Agricultores e pecuaristas estão acostumados a conviver, todos os anos, com meses de chuva e de seca, adequando sua produção a cada época. Neste ano porém, apesar do fenômeno La Niña que costuma ampliar a época de seca, o setor agropecuário tem sentido um atraso maior do que o normal na chegada da chuva.
"Ano de La Niña já seria mais seco, mas está mais grave do que imaginávamos", afirmou o técnico da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) Marco Olívio Morato de Oliveira. Ele disse que a chuva já devia ter começado na Região Sul há uma semana.
Segundo Oliveira, o fenômeno pode causar duas formas de prejuízo à agricultura. A primeira delas é o atraso no cultivo, principalmente na Região Sul. "Conforme a seca se prolonga, o produtor perde a opção de escolher as variedades que vai plantar", disse ele. A outra é a falta de água para as culturas irrigadas, como frutas por exemplo, que ficam comprometidas.
O técnico da OCB explica que esses problemas acabam levando a outros. Um deles é que as plantadeiras usadas no Sul também são utilizadas nos plantios de outras regiões. Isso porque o período de chuva costuma ter início naquela região e depois vai subindo para o restante do país.
Oliveira explicou, no entanto, que as consequências da seca mais aguda, que já começam a ser sentidas em alguns estados, só poderão ser dimensionadas quando o plantio estiver terminado. "Só vamos ter um resultado quando a área estiver toda plantada", comentou.
Fonte: Revista Cafeicultura
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