Presidente da Frente Parlamentar do Café, o deputado Carlos Melles (DEM-MG) espera que os futuros governantes do Brasil assumam compromissos para a construção de uma política pública concreta para o setor cafeeiro, que, segundo informou, é o que mais gera empregos no País. Melles aponta, nesta entrevista ao Jornal da Câmara, os quatro pilares para a política cafeeira que o setor espera do próximo presidente e dos governos estaduais - entre eles, a fixação de preço mínimo para o grão. No quarto mandato de deputado federal, Melles foi ministro do Esporte e Turismo entre 2000 e 2002.
Qual o principal objetivo da Frente Parlamentar do Café?
A Frente Parlamentar do Café é composta por 314 deputados federais e senadores de diversos partidos. Foi instalada há cinco anos, sendo por mim presidida nos últimos três. Nosso objetivo é apontar soluções para uma política pública efetiva para a cafeicultura, que é o setor que mais emprega no Brasil.
O que seria necessário hoje para o Brasil fortalecer o setor cafeeiro?
Recentemente, a frente apontou quatro pilares para a política cafeeira, que o setor quer como compromissos do próximo presidente da República e governadores na busca de soluções mais concretas para os produtores de café. O governo de qualquer país que tem o status de ser o maior produtor de café - e logo será o maior consumidor - deve buscar manter a renda de seus produtores, para garantir a eficiência na lavoura e uma boa produtividade. O governo que entender que a cafeicultura gera emprego, estabiliza o campo, que o produto vale a pena para o país, pois é de alto consumo e de alto valor para exportação, tem que subsidiar a atividade.
Quais são os quatro pilares?
O primeiro é fixar um preço mínimo, comparando-se com outros países, para não estimular que eles produzam mais. O segundo é criar uma política de custeio, que determine recursos suficientes para cobrir de 25% a 30% do custo por hectare, calculados hoje entre R$ 7 e R$ 8 mil. A terceira ação sugerida pela frente é a criação de uma política de comercialização que contemple toda a cadeia do agronegócio do café e, por fim, a implantação de uma política de seguro de renda. A diferença entre custo de produção e valor de venda tem que ser presumível, e o governo tem que completar para aqueles que estiverem na média ou acima da média em produtividade.
Quais os números da cafeicultura no Brasil?
Não há nenhuma cultura no Brasil que empregue tanto quanto o café. Também não há nenhuma outra cadeia tão complementar quanto a do café. Hoje, o número de pessoas que dependem dessa cadeia para sobreviver é enorme. No Brasil, dos 50 milhões de hectares plantados, a cafeicultura ocupa 2 milhões, e dos 5,5 mil municípios brasileiros, 1,8 mil plantam café em 12 estados produtores. Minas Gerais é o maior produtor, com 50% da produção. Resumindo, se o Brasil tirar a bola de campo, o mundo do café não joga bola. O que não está sendo feito pelo atual governo trouxe um grande endividamento para o setor produtivo de café.
Qual o principal objetivo da Frente Parlamentar do Café?
A Frente Parlamentar do Café é composta por 314 deputados federais e senadores de diversos partidos. Foi instalada há cinco anos, sendo por mim presidida nos últimos três. Nosso objetivo é apontar soluções para uma política pública efetiva para a cafeicultura, que é o setor que mais emprega no Brasil.
O que seria necessário hoje para o Brasil fortalecer o setor cafeeiro?
Recentemente, a frente apontou quatro pilares para a política cafeeira, que o setor quer como compromissos do próximo presidente da República e governadores na busca de soluções mais concretas para os produtores de café. O governo de qualquer país que tem o status de ser o maior produtor de café - e logo será o maior consumidor - deve buscar manter a renda de seus produtores, para garantir a eficiência na lavoura e uma boa produtividade. O governo que entender que a cafeicultura gera emprego, estabiliza o campo, que o produto vale a pena para o país, pois é de alto consumo e de alto valor para exportação, tem que subsidiar a atividade.
Quais são os quatro pilares?
O primeiro é fixar um preço mínimo, comparando-se com outros países, para não estimular que eles produzam mais. O segundo é criar uma política de custeio, que determine recursos suficientes para cobrir de 25% a 30% do custo por hectare, calculados hoje entre R$ 7 e R$ 8 mil. A terceira ação sugerida pela frente é a criação de uma política de comercialização que contemple toda a cadeia do agronegócio do café e, por fim, a implantação de uma política de seguro de renda. A diferença entre custo de produção e valor de venda tem que ser presumível, e o governo tem que completar para aqueles que estiverem na média ou acima da média em produtividade.
Quais os números da cafeicultura no Brasil?
Não há nenhuma cultura no Brasil que empregue tanto quanto o café. Também não há nenhuma outra cadeia tão complementar quanto a do café. Hoje, o número de pessoas que dependem dessa cadeia para sobreviver é enorme. No Brasil, dos 50 milhões de hectares plantados, a cafeicultura ocupa 2 milhões, e dos 5,5 mil municípios brasileiros, 1,8 mil plantam café em 12 estados produtores. Minas Gerais é o maior produtor, com 50% da produção. Resumindo, se o Brasil tirar a bola de campo, o mundo do café não joga bola. O que não está sendo feito pelo atual governo trouxe um grande endividamento para o setor produtivo de café.
Fonte: Revista Cafeicultura
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