Época de colheita do café o fluxo de dinheiro aumenta em vários setores da economia. No comércio, o movimento maior de dinheiro nas cidades gira em torno de segmentos como supermercados e lojas de roupas, onde as vendas aumentam em até 50%. Os outros setores acompanham uma elevação de 30%. Brejetuba e Iúna lideram os números, pois juntos, devem produzir esse ano quase 600 mil sacas de café, gerando mais de 10 mil empregos nas lavouras.
A temporada de bons negócios começou no mês passado e segue até setembro. Muitos comerciantes afirmam que o período da safra supera o faturamento do final do ano. Os lucros são maiores até mesmo que o natal. Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Iúna, o comércio da cidade sobrevive principalmente do café.
"Nesse início, o setor que recebe de cara um montante maior de dinheiro são os supermercados e lojas de roupas.
Com mais dinheiro no bolso, as pessoas consomem mais e acabam gastando também com roupas. Muita coisa que faltava em casa. Outras pessoas aproveitam para pagar dívidas em outros comércios", conta o presidente da ACII, Jobes José de Freitas.
Não é para menos, só em Brejetuba e Iúna serão 12 mil empregos diretos na lavoura, isso sem contar, uma média de 20 mil pessoas que já vivem no campo e tem atividade rural. Elas também têm o poder de compra maior na época da safra.
O que atrai os trabalhadores são os valores pagos pelos agricultores. Alguns trabalham pelo dia de serviço, outros ganham por produção. Os valores variam em média de R$ 30 a R$ 80 por pessoa no dia. No final do mês, o salário rende mais que muito emprego formal.
"Além das vagas de emprego abertas só no período de lavoura, que muitas vezes são preenchidas por pessoas de outras cidades. Tem também o pessoal que já mora na zona rural e ganha mais dinheiro com a colheita. Uns estavam desempregados ou desenvolvendo outras funções.", afirma a diretora do sindicato de trabalhadores rurais de Iúna, Edir da Silva.
Horário especial
Para não deixar as vendas escaparem muitos lojistas optam por horários especiais de funcionamento. Em Brejetuba, os supermercados funcionam nas sextas-feiras até às 20h, aos sábados o horário segue até 16h. A esticada a mais garante o atendimento maior.
"A opção é para atender principalmente as pessoas que trabalham na roça. Nos dias que não vão para lavoura ou saem mais cedo, ainda podem fazer as compras. Aqui na cidade, calculamos um crescimento de até 40% nas vendas de todos os setores juntos", afirma a Presidente da Câmara de Dirigente Lojista de Brejetuba, Liliane Belisário.
Safra menor que o ano passado
Mesmo com os números positivos nas vendas do comércio, o INCAPER, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural, calcula que este ano, vai acontecer uma redução de 20% na colheita. A queda se deve a longa estiagem durante período de verão. Brejetuba, que lidera a produção de café arábica no estado, vai produzir 50 mil sacas a menos. Já Iúna, que segue na segunda produção estadual, serão quase 100 mil sacas a menos. Um prejuízo de mais de R$ 20 milhões para região.
"Tivemos que adiantar a colheita e mesmo assim encontramos grãos ruins que não vingaram. Vamos ver se no meio da safra vai haver alguma recuperação do setor. É o que a gente espera", lembra Onofre Almeida, chefe do Incaper de Iúna.
O preço do café também não anda agradando o agricultor, a média de preço é de R$ 190 até R$ 290. Um valor que já perdura na região há anos sem nenhum tipo de aumento, a aposta dos agricultores agora é no café de qualidade com preços melhores oferecidos pelo mercado.
"Aqui em Brejetuba são 1200 propriedades que vivem do café, 220 hoje trabalham com o café cereja despolpado com melhor preço. Mas todos estão se deparando com insumos altos e pouco retorno nos lucros", afirma Fabiano Tristão, chefe do Incaper de Brejetuba.
Sul representa 40% da produção de café estadual
A produção de café arábica em todo estado está estimada em cerca de 3 milhões de sacas. Outros municípios que se destacam na região são: Vargem Alta, Muniz Freire, Irupi, Ibatiba e Afonso Cláudio. Mais de 90% da produção do Espírito Santo vem do sul. Em números, equivale a cerca de 2,5 milhões de sacas.
Nos municípios mais quentes se planta também o café tipo conilon e são produzidas cerca de 1,5 milhões de sacas. Somando a produção das duas variedades, a região sul totaliza uma produção de mais de 4 milhões de sacas, representando cerca de 40% da produção capixaba.
Fonte: Gazeta Online Sul
A temporada de bons negócios começou no mês passado e segue até setembro. Muitos comerciantes afirmam que o período da safra supera o faturamento do final do ano. Os lucros são maiores até mesmo que o natal. Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Iúna, o comércio da cidade sobrevive principalmente do café.
"Nesse início, o setor que recebe de cara um montante maior de dinheiro são os supermercados e lojas de roupas.
Com mais dinheiro no bolso, as pessoas consomem mais e acabam gastando também com roupas. Muita coisa que faltava em casa. Outras pessoas aproveitam para pagar dívidas em outros comércios", conta o presidente da ACII, Jobes José de Freitas.
Não é para menos, só em Brejetuba e Iúna serão 12 mil empregos diretos na lavoura, isso sem contar, uma média de 20 mil pessoas que já vivem no campo e tem atividade rural. Elas também têm o poder de compra maior na época da safra.
O que atrai os trabalhadores são os valores pagos pelos agricultores. Alguns trabalham pelo dia de serviço, outros ganham por produção. Os valores variam em média de R$ 30 a R$ 80 por pessoa no dia. No final do mês, o salário rende mais que muito emprego formal.
"Além das vagas de emprego abertas só no período de lavoura, que muitas vezes são preenchidas por pessoas de outras cidades. Tem também o pessoal que já mora na zona rural e ganha mais dinheiro com a colheita. Uns estavam desempregados ou desenvolvendo outras funções.", afirma a diretora do sindicato de trabalhadores rurais de Iúna, Edir da Silva.
Horário especial
Para não deixar as vendas escaparem muitos lojistas optam por horários especiais de funcionamento. Em Brejetuba, os supermercados funcionam nas sextas-feiras até às 20h, aos sábados o horário segue até 16h. A esticada a mais garante o atendimento maior.
"A opção é para atender principalmente as pessoas que trabalham na roça. Nos dias que não vão para lavoura ou saem mais cedo, ainda podem fazer as compras. Aqui na cidade, calculamos um crescimento de até 40% nas vendas de todos os setores juntos", afirma a Presidente da Câmara de Dirigente Lojista de Brejetuba, Liliane Belisário.
Safra menor que o ano passado
Mesmo com os números positivos nas vendas do comércio, o INCAPER, Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural, calcula que este ano, vai acontecer uma redução de 20% na colheita. A queda se deve a longa estiagem durante período de verão. Brejetuba, que lidera a produção de café arábica no estado, vai produzir 50 mil sacas a menos. Já Iúna, que segue na segunda produção estadual, serão quase 100 mil sacas a menos. Um prejuízo de mais de R$ 20 milhões para região.
"Tivemos que adiantar a colheita e mesmo assim encontramos grãos ruins que não vingaram. Vamos ver se no meio da safra vai haver alguma recuperação do setor. É o que a gente espera", lembra Onofre Almeida, chefe do Incaper de Iúna.
O preço do café também não anda agradando o agricultor, a média de preço é de R$ 190 até R$ 290. Um valor que já perdura na região há anos sem nenhum tipo de aumento, a aposta dos agricultores agora é no café de qualidade com preços melhores oferecidos pelo mercado.
"Aqui em Brejetuba são 1200 propriedades que vivem do café, 220 hoje trabalham com o café cereja despolpado com melhor preço. Mas todos estão se deparando com insumos altos e pouco retorno nos lucros", afirma Fabiano Tristão, chefe do Incaper de Brejetuba.
Sul representa 40% da produção de café estadual
A produção de café arábica em todo estado está estimada em cerca de 3 milhões de sacas. Outros municípios que se destacam na região são: Vargem Alta, Muniz Freire, Irupi, Ibatiba e Afonso Cláudio. Mais de 90% da produção do Espírito Santo vem do sul. Em números, equivale a cerca de 2,5 milhões de sacas.
Nos municípios mais quentes se planta também o café tipo conilon e são produzidas cerca de 1,5 milhões de sacas. Somando a produção das duas variedades, a região sul totaliza uma produção de mais de 4 milhões de sacas, representando cerca de 40% da produção capixaba.
Fonte: Gazeta Online Sul
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