O sucesso das vendas externas nesse segmento é decorrente do crescimento das exportações
As exportações mineiras do complexo café (grão e solúvel), no período de janeiro a agosto de 2010, alcançaram receita recorde na comparação dos resultados obtidos pelo Estado em cada um dos períodos acumulados dos oito primeiros meses do ano desde 2001. Esta é uma das conclusões da Superintendência de Política e Economia Agrícola (Spea) da Secretaria da Agricultura de Minas após avaliar os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC/Secex).
De acordo com Márcia Aparecida de Paiva Silva, assessora técnica da Spea, o valor alcançado pelas exportações estaduais do café, até agosto de 2010, foi de US$ 2,2 bilhões, 26,3% superior ao registrado no mesmo período de 2009. "O grande sucesso das vendas externas nesse segmento é decorrente do crescimento das exportações de café em grão, que representou cerca de 99,5% das exportações mineiras do complexo café, nos primeiros oito meses de 2010.
O crescimento da receita de exportação do grão foi de 27,0% ante o período de janeiro a agosto de 2009", ela explica. A assessora ainda considera que o fato de Minas ter a maior parte de sua produção, cerca de 99,0%, destinada ao café arábica contribui para a significativa exportação do grão frente ao café solúvel – fabricado a partir da variedade robusta. "As exportações mineiras fazem do Estado o maior exportador mundial de café em grão, respondendo por 78,5% das exportações nacionais."
Principais destinos
Os seis principais países de destino do café em grão mineiro em 2009 – Alemanha, Estados Unidos, Itália, Japão, Bélgica e Espanha – mantiveram as suas posições em 2010, com captação de 70,4% das exportações mineiras do produto no período de janeiro a agosto. Márcia Silva diz que aqueles destinos das exportações mineiras apresentaram crescimento das importações, entre os primeiros oito meses de 2009 e 2010. Destaca-se o incremento das aquisições dos Estados Unidos – tradicional mercado consumidor de café – que foi de 35,2%, chegando a US$ 428,9 milhões em 2010.
Os preços em alta do café contribuíram para o crescimento da receita de exportação do grão. A assessora observa que, segundo informações da Organização Internacional de Café (OIC) apesar de uma produção maior em vários países, o aumento do preço indica alguma incerteza relacionada aos problemas de oferta no curto prazo. "É válido ressaltar que a melhor remuneração é direcionada ao grão de qualidade superior, considerado escasso no mercado internacional", assinala.
Produção global
O incremento da produção mundial é sinalizado em 11,2%, comparando-se as safras 2009/2010 e 2010/2011, de acordo com informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda). Para o período 2010/2011, a produção global é estimada em 139,7 milhões de sacas de 60 quilos, maior volume desde o início da década de 1960.
De acordo com Márcia Silva, o aumento da produção de café arábica, que deve responder por 61,5% da produção mundial do grão, em 14,4%, contribui para o crescimento do volume mundial. O café robusta, por sua vez, deve registrar acréscimo na produção de 6,4%, chegando a 53,7 milhões de sacas de 60 quilos.
Em termos de estoques, são previstos incrementos de 16,0% entre as safras 2009/2010 e 2010/2011, quando o volume estocado deve chegar a 36,3 milhões de toneladas. A União Europeia – que responde por maior parcela dos estoques mundiais (47,4%) – estima incremento em seus estoques de 3,0%. No grupo dos demais países que se destacam em termos de estoque – Brasil, Estados Unidos e Vietnã – a previsão também é de acréscimo.
Força do arábica
O Brasil é o maior produtor mundial de café, respondendo por 39,6% da produção mundial de arábica e robusta. Somente na variedade café arábica, a produção brasileira atinge 48,6% da produção global, e em seguida a produção da Colômbia responde pela parcela de 10,5%.
A produção brasileira, segundo dados da CONAB, é estimada em 47,2 milhões de sacas, 19,6% maior que o volume registrado na safra anterior. Minas Gerais é o maior Estado produtor e responde por 52,3% da produção nacional, equivalente a 24,7 milhões de sacas. Em comparação à safra anterior, de bienalidade negativa, a produção mineira apresenta crescimento de 24,7%.
Fonte: Revista Cafeicultura
As exportações mineiras do complexo café (grão e solúvel), no período de janeiro a agosto de 2010, alcançaram receita recorde na comparação dos resultados obtidos pelo Estado em cada um dos períodos acumulados dos oito primeiros meses do ano desde 2001. Esta é uma das conclusões da Superintendência de Política e Economia Agrícola (Spea) da Secretaria da Agricultura de Minas após avaliar os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC/Secex).
De acordo com Márcia Aparecida de Paiva Silva, assessora técnica da Spea, o valor alcançado pelas exportações estaduais do café, até agosto de 2010, foi de US$ 2,2 bilhões, 26,3% superior ao registrado no mesmo período de 2009. "O grande sucesso das vendas externas nesse segmento é decorrente do crescimento das exportações de café em grão, que representou cerca de 99,5% das exportações mineiras do complexo café, nos primeiros oito meses de 2010.
O crescimento da receita de exportação do grão foi de 27,0% ante o período de janeiro a agosto de 2009", ela explica. A assessora ainda considera que o fato de Minas ter a maior parte de sua produção, cerca de 99,0%, destinada ao café arábica contribui para a significativa exportação do grão frente ao café solúvel – fabricado a partir da variedade robusta. "As exportações mineiras fazem do Estado o maior exportador mundial de café em grão, respondendo por 78,5% das exportações nacionais."
Principais destinos
Os seis principais países de destino do café em grão mineiro em 2009 – Alemanha, Estados Unidos, Itália, Japão, Bélgica e Espanha – mantiveram as suas posições em 2010, com captação de 70,4% das exportações mineiras do produto no período de janeiro a agosto. Márcia Silva diz que aqueles destinos das exportações mineiras apresentaram crescimento das importações, entre os primeiros oito meses de 2009 e 2010. Destaca-se o incremento das aquisições dos Estados Unidos – tradicional mercado consumidor de café – que foi de 35,2%, chegando a US$ 428,9 milhões em 2010.
Os preços em alta do café contribuíram para o crescimento da receita de exportação do grão. A assessora observa que, segundo informações da Organização Internacional de Café (OIC) apesar de uma produção maior em vários países, o aumento do preço indica alguma incerteza relacionada aos problemas de oferta no curto prazo. "É válido ressaltar que a melhor remuneração é direcionada ao grão de qualidade superior, considerado escasso no mercado internacional", assinala.
Produção global
O incremento da produção mundial é sinalizado em 11,2%, comparando-se as safras 2009/2010 e 2010/2011, de acordo com informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda). Para o período 2010/2011, a produção global é estimada em 139,7 milhões de sacas de 60 quilos, maior volume desde o início da década de 1960.
De acordo com Márcia Silva, o aumento da produção de café arábica, que deve responder por 61,5% da produção mundial do grão, em 14,4%, contribui para o crescimento do volume mundial. O café robusta, por sua vez, deve registrar acréscimo na produção de 6,4%, chegando a 53,7 milhões de sacas de 60 quilos.
Em termos de estoques, são previstos incrementos de 16,0% entre as safras 2009/2010 e 2010/2011, quando o volume estocado deve chegar a 36,3 milhões de toneladas. A União Europeia – que responde por maior parcela dos estoques mundiais (47,4%) – estima incremento em seus estoques de 3,0%. No grupo dos demais países que se destacam em termos de estoque – Brasil, Estados Unidos e Vietnã – a previsão também é de acréscimo.
Força do arábica
O Brasil é o maior produtor mundial de café, respondendo por 39,6% da produção mundial de arábica e robusta. Somente na variedade café arábica, a produção brasileira atinge 48,6% da produção global, e em seguida a produção da Colômbia responde pela parcela de 10,5%.
A produção brasileira, segundo dados da CONAB, é estimada em 47,2 milhões de sacas, 19,6% maior que o volume registrado na safra anterior. Minas Gerais é o maior Estado produtor e responde por 52,3% da produção nacional, equivalente a 24,7 milhões de sacas. Em comparação à safra anterior, de bienalidade negativa, a produção mineira apresenta crescimento de 24,7%.
Fonte: Revista Cafeicultura
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