Pequenos agricultores do sul de Minas comemoram o aumento nos lucros com as vendas de café para o mercado externo. O preço do grão teve boa valorização nos primeiros sete meses do ano. Quem investiu na certificação do produto está ganhando ainda mais.
O espaço para guardar os agrotóxicos de maneira correta e segura foi uma das mudanças para conseguir a certificação, uma exigência do mercado externo, que paga mais por um grão de qualidade.
Agora, os cerca de 50 produtores que fazem parte da associação dos cafeicultores do bairro Córrego Dantas, em Poços de Caldas, recebem bem mais pelo produto. Cerca de 600 sacas já foram vendidas para países como Estados Unidos e Japão.
"Hoje a gente consegue R$ 400 em uma saca. Antigamente, você vendia a R$ 270. Hoje a gente prepara esse café, maquina esse café, e gente consegue um preço bem melhor", diz João Piva, produtor rural.
A motivação de Piva também pode ser percebida em outros produtores mineiros. É que além de comprar mais, o mercado externo também está pagando melhor pelo café produzido em Minas Gerais, tanto que as exportações do estado aumentaram nos sete primeiros meses do ano.
As vendas para o exterior passaram de US$ 1,8 bilhão, crescimento de 22% em relação ao mesmo período do ano passado. Mas o aumento no número de sacas comercializadas não chegou a 3%.
"O mercado internacional de café subiu e, com a falta de cafés finos nos outros países, trouxe muito interesse para os cafés finos brasileiros, que também passaram por uma valorização real. Em muitos casos, há cafés que valorizaram mais de 30% neste primeiro semestre", afirma Cristiano Ottoni, dono de exportadora.
A produtora rural Adilza Consolini aproveita o momento pra investir na lavoura. Com planos de também poder exportar, ela já financiou um secador, para ajudar no trabalho. "É uma alegria da gente, porque ver o trabalho do produtor rural sendo valorizado é uma alegria", diz.
Fonte: Café Point
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