quinta-feira, 7 de julho de 2011

Super Acaps Panshow abre o 2º Salão do Café



O 2º Salão do Café teve início na terça-feira (05) e atraiu muitas atenções. O evento promovido pelo Sindicato da Indústria de Torrefação e Moagem de Café do Estado do Espírito Santo (Sincafé) reuniu, no primeiro dia, grande público que foi prestigiar o café produzido no Estado.


Estiveram presentes no 2º Salão do Café autoridades como o Presidente da Findes, Lucas Izonton; o Diretor-Executivo da ABIC, Natan Herszkowicz; o Secretário Estadual da Agricultura, Enio Bergoli; o Vice-Governador do Estado, Givaldo Vieira; o Presidente do Sincafé, Egídio Malanquini; o Prefeito de Vitória, João Coser; o Presidente do Sindipães, Flávio Sérgio Bertollo; o Presidente do Banestes, Bruno Negris e o Superintendente da Acaps, Hélio Schneider.



Enio Bergoli, Lucas Izoton, Egídio Malanquini e o Vice-Governador Givaldo Vieira não perderam tempo e aproveitaram para saborear as delícias feitas com o melhor dos cafés do Estado. A imprensa esteve no local fazendo a cobertura do evento que vem movimentando setor da indústria de café do Espírito Santo.





No estande do Salão do Café foi montada uma estrutura com cafeteria, loung e cyber café para servir e acomodar confortavelmente o público, inclusive os empresários do setor.




O objetivo do 2º Salão Cafés Especiais do Espírito Santo é valorizar ainda mais o café capixaba e dar apoio às indústrias locais. O Salão é realizado durante a Super Acaps Panshow, o maior evento varejista capixaba, promovido pela Associação Capixaba de Supermercados, que serve como vitrine para os produtos das indústrias do Espírito Santo. O evento expões vários estandes com as principais empresas do varejo e acontece até hoje no Pavilhão de Carapina, na Serra.


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Está chegando a hora!!!!




O início do 2º Salão Cafés Especiais do Espírito Santo está próximo. Faltam poucas horas para a abertura da ACAPS PANSHOW, evento que onde vai estar montado o Salão do Café. Uma estrutura moderna e confortável foi montada para você visitar e conferir o melhor dos cafés especiais do Estado.
A visitação estará liberada amanhã a partir das 14h e segue até às 22h. Não perca. Visite o 2º Salão do Café e descubra a importância dos Café Especiais do Espírito Santo.

Local: Pavilhão de Carapina - Serra
Horário: 05, 06 e 07 de julho

Coocafé: 1.200 cooperadores no ES


Presente no Espírito Santo há dez anos e com mais de mil cooperados capixabas, a Coocafé (Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Lajinha) sediada em Minas Gerais é um exemplo de crescimento entre as cooperativas do Estado.

A cooperativa atua no Espírito Santo com lojas nos municípios de Iúna, Ibatiba e Irupi, onde reúne cerca de 1200 cooperadores. Nessas três unidades comerciais, o produtor pode adquirir insumos agrícolas, ferramentas e produtos agropecuários e veterinários para a manutenção da sua propriedade.

A Coocafé possui, ainda, um armazém em Irupi para estocar 12 mil sacas de café beneficiado, com maquinário completo de rebenefício para preparo do produto dos cooperados e prestação de serviços a terceiros.

Para manter o ritmo de crescimento, a cooperativa está ampliando sua equipe e sua estrutura com a inauguração da nova unidade comercial em Iúna. “A unidade contará com um espaço maior que a loja atual, para oferecer serviços ainda melhores ao produtor da região”, garante o diretor presidente da Coocafé Fernando Romeiro de Cerqueira.

No municípios em que atua, a cooperativa presta serviços voltados aos seus cooperadores, oferecendo assistência técnica, possibilidade de comercialização e armazém do café. “Por meio das unidades comerciais, a cooperativa permite que o cooperado adquira insumos e implementos agrícolas, com preços diferenciados e exclusividade, pois só quem é cooperado do Coocafé pode comprar nas lojas da cooperativa”, diz.

Unidades da Coocafé:

- Iúna: 579 cooperados

- Ibatiba: 440 cooperados

- Irupi: 237 cooperados

Fonte: Caderno especial – Dia Internacional do Cooperativismo de A Gazeta – 02/07/2011

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Beleza do café













A conceituada marca Kapeh trouxe ao Brasil, durante a 6ª edição da Feira Internacional de Cosméticos e Beleza (Beauty Fair), novidades que prometem fazer sucesso com o público feminino e masculino. Desenvolvendo produtos de beleza a partir de extrato de café, a marca investe cada vez mais em novas idéias, técnicas e conceitos para criar itens cheios de brasilidade.

A novidade, lançada no verão 2011 está na estética inovadora. Seus novos sabonetes vêm em formatos de grãos de café, desenvolvidos com óleo de palma 100% vegetal em três versões: café verde, café maduro e café torrado.O grande destaque desse lançamento fica por conta das propriedades energizantes e revitalizantes do extrato do café, perfume suave e delicado, além da intensa hidratação e efeito emoliente proporcionados pela manteiga de karité.


Café agroflorestal é tema de simpósio no Maciço de Baturité

Especialistas das principais instituições de pesquisa em cafeicultura do Brasil discutirão com pequenos produtores do Maciço de Baturité, no Ceará, alternativas de reforço à produção agroecológica na região. Na pauta, também estará a busca por certificações para o acesso ao comércio justo (fair trade). O I Simpósio de Revitalização do Cultivo de Café Agroflorestal do Maciço de Baturité ocorre entre os dias 28 e 30 de junho, no hotel Escola SENAC, em Guaramiranga (a 110 km de Fortaleza). O evento é organizado pela Embrapa Agroindústria Tropical e pela Embrapa Café (Brasília-DF).

No evento, estarão reunidos produtores, técnicos, pesquisadores das principais instituições nacionais de pesquisa na área, representantes das prefeituras da região e de instituições de fomento. A ação conta com o patrocínio do Banco do Nordeste e com o apoio do Grupo Três Corações, do Sebrae e da Prefeitura Municipal de Guaramiranga.

Um dos palestrantes, Sérgio Parreiras Pereira, pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), explica que a cafeicultura no Maciço de Baturité é uma das poucas no Brasil em sistema agroflorestal tradicional e orgânico, o que favorece a busca pela Indicação Geográfica (garantia da origem de um produto ou de suas qualidades e características regionais que pode ser apresentada como Indicação de Procedência ou Denominação de Origem).

O café do Maciço de Baturité é cultivado sob a sombra de árvores da Mata Atlântica, isso contribui para melhoria da qualidade do grão e evita a ocupação e exploração desordenada dos recursos naturais. “O sistema agroflorestal possibilita a manutenção da biodiversidade no Maciço”, salienta Sérgio Parreiras. Outras vantagens do cultivo agroecológico são a proteção do solo e a promoção do equilíbrio biológico natural da região, que é uma Área de Proteção Ambiental.

O coordenador do evento, Francisco Xavier, pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, diz que a ideia é envolver produtores, pesquisadores, estudantes, instituições públicas e privadas na identificação de demandas de P&DI. Um segundo passo será a elaboração de projetos para gerar e adaptar tecnologias que visem ao desenvolvimento sustentável da cafeicultura familiar na região.

Atualmente, conforme Francisco Xavier, a produção de café no Maciço de Baturité é muito baixa, cerca de 15 mil sacas por ano. “Isso acontece por conta da acomodação do setor produtivo, falta de pesquisas, financiamento e de assistência técnica”. Ele completa que a bebida produzida do café do Maciço de Baturité apresenta excelente qualidade e que no passado foi exportada para a Bélgica e para a Suécia.

Fonte: Embrapa

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Os benefícios do café para a saúde




Você sabia que beber café pode ser a solução para muitas doenças?

O café é uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo, apesar de alguns preconceitos. Entretanto, tomar um "cafezinho" em doses moderadas pode trazer à saúde mais benefícios que o simples prazer de degustar a tradicional bebida.


O café é uma bebida rica em minerais, contém vitamina B, ácidos clorogênicos, antioxidantes naturais, nutrientes que ajudam a prevenir a depressão e suas consequências como o tabagismo, alcoolismo e consumo de drogas.


A recomendação dos especialistas é de um consumo de 3 a 4 xícaras diárias (cerca de 500 mg de cafeína), o que estimula a atenção, concentração, memória e o aprendizado escolar. O consumo diário e moderado de café pelos adultos também pode ajudar a combater a depressão, a quarta principal causa de morte no mundo atualmente, mas que poderá vir a ser a segunda em 2020, conforme informações da OMS (Organização Mundial da Saúde), depois do infarto do miocárdio.


Fonte: Jéssyleine Kovatch Reis

sexta-feira, 17 de junho de 2011

2º Salão Cafés Especiais do Espírito Santo




Reforçando o sucesso da primeira edição, este ano o 2º Salão de Cafés Especiais do Espírito Santo vem reunir os principais produtores e empresários do setor no Estado. O objetivo do evento este ano é posicionar o café capixaba entre os melhores.


O 2º Salão do Café será realizado durante Acaps Panshow. Na programação a ABIC vai promover palestras que abordarão temas como: Selo de pureza ABIC, agora é lei!, Regulamento Técnico do Café e Normas Correlatas e Como fazer um bom café. No evento, também serão repassadas às indústrias de café do Estado não filiadas ao SINCAFÉ, a importância e os benefícios de ser filiado.


Dias: 05, 06 e 07 de julho de 2011

Horários: das 14h às 22h

Local: Pavilhão de Carapina, na Serra.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Pretinho nada básico: café vira matéria-prima para cosméticos

Zero Hora - Porto Alegre/RS - ESTILO DE VIDA - 30/05/2011 - 17:31:06

Difusores de ambientes, sabonetes e xampus são feitos a base do grão e da flor

Foto:XX / Divulgação
Foto:XX / Divulgação

Grãos de café moídos e seus derivados são agentes esfoliantes naturais

Uma das maiores paixões dos brasileiros está conquistando outro mercado. Depois de agradar os paladares mais exigentes, o café também vira matéria-prima para cosméticos. São difusores de ambientes, sabonetes e xampus feitos a base do grão e da flor. Além do cheiro, os produtos são ricos em propriedades medicinais.

Confira as propriedade e os benefícios do café:

Antioxidante: o café verde é extremamente rico (3x mais que o chá verde, por exemplo) em substâncias antioxidantes, que protegem a pele da ação maléfica dos radicais livres que causam o envelhecimento.

Redutor: o café apresenta alta concentração de cafeína, substância que estimula a queima de gordura. Pode ser usada para redução de medidas e eliminação da celulite.

Esfoliante: os grãos de café moídos e seus derivados são agentes esfoliantes naturais, que estimulam a renovação celular e a circulação sanguínea, eliminando toxinas e células mortas.

Protetor Solar: outro grande potencial do extrato de café é a fotoproteção, por conter flavonóides que ajudam a impermeabilizar a membrana da pele contra os raios UV.

Demais Propriedades: o café possui ainda efeito anti-inflamatório e antiedema, capaz de acalmar a pele, além de um excelente efeito adstringente, promovendo uma limpeza eficaz e a neutralização de fortes odores.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Café e Saúde


Por que o café faz bem?

O café não é remédio, mas a comunidade médico-científica já considera a planta como funcional (previne doenças mantendo a saúde) ou mesmo nutracêutica (nutricional e farmacêutico). Isso porque o café não possui apenas cafeína, mas também potássio, zinco, ferro, magnésio e diversos outros minerais, embora em pequenas quantidades. O grão do café também possui aminoácidos, proteínas, lipídeos, além de açúcares e polissacarídeos. Mas, o principal segredo: possui uma enorme quantidade de polifenóis antioxidantes, chamados ácidos clorogênicos. Durante a torra do café, esses ácidos clorogênicos formam novos compostos bioativos: os quinídeos. É nessa etapa também que as proteínas, aminoácidos, lipídeos e açúcares formam os quase mil compostos voláteis responsáveis pelo aroma característico do café. É toda essa composição que faz do café uma bebida natural e saudável.

Os benefícios à saúde




Prof. Dr. Darcy Roberto Lima

O Programa Café e Saúde tem como Coordenador Científico o Prof. Dr. Darcy Roberto Lima. Ph.D em Medicina pela Universidade de Londres, este médico, escritor e professor do Instituto de Neurologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Diretor Associado de Pesquisas, ICS, Vanderbilt University, TN, USA, dedica-se a pesquisar os efeitos do café na saúde humana há mais de 20 anos.





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segunda-feira, 30 de maio de 2011


Proposta: O Programa Permanente de Controle da Pureza do Café, certificação pioneira da ABIC, lançada em 1989 e que atesta a pureza do café torrado e moído, continua ativo e consistente. São mais de 2 mil amostras coletadas e analisadas por ano! O objetivo, desde o início, é o monitoramento contínuo das marcas, a fim de inibir a ação de empresas que adulteram seus produtos.
Estrutura: As amostras são coletadas por auditores independentes nos pontos-de-venda e, depois de codificadas, são analisadas em laboratório, garantindo total isenção do processo. Só é fornecida autorização de uso do Selo de Pureza na embalagem aos produtos 100% feitos com café.

Resultados: Além de ter sido o responsável pelo crescimento do mercado doméstico nos anos de 1990, o Programa continua sendo fundamental para o combate à fraude e à comercialização de cafés de baixíssima qualidade e com alto percentual de impurezas. No caso de empresas associadas com marcas impuras, são abertos processos administrativos com penalidades que chegam à exclusão do quadro social. No caso de empresas não-associadas, além da expedição de comunicados a elas, são enviadas comunicações para Ministérios Públicos, Anvisa e Procon, entre outros.

Como é feita a coleta para o programa do Selo de Pureza ABIC



Programa de auto-regulamentação da indústria de café

Criada em 12 de março de 1973, a Associação Brasileira da Indústria de Café - ABIC surgiu da necessidade de aglutinar as ações desenvolvidas pelos Sindicatos e Associações estaduais da atividade industrial torrefadora, até então dispersas e isoladas, com o objetivo de coordenar e reivindicar os interesses em âmbito nacional.

Desde a época de sua criação, a ABIC enfrentou - e enfrenta - o desafio de conseguir para o café e para o consumidor brasileiro melhor qualidade, a garantia da pureza, o aumento de consumo e preço justo para o produto.

Em 1988 foi concluída uma pesquisa de hábitos do consumidor brasileiro de café demonstrando que 67% dos brasileiros acreditavam que "café puro era apenas o exportado - o de consumo interno, infelizmente, era sempre fraudado".

Outra pesquisa realizada pela ABIC ainda em 1988, tinha como objetivo conhecer a problemática das indústrias em todas as regiões do País. De caráter quantitativo e incluindo empresas associadas e não-associadas à entidade, a pesquisa revelou um perfil do setor dos mais preocupantes: uma indústria estagnada, tecnologicamente superada, compondo um parque instalado com idade média de 7,6 anos.

Foi principalmente com base nessas duas pesquisas que a ABIC definiu a linha estratégica de ação que a partir de 1989, iria colocar em prática:

  • Resgatar a credibilidade do produto, a partir do Programa de Autofiscalização e do lançamento do Programa Permanente de Controle da Pureza de Café.
  • Desenvolver um programa junto ao consumidor, despertando-o para uma nova mentalidade, baseada na diversificação na qualidade dos produtos e voltada para abertura de novos nichos de consumo.

Lançado em agosto de 1989, dois anos antes do Código de Defesa do Consumidor, o Programa Permanente de Controle da Pureza de Café viria a se transformar em um divisor de águas. O saneamento do setor era mais do que necessário e a única maneira de reverter a tendência cada vez mais acentuada de queda de consumo.

As negociações para a formalização do Programa de Autofiscalização entre a ABIC e o IBC, na época presididos, respectivamente, por Carlos Barcelos Costa e Jório Dauster, tiveram início em 1987 e se concretizaram em 10 de novembro de 1988, quando entrou em vigor a Resolução n.º80, baixada por aquela autarquia.
Por meio desta Resolução, a ABIC passava a responder pela fiscalização do setor, arcando com todas as despesas de coleta e análise de amostras de café em todo o País - o que acontece até hoje.

O Programa tinha como principais objetivos:

  • Sanear a indústria do café;
  • Desenvolver a credibilidade no produto ao consumidor brasileiro;
  • Desenvolver em todo o público conhecimentos sobre o produto;
  • Retornar o consumo per capita ao nível de 5,9 kg/ano.


Inicialmente, para colocar em prática e coordenar o programa, a entidade criou um Comitê de Autofiscalização, (posteriormente denominado Auto-Regulamentação), e instituiu o Regulamento/Acordo de Comportamento Ético do Programa de Controle de Pureza do Café Torrado e Moído, que estabelecia as normas e condições para obtenção do direito ao uso do Programa Permanente de Controle da Pureza de Café.

Quando o programa foi lançado, 319 empresas representando 463 marcas, eram responsáveis pela industrialização de 330 mil sacas/mês, já faziam parte do programa. Hoje, o programa conta com a participação de 500 empresas, com mais de 1000 marcas sendo comercializadas e que representam 480 mil sacas/mês.

Na época da implantação do programa, mais de 30% das marcas de café analisadas burlavam a legislação, ou com impurezas acima do limite de tolerância, ou com mistura de outras substâncias.

O programa deu certo, e atualmente menos de 5% das marcas são impuras ou adulteradas, e elas representam apenas 1% do volume de café comercializado no mercado interno. É o que respalda o grande passo que a entidade dará 13 anos depois, ao buscar o estabelecimento de um nível mínimo de qualidade para os cafés (tipo 8 COB) e lançar o ousado PACIC - Programa de Aumento do Consumo Interno, cuja meta é elevar o mercado para 16 milhões de sacas até 2005.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Preço do cafezinho do brasileiro vai ficar mais amargo até dezembro

Consumida por 95% da população, bebida já acumula alta de 6,49% e deve ficar mais cara.

O Dia Nacional do Café é comemorado no Brasil nesta terça-feira, 24 de maio. Tradicional na mesa do brasileiro, o café que a dona de casa compra no supermercado e leva para casa já está 6,49% mais caro para o consumidor em 2011, de acordo com a inflação oficial do governo, e o preço deve ficar ainda mais amargo nos próximos meses.

Segundo o diretor executivo da Abic (Associação Brasileira da Indústria do Café), Natan Herszkowicz, a bebida, que é consumida por 95% da população brasileira, só está mais cara por causa da conjunção de fatores: redução dos estoques, alta do consumo e safras ruins.

Herszkowicz explica que o preço atual da saca de café no mercado internacional, cujo padrão é de 60 kg, mais que dobrou de valor e atingiu o “maior preço nos últimos 50 anos no mundo”.

- Os preços do café para o consumidor dependem muito do custo da matéria-prima, que é o grão do café. Os preços do grão aumentaram 123% nos últimos 12 meses. Em abril de 2010, uma saca de café de 60 kg custava R$ 250. Em abril de 2011, esse preço subiu para R$ 550.

Segundo o diretor da Abic, três motivos provocaram essa escalada no preço do cafezinho para o brasileiro: os estoques mundiais do grão, que estão muito baixos; o crescimento médio do consumo no país, entre 4% a 5% ao ano; e problemas climáticos em países produtores de café, como Colômbia, Costa Rica e Honduras.

- Desde o ano passado, existe uma demanda maior e uma oferta menor de grãos de café arábica de melhor qualidade, o que, junto com os estoques pequenos e consumo crescente, fez com que os preços da matéria-prima explodissem.

Apesar da alta acumulada no ano, ele explica que o produto poderia estar muito mais pesado no bolso do consumidor e só não está porque a indústria segurou os preços nos últimos anos.

- Na verdade, faz cinco anos que o café não sobe de preço para o consumidor. Se você pegar pesquisas de preços, você vai ver que o quilo custa cerca de R$ 10, meioquilo custa até R$ 5 o pacote. Desde o plano real, em 1994, o café subiu 52%, enquanto a cesta básica subiu 290%. Ou seja, o café ao longo do tempo ficou um produto barato para o consumidor.

No entanto, os preços não deverão se manter estáveis nos próximos meses. De acordo com Herszkowicz, a safra brasileira, que está começando, tende a ser menor que a do ano passado, então, a disponibilidade de grãos pode ficar apertada e, assim, os preços do café podem subir um pouco.

- A expectativa é que os preços do café em grão cru mantenham o nível que estão ou aumentem durante o ano, o que pode causar um aumento de preços para o consumidor. Nada que assuste ou atrapalhe o consumo porque, na nossa opinião, o café é um produto barato para o consumidor.

Brasileiro deve consumir 85 litros de café em 2011

O consumo de café no Brasil neste ano deverá crescer 5% em relação a 2010, estima o presidente executivo da Abic (Associação Brasileira da Indústria do Café), Nathan Herszkowicz. Com isso, cada brasileiro deverá beber pouco mais de 85 litros durante o ano.

- O consumo no Brasil [em 2010] foi de 19,1 milhões de sacas de café. Isso corresponde a um consumo por brasileiro de cerca de 81 litros de café por habitante. Com a melhora do poder de compra da população, o consumo deve crescer 5% e chegar a 20 milhões de sacas de café.

Considerando que cada xícara de café – como aquelas em que se servem expressos nas padarias e cafeterias - tem, em média, 50 ml do produto, o brasileiro deverá tomar, em média, 1.700 xícaras de café em 2011. No ano passado, foram, em média, 1.620.

O aumento gradual do número de fãs da bebida deve contribuir para o aumento do consumo em 2011. De acordo com o diretor da associação, um levantamento da própria entidade comprova que o brasileiro está tomando cada vez mais café.

- Uma pesquisa anual da Abic mostra que 95% dos brasileiros acima de 15 anos declara que toma café diariamente e esse número vem crescendo ao longo dos anos. Em 2003, esse número era de 91%. Ou seja, o café é um dos produtos mais tradicionais do brasileiro.

Fonte: ABIC