Para comemorar o Dia Nacional do Café, celebrado nesta segunda-feira (24), o Governo do Estado iniciou um amplo trabalho para oferecer aos produtores rurais, que investem na atividade cafeeira, as condições necessárias para melhorar a qualidade da produção. Trata-se do lançamento da Campanha de Qualidade do Café Arábica das Montanhas do Espírito Santo.
Para tanto, a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e extensão Rural (Incaper) e a Prefeitura de Castelo realizaram, no Teatro Municipal de Castelo, um grande encontro para apresentar as ações que serão realizadas e as tecnologias indicadas para garantir padrão de excelência ao café produzido na região de montanha do Espírito Santo.
Estiveram presentes no evento o secretário de Agricultura, Ênio Bergoli, o diretor-presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, o prefeito de Castelo, Cleone Nascimento, entre outras autoridades. Participaram do encontro cerca de 350 pessoas, entre lideranças locais, cafeicultores, técnicos e alunos do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) de Alegre e da Escola Família Agrícola de Castelo.
Para tanto, a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e extensão Rural (Incaper) e a Prefeitura de Castelo realizaram, no Teatro Municipal de Castelo, um grande encontro para apresentar as ações que serão realizadas e as tecnologias indicadas para garantir padrão de excelência ao café produzido na região de montanha do Espírito Santo.
Estiveram presentes no evento o secretário de Agricultura, Ênio Bergoli, o diretor-presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, o prefeito de Castelo, Cleone Nascimento, entre outras autoridades. Participaram do encontro cerca de 350 pessoas, entre lideranças locais, cafeicultores, técnicos e alunos do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) de Alegre e da Escola Família Agrícola de Castelo.
O investimento em qualidade tem retorno. Em média, o valor da saca de café arábica superior é, em média, R$ 100,00 maior do que uma saca de café sem este incremento. “A busca incessante pela qualidade dos cafés se justifica pela exigência cada vez maior dos consumidores e nem tanto como vantagens adicionais de preços do produto, mas como uma premissa à permanência dos cafeicultores num mercado cada vez mais competitivo. Os cafeicultores terão todo o apoio necessário para continuar evoluindo, até o ponto de atingir a excelência na produção”, destaca o secretário da Agricultura, Enio Bergoli.
Durante o encontro, o diretor-presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, demonstrou ao público presente as técnicas adequadas para se produzir com qualidade e as vantagens mercadológicas de se adotar as boas práticas. “Atitudes como colher no momento certo - quando os grãos já estão totalmente maduros - e realizar a secagem da forma adequada irão contribuir para que os cafeicultores do Estado agreguem mais valor à produção, contribuindo assim para a melhoria da rentabilidade na atividade cafeeira”, afirma.
O produtor rural de Castelo, Paulo Cecotti, é um exemplo disso. Ele começou um trabalho de melhoria da qualidade da sua lavoura em 2000, e hoje comemora os lucros adicionais. “As boas práticas funcionam e trazem rentabilidade. Hoje comercializo a saca de café por um preço até R$ 150,00 acima do mercado”, afirma.
O segredo ele não esconde: “Investi na renovação da lavoura, adotando novas variedades mais modernas indicadas pelo Incaper, construí uma estufa para secagem do café, adquiri uma máquina de beneficiamento, entre outras ações”, conta Paulo.
Para o professor do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) de Alegre, João Batista Peluzio, um evento como este é importante por buscar novas formas de agregar valor à atividade café. “O aumento da renda do agricultor contribui para a fixação do homem no campo, principalmente os jovens que estão ingressando na atividade”, afirma.
No Espírito Santo, a cafeicultura de arábica envolve 140 mil pessoas. As lavouras estão presentes em aproximadamente 20 mil propriedades rurais, distribuídas em 48 municípios. São 195,6 mil hectares ocupados com as plantas e para a safra de 2010, que acaba de começar, a previsão é que sejam produzidas 2,9 milhões de sacas. Os municípios que mais produzem o grão são Brejetuba, Iúna, Vargem Alta, Ibatiba e Irupi.
“O processo de certificação dos cafés é um caminho sem volta, pois cada vez mais o mercado requer uma garantia que comprove pelo menos o uso de boas práticas agrícolas, a rastreabilidade e a proteção ao meio ambiente e ao homem, seja cafeicultor ou consumidor do produto final”, ressalta Enio Bergoli.
A Campanha
Com ações previstas para todos os municípios que produzem arábica no Espírito Santo, o trabalho conta com o envolvimento direto de 26 instituições e prefeituras, que vão atuar em conjunto com a Seag, na realização de aproximadamente 800 ações técnicas de capacitação (cursos, visitas técnicas, dias de campo, encontros, simpósios) promovidas pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café (Cetcaf) até o final de 2010, oferecendo aos cafeicultores todas as informações e recursos para garantir as condições necessárias para melhorar a qualidade da produção.
Além do investimento em capacitação, a Seag vai repassar às regiões produtoras, 10 mil quilos de sementes, que são suficientes para produzir 25 milhões de mudas de café arábica.
A campanha de melhoria da qualidade do Arábica está completando 10 anos.
A marcha da qualidade do Café Arábica
1997 – Primeiros Cursos de Qualidade em Castelo, Conceição do Castelo e Venda Nova do Imigrante;
1997 em diante - O Centro de Comércio Café de Vitória inicia o incentivo à melhoria da qualidade do café;
1998 - Inauguração do Centro de Certificação da Qualidade do Café em Venda Nova do Imigrante;
1999 - Publicação em Simpósio Especializado de Trabalhos Técnicos de Qualidade de Café das Montanhas do Espírito Santo;
2000 - Dois produtores de Venda Nova e um de Brejetuba são finalistas do Prêmio Illy de Qualidade de Café;
2001- Em uma parceria inédita da Real Café / Tristão com a japonesa /UCC, Ueshima Coffee Com. Ltd. é lançado o prêmio CAFUSO/UCC de Qualidade de Café das Montanhas do ES;
2001- Produtor de café de qualidade de Afonso Cláudio vende seu café a R$ 1.272,00 a saca;
2002 - Café capixaba de qualidade é comercializado a R$ 1.641,00 a saca, através de leilão eletrônico;
2003 – Secretaria de Estado da Agricultura lança o Pedeag para o Café das Montanhas;
2004 - Espírito Santo é a sede do Cup of Excellence e 60 produtores capixabas ficam entre os 170 melhores cafés do Brasil. Élio Ribeiro Filho, de Brejetuba, foi um dos classificados.
Ainda em 2004 - Incaper indica cultivares de arábica para os diversos ambientes do quadro natural e sistemas de produção.
2005 – Consolida-se cada vez mais a participação e classificação dos cafeicultores capixabas, de vários municípios, nos diversos concursos (BSCA, Illy Café, UCC/Tristão, etc)
2006 – Café de Itarana fica entre os 10 melhores do País, no renomado concurso da Illy Café.
De 2007 aos dias de hoje – A Região de Montanhas se consolida, nacional e internacionalmente, como produtora de cafés de qualidade e o processo de certificação passa a se tornar uma realidade.
10 mandamentos para se produzir café Arábica com excelência de qualidade
1. Cuidar bem da lavoura o ano todo: análise de solo, adubações, poda, desbrota e manejo do mato, de pragas e de doenças.
2. O cafeicultor deve se estruturar com terreiros, secadores, tulhas ou armazéns, de acordo com sua produção.
3. Colher o café na peneira ou no pano, com o maior percentual possível de frutos maduros.
4. Usar sacaria de rafia na colheita e durante o transporte. Iniciar o processamento no mesmo dia.
5. Em função da alta umidade da região de montanha, dar preferência ao processamento via úmida (lavador/separador e descascador).
6. Para a secagem em terreiros, esparramar o café em camada fina, mexer no mínimo 10 vezes ao dia e, a partir do ponto de meia-seca, proteger o café das chuvas.
7. Para a secagem em secadores mecânicos, usar o secador de fogo indireto e utilizar lenha seca; operar o secador em plena carga; manter a temperatura na massa dos grãos de café com o máximo de 45°C; descarregar o secador quando os grãos atingirem umidade de 12%.
8. Utilizar novas tecnologias de secagem, de menor custo e impacto ambiental, como: terreiro híbrido, silo secador e terreiro coberto.
9. Armazenar o café com 11,5% de umidade e em ambientes limpos, arejados e livres de entradas de animais; usar sacarias de junta e tulhas ou armazéns limpos, sem insumos, adubos e defensivos.
10. Comercializar o café somente após sua avaliação em sala de prova, buscando sempre mercado com maior valor agregado.
Fonte: Incaper
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