domingo, 23 de maio de 2010

Excelência para o café arábica no Estado

Em função do aumento da exigência do consumidor, governo lança programa para melhorar a produção desse tipo de grão

Para comemorar o Dia Nacional do Café, amanhã, o governo do Estado inicia um amplo trabalho para oferecer aos produtores rurais que investem na atividade cafeeira as condições necessárias para melhorar a qualidade da produção.

As ações que serão realizadas, as tecnologias e os tratos indicados para garantir padrão de excelência ao café arábica produzido na região de montanha do Estado serão apresentados pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) durante encontro de cafeicultores em Castelo, que ocorre amanhã.

Segundo o secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, o investimento tem retorno: em média, o valor da saca de café arábica com qualidade superior é R$ 100 maior do que uma saca de café sem este incremento.

“A busca incessante pela qualidade dos cafés se justifica pela exigência cada vez maior dos consumidores, e nem tanto como vantagens adicionais de preços do produto, mas como uma premissa à permanência dos cafeicultores num mercado cada vez mais competitivo”, frisou. E prosseguiu:

“Os cafeicultores terão todo o apoio necessário para continuar evoluindo, até o ponto de atingir a excelência na produção.”

No Espírito Santo, a cafeicultura de arábica envolve 140 mil pessoas. As lavouras estão presentes em aproximadamente 20 mil propriedades rurais, distribuídas em 48 municípios.

São 195.600 hectares ocupados com as plantas, e para a safra de 2010, que acaba de começar, a previsão é que sejam produzidas 2,9 milhões de sacas.

Os municípios que mais produzem o grão são Brejetuba, Iúna, Vargem Alta, Ibatiba e Irupi.

“O processo de certificação dos cafés é um caminho sem volta, pois cada vez mais o mercado requer uma garantia que comprove pelo menos o uso de boas práticas agrícolas, a rastreabilidade e a proteção ao meio-ambiente e ao homem, seja cafeicultor ou consumidor do produto final”, ressalta Enio Bergoli.

Governo vai testar padrões de pureza do café
As marcas de café vendidas no País terão de passar no teste de qualidade com um provador profissional da bebida. O Ministério da Agricultura publica nesta semana instrução normativa que prevê padrões de pureza e qualidade mínimos.

O teste será feito aleatoriamente com amostras retiradas das prateleiras do comércio.

O governo vai checar ainda se o fabricante obedece ao teto de 1% para as impurezas, que passará a ser exigido na norma.

Provadores vão avaliar as características sensoriais do café. Os testes servem para apurar desde aroma e acidez até a finalização para apontar o gosto predominante na boca.

A metodologia é inédita no mundo e se assemelha àquela usada pelos sommeliers na avaliação de vinhos. Os fiscais vão inspecionar as linhas de produção das fábricas e as amostras coletadas no comércio serão enviadas para um laboratório.

A gradação do teste varia de zero a 10 pontos, e o governo deverá exigir um mínimo de 4 pontos (tradicional).
Fonte: Jornal A Tribuna

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