro-sul do Maranhão e do Piauí. Sol e pancadas de chuva em algumas cidades, a partir da tarde, nas demais áreas nordestinas.

Região Centro-Oeste
Nesta sexta-feira o sol aparece e chove no final do dia em algumas cidades do sul e centro-oeste sul mato-grossense. No leste deste Estado e no centro-sul de Goiás, sol forte, sem chance de chuva. Nas outras áreas da Região o sol aparece, as nuvens aumentam ao longo do dia e acontecem pancadas de chuva, sobretudo à tarde e à noite.

Região Sul
Nesta sexta-feira, áreas de instabilidade que se deslocam do norte da Argentina e do Paraguai para o Sul do Brasil fazem o sol aparecer fraco e chove no oeste e sudoeste do Paraná, no oeste de Santa Catarina e no noroeste do Rio Grande do Sul. No nordeste e leste do Paraná e no leste de Santa Catarina, o sol brilha forte, algumas nuvens se formam, mas não chove. Nas outras áreas da Região, o sol aparece forte, as nuvens se formam e ocorrem pancadas de chuva à tarde e à noite em alguns pontos.
Fonte: Coffee Break

Exportação de café verde do Brasil sobe 20% em setembro

A receita com as exportações de café em setembro (verde e solúvel) alcançou 580 milhões de dólares

O Brasil exportou 2,929 milhões de sacas (60 kg) de café verde em setembro, 20,6 por cento acima do volume embarcado em igual período do ano anterior, informou o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) nesta quinta-feira.

Do total exportado em setembro, 2,77 milhões de sacas foram do tipo arábica, volume também 20 por cento superior ao do ano anterior, já que o Brasil comercializa no momento uma safra de ciclo alto de produção.

O volume de robusta exportado continua em níveis reduzidos, atingindo 155 mil sacas em setembro.

Ainda foram embarcados o equivalente a 288 mil sacas de café solúvel, 11 por cento acima do registrado em setembro do ano passado.

A receita com as exportações de café em setembro (verde e solúvel) alcançou 580 milhões de dólares, 48 por cento acima do registrado em igual mês de 2009.

Para Guilherme Braga, diretor geral do Cecafé, a receita cambial mostra o bom momento dos preços internacionais da commodity.

No acumulado dos últimos doze meses, o Brasil exportou 30,84 milhões de sacas, para uma receita de 4,89 bilhões de dólares.

Em relação aos mercados compradores, a Europa surge com 54 por cento de participação da importação do produto brasileiro no acumulado do ano, enquanto América do Norte responde por 22 por cento e Ásia por 17 por cento.
Fonte: Revista Cafeicultura

Estoques globais podem ser reduzidos; preços seguem em alta

Os estoques globais podem ficar mais apertados por conta da estimativa de um grupo exportador indiano sobre um atraso na colheita em decorrência do excesso de chuvas. Além disso, uma associação de indústrias no Vietnã afirmou que a produção poderá ser reduzida, o que pode impulsionar os preços.

A colheita na Índia pode começar no meio de novembro, cerca de três semanas de atraso em relação aos normal, disse o presidente da Associação dos Exportadores de Café da Índia, Ramesh Rajah. Paralelamente, Nguyen Van An, membro da associação da Associação de Café e Cacau do Vietnã afirmou que a produção no país deve cair para 1,1 milhão de toneladas com um recuo de 3% na safra 2010/11.

Essas previsões podem estender o rally de preços no arábica, que esta semana atingiram a máxima de 13 anos, e no robusta, que alcançou o maior patamar de preços em dois anos. A alta dos preços que foi vista nos últimos dias é resultado de preocupações quanto ao clima desfavorável na América do Sul e no Vietnã. Os atrasos no Porto de Santos, que apertaram os estoques, também contribuíram para o avanço das cotações.

"Os preços do café devem continuar subindo enquanto as condições climáticas no Brasil e no Vietnã forem preocupantes. A colheita da Índia está atrasada, mas a boa notícia é de que a safra está em excelentes condições", disse Rajah. Com informações da Bloomberg
Fonte: Redação NA

Café em disparada no campo mineiro

Produto Interno Bruto do agronegócio de Minas deve chegar a R$ 94,7 bi, este ano. Participação do estado no PIB nacional do setor alcançará marca histórica de 12,3%

A colheita do agronegócio mineiro vai ser farta este ano. O valor do Produto Interno Bruto (PIB) de todas as cadeias ligadas à agricultura e pecuária em Minas Gerais deve chegar a R$ 94,7 bilhões até o término de 2010. O estado nunca registrou riqueza tão grande no campo. Café, laranja e carvão vegetal foram os grandes responsáveis pela disparada dos resultados no estado. Por causa da valorização dos preços desses e de outros produtos colhidos em Minas, a expectativa é de que o crescimento do PIB do agronegócio mineiro chegue a 8,8%, ou seja, acima dos 7,5% previstos para para o PIB total do país.

O ritmo mais acelerado que o registrado em outras regiões ainda vai permitir que o estado registre uma maior participação no PIB do agronegócio nacional: de 12,3%. A porcentagem também é a maior da série histórica de levantamentos feitos pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) a pedido da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária. Para se ter uma ideia, em 2001, quando os estudos começaram a ser executados, Minas era responsável por apenas 9,5% do PIB do agronegócio nacional. E no ano passado, essa participação ficou em 11,47%.

“O bom é que foi uma recuperação da riqueza, ou seja, do produto e não do custo”, observa o secretário da Agricultura, Gilman Viana Rodrigues. Como o estudo do PIB leva em consideração toda a cadeia produtiva do agronegócio – atividades básicas, agroindústria e os setores de insumo e distribuição –, aumento nos valores de transporte ou fertilizantes, por exemplo, também poderiam impactar na alta. Mas não foi o que ocorreu. Ele pondera que a diversificação de cultura no estado também ajudou a expandir a participação na fatia do PIB do agronegócio nacional. Enquanto outras regiões sentiram mais a depreciação de preços de alguns grãos, como o milho, aqui o efeito de valores mais baixos acabou minimizado.

Na opinião do superintendente técnico da Faemg, Affonso Damasio, a participação de 12,3% é histórica. “Minas sempre representava 10% de tudo no país. Agora essa trajetória começou a mudar”, avalia. Para ele, esses números do PIB ainda podem melhorar um pouco mais até o fim do ano. Isso porque as carnes bovinas e suína estão em trajetória de valorização que ainda não foram registradas no estudo atual. Os faturamentos das indústrias de açúcar e álcool e celulose também estão em alta, o que pode impactar o resultado final de 2010. A pesquisadora da área de Macroeconomia do Cepea, Adriana Ferreira Silva, diz que houve uma recuperação do agronegócio em todo o Brasil. “Mas em Minas Gerais esse processo está mais acelerado”, pondera.

O café, segundo Viana, foi a grande vedete de 2010, pois além de ter grande peso na produção agrícola do estado e contar com uma safra mais robusta neste ano também registrou recuperação de preços. “Em 2009 faltou café de qualidade no mercado internacional e a oferta foi quase a zero. O comprador ficou ávido pelo produto e o preço melhorou”, explica Viana. Se o dólar não estivesse tão desvalorizado, frente ao real, os resultados da cultura poderiam ser ainda maiores que os 29% registrados. O cafeicultor Henrique Pinto Bíscaro, de Varginha, no Sul de Minas, confirma que o preço da saca melhorou. “Neste ano consegui ter uma renda bem superior ao custo de produção”, observa. Ele nem se lembrava mais da última vez que isso tinha ocorrido pois na maioria das colheitas anteriores seu lucro quase empatava com o custo. O desempenho fraco do café, inclusive, o levaram a apostar também no eucalipto, que está em alta. “A diversificação é importante.”

No caso da laranja e do carvão vegetal, que tiveram crescimento do PIB em 76% e 59%, respectivamente, a justificativa para a alta foi a base muito baixa do ano passada, em decorrência da crise econômica internacional.
Fonte: Jornal Estado de Minas

Preços encerram em forte baixa

Abriu o dia positivo, indo junto com outras commodities e a queda do dólar frente outras moedas, porém não conseguiu se sustentar. Em NY a perda dos 200,00 fez o mercado acelerar, vindo a quase 2% de baixa. Na BMF veio buscar o patamar de 231,50 e fechou com 1,50% de queda. Nem com petróleo, ouro, prata, trigo, açúcar em alta e índice dólar com mais de 1% de baixa o café se segurou. Mas não é uma queda para assustar. Após fortes dias de alta, nada mais justo que uma realização de lucros. E ainda existe espaço para ceder um pouco mais antes de voltar a subir.

A tendência de alta para prazo mais longo ainda está mantida, com fundamentos firmes na escassez de cafés e fundos bem comprados. Clima no Vietnã e América Central também segue nas manchetes. Graficamente em NY veio buscar suporte importante em 196,20 e segurou. Na BMF também encontrou forte suporte em 231,50. São zonas de preços sensíveis para amanhã. Se forem perdidas o café pode vir mais abaixo. Então repetindo, tendência é de alta, mas ainda temos espaço para correção. Vamos ficar atentos.
Fonte: XP Agro

Vendedor no Brasil segue firme, mesmo com pressão externa

Os preços internacionais do café arábica caíram novamente nessa quinta-feira, 28. Apesar disso, no Brasil, vendedores seguiram firmes nas bases de preços, de acordo com pesquisas do Cepea. Compradores, por outro lado, pressionaram as cotações. Nesse cenário, poucos foram os negócios registrados na quinta, segundo pesquisadores do Cepea. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 344,93/saca de 60kg na quinta, queda de 0,7% em relação ao dia anterior.
Fonte: Cepea

Café: Preços recuam e fecham abaixo dos US$2 em NY

Os contratos futuros de segunda posição de entrega do café encerraram o pregão de ontem em Nova York abaixo de US$ 2 por libra-peso pela primeira vez na semana. Os papéis para março, que atualmente ocupam a posição de maior liquidez na bolsa, fecharam a US$ 1,9860, em baixa de 355 pontos em relação à véspera. Segundo a agência Dow Jones Newswires, o tombo foi decorrência de um forte movimento de realização de lucros, que inclusive superou a tendência "altista" alimentada pela desvalorização do dólar diante de outras moedas no mercado internacional. No Brasil, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 60 quilos registrou queda de 0,66%, para R$ 344,93. Neste mês, entretanto, a alta acumulada ainda chega a 8,19%.
Fonte: Valor Econômico

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Consumidor pode sentir a alta nos preços do café

Preocupações com a oferta de café estão levando a commodity a bater recordes de preço no mercado internacional. E, caso a alta persista, a conta pode chegar ao consumidor brasileiro.

Assim como ocorre com todas as commodities, a valorização do café também tem origem no mercado financeiro. Mas o balanço entre oferta e demanda legitima a alta.

Os estoques nos países produtores estão no menor nível da história, segundo a OIC (Conselho Internacional do Café). Para este ano, eles são estimados em 11,7 milhões de sacas pela entidade, ante 20,9 milhões em 2009.

A esperança para tornar o quadro mais confortável era o Brasil, responsável por um terço da safra mundial. Em ano de elevada produção no regime de bianualidade da cultura, a expectativa era que o país produzisse o suficiente para garantir bons estoques para a safra 2011/12, que será menor.

Mas pouco café deve sobrar, devido à menor oferta de outros exportadores, como a Colômbia, e ao contínuo aumento da demanda. "A safra brasileira não será suficiente para dar tranquilidade ao mercado", diz Silvio Leite, sócio da Agricafé, comercializadora do grão. "O nível dos estoques mundiais vai crescer muito pouco", afirma José Carlos Vannini, sócio da MBAgro.

Reflexo no bolso

Apesar de o café robusta não ter acompanhado a intensidade da valorização do arábica, Nathan Herszkowicz, da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), diz que, caso a alta persista, haverá aumento nos preços ao consumidor. "Grandes variações acabam repercutindo no mercado de forma geral", afirma.

Segundo Anselmo Magno, da Cocapec (Cooperativa de Cafeicultores de Franca), o preço da saca vendida pelos cooperados passou de R$ 315 para R$ 340 em uma semana.
Fonte: Jornal Folha de S.Paulo/ Peabirus

Confira a previsão do tempo nesta Quinta-Feira.

Região Sudeste
Na quinta-feira o sol aparece forte, as nuvens se formam e ocorrem pancadas de chuva à tarde em algumas áreas do norte de Minas Gerais. Nos Vales do Mucuri e Rio Doce, em Minas, e também no Espírito Santo, muitas nuvens e sol. No Rio e na mata mineira, sol entre muitas nuvens, sem chuva. Nas demais áreas de Minas e em São Paulo o sol brilha forte, algumas nuvens se formam, mas não chove. Faz calor à tarde na maioria destas áreas.

Região Norte
Nesta quinta-feira, o sol aparece forte, as nuvens se formam e acontecem pancadas de chuva a partir da tarde no Amapá, no centro-norte e leste do Pará e no norte do Tocantins. Nas demais áreas da Região Norte, muitas nuvens, alguns períodos de sol e pancadas de chuva a qualquer hora do dia, devido ao tempo quente e úmido. Faz calor em todas as áreas.

Região Nordeste
Quinta-feira com muito sol e sem previsão de chuva para o norte do Maranhão, do Piauí, do Ceará e norte e leste do Rio Grande do Norte, além do litoral da Paraíba. Entre o sul da Bahia e Sergipe, uma frente fria no mar deixa o tempo nublado com chuva a qualquer hora do dia. A chuva pode ser localmente forte e vir acompanhada de raios e intensas rajadas de vento. Nas outras áreas da Bahia, em Alagoas e Sertão de Pernambuco: pancadas de chuva a qualquer hora. Nas demais regiões: chuva à tarde.

Região Centro Oeste
Quinta-feira com muito sol e tempo firme em Mato Grosso do Sul e no centro-sul de Goiás e no sul de Mato Grosso. No norte de Goiás, no centro-norte de Mato Grosso e no Distrito Federal, o céu fica com muitas nuvens, ocorrem alguns períodos de sol e as pancadas de chuva acontecem a qualquer hora do dia.

Região Sul
Nesta quinta-feira, sol e muitas nuvens, mas sem chuva no leste de Santa Catarina e no leste do Paraná. Nas outras áreas da Região Sul, o sol brilha forte, algumas nuvens se formam, mas não há expectativa de chuva. A temperatura sobe rapidamente e faz calor à tarde na maioria das localidades.
Fonte: Coffee Break

CAFEÍNA - Benefícios do guaraná vão além do conhecido poder estimulante

O guaraná ganhou fama graças a seu poder estimulante, mas não é só isso: suas sementes escondem vitaminas, minerais e outras propriedades capazes de beneficiar o corpo dos pés à cabeça.

O guaraná ganhou fama graças a seu poder estimulante, mas não é só isso: suas sementes escondem vitaminas, minerais e outras propriedades capazes de beneficiar o corpo dos pés à cabeçaReza a lenda que o guaraná teria brotado em solo brasileiro por obra de Tupã, um dos mais poderosos deuses da mitologia indígena.

A tradição conta que, atendendo às preces de um casal de índios que não podia ter filhos, o Deus dos raios e trovões lhes concedeu uma criança bondosa. A generosidade desse filho, no entanto, despertou a ira de Jurupari, Deus da escuridão, que decidiu dar fim à vida do rapaz.

Diante da mãe desamparada pela tragédia, Tupã reagiu e lhe fez um pedido: que semeasse os olhos do jovem em um pedaço de chão, pois bons frutos floresceriam de seu rebento. Naquela terra, conclui o mito: nasceram os primeiros arbustos da espécie Paullinia cupana, mais conhecida como guaraná.

Perpetuado ao longo dos tempos, o conto indígena mostra que há algo de encantador neste fruto originário da região amazônica e descoberto pelos povos nativos. Além da curiosa e até divertida semelhança entre as sementes e os olhos humanos, o guaraná é, sim, uma verdadeira dádiva natural - não apenas para as tribos tupiniquins, que há séculos o utilizam em benefício da saúde, mas também para a ciência, que a cada dia comprova sua eficácia.

Veja só! O efeito energético do guaraná é maior que o proporcionadopelo café, porque possui concentrações superiores decafeína em comparação ao grãoAdeus, desânimo!

A semente do guaraná dá um baile de concentração de cafeína quando comparada a outros alimentos que ajudam a combater o cansaço.
1 - Semente de guaraná: 6%
2 - Grão de café: 1% a 2,5%
3 - Mate: 1%
4 - Cacau: 0,7%
Fonte: Vida Natural Edição: A.N.26/10/2010

Altos custos da irrigação prejudicam cafeicultores de Minas Gerais

O café invadiu o cerrado mineiro graças ao investimento em irrigação que viabilizou a implantação dos cafezais. Na década de 70, a produtividade média no sequeiro ficava entre 15 e 17 sacas por hectare. Com o café irrigado, passou para 40 sacas.

É a florada que determina se a safra vai ser boa ou não. Em Indianópolis (MG), as flores aparecem na época certa por causa da irrigação. A seca este ano castigou o Triângulo Mineiro e, se não fosse à garantia de água no cafezal, o produtor teria contabilizado prejuízos.

A Fazenda Castelhana, em Monte Carmelo, no Triângulo Mineiro, foi uma das primeiras a investir em irrigação no café. O cafeicultor Diogo Tudela perdeu 92% da safra em 1985 por causa da seca. Não teve mais dúvida e, no ano seguinte, adotou a irrigação e mudou os rumos da propriedade.

– A gente conseguiu ter um incremento grande na produção. Em 25 anos, praticamente dobrou a produtividade através da irrigação porque a água é um fator totalmente limitante na nossa região – afirma o produtor Diogo Tudela, da Fazenda Castelhana.

Atualmente ele produz 30 mil sacas em 785 hectares. Trabalha com tecnologia sustentável, mede coeficiente de evaporação, conhece a capacidade do solo e a hora de irrigar. Tudela acredita que a sociedade está desinformada sobre como os produtores trabalham para reduzir o consumo de água e que a irrigação não é o ano inteiro, e sim, nos meses de abril e maio e setembro e outubro.

– Eu acho que existe muita falta de informação da sociedade porque existe um preconceito muito grande ainda em relação ao agricultor, principalmente quando se fala em irrigação, porque eles acham que a gente está desperdiçando água. Está faltando conhecimento para as pessoas saberem que para você irrigar existe muita tecnologia, muita informação para acionar o sistema, seja ele qual for – acrescenta o produtor.

O custo é o que preocupa. A taxa de energia elétrica aumentou em seis vezes nos últimos 15 anos. Tudela gasta mais de R$ 400 mil por safra – isso que não pode utilizar no horário de pico, das 18h às 21h – cerca de 70% por pivô central, o restante com gotejamento. Ele já investiu mais de R$ 500 mil por conta própria no sistema de distribuição de energia e teve que doar para a concessionária. Hoje, necessita ampliar em 10% a capacidade do sistema, mas falta recurso. A energia elétrica limita o avanço.

– A qualidade que a gente recebe aqui na energia não é a qualidade ideal. A gente vive sofrendo com queda de tensão, queda de voltagem e paralisações com ou sem aviso. Ficamos à mercê dessa qualidade, com queima de motores, com falta de suprimento nas épocas mais necessárias. A gente sofre bastante com isso.

O cafeicultor Gilberto Ferrarini marca, em cada setor do cafezal, quantas horas de água está irrigando. O tensiômetro colocado a 20, 40 e 60 centímetros faz a leitura de como está a umidade no solo, a que profundidade a água está chegando. O sistema é de gotejamento: a caixa de água armazena o que vem de quatro poços artesianos para garantir a irrigação em toda a fazenda. Difícil foi vencer a burocracia para conseguir outorga de água, a autorização que o produtor precisa para implantar o sistema.

– Todos os órgãos públicos em Minas Gerais são muito morosos. O processo todo é muito demorado, é muito documento e, às vezes, acontece até de sumir documento nos próprios órgãos. Com as mudanças estruturais que eles fazem, sai de Uberlândia vai para Belo Horizonte, de Belo Horizonte volta para Uberlândia. Teve o caso de um processo meu que sumiu por cinco anos. São coisas que, para o produtor, são muito difíceis. Além de você estar pagando, tendo esse custo todo, passa a estar irregular com relação a uma coisa que você já fez o pedido – diz Ferrarini.

Uma das alternativas, segundo Devanir dos Santos, gerente de Uso Sustentável de Água e Solo da Agência Nacional de Águas (ANA), é entrar com pedido de outorga no site da instituição.

– É possível montar, no site da ANA, um processo para fazer o pedido de outorga. Na medida do possível, são solicitadas as documentações. A ANA tem o compromisso de liberar em até 60 dias. Quando demora é porque as demandas não foram atendidas. A ANA não cobra por suas outorgas, diferente dos Estados – explica.
Fonte: Canal Rural

Novo sistema de enxertia é simples, barato e eficaz

Através da técnica da encostia, uma mesma planta de café fica com duas raízes e aumenta taxa de crescimento

Um novo sistema de enxertia do cafeeiro permite, através da técnica da encostia, que uma mesma planta tenha duas raízes. A tecnologia, simples e barata, aumenta a taxa de crescimento da muda e a torna mais resistente a nematóides, especialmente nas áreas com infestação por Meloidogyne incognita. Pesquisadores da Fundação Procafé estudam o sistema há quase dez anos com o objetivo de substituir a enxertia por garfagem em cunha, bastante utilizada no Brasil. O método inovador é um dos temas do 36° Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras, que acontece de 26 a 29 de outubro, em Guarapari (ES).

A principal diferença do novo sistema de enxertia é a pouca exigência de cuidados especiais. Enquanto a garfagem em cunha, feita com mudas no estágio de palito-de-fósforo, exige habilidade do enxertador e atenção com a umidade para um bom pegamento, a técnica por encostia elimina esses problemas. De acordo com o agrônomo José Braz Matiello, à frente das pesquisas, a principal característica da técnica é a simplicidade.

— O novo sistema vai eliminar esse problema de pegamento. A gente pega a sacolinha e planta duas sementes próximas, uma que vai ser o enxerto e outra que será o porta enxerto. Nos experimentos, nós utilizamos uma muda do arábica e outra do robusta. Quando elas atingem o estágio do primeiro para o segundo par de folhas, com mais ou menos dez centímetros de altura, a gente faz o que a gente chama de encostia. Corta uma beirinha de uma e de outra, encosta as duas mudas e dá um nozinho com uma fita biodegradável ou um pregador de roupa. Após trinta dias, aquilo cola e forma uma muda. A parte que é do robusta em cima, que a gente não quer, a gente corta e então fica só a parte de baixo. A novidade é que a gente deixou a planta com uma parte aérea e duas raízes. Uma arábica e outra robusta — explica.

O resultado, segundo o pesquisador, é um aumento considerável da taxa de crescimento da planta. O sistema radicular do arábica absorve mais os nutrientes da parte de cima do solo e o do robusta se alimenta dos nutrientes que ficam mais abaixo. Isso faz com que a planta tenha melhor absorção de água e, consequentemente, nutrientes. Ainda de acordo com Matiello, a muda pega mais fácil no sistema novo que no sistema normal, em viveiro.

O nova técnica não exige cuidados especiais com ambiente úmido porque as duas mudas continuam se desenvolvendo sem qualquer estresse, já que contam com suprimeiro de água e nutrientes através de seus sistemas radiculares.

A próxima etapa da pesquisa é a realização de experimentos em nível comercial. O primeiro plantio de grande porte será feito esse ano, em um viveiro montado na Zona da Mata, com capacidade para cem mil mudas. Nessa etapa, a Fundação Procafé fará os experimentos em parceria com a Embrapa. Na opinião de Matiello, os resultados promissores vão fomentar estudos semelhantes em outras regiões, para que se comprove a eficácia e a viabilidade da técnica. Informações do Portal Dia de Campo.
Fonte: Revista Cafeicultura

Brasil busca aumentar exportações de cafés finos

De olho em um consumidor cada vez mais exigente e na proliferação das maquinas de espresso domésticas entre a classe média, o Brasil pretende marcar presença no segmento de cafés finos. A verba que o Ministério da Agricultura destina para divulgação do café "made in Brazil" vem crescendo ano a ano. Foi de R$ 800 mil no ano passado e de R$ 1,5 milhão em 2010. Para 2011, a Agricultura orçou R$ 10 milhões e, mesmo após o corte da Fazenda, conseguiu assegurar R$ 5 milhões. "Queremos uma presença maior no exterior", disse o diretor do Departamento de Café do Ministério da Agricultura, Robério Silva. A estratégia, de acordo com ele, não é apenas salientar que o Brasil é o maior produtor e exportador de café mundial, mas mostrar que há uma gama diversificada do produto, com ênfase nos cafés de alta qualidade.

O diretor acabou de voltar de Genebra, onde participou de evento sobre café, e se prepara para viajar novamente, desta vez para Houston, no Texas, Estados Unidos, com o mesmo propósito. Para o presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Guilherme Braga, mesmo crescente a verba pública para difundir o café do Brasil ainda é pequena. "Esses números são ridículos. É importante que estejam crescendo, mas não se pode dizer que vão alavancar o volume de vendas", considerou. A receita cambial com exportação de café (verde, solúvel, torrado e moído) aumentou 20% de janeiro a setembro em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo US$ 3,693 bilhões. O volume exportado no período foi de 22,8 milhões de sacas de 60 quilos, o que representou um crescimento de 2% sobre 2009 - grande parte cafés do tipo robusta, de menor qualidade.

Não há dúvidas, de acordo com Braga, de que a tendência é de crescimento das vendas, principalmente dos cafés chamados "especiais", que possuem maior valor agregado. "O consumidor está mais exigente, e também disposto a pagar um pouco mais pelo produto de boa qualidade." O diretor do Cecafé estimou que as vendas dos cafés finos ou de melhor qualidade representem de 15% a 20% das exportações totais. Apesar da fatia ainda ser pequena, salientou, é considerável tendo em vista que há 10 anos o Brasil praticamente não vendia esse tipo de produto no exterior.

Além do Ministério da Agricultura e do setor privado, que se empenham no marketing internacional do produto, a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil) também tem ampliado a atuação no exterior. Uma das mais recentes campanhas foi a da fórmula Indy, nos Estados Unidos, totalmente voltada para o tema "Cafés do Brasil". "Em 20 anos, nunca tivemos isso", comemorou o coordenador de Projetos Setoriais da Apex, Juarez Leal. "Os Estados Unidos são o mercado prioritário para nós", acrescentou. Mas países como Japão e os do Norte da Europa mostram cada vez mais interesse e aceitação do produto brasileiro, conforme o coordenador.

Como a agência não trabalha com commodities, o foco da atuação no caso dos cafés é o produto de maior qualidade, premium e especiais. O lado bom de trabalhar com o café, segundo Leal, é a aceitação do produto no exterior. "Os importadores brigam a tapa pelo café brasileiro", exagera. Mesmo assim, de acordo com ele, ações de marketing são necessárias porque a maior parte das vendas nacionais ainda é do café tipo robusta, o que apresenta menor qualidade. Por isso, não há segredo, explica o coordenador da Apex: "Quem quer vender tem de estar lá fora. É preciso mostrar a qualidade do produto", considerou. Até porque muitas vezes, disse Leal, o importador tem mais interesse na "história do produto" do que necessariamente no produto em si. E alguém precisa contá-la.
Fonte: Só Notícias

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Confira a previsão do tempo nesta Quarta-Feira.

Região Sudeste
Quarta-feira de sol, muitas nuvens, mas sem chuva na faixa leste paulista. Nublado com chuviscos no Vale do Paraíba, litoral norte paulista, na Zona da Mata mineira, no Rio de Janeiro e no centro-sul capixaba. No nordeste de Minas Gerais e nas outras áreas do Espírito Santo, o tempo fica nublado e com chuva a qualquer hora do dia. No noroeste e no norte de Minas, sol com muitas nuvens e chuva a qualquer hora do dia. Nas demais áreas do Sudeste o sol brilha forte e não chove.

Região Norte
Nesta quarta-feira, o sol aparece forte, as nuvens se formam e ocorrem pancadas de chuva à tarde em algumas cidades do Amapá, do Pará e de Roraima. Nas demais áreas da Região o sol aparece também, mas sempre entre muitas nuvens, que provocam pancadas de chuva a qualquer hora do dia. Nessas áreas o tempo fica abafado.

Região Nordeste
Quarta-feira com muito sol e sem expectativa de chuva, no nordeste do Maranhão, no norte do Piauí, no centro-norte do Ceará, no Rio Grande do Norte, no leste da Paraíba e na Zona da Mata e no litoral de Pernambuco e de Alagoas. Na região de Ilhéus, no Planalto da Conquista e no sul da Bahia, o tempo fica encoberto e com chuva a qualquer hora. Entre o Recôncavo baiano e o oeste da Bahia, sol fraco e pancadas de chuva a qualquer hora. Nas outras áreas da Região, pancadas de chuva à tarde.

Região Centro Oeste
Na quarta-feira o tempo abre e não chove em todo o Mato Grosso do Sul e no sul dos Estados de Mato Grosso e de Goiás. Nas outras áreas da Região Centro-Oeste, o céu fica com muitas nuvens e alguns períodos de sol ocorrem, intercalados com pancadas de chuva a qualquer hora do dia.

Regiao Sul
Na quarta-feira, o vento úmido que vem do mar traz muitas nuvens e provoca chuva leve a qualquer hora do dia na faixa leste do Rio Grande do Sul, incluindo a capital, e no litoral sul de Santa Catarina. No leste do Paraná, no Vale do Itajaí e no litoral norte de Santa Catarina faz sol, muitas nuvens, mas não chove. Nas outras áreas da Região Sul, o sol brilha forte, algumas nuvens se formam, mas não chove. A temperatura sobe rapidamente nestas áreas.
Fonte: Coffee Break

Com possíveis estoques menores, café fecha em alta na Bolsa de NY

As preocupações em relação ao suprimento global de café acabaram ofuscando a nova valorização do dólar, o que contribuiu para elevar ontem os contratos futuros do grão no mercado internacional. Tanto o Brasil quanto a Costa Rica reduziram recentemente as suas expectativas para esta safra, ampliando a percepção de um recuo na produção mundial. Colômbia e América Central, outros grandes produtores de café, também têm sofrido com chuvas inesperadas. Na bolsa de Nova York, os papéis com entrega em março do ano que vem fecharam a US$ 2,0355 por libra-peso, com alta de 135 pontos. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 60 quilos de café ficou em R$ 345,1, com alta diária de 0,67%. No mês, a valorização já é de 8,25%.
Fonte: Valor Econômico

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Confira a previsão do tempo nesta Terca-Feira.

Região Sudeste
Na terça-feira, o sol aparece forte e não chove no oeste, noroeste, centro-oeste e sudoeste de São Paulo. O sol aparece e ocorrem pancadas de chuva à tarde no norte paulista e nas regiões de Campinas e Sorocaba. No leste paulista, na Mantiqueira, no noroeste e no norte de Minas Gerais, muitas nuvens, alguns períodos de sol e pancadas de chuva a qualquer hora do dia. Nas outras áreas do Sudeste, o tempo fica nublado e com chuvoso, devido a uma nova frente fria que avança pela Região.

Região Norte
Na terça-feira, a umidade aumenta na Região. Na Grande Belém, na Ilha do Marajó, no nordeste, no leste e no litoral do Pará e no norte, noroeste e na região de Manaus, no Amazonas, o sol aparece forte, as nuvens se formam e acontecem pancadas de chuva à tarde. O sol aparece entre muitas nuvens, que provocam pancadas de chuva, sobretudo à tarde, em todas as outras áreas da Região.

Região Nordeste
Terça-feira com sol forte e tempo firme no nordeste da Bahia, no litoral do Sergipe, na Zona da Mata e no litoral de Alagoas e de Pernambuco, na Paraíba, no Rio Grande do Norte, no centro-norte do Ceará e no norte do Piauí e do Maranhão. Muitas nuvens e chuva a qualquer hora do dia nas outras áreas do Piauí e do Maranhão, no sul do Ceará e no oeste de Pernambuco e da Bahia. Chuvoso no sul da Bahia.Nas outras áreas da Bahia, de Sergipe e de Alagoas e no Agreste de Pernambuco, sol e chuva à tarde.

Região Centro-Oeste
Na terça-feira o tempo abre e não chove em todo o Mato Grosso do Sul. No sul e no sudeste de Mato Grosso, no Distrito Federal e no centro-sul de Goiás, o sol também aparece, mas as nuvens se formam e ocorrem pancadas de chuva à tarde em algumas áreas. Nas demais áreas de Mato Grosso e de Goiás, muitas nuvens, alguns períodos de sol e pancadas de chuva a qualquer hora do dia.

Região Sul
Na terça-feira, o vento úmido que vem do mar, deixa o céu cheio de nuvens, que provocam chuva leve a qualquer hora na Grande Curitiba, no litoral do Paraná, no Vale do Itajaí e no litoral norte de Santa Catarina. Nas outras áreas do leste catarinense e no leste do Rio Grande do Sul, o sol aparece entre muitas nuvens, mas não chove. Nas demais áreas do Sul, o tempo fica aberto, com sol forte, temperatura em elevação e sem expectativa de chuva.
Fonte: Coffee Break

Barista vai além do simples café

Cabe ao profissional, entre outras tarefas, criar receitas novas e descobrir qual a melhor bebida para cada tipo de consumidor

Barista. Você ainda vai se acostumar a essa palavra. Trata-se de uma profissão pouco conhecida atualmente, mas que está em franca expansão e, em pouco tempo, fará parte do cotidiano de muita gente, especialmente daqueles que gostam de um bom cafezinho. Barista é a expressão por trás de um café com qualidade, feito com arte e variedade. É a criatividade a serviço de uma das maiores paixões do brasileiro, que é tomar café .

O barista vai além de um enfeite bem feito sobre a crema do café. Ele é o responsável pelo sabor diferenciado e pela criação de um cardápio variado de bebidas quentes e geladas feitas à base de café, como capuccinos, coquetéis, expressos, machiatto e mocaccinos, entre outras.

O barista é a alma de uma cafeteria, como define o convite para a formatura da primeira turma de baristas formada em Bauru, em julho último. O curso foi oferecido pelo Senac e há previsão de uma nova turma no começo do ano que vem.

De acordo com o barista José Antônio Chaud, um bom indicativo de como o mercado está receptivo a esse tipo de profissional é analisar o número de cafeterias que abriram na cidade nos últimos anos. Ele toma como exemplo o Bauru Shopping Center, que até há pouco tempo tinha apenas uma cafeteria. Hoje são pelo menos cinco, além das lojas que criaram espaço próprio para servir a bebida aos clientes.

Para ele, a expansão das cafeterias vai deixar o consumidor mais exigente, e aí entra a importância do barista, pois é ele quem tem a função de dar um toque especial ao café, de agregar valor à bebida e de deixar aquele gostinho no cliente de "quero mais".

Consumo

Outra boa notícia para os profissionais da área é que o consumo interno de café não para de crescer. De acordo com estatística da Associação Brasileira da Indústria do café (Abic), nos últimos 20 anos o consumo aumentou 225%. Saltou de 8 milhões de sacas de café em 1990 para 18 milhões no ano passado.

Nesse tempo, o único ano que apresentou redução no consumo foi em 2003. Nos demais anos, o crescimento foi constante. Transformando as sacas em café, o Brasil chega à marca de quase 78 litros da bebida para cada habitante por ano.

De acordo com a Abic, este resultado aproxima o consumo per capita brasileiro ao da Alemanha e já supera os índices da Itália e da França, que são grandes consumidores de café. Por conta das pessoas estarem passando mais tempo fora de casa, a procura por cafeterias aumentou. Some-se a isso o crescimento da oferta de um café mais requintado em restaurantes, hotéis e outros espaços.

Nessa conta não entram os locais que oferecem café em garrafa térmica. Para os especialistas, o bom café é aquele servido na hora ou, no máximo, até 30 minutos depois de pronto. Depois disso, ele oxida e perde as características originais.

A Abic estima que o segmento de cafés diferenciados, dos tipos Superiores e Gourmet, embora represente a menor parte do consumo, continue apresentando taxas de crescimento de 15% ao ano.

Segundo Chaud, que ministrou o curso no Senac, devido a essa maior procura e nível de exigência do consumidor, o mercado está favorável aos baristas. De acordo com ele, a área está carente de mão de obra especializada.

Na opinião do barista, Bauru, por ter sido o berço de uma das maiores franquias nacionais de café, a Fran’s café, poderia estar em um patamar mais elevado nesse terreno. No entanto, embora de maneira tardia, a cidade, segundo Chaud, está partindo para um nível qualitativo maior. "Para isso, precisamos de profissionais qualificados, que entendam da arte de fazer um bom café", diz.

Segundo Guber Moysés, um dos organizadores do curso de barista, a ideia surgiu da constatação de que o ramo de cafeterias na cidade vem crescendo bastante nos últimos anos. Para ele, a grande procura pelo curso só confirmou as suspeitas de que existe uma demanda pouco explorada.

1% da produção é de alta qualidade

Embora o Brasil seja o maior produtor mundial de café, o País ainda está um passo atrás na produção de alta qualidade. Somente 1% do total produzido se enquadra nessa classificação. No entanto, a tendência é de crescimento. Segundo o barista José Antônio Chaud, a expansão das cafeterias é um indicativo de que está crescendo o público consumidor de café mais exigente, que procura um produto de melhor qualidade.

Curiosamente, um dos tipos de grãos considerados top de linha no mercado mundial surgiu em Botucatu, na Fazenda Lageado, que pertence à Universidade Estadual Paulista (Unesp). Trata-se do bourbon amarelo. Seu sabor adocicado e o aroma agradável fazem toda a diferença. Embora tenha surgido naquela região, essa variedade se adaptou melhor nas fazendas do sul de Minas Gerais.

Segundo Chaud, cabe aos baristas identificar os melhores grãos para preparar um café especial, que seja capaz de conquistar o consumidor. É ele quem tem a missão de descobrir qual o melhor tipo de café dependendo do gosto do cliente. Para isso, tem de conhecer o tipo de moagem que foi usado no processamento, a torra obtida, pois tudo isso interfere no sabor.

De acordo com Chaud, o bourbon tem sido um dos mais procurados pelo equilíbrio que ele tem entre acidez, doçura, amargor, corpo e aroma.

Segundo ele, é um tipo de café que é possível tomar sem adição de açúcar. Na opinião dele, o brasileiro ainda não aprendeu a valorizar o bom café. Isso explicaria a baixa produção do café de alta qualidade.

Segundo ele, o café de qualidade dificilmente provoca gastrite porque não contém impurezas e precisa de pouca ou nenhuma adição de açúcar. Chaud lembra que o excesso de açúcar também pode levar a um desconforto alimentar.

Xícara

Além da qualidade do grão, a xícara é outro elemento importante na busca pelo bom café. Ela tem de estar aquecida para não "roubar" o calor da bebida. Se ela for térmica, não precisa aquecer.

A temperatura da água também interfere. Água muito quente, além de queimar a língua, impede a degustação do café, o calor excessivo não deixa a pessoa sentir o gosto da bebida. Por isso, a recomendação é não deixar a água ferver no preparo do café. A fervura elimina o oxigênio da água e isso reflete no sabor.

Outro requisito: a água tem de ser filtrada. Quanto menor a presença de substâncias químicas na água, como cloro, melhor.

Mais uma particularidade, especialmente do café expresso, que os baristas preferem chamar de "espresso" (termo italiano), é não se esquecer da crema, ou seja, da espuma que fica na superfície do café. Ela ajuda a manter as características da bebida.

Se o café não é expresso, mas feito com o uso de coador, a dica do barista José Antônio Chaud é despejar a água sobre o pó da borda para o centro, em sentido espiral. Assim é possível extrair o máximo do pó.

E a principal dica é: fez o café, sirva. Evite armazenar em garrafa térmica. Mas se fizer isso, não guarde a bebida por mais do que meia hora. Chaud lembra que o café é uma fruta que contém açúcar natural, por isso, ela fermenta em pouco tempo e isso altera o sabor e as características da bebida e pode provocar "queimação".

Bebida estimula relacionamentos

"Vamos tomar um café?". Quem nunca recebeu um convite assim? Há muito tempo, os cafés transformaram-se em locais onde pessoas se reúnem para discutir assuntos importantes ou simplesmente jogar conversa fora. É um momento também de aliviar a tensão. O ritual do cafezinho é uma tradição que sobreviveu a todas as transformações da sociedade.

Nos supermercados, é um dos espaços mais frequentados. E, nos últimos anos, houve uma onda provocada pelas modernas máquinas de café expresso, que revolucionaram o hábito do cafezinho, permitindo um crescimento vertiginoso das cadeias de lojas de café.

O barista José Antônio Chaud lembra que o café é, para muitas pessoas, o desjejum, ou seja, sua primeira alimentação. Além disso, é o que leva as pessoas a terem os primeiros contatos no dia, seja em casa ou no trabalho.

Chaud comenta que um de seus sonhos é levar o projeto café para as escolas. Na opinião dele, a bebida pode ajudar a despertar as crianças e a aumentar o nível de concentração nas aulas.

‘O café faz parte da minha infância’, afirma psicóloga

Quando a psicóloga Ana Karina Barbosa ouviu do médico que ela teria de abandonar o café para resolver o problema de gastrite, as palavras não soaram agradáveis ao seus ouvidos. Se sua cura dependesse realmente disso, ela não sabe dizer se o tratamento teria sucesso. Isso porque riscar o café de seu dia a dia seria uma das recomendações mais difíceis de cumprir.

Apesar da ordem médica, Ana Karina não pensou em nenhum momento em largar o café. Afinal de contas, ela tem uma relação afetiva com a bebida. "Ela faz parte da minha infância. Eu adorava tomar café na casa da minha avó. O cheiro era maravilhoso", relata. Por conta dessa memória afetiva e olfativa que o café desperta nela, a psicóloga ficou pensando numa saída menos traumática.

Conversando com outros apaixonados por café, ela recebeu o conselho de mudar o hábito. Ao invés de café em pó, começar a comprar café em grãos, que é mais fácil observar se tem alguma impureza. Com isso, terá a garantia de que estará tomando um café puro, sem pedaços de pau, terra ou outras substâncias que, porventura, são misturadas ao pó.

Ana Karina não acreditou que isso pudesse fazer muita diferença, mas decidiu tentar. Comprou um moedor e passou a comprar café em grãos. Segundo ela, desde então, a gastrite simplesmente desapareceu. A psicóloga não toma mais café em garrafa térmica. Só em cafeterias ou em casa. Matéria do Jornal da Cidade - Bauru
Fonte: Revista Cafeicultura

Exportações de café do Vietnã devem aumentar 27% para 70 mil toneladas

As exportações de café do Vietnã devem aumentar 27% para 70 mil toneladas (1,17 milhão de sacas de 60 quilos), na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com estimativa do Escritório Geral de Estatísticas, do governo do país. Em receita, as vendas devem render US$ 118 milhões, uma elevação de 49,4%.

Em outubro de 2009, o país exportou 55 mil t por US$ 79 milhões. O órgão revisou a exportação de setembro de 55 mil t para 58 mil t. O Vietnã é o maior exportador de café da variedade robusta no mundo. As informações são da Dow Jones.
Fonte: Revista Cafeicultura

Com preocupações com o clima, preços do café disparam na Bolsa de NY

Os preços do café voltaram a disparar ontem na bolsa de Nova York diante das preocupações sobre os efeitos climáticos no abastecimento global. Os contratos com vencimento em março terminaram o pregão de ontem valendo US$ 2,022 por libra-peso, alta de 195 pontos. Segundo a Bloomberg, as exportações do Vietnã, maior produtor mundial de café robusta, podem sofrer atrasos devido ao excesso de chuvas que atinge a região central do país e prejudica os trabalhos de colheita. Já no Brasil, maior produtor e exportador do mundo, algumas previsões indicam uma colheita menor que o esperado, já que o clima seco pode ter atrapalhado as primeiras floradas. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq subiu 1,88% para R$ 342,79 por saca.
Fonte: Valor Econômico

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Lavazza vai investir no Brasil para fazer café

Giuseppe Lavazza pode ser considerado um xeque como os magnatas árabes do petróleo. Mas seu "ouro negro" não é o mesmo que brota dos países do Oriente Médio. Ele é o "príncipe herdeiro" da italiana Lavazza, a maior empresa familiar de café expresso do mundo, e está ampliando a operação no Brasil, onde a companhia chegou há cinco anos.

A Lavazza foi fundada em 1895 como uma pequena lojinha de secos e molhados por Luigi Lavazza, bisavô de Giuseppe, na cidade de Turim, a capital italiana do sorvete, do chocolate e, claro, do café. Agora, a Lavazza está prestes a incrementar o café do consumidor brasileiro com um investimento de € 10 milhões de em uma fábrica em Queimados, no Estado do Rio de Janeiro.

"Queremos que o brasileiro aprecie seu cafezinho de um modo muito mais especial", diz Giuseppe Lavazza, de 54 anos - um italiano magro, alto, simpático. "Afinal, o café é a a commodity mais valiosa do mundo, só ficando atrás do petróleo. É uma bebida muito importante e há muito mais maneiras de tomá-la do que se possa imaginar" , diz, tentando pronunciar a palavra "cafezinho" em português, sem o sotaque italiano.

Em Turim, nos pequenos e charmosos cafés que servem a marca Lavazza, há cardápios com mais de 30 tipos da bebida, quentes ou frios. Junto com as também italianas Illy e Segafredo, a Lavazza disputa ombro a ombro a liderança do mercado "de balcão" na terra do "espresso".

Não é à toa que do faturamento de € 1,2 bilhão, 60% vêm do consumo italiano. O restante vem dos 90 países onde a empresa atua, entre eles o Brasil, que por enquanto ainda responde por 1% das vendas.

Processando 38 bilhões de quilos de café ao ano, a Lavazza é conhecida pela qualidade de seu café, misturado, torrado e moído em quatro fábricas italianas, sendo a maior delas em Turim.

A unidade brasileira, que vai torrar, moer e produzir cafés da marca Lavazza, será a primeira fora da Itália e deverá ser tão moderna quanto a da sede, onde o aroma de café domina os 85 mil metros quadrados de área. "De todo café que compramos, 40% vêm do Brasil. Fazemos os 'blends' [mistura] aqui em Turim, em Gattinara, Verres e Pozzilli. Fornecemos para cafeterias que usam nossas máquinas, para o mercado 'office' [de cafeteiras automáticas em escritórios] e também vendemos no varejo, para o preparo doméstico com máquinas Lavazza", diz Giuseppe, vice-presidente executivo. Emilio Lavazza, seu pai, presidia a companhia e faleceu em fevereiro. Giuseppe deve assumir o cargo.

No Brasil, a Lavazza não atua no varejo, nem com suas máquinas, nem com seus 25 tipos diferentes de cápsulas de café - negócios que somam € 250 milhões ao ano. No país que é o maior produtor mundial de café em grão, seu foco está no café e nas máquinas profissionais para bares, restaurantes e padarias, além do mercado corporativo, de cafeteiras para escritórios.

"O mercado doméstico ainda é muito pequeno e muito 'de moda'. As pessoas compram as máquinas mas não têm o hábito de comparar as cápsulas regularmente, para tomar o expresso todo dia", diz Massimo Locatelli, diretor da Lavazza no Brasil (ver abaixo).

Sendo assim, a meta da companhia de Turim é crescer ainda mais no mercado de "food service". Há cinco anos no país, a Lavazza já soma 1 mil clientes, entre padarias, escritórios e restaurantes. Na Itália, por exemplo, são 9 mil e na França, 5 mil. "O Brasil é um dos países onde mais crescemos, assim como a Índia, onde estamos desenvolvendo o mercado", diz Giuseppe. Os indianos tomam mais chá do que café - para estimular as vendas, a companhia tem uma rede própria de 170 cafeterias. Na Itália, onde o hábito é antigo, mantém cerca de meia dúzia. Nos Estados Unidos, a Lavazza desembarcou há apenas um mês.

A nova fábrica no Brasil deverá ficar pronta dentro de dois anos. Por enquanto, a companhia opera no mercado brasileiro via importações. Com mais café e melhores preços, a ideia é cada vez mais popularizar o tradicional "caffe espresso" italiano.

Para Giuseppe Lavazza, entretanto, popularizar não tem nada a ver com cafés mais simples. Ao contrário. A companhia vai muito além da água quente, do pó e do coador. Os baristas (profissionais especializados em cafés de alta qualidade) treinados pelo moderno centro de treinamento da companhia, há poucos quilômetros de Turim, são capazes de preparar os mais diferentes, e espetaculares, tipos da bebida. Alguns foram criados pelo chef de cozinha espanhol Ferran Adrià, um dos maiores nomes da gastronomia da atualidade. É do fundador da "cozinha molecular", por exemplo, o "Lavazza Espesso", uma das bebidas da marca Lavazza mais pedidas nas cafeterias da Europa.

Em um dos pequenos cafés das ruinhas estreitas de Turim, o "Espesso" é colocado na xícara com uma espécie de "spray", na frente do cliente, ao qual é dado uma colherinha furada - afinal, a bebida assume a forma de uma espuma quase sólida, que se quer cai da xícara se virada de ponta-cabeça, manobra que o barista faz questão de mostrar. Há também o "Bicerin Secondo Lavazza", uma versão do café criado em 1763 na cidade italiana de Turim. Leva chocolate quente com café expresso gelado em estado cremoso. Essas bebidas devem chegar ao Brasil em breve.
Fonte: Valor Online

Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras apresenta em Guarapari novidades para o setor

As mais modernas tecnologias na área de café disponíveis no Brasil serão apresentadas, desta terça (26) até sexta-feira (29), no Sesc de Guarapari. Trata-se da 36° edição do Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras. O evento, que é uma realização do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com a participação do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura (Seag), reunirá no Espírito Santo as maiores autoridades do País na área.

Os pesquisadores do Incaper, Maurício José Fornazier, Maria Amélia Gava Ferrão e Luiz Carlos Prezotti, participam como palestrantes do seminário. Os especialistas falarão sobre os seguintes temas, na mesma ordem: 40 anos de convivência com a ferrugem do cafeeiro – as doenças mais importantes no Brasil; Renovação de cafezais nas montanhas – Renovar Arábica; e Adubação racional da lavoura cafeeira – café Conilon no Espírito Santo.

De acordo com o pesquisador do Incaper, José Maurício Fornazier, toda a programação do congresso, assim como os temas escolhidos dos seminários, são de grande importância para os participantes. “No período da manhã, vamos apresentar os principais trabalhos e pesquisas da área cafeeira do Brasil, e, a partir das 17 horas, durante os três primeiros dias de evento, realizaremos palestras que contém informações importantes a respeito da cafeicultura no País”, afirmou o pesquisador.

Na sexta-feira (29), último dia do evento, os congressistas irão participar do Dia de Campo sobre Café Conilon, na propriedade do Sr. Antônio Herzog e da visita técnica, ao Centro de Pesquisas da Heringer.

Os interessados em participar podem se inscrever na recepção do evento, a partir das 8 horas. A taxa é R$ 80,00 (inteira) e estudantes poderão pagar R$ 40,00 (meia). Mais informações no site: www.maiscafe.com.br
Fonte: Incaper

Confira a previsão do tempo nesta Segunda-Feira.

Região Sudeste
Nesta segunda-feira, o sol brilha forte e não chove, no centro, nas regiões de Campinas e de Sorocaba, no litoral e na capital paulista. Nas outras áreas paulistas, no centro-sul do Rio de Janeiro e no sul, na Zona da Mata, no centro-oeste e na região do Triângulo, em Minas Gerais, o sol aparece forte, as nuvens se formam e ocorrem pancadas de chuva à tarde. Nas outras áreas de Minas, no norte fluminense e no Espírito Santo, muitas nuvens, curtos períodos de sol e chuva a qualquer hora do dia.

Região Norte
Na segunda-feira o sol aparece forte e não chove no Amapá. Na Ilha de Marajó, na Grande Belém, no litoral, no norte e no nordeste do Pará, o sol também brilha forte, mas as nuvens se formam e ocorrem pancadas de chuva à tarde. Nas demais áreas do Pará e nos outros Estados da Região Norte, o céu fica com muitas nuvens e ocorrem alguns períodos de sol intercalados com pancadas de chuva a qualquer hora do dia. Faz calor em todas as áreas.

Região Nordeste
Segunda-feira com muito sol e sem previsão de chuva para o norte dos Estados do Maranhão, do Piauí, do Ceará e do Rio Grande do Norte.No sudoeste e no sul do Maranhão e no sul da Bahia, o céu fica com muitas nuvens, ocorrem alguns períodos de sol e as pancadas de chuva acontecem a qualquer hora do dia. Nas outras áreas do Nordeste, o sol aparece forte, as nuvens se formam e ocorrem pancadas de chuva à tarde.

Região Centro Oeste
Na segunda-feira, o sol aparece forte, as nuvens se formam e ocorrem pancadas de chuva à tarde na maior parte de Mato Grosso do Sul e no sul de Goiás. No noroeste desse Estado, em Mato Grosso, em Goiás e no Distrito Federal, o céu fica com muitas nuvens, ocorrem alguns períodos de sol e as pancadas de chuva acontecem a qualquer hora do dia.

Região Sul
Nesta segunda-feira, o tempo fica nublado e chuvoso no sul e na Serra catarinense, na Serra e no litoral norte gaúcho. Muitas nuvens, alguns períodos de sol e pancadas de chuva a qualquer hora do dia no norte do Rio Grande do Sul e nas demais áreas de Santa Catarina. No centro-sul gaúcho, inclusive na Grande Porto Alegre, o sol aparece sempre entre muitas nuvens, mas não chove. No Paraná, o sol aparece, as nuvens se formam e acontecem pancadas de chuva à tarde.
Fonte: Coffee Break

Hora do café

Porque o café verde é a nova aposta da indústria da beleza

Apesar de genuinamente brasileiro, o café verde e seus consequentes benefícios para a beleza são sucesso de público na Europa. Tanto é que ele desbancou o tradicional chá verde do posto de antioxidante da vez. Motivos para tanto êxito não faltam. Para começar seu principal tributo é emagrecer.

O café verde é muito eficiente na perda de peso devido a sua grande concentração de cafeína, que faz com que se elevem os gastos energéticos. Mas vale sempre lembrar os resultados são mais satisfatórios quando associado a uma alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos.

Entretanto, você deve estar se perguntando o que, afinal, é o café verde. Na verdade, ele nada mais é que o grão de café comum que ainda não foi torrado.Por conta desta característica, ele é rico em cafestol e kahweol, substâncias que atuam no fígado e ajudam a induzir a ação da enzima GST encarregada da desintoxicação do organismo.

Outra vantagem em relação ao convencional é que o café verde possui de duas a três vezes mais polifenóis livres, que auxiliam na luta contra os radicais livres. Para quem não sabe, os radicais são responsáveis pelo envelhecimento das células. Ou seja, consequentemente, o café verde também tem função rejuvenescedora.

Ao contrário do que se pode supor, a cor do café verde é marrom e ele geralmente é apresentado ao consumidor misturado ao café torrado. Ele também pode ser encontrado nas fórmulas de óleos para o corpo e creme para o rosto. Quer mais benefícios? Combinado com outros ativos e combinados com tratamentos como ultrassom, corrente russa e drenagem linfática, seu extrato ainda é um importante aliado na lutra contra celulite.
Fonte: Terra

Café alcança preço recorde no exterior

Preocupações com a oferta de café estão levando a commodity a bater recordes de preço no mercado internacional. E, caso a alta persista, a conta pode chegar ao consumidor. Após atingir o maior nível em 13 anos em Nova York na quinta, o contrato com vencimento em dezembro fechou ontem cotado a US$ 1,98 por libra-peso, com ganho de 6,7% na semana. Os estoques nos países produtores estão no menor nível da história, segundo o Conselho Internacional do café.
Fonte: Gazeta do Povo

Incerteza sobre oferta eleva preço do café

Preocupações com a oferta de café estão levando a commodity a bater recordes de preço no mercado internacional. E, caso a alta persista, a conta pode chegar ao consumidor brasileiro.

Após atingir o maior nível em 13 anos em Nova York, anteontem, o contrato com vencimento em dezembro fechou sexta-feira cotado a US$ 1,98 por libra-peso, acumulando ganho de 6,7% na semana.

Assim como ocorre com todas as commodities, a valorização do café também tem origem no mercado financeiro. Mas o balanço entre oferta e demanda legitima a alta.

Os estoques nos países produtores estão no menor nível da história, segundo a OIC (Conselho Internacional do Café). Para este ano, eles são estimados em 11,7 milhões de sacas pela entidade, ante 20,9 milhões em 2009.

A esperança para tornar o quadro mais confortável era o Brasil, responsável por um terço da safra mundial.

Em ano de elevada produção no regime de bianualidade da cultura, a expectativa era que o país produzisse o suficiente para garantir bons estoques para a safra 2011/12, que será menor.

Mas pouco café deve sobrar, devido à menor oferta de outros exportadores, como a Colômbia, e ao contínuo aumento da demanda.

“A safra brasileira não será suficiente para dar tranquilidade ao mercado’’, diz Silvio Leite, sócio da Agricafé, comercializadora do grão. “O nível dos estoques mundiais vai crescer muito pouco’’, afirma José Carlos Vannini, sócio da MBAgro.

A consultoria prevê que a produção brasileira totalizará 48,6 milhões de sacas em 2010/11, aumento de 23% em relação à anterior. Os estoques mundiais finais, porém, devem crescer apenas 5%, para 34,7 milhões de sacas.

REFLEXO NO BOLSO

Apesar de o café robusta, mais vendido no Brasil, não ter acompanhado a intensidade da valorização do arábica, Nathan Herszkowicz, da Abic (associação da indústria do café), diz que, caso a alta persista, haverá aumento nos preços ao consumidor. “Grandes variações acabam repercutindo no mercado de forma geral’’, afirma.
Fonte: Folha Press

Preços do café encerram no vermelho em NY depois de alcançar o maior valor em 13 anos

Depois de alcançar o maior preços em 13 anos, os preços do café fecharam em queda os negócios da última sexta-feira na bolsa de Nova York. Apesar da retração, o mercado se manteve acima dos US$ 2,00. Os contratos com vencimento março fecharam o último pregão da semana passada cotados a US$ 2,0025 por libra-peso, queda de 210 pontos. Além de um movimento de realização de lucros, analistas consultados pela Bloomberg informaram que a recuperação do dólar no mercado internacional afastou o interesse por commodities. Analistas consideram que se a moeda americana mantiver sua trajetória de valorização, as commodities podem seguir em sentido oposto. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq recuou 0,61% para R$ 336,47 por saca.
Fonte: Valor Econômico

Florada promete boa safra de café

Flores dos cafeeiros capixabas indicam que safra deste ano deverá ser positiva. O Incaper orienta que momento é de irrigar os cafezais

A próxima safra de café no Espírito Santo promete ser positiva e dar frutos nos próximos dias. Pelo menos é o que demonstram as floradas dos cafezais. Uma boa florada é indicativo de uma boa safra, pois as flores do café vão se transformar nos frutos a serem colhidos.

O café tem, em média, três floradas por ano, as quais duram cerca de cinco dias e ocorrem entre agosto e dezembro. As floradas são influenciadas pela intensidade e distribuição das chuvas e também pelas temperaturas.

O pesquisador do Incaper e coordenador do Programa Estadual de Cafeicultura, Romário Ferrão,explica que este é o momento que os produtores devem irrigar e adubar o cafezal, para garantir os frutos da próxima safra.

“Nesta época, é essencial que a planta esteja bem nutrida e que haja água suficiente à disposição para que as flores fertilizem e se transforme em frutos”, afirma. Ele disse que, se houver problemas climáticos e não realizada a irrigação e a nutrição das plantas, a florada pode se perder.

Hoje, o Espírito Santo é responsável por 72% da produção do café tipo conilon e ocupa o segundo lugar no ranking de produção de café do Brasil, sendo responsável por 25% da produção nacional.
Fonte: Jornal A Tribuna - 24/10/10

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Museu do Café abre as portas em Santos (SP) para contar 80 anos de história

Espaço remonta período em que o grão se destacou como principal produto da balança comercial

O Museu do Café, de Santos (SP) abriu as portas nessa quinta, dia 21, para uma exposição que retrata uma época marcada pela importância da produção de café no campo, na economia e na política brasileira.

A exposição convida o visitante a uma viagem a um dos períodos mais importantes do desenvolvimento do Brasil. A data escolhida para retratar o tema vai de 1905 a 1990, quando o café se destacava como o principal produto da balança comercial.

O historiador Rodrigo Silva foi responsável pela pesquisa para contar a história, tendo como foco as intervenções do governo na economia cafeeira da época.

– Este material todo que a gente tem aqui é fruto de uma pesquisa que demandou praticamente quatro meses de trabalho, envolveu quatro, cinco pessoas, pesquisadores, todos historiadores. É a primeira vez que a gente consegue reunir material a respeito do café, que estava disperso em tantos lugares diferentes – conta.

A viagem começa descrevendo o que foi o convênio de Taubaté, um acordo firmado entre representantes dos produtores e o governo em 1906 para valorizar o café. O documento previa garantia de estocagem, de preços e de políticas para o setor.

A crise de 1929 é outra parte importante da história. Desencadeada pela quebra da Bolsa de Nova York, a crise refletiu no bolso dos produtores brasileiros. Houve desemprego, falências, quebra de consumo e de preços do café.

E a história termina na década de 1990, com a extinção do Instituto Brasileiro do Café (IBC), que atuava como um negociador do produto brasileiro no mercado internacional. Nesta trajetória, o visitante se depara ainda com um acervo que mostra o significado do café no período. Capas de revista da época dão idéia de como era o mercado na época, e recursos tecnológicos também ajudam a resgatar a história.

Objetos da época e documentos sobre a implantação de políticas para o setor completam a viagem de um período de mais de 80 anos. E reforçam a vocação do Museu do Café, em Santos, uma referência no Brasil e até no Exterior da memória histórica de um segmento da agricultura.

– A gente trabalha com pesquisa de produção. Então qual é a intervenção, qual é o papel político/econômico do café e como impactou isso no desenvolvimento de Santos e São Paulo. Então esta exposição vem completar essa nossa missão maior – disse a museóloga Marília Bonas.

O Museu do Café fica na rua XV de Novembro, 95, no Centro Histórico de Santos. O museu funciona de terça à sábado, das 9h às 17h, e aos domingos, entre 10h e 17h. Os ingressos para visitação custam R$ 5. Estudantes e pessoas acima de 60 anos pagam meia-entrada.
Fonte: Canal Rural

Especiais: regiões querem autonomia em promoção e marketing

Criada em 1991 para representar os cafés especiais produzidos no Brasil após o fim do Instituto Brasileiro do Café (IBC), a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) pode ter sua abrangência reduzida. Isso porque associações regionais de produtores querem mais autonomia para divulgar e promover seus cafés especiais, valorizando as regiões em que são produzidos.

"Ninguém nega a importância que a BSCA teve, mas os tempos mudaram e a entidade já não consegue mais ter uma abrangência nacional", afirma Gabriel Afonso Mei Alves de Oliveira, da Associação de Cafés Especiais da Alta Mogiana (AMSC). Segundo ele, a região da alta mogiana, no interior paulista, está pleiteando o registro de identificação geográfica junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). A expectativa é que p selo saia no início de 2011.

A BSCA reconhece que, de fato, não representa nenhuma região específica. "O Brasil é um país de muitos sabores e é legítimo que as regiões defendam seus cafés, mas alguém tem que segurar o cabo desse guarda-chuva", afirma Túlio Junqueira, presidente da BSCA, ao lembrar que a entidade tem associados de todas as regiões produtoras. Ele lembra que os recursos obtidos juntos à Apex-Brasil são públicos e todas as associações regionais podem utilizar, participando das feiras onde a BSCA está presente.
Fonte: Valor Econômico

Café do Cerrado: uma história de desafios escrita com muita coragem

Personagens que vivenciaram e promoveram o nascimento do Café do Cerrado relatam suas experiências

Mais do que um produto, uma história. Mais do que uma marca, uma somatória de vidas. Assim pode ser definido o Café do Cerrado. O sabor inigualável, a qualidade superior, a região demarcada, são elementos já intrínsecos ao seu nome, mas como esse café surgiu, as dificuldades enfrentadas, as pessoas que deram vida a este produto e os desafios vencidos são fatos que merecem destaque, pois fornecem ao Café do Cerrado um sabor a mais, uma emoção maior a cada xícara.

Uma história se faz com pessoas e as pessoas que geraram o Café do Cerrado têm muito a contar, com orgulho da história que escreveram, e ainda escrevem.

O nascimento do Café do Cerrado

Antes da vinda de paranaenses, paulistas e mineiros do Sul de Minas, houve fatos que impulsionaram o cultivo do café em Patrocínio, fatos esses que chamaram a atenção dos cafeicultores das outras regiões e os trouxeram até aqui, algo ultrapassa somente a motivação pela busca de uma região climática favorável, livre das geadas. No início da década de 70, o engenheiro Olímpio Garcia Brandão foi nomeado prefeito de Patrocínio e viu na cafeicultura uma das alternativas promissoras, pois na época havia um projeto oficial de revigoramento do parque cafeeiro com linhas de crédito facilitadas para áreas consideradas aptas à cafeicultura. Primeiro desafio: Patrocínio não era uma dessas áreas. Porém, o prefeito não se deu por vencido e buscou apoio em estudo de engenheiros agrônomos renomados que vieram a Patrocínio a seu convite, declarando, após pesquisas minuciosas, que o município estava apto a produzir café.

Com financiamentos vantajosos e valores de terra atrativos, o plantio de café na região atraiu produtores além dos limites de Patrocínio, como relembra o cafeicultor Maurício Carvalho Brandão. “Produtores locais se interessaram pela nova atividade e um grande número de produtores de outras regiões veio para Patrocínio em busca de novas oportunidades. Eles vieram porque havia terras baratas e financiamentos para o plantio do café. Esta gente trouxe culturas diferentes que se misturaram à nossa ‘mineiridade’ e assim nos tornamos um povo melhor. A cafeicultura implantada em nossa região é obra conjunta de um grande número de pessoas anônimas. O suor que foi vertido, bem simboliza o compromisso de fé necessário para aqueles que se renderam ao desafio de plantar café em região não tradicional, com características mais peculiares e que cada vez mais, exigia a aplicação de uma tecnologia própria e muito mais sofisticada, mas não disponível naquela época.”

Os desafios

A primeira grande dificuldade encontrada pelos pioneiros do Café do Cerrado foi o solo. Devido à tradição de plantio de café em solos com elevada fertilidade natural, criou-se o mito de que o café não podia, ou não precisava, ser adubado e os solos do cerrado, pobres, com elevada acidez e com baixíssimos níveis de materiais orgânicos e nutrientes naturais, não se mostrava favorável ao cultivo, foi então que a adubação se fez aspecto decisivo na continuidade do plantio de café na região. “Os solos mais argilosos do cerrado, aliado a uma utilização muito maior de máquinas para os tratos culturais, logo começaram a apresentar problemas sérios de compactação que exigiam condutas diferentes. Isto teve que ser feito e o cafeeiro respondeu magnificamente”, conta Maurício.

Enfrentadas e vencidas as primeiras dificuldades, o café da região se desenvolvia e começou a chamar a atenção pelo seu sabor diferenciado. Aguinaldo José de Lima, um dos idealizadores do Café do Cerrado, conta que foi preciso investir em estudos para descobrir porque a bebida era diferente das demais e foi então que o clima da região foi apontado como o responsável por tal feito. A região cafeeira cresceu, mais cafeicultores surgiram, porém, na metade da década de 80 os planos governamentais não favoreciam à cafeicultura e todos passaram a encontrar problemas no caminho, neste contexto uma outra grande dificuldade surgia. “Nesta época percebemos que ou nos movimentávamos e nos organizávamos ou não teríamos sucesso no nosso negócio”, comenta Aguinaldo. Foi então que no ano de 1986 a ACARPA – Associação dos Cafeicultores da Região de Patrocínio foi criada para unir e fortalecer a classe cafeicultora. “As dificuldades foram muitas, havia a falta de dinheiro, a desconfiança dos produtores neste tipo de organização, mas o que nos impulsionou a seguir adiante foi a reunião do grupo, a nossa união. O grupo tinha muitas idéias, na época difíceis de serem alcançadas, porém a nossa coragem de seguir em frente, apesar das dificuldades foi fundamental”, rememora o cafeicultor José Luiz Alvarez Garcia.

A organização aos poucos aconteceu, vieram as associações e as cooperativas e a marca Café do Cerrado nasceu. Para consolidá-la, e para promovê-la, várias atitudes ousadas e corajosas norteiam esta saga, como a criação do Seminário do Café do Cerrado, a busca pela demarcação da região junto aos órgãos governamentais, a inserção do café em outros países, a utilização da imprensa para ganhar projeção nacional, entre tantos outros fatos ousados, não menos importantes.

O sentimento

O pioneirismo e o idealismo são elementos indissociáveis da história do Café do Cerrado, produto que hoje é apreciado pelo mundo pela qualidade, pelo sabor e muito pela organização implantada. Ao olhar para trás o sentimento destes personagens é o mesmo. “De longe o amor pelo Café do Cerrado é grande e sinto orgulho em fazer parte desta história. Sinto-o como um filho que cresceu e está seguindo o seu caminho. É bom saber que as coisas estão funcionando e fico satisfeito em ver os caminhos que estão sendo tomados”, afirma Aguinaldo, que hoje mora em Brasília e é Coordenador Geral das Câmaras Setoriais do Ministério da Agricultura.

Já José Luiz diz olhar o Sistema Café do Cerrado hoje com muito mais razão do que emoção e que neste mundo globalizado, o Sistema veio para ajudar a profissionalização do setor, servindo de modelo de estrutura organizacional, no sentido de vanguarda e por isso sente muito orgulho em saber que faz parte deste processo. Maurício Brandão também orgulha-se da história que ajudou a escrever e deixa um recado importante. “Este é um lindo sonho que precisa continuar sendo sonhado pelas gerações futuras, com as mesmas motivações e criatividade que sempre caracterizaram as decisões mais importantes desta saga. Precisamos transmitir aos novos cafeicultores, não importa de onde eles virão, os valores que surgiram das dificuldades que enfrentamos no passado e principalmente naquele espírito inovador e empreendedor que transformou o Café do Cerrado em uma experiência única”. Por ASCOM Expocaccer
Fonte: Revista Cafeicultura