sexta-feira, 30 de abril de 2010

Café: Colheita de arábica deve aumentar nos próximos dias

A maioria das regiões produtoras de arábica, principalmente as de Minas Gerais, já apresentou alguns lotes de cafés da nova safra para comercialização. Segundo colaboradores do Cepea, contudo, a colheita da nova safra de arábica deve ser intensificada a partir da semana que vem, quando os grãos devem alcançar o estágio adequado de maturação. No Noroeste do Paraná e em Garça (SP), os trabalhos de campo devem ser iniciados apenas no final de maio devido à maturação atrasada dos grãos. Neste cenário, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, foi de R$ 283,67/saca de 60 kg na quinta-feira, 29, queda de 0,4% em relação ao anterior.
Fonte: Notícias Agrícolas

Café registra alta dos preços na bolsa de Nova York

A desvalorização do dólar em relação a outras moedas no mercado internacional determinou a alta dos preços do café na quinta-feira na bolsa de Nova York. Os futuros para maio fecharam a US$ 1,3450 por libra-peso, 65 pontos a mais que na véspera, enquanto os contratos com vencimento em julho subiram 70 pontos e atingiram US$ 1,3460. Traders locais afirmaram que o clima agora seco na Colômbia tornou-se uma preocupação e poderá motivar altas nos próximos pregões, após chuvas prejudicarem a produção do país. Para o Brasil, a expectativa é que a colheita supere 60 milhões de sacas. No mercado doméstico, a saca de 60,5 quilos do café de boa qualidade saiu entre R$ 275 e R$ 295, de acordo com o Escritório Carvalhaes, de Santos.
Fonte: Notícias Agrícolas

Café Transgênico está sendo estudado por pesquisadores brasileiros

Estudo realizado por pesquisadores da Embrapa Café (Brasília, DF), Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (Unesp) e Instituto Agronômico (IAC), instituições integrantes do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, isolou dois promotores de plantas de café que permitem direcionar e controlar a expressão de genes a eles associados – o Promotor CalsoR, que atua nas folhas, e o Promotor Caperox, que age nas raízes.

Essa é uma das tecnologias que estão sendo mostradas durante a VII Exposição de Tecnologia Agropecuária – Ciência para a Vida, que está sendo realizada na Embrapa Sede, em Brasília, até o próximo dia 2.

O objetivo da pesquisa é desenvolver plantas geneticamente modificadas de forma segura e eficiente. Segundo Miriam Maluf, pesquisadora da Embrapa Café, o diferencial desse estudo, que o torna inédito no universo dos transgênicos, é que os promotores atuam de forma específica na região da planta que necessita de proteção. No caso desse estudo, as folhas e as raízes, e sempre em resposta a um estímulo externo, oferecendo um controle do tipo de Organismo Geneticamente Modificado (OGM). Outra vantagem, é que, além disso, há o controle da intensidade da expressão do gene durante o desenvolvimento da planta, ao longo de sua vida.

Específico
"Ao promotor é acoplado um gene determinado para o que se pretende melhorar na planta não afetando as demais partes, muito menos o fruto do café. Mas esse mecanismo só é ativado em caso de necessidade, ou seja, em resposta a um estímulo externo, o que representa mais segurança para os consumidores", explica a pesquisadora.

Isso significa que o gene só será ativado se ocorrer algum ataque de um agente biótico, que no caso do café é o nematóide da raiz e o fungo das folhas. Outra vantagem é que a técnica também pode ser usada para o melhoramento de várias espécies vegetais de interesse econômico, além do café.

Atualmente, a engenharia genética é uma grande ferramenta usada pela ciência para o melhoramento de plantas perenes, como o café. No entanto, somente são utilizados promotores constitutivos, que agem em toda a planta, inclusive no fruto, e também, ao longo do desenvolvimento da planta, mesmo que a necessidade exija proteção contra um único agente externo e em um determinado momento.

"Essa técnica é a mais convencional, por ser economicamente mais viável, apesar de haverem tentativas de identificar promotores específicos em várias culturas. Mas na concretização prática da pesquisa somos pioneiros", orgulha-se a pesquisadora Miriam Maluf.
Fonte: Revista Cafeicultura

Equipe do Incaper participa da reunião do Conselho Diretor do Consórcio Pesquisa Café, em Brasília

O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), participou, nesta quinta-feira (29), da reunião do Conselho Diretor do Consórcio de Pesquisa Brasileira do Café, realizado na sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Brasília. Estiveram presentes como representante do Instituto, o Diretor-técnico do Incaper, Antônio Elias, e o coordenador do Programa Estadual de Cafeicultura e pesquisador do Instituto, Romário Gava Ferrão.

A reunião, que contou com a presença de 15 representantes das 11 empresas do Brasil que compõem o Conselho, marcou a despedida do pesquisador Aymbiré Francisco Almeida da Fonseca da gerência geral da Embrapa Café, após completar seu primeiro mandato de dois anos. O pesquisador da Embrapa agora retorna ao Incaper, onde volta a atuar no programa de melhoramento genético e manejo de plantas e lavouras do cafeeiro.

Aymbiré agradeceu o apoio dos pesquisadores e dirigentes das instituições consorciadas pelo esforço para a evolução e consolidação do Consórcio Pesquisa Café na sua gestão. “Estou feliz por retornar ao Espírito Santo, ficar perto da minha família e dar prosseguimento aos projetos de pesquisa no Estado, contribuindo sempre para a melhoria da qualidade da produção de café capixaba.

Durante a reunião, foram discutidos os requisitos e normas necessários para a seleção de um sucessor para o cargo. Além disso, foi realizada a prestação de contas final do ano de 2009 e colocado em pauta decisões sobre o VII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil.

Consórcio Pesquisa Café

Coordenado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, e administrado pela Embrapa Café, o Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café reúne as instituições de ensino, pesquisa e extensão rural que lidam com o café no país, além dos agentes da cadeia agroindustrial do produto.

O Consórcio reúne, hoje, mais de 40 instituições, sendo que 11 fundadoras (entre elas o Incaper), que participam do Conselho Diretor. De acordo com o pesquisador do Incaper, Romário Ferrão, as reuniões do Conselho, que acontecem periodicamente, visam a construção e operacionalização de projetos de pesquisa com o café, com o intuito de desenvolver tecnologias e conhecimentos em prol do desenvolvimento da agricultura em nível estadual e brasileiro.
Fonte: Incaper

CMN mantém preço mínimo do café para safra 2009/2010

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira (29) a manutenção, para a safra 2009/2010, dos preços mínimos dos cafés arábica e robusta em valores iguais ao da safra anterior. Assim, a saca de 60 quilos para o café arábica continuará em R$ 261,69 e para o café robusta, em R$ 156,57. A partir de agora, no entanto, esses valores passam a vigorar por tempo indeterminado.

Até hoje, o CMN tinha que discutir os preços mínimos do café para cada safra. Com a medida, caso os preços sejam mantidos de uma safra para outra, como foi o caso, bastará o Ministério da Agricultura publicar uma portaria divulgando a decisão.

Segundo o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, a manutenção dos preços mínimos foi baseada na manutenção dos custos de produção. “Se por um lado, houve elevação dos gastos com mão de obra, por outro houve redução dos preços dos insumos”, afirmou.
Fonte: Revista Cafeicultura

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Dia de campo tem como assunto: café conilon e associativismo

O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), em parceria com a prefeitura municipal de Marilândia, realiza, nesta sexta-feira (30), o Dia de Campo sobre Café Conilon e Associativismo, no Córrego Seis Horas, na cidade de Marilândia.

A programação começa às 8h30, com a realização das inscrições dos agricultores familiares da região. Em seguida, começam as palestras, que serão ministradas por dois engenheiros agrônomos e um técnico agrícola do Incaper. Os temas são: Colheita e secagem de café, com Eurides Baptista, de Colatina; Associativismo – uma história de sucesso, com Jair Toso, de Governador Lindemberg; e Água, sua sustentabilidade e o termo de ajuste de conduta, com o Elio José dos Santos, de Marilândia.

De acordo com o técnico do Incaper, Elio José dos Santos, o objetivo do encontro é focar o trabalho de grupo entre os agricultores, fortalecendo o associativismo na comunidade. “Assim, a região passa a ter uma produção de qualidade”, afirma o engenheiro.

Produtividade da região

Atualmente, o município de Marilândia possui mais de mil propriedades, produzindo em média 35 sacas de café Conilon por hectares. De acordo com o técnico em agrícola do Incaper, Elio José Santos, para essa próxima colheita, a previsão é que a produção chegue a 250 mil sacas, na região.

“No ano passado, tínhamos apenas um equipamento – o secador, o que gerava duas mil e 200 sacas, mas agora temos três equipamentos, sendo dois secadores e uma máquina de beneficiar (pilar o café). Com esse material, a previsão é de mais de quatro mil sacas, só na associação dos produtores rurais do Córrego Seis Horas”, completa o técnico.
Fonte: Incaper

Cafeicultores do Sul do Estado se reúnem em Ibatiba nesta sexta (30)

Nesta sexta-feira (30), a partir das 8 horas, a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) promovem o 8º Encontro de Produtores de Café de Ibatiba. O evento conta ainda com a parceria da prefeitura do município e do Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café (Cetcaf).

O evento vai destacar a produção de cafés arábica especiais em Ibatiba, atividade que está se destacando no município, e os resultados do Programa Renovar Arábica, que está proporcionando aumento de produtividade e agregando qualidade ao café da região. Além disso, no encontro serão discutidos a questão ambiental e as boas práticas agrícolas para o setor cafeeiro.

Os participantes receberão informações sobre as ações estratégicas para obter maior rentabilidade na propriedade cafeeira e para a produção de cafés superiores, as perspectivas do mercado do café, sobre reserva legal e Área de Proteção Permanente, e sobre crédito rural e crédito de produção da água. Haverá ainda, sorteio de brindes durante o evento.

Programação:

08:00 – Chegada e inscrição dos participantes
08:30 – Café da manhã e abertura da feira de insumos
09:00 – Abertura solene
10:00 – Ações estratégicas para a obtenção de maior rentabilidade na propriedade cafeeira - José Clério Moratti Dalmonech - Incaper
11:30 – Visita aos estandes da feira e almoço de confraternização
13:00 – Ações estratégicas para produção de cafés superiores - Fabiano Tristão Alixandre – Incaper
13:45 – Perspectivas do Mercado de café - Marcelo Silveira Netto – Presidente do Centro do Comércio de Café de Vitória
14:30 – Reserva legal/ Área de Proteção Permanente - Murilo Pedroni – FAES/ SENAR
15:15 – Crédito Rural e Crédito de Produção de água - Paulo Cezar Federici – Bandes
16: 00 – Visita aos estandes da feira e encerramento.
Fonte: Incaper

Preços futuros do café voltaram a subir

Compras especulativas na bolsa de Nova York fizeram com que os preços futuros do café voltassem a subir ontem. Os contratos com vencimento em julho terminaram o dia valendo US$ 1,339 por libra-peso, valorização de 305 pontos em comparação ao dia anterior. A demanda levou os preços para o patamar mais elevado em duas semanas, segundo a Dow Jones Newswires. Analistas disseram que as análises gráficas estavam favoráveis para as compras de ontem, mas para que os preços mantenham o ritmo de valorização os investidores precisarão de outras razões além dos aspectos técnicos. A entrada da safra brasileira no mercado é um dos fatores que limita novos ganhos. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq subiu 0,93% para R$ 284,83 por saca.
Fonte: Valor Econômico

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Safra 2009/2010 - Conab faz pesquisa para grãos, cana e café

Técnicos da Conab começaram, semana passada, em todos os Estados, o levantamento da safra de grãos, o oitavo da safra 2009/2010, que vai confirmar ou não os números da última avaliação, que estimou produção recorde de 146 milhões de toneladas. O anúncio dos novos números será dia 6 de maio. No sábado os técnicos terminaram o segundo levantamento da safra de café 2009/2010. A safra de cana será divulgada amanhã. Site: http://www.conab.gov.br/.
Fonte: Revista Cafeicultura

Café: Preços futuros fecharam em baixa na bolsa de Nova York

Os preços futuros do café fecharam o pregão de ontem em baixa na bolsa de Nova York e interromperam uma sequência de cinco dias consecutivos de alta. Os contratos com vencimento em julho terminaram o dia valendo US$ 1,3085 por libra-peso, queda de 180 pontos em comparação ao dia anterior. Analistas do mercado disseram que os negócios com café foram prejudicados pelas notícias negativas vindas de Portugal e da Grécia, o que acabou reduzindo o apetite dos investidores para assumir novos riscos. A revisão na classificação de risco dos dois países fez o dólar subir no mercado internacional, pressionando o mercado de commodities, segundo a Dow Jones Newswires. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para o café caiu 0,35% para R$ 282,20 por saca.
Fonte: Valor Econômico

Avançam pesquisas biotecnológicas para cafeicultura

Estudo realizado por pesquisadores da Embrapa Café (Brasília, DF), Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" (Unesp) e Instituto Agronômico (IAC), instituições integrantes do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, isolou dois promotores de plantas de café que permitem direcionar e controlar a expressão de genes a eles associados: o Promotor CalsoR, que atua nas folhas, e o Promotor Caperox, que age nas raízes. Essa é uma das tecnologias prontas das atrações da VII Exposição de Tecnologia Agropecuária - Ciência para a Vida, que ocorre até o próximo dia 2 de maio, em Brasília/DF.

O objetivo é desenvolver plantas geneticamente modificadas de forma segura e eficiente. Segundo a pesquisadora da Embrapa Café, Miriam Maluf, o diferencial da pesquisa, que a torna inédita no universo dos transgênicos, é que os promotores atuam de forma específica na região da planta que necessita de proteção, no caso as folhas e as raízes, e sempre em resposta a um estímulo externo, oferecendo um controle do tipo de OGM (Organismo Geneticamente Modificado). Além disso, há o controle da intensidade da expressão do gene durante o desenvolvimento da planta, ao longo de sua vida.

"É acoplado ao promotor um gene determinado para o que se pretende melhorar na planta, não afetando as demais partes, muito menos o fruto do café. E esse mecanismo só é ativado em caso de necessidade, ou seja, em resposta a um estímulo externo, o que representa mais segurança para os consumidores". Em outras palavras, o gene só será ativado se tiver algum ataque de agente biótico, que no café é o nematóide da raiz e o fungo das folhas. Outra vantagem é que a técnica também pode ser usada para o melhoramento de várias espécies vegetais de interesse econômico, além do café.

Hoje em dia a engenharia genética é uma grande ferramenta usada pela ciência para o melhoramento de plantas perenes, como o café. No entanto, somente são utilizados promotores constitutivos, que agem em toda a planta, inclusive no fruto, e ao longo do desenvolvimento da planta, mesmo que a necessidade exija proteção contra um único agente externo e num determinado momento. "Essa técnica é a mais convencional, por ser economicamente mais viável, apesar de haverem tentativas de identificar promotores específicos em várias culturas. Mas na concretização prática da pesquisa somos pioneiros", orgulha-se a pesquisadora.

Na Planície de Tecnologias do Ciência para a Vida, a tecnologia aguarda proposta de empresa que possa comprar a ideia e vendê-la em escala comercial. "A tecnologia tem grande potencial de geração de novos negócios. Estamos otimistas de que, em breve, essa tecnologia vai contribuir muito para a cadeia produtiva do café", diz a supervisora de Negócios da Unidade, Maria Isabel Penteado. O pedido de patente já foi depositado e aguarda aprovação.

Conheça os promotores

O emprego de técnicas biotecnológicas possibilita, com bastante eficiência, a inclusão de características desejáveis à planta, tais como precocidade e resistência aos fatores bióticos e abióticos. O sucesso dessa operação depende do uso de um bom promotor que garanta uma expressão do gene efetiva e regulada tanto no espaço quanto no tempo. O promotor CalsoR, que age exclusivamente em tecido foliar, controla a expressão de um gene pertencente à família das isoflavonas, que são ativadas por mecanismos de resposta de defesa em plantas superiores submetidas a situações de estresse biótico e/ou abiótico. Já o Caperox, que atua nas raízes, controla a expressão de um gene pertencente à família das peroxidases, que são ativadas por mecanismos de resposta a estresse biótico e/ou abiótico.
Fonte: Sincafé

terça-feira, 27 de abril de 2010

Preços do café iniciaram a semana em alta na bolsa de NY

Os preços do café iniciaram a semana em alta na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em julho subiram 70 pontos no pregão de ontem e terminaram o dia valendo US$ 1,3265 por libra-peso. É o quinto dia consecutivo de alta do café na bolsa americana. A valorização dos preços tem sido atribuída à escassez na oferta da América Central e também da Colômbia. Os problemas de abastecimento da região ganharam ainda mais destaque depois de uma infestação de broca nos cafezais colombianos. Analistas disseram que os ganhos só não foram maiores ontem devido à valorização do dólar no mercado internacional, segundo a Dow Jones Newswires. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq fechou o dia a R$ 283,18 por saca, alta de 0,66%.
Fonte: Notícias Agrícolas

Café Conilon: Problemas com clima e com preço preocupam produtores capixabas

Problemas com o clima e com o preço preocupam agricultores capixabas, que começaram a fazer a colheita do grão.

Começou a colheita do café conilon no Espírito Santo, maior produtor nacional. Problemas com o clima e com o preço preocupam os agricultores.

O agricultor Bento José Debortoli já começou a colheita nos 13 mil pés de conilon que possui em São Gabriel da Palha, noroeste do Espírito Santo. Neste ano, o cafezal enfrentou uma seca intensa em um período muito crítico para a planta. É entre janeiro e março que acontece a granação, etapa em que o grão precisa de água para se desenvolver. Para tentar amenizar os impactos na qualidade do café, o seu Bento colhe somente o produto maduro.

“Com o verde tem um prejuízo na produção. O maduro tem um valor agregado melhor na qualidade”, explicou seu Bento.

A agricultora Fabrícia Ortolane também tentou driblar os efeitos do clima. Ela investiu nos tratos culturais e na renovação de parte da lavoura. São mais de 200 mil pés de conilon que receberam cuidados especiais por causa da falta de chuva. O trabalho da panha também já começou na propriedade.

“Muitas lavouras que não têm irrigação nós não conseguimos molhar. Nas que têm irrigação a seca foi um pouco forte e o sol muito quente, vai dar uma diminuída na colheita. A gente que não vai colher o que colheu no ano passado”, avaliou Fabrícia.

O produtor tem mesmo razão em estar preocupado. Até mesmo em lavouras que possuem irrigação sofrem com a falta de chuva. Nas que não possuem esse benefício o prejuízo é bem maior. A colheita em uma delas está praticamente toda comprometida.

“O produtor para fazer a atividade depende de água. O número de irrigantes é muito grande e produção de água na região é pequena. Como consequência o produtor não consegue colocar o volume de água ideal para a planta”, explicou o agrônomo João Luiz Perini.

O resultado de tanta carência de água é percebido na hora da comercialização. A Cooabriel, Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel da Palha, já recebeu 1,5 mil sacas da safra deste ano. Ainda é pouco, com menos de 1% do total. Com a qualidade ruim, o preço, que é considerado baixo, no caso do café melhor, está ainda pior.

“Eu ainda não sei onde o café vai chegar. Mas nós já estamos no fundo do poço. Nosso preço de café hoje não cobre os custos. Nós estamos trabalhando porque não temos opção”, falou José Colombi, vice-presidente da Cooabriel.

De acordo com o Centro de Pesquisas Econômicas da USP, os produtores estão recebendo uma média de R$ 156,00 pelo café conilon. Em abril do ano passado, este valor girava em torno dos R$ 200,00. Já o arábica subiu. Hoje sai por R$ 280,00 em média. No ano passado, valia R$ 260,00.
Fonte: Notícias Agrícolas

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Agronegócio. Está quase na hora de colher o café

No Espírito Santo, o início da colheita do café Conilon tem data marcada: 14 de maio. É quando os grãos estão maduros, em condições ideais de serem colhidos garantindo, assim, a boa qualidade do produto. Os cafeicultores que iniciarem a colheita antes, quando as lavouras ainda estão com muitos grãos verdes, poderão amargar perdas de até 20% na produção, alerta o presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo.

Nesse curto período que antecede ao início da colheita, os produtores devem se ocupar do planejamento das ações voltadas ao começo da safra. Segundo o coordenador do Programa Estadual de Cafeicultura, Romário Gava Ferrão, abril é o período em que os agricultores devem planejar a colheita.

Contratação de mão de obra, limpeza dos secadores, dos terreiros, armazéns e tulhas, aquisição de equipamentos de colheita, como luvas, peneiras, sacarias e lonas são algumas das providências que devem ser adotadas pelos cafeicultores nesse período, explica Ferrão.

Os cafeicultores devem se preocupar ainda com a limpeza das estradas e carreadores dentro do cafezal, para facilitar a movimentação de pessoas e máquinas. Em caso de secagem mecânica, explica Ferrão, devem providenciar também a madeira seca. A madeira verde não deve ser utilizada nos secadores porque compromete a qualidade do café.

A safra no Espírito Santo, maior produtor brasileiro de Conilon, está estimada em cerca de 7 milhões de sacas. O Estado responde por 72% da produção brasileira de Conilon. Se fosse um país, o Espírito Santo seria o terceiro maior produtor mundial: perderia somente para o Brasil e Vietnã. O exemplo demonstra a força da cafeicultura capixaba.

O café Conilon é cultivado em 64 municípios, em regiões quentes, com altitudes inferiores a 500 metros. Os maiores produtores são Vila Valério, Jaguaré, Sooretama, Linhares, Rio Bananal, São Mateus, Nova Venécia, Pinheiros e São Gabriel da Palha. A produção de cada um desses municípios é superior a 400 mil sacas por ano.

Na cafeicultura estadual, aproximadamente 70% das lavouras são de Conilon e 30% de Arábica. A atividade ocupa área de cerca de 500 mil hectares, distribuída por 60 mil propriedades, que tem produção anual superior a 10 milhões de sacas (somando o conilon e o arábica).

A cafeicultura é a principal atividade econômica em 80% dos municípios e representa 43% do PIB agrícola do Estado. Toda cadeia que envolve o café gera, aproximadamente, 400 mil postos de trabalho por ano. Só o setor de produção envolve 133 mil famílias.

A produção que gera esse grande negócio é obtida prioritariamente por produtores de base familiar, com tamanho médio das lavouras em torno de 4,8 hectares para o café Arábica e 9,4 hectares para o café Conilon.
Fonte: Jornal A Gazeta

Incafé: incentivo à sustentabilidade

Será lançado hoje, em Vitória, o Instituto de Desenvolvimento Social Sustentável do Café (Incafé). A apresentação desse novo instrumento para incentivar o desenvolvimento sustentável do café no Espírito Santo será numa cerimônia marcada para as 8h30 no Palácio do Café.

O objetivo do Incafé é aproximar os vários grupos que atuam neste mercado e potencializar a cadeia cafeeira. A proposta vai ao encontro das estratégias do novo Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag). A entidade será dirigida pelo administrador Napoleão Penna Filho, que já desenvolve um trabalho de estreitamento das relações entre os diversos atores da cadeia produtiva do café, em sua atuação como secretário executivo do Centro de Comércio de Café de Vitória.

O Espírito Santo é o segundo maior produtor de café do Brasil e o primeiro, considerando-se somente o conilon, do qual é responsável por cerca de 70% da produção
nacional. A cafeicultura é a principal atividade agrícola do Estado, empregando, segundo dados do Incaper, 33% da população ativa capixaba. O setor envolve aproximadamente 130 mil famílias, gerando em torno de 400 mil postos de trabalhos diretos e indiretos.

Ocupando 526 mil hectares de área, com 56 mil profissionais, a cafeicultura gerou em 2009 o PIB de R$ 1,9 bilhão, segundo dados do Centro de Desenvolvimento Tecnológico do Café.
Fonte: Jornal A Gazeta

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Brasil caminha para se tornar o maior consumidor de café do mundo

Por quase cem anos, o café foi o principal item de exportação do Brasil e o País controlava o preço e o fornecimento mundial do produto. Mas o Brasil agora caminha para se tornar o maior consumidor de café do mundo, superando até mesmo os Estados Unidos, o atual líder. Dados da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) indicam que o consumo nacional do café poderia superar o dos Estados Unidos já em 2012 se o atual ritmo de expansão for mantido.

Mesmo diante da crise mundial, a expansão do consumo no Brasil foi de 4% em 2009. As vendas do setor chegaram a US$ 6,8 bilhões e a aposta é de atingir US$ 7,1 bilhões até o fim do ano. O consumo per capita alcançou 5,8 quilos por ano de café e, em 2009, 18,4 milhões de sacas foram consumidas no mercado doméstico.

Em termos de consumo per capita, o Brasil já é o líder mundial, segundo dados da Organização Internacional do Café (OIC). Em dez anos, o consumo brasileiro subiu em 49%, segundo a entidade. A OIC também aposta que o Brasil terá uma produção recorde de café em 2010/11. Hoje, 40% da safra é destinada para o consumo doméstico e, segundo a entidade, 95% da população com mais de 15 anos afirma tomar pelo menos um cafezinho por dia.

Tradicionalmente, o café tem sido uma bebida preferida nos países europeus e nas Américas. Mas até o século 18 seu consumo se limitada aos países islâmicos. O comércio europeu mudou o mapa do consumo e da produção. Hoje, o País controla 32% do mercado mundial. Para superar os Estados Unidos como maior consumidor, o Brasil precisa atingir 21 milhões de sacas de caf&eacut e; por ano, o que a Abic acredita que ocorra em dois anos. Um dos motivos para a expansão do consumo é o aumento da renda.

Mas a maior variedade de grãos e de produtos também tem sido considerados como fundamental para a expansão. O consumo brasileiro em alta deve ainda contribuir para a elevação dos preços internacionais do café. Segundo a consultoria Macquarie Research, a safra de arábica no Brasil em 2010 deve chegar entre 50 e 52 milhões de sacas. Um temor é a chuva nos primeiros meses de 2010, com o potencial de atrapalhar a produção final.

No restante da América Latina, a produção também tem enfrentado problemas. Em nove países da região - excluindo o Brasil - a safra já foi 28% menor entre outubro de 2009 e janeiro de 2010 que no mesmo período em 2008. Só na Colômbia, a produção despencou 33%.
Fonte: Faes (Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo)

Produtores de Governador Lindenberg recebem série de capacitações sobre colheita e pós-colheita de café

Com o objetivo de instruir os produtores de Governador Lindenberg a evitar desperdícios durante a colheita e pós-colheita de café, que terá início no dia 14 do próximo mês, o Instituto Capixaba de Pesquisa, assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Aquicultura, Abastecimento e Pesca (Seag), está realizando uma série de capacitações que proporcionam um melhor aproveitamento da colheita. Ao todo, serão realizados 14 treinamentos, alcançando todas as comunidades do município.

Até agora, já foram realizadas oito palestras na região, e serão ministradas mais seis até a primeira semana do próximo mês, para atender a todas as associações de produtores de café do município. Ao todo, aproximadamente 350 agricultores familiares de Governador Lindenberg serão atendidos.

De acordo com o engenheiro agrônomo do Incaper, Jair Toso, a colheita, se realizada de forma inadequada, pode provocar prejuízos para o agricultor. “Alguns cafeicultores ainda colhem o café verde e deixam o produto amontoado em sacos por em média sete dias. Além disso, a secagem muitas vezes é realizada em tempo incorreto. Essas práticas inadequadas podem ocasionar em perdas de até 30% na produção”, afirma.

Como ter uma boa colheita e pós-colheita

De acordo com o engenheiro agrônomo do Incaper, Jair Toso, para se ter uma colheita satisfatória o produtor, primeiramente, tem que colher o café no momento certo, ou seja, maduro. Depois, o café deve ser levado para o terreiro ou secador no mesmo dia. A secagem deve ter uma duração de no mínimo 20 horas. “Dessa forma, o produtor garante o seu trabalho sem perder o produto”, ressalta o engenheiro.

A secagem deve ser feita em estufa, terreiro de tela suspensa (quando a tela fica por cima dos grãos) ou em terreiro secador. “É válido ressaltar que se o café ficar dentro do saco, o grão fica preto e ardido, o que atrapalha no peso e na qualidade do produto”, acrescenta Toso.

Um exemplo é que, quando se colhe 50% de café verde, perde-se 13 sacas em 100; Ou seja, 1000 grãos de café maduro pesam 122,5 gramas, e 1000 grãos de café verde pesam 99,4 gramas.
Fonte: Incaper

Comercialização da safra 2009/2010 do Brasil atinge 90%

A comercialização da safra de café do Brasil 2009/10 (julho/junho) está em 90% do total. O dado faz parte de levantamento de SAFRAS & Mercado, com base em informações colhidas até 31 de março. O ritmo dos negócios é superior ao de igual período de 2009, quando março fechara com vendas de 87% da safra. As vendas evoluíram sete pontos percentuais na comparação com fevereiro, quando 83% da safra estava negociada.

Com isso, já foram comercializadas pelos produtores brasileiros 38,38 milhões de sacas de 60 quilos de café, tomando-se por base a projeção de SAFRAS & Mercado, de uma safra 2009/10 de café brasileira de 42,45 milhões de sacas.

Segue tabela com levantamento de comercialização da safra 2009/10, tomando-se por base a estimativa de SAFRAS para a produção, até 31 de março:


Fonte: Revista Cafeicultura

quinta-feira, 22 de abril de 2010

9º Encontro de Produtores de Brejetuba discute a melhoria da qualidade do café na Região Serrana


Brejetuba é o maior produtor de café arábica do Espírito Santo, atingindo 350 mil sacas ao ano. Diante disso, e com o objetivo de reforçar a melhoria da qualidade nas lavouras, nesta sexta-feira (23), às 13 horas, acontece mais uma edição do Encontro de Cafeicultores de Brejetuba. O evento é uma realização do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), junto com a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente.

Há nove anos o encontro é realizado no município, com o propósito de difundir as modernas tecnologias para melhorar a qualidade do café nas lavouras da Região Serrana e ainda orientar os produtores sobre o panorama mercadológico atual da cafeicultura no Brasil e no mundo. Este ano, estima-se a participação de aproximadamente 800 agricultores.

De acordo com o especialista em cafeicultura e engenheiro agrônomo do Incaper, Fabiano Tristão Alixandre, esse evento é uma oportunidade de intercâmbio entre os produtores e os técnicos para trocas de informações que possam contribuir com a melhoria da produção anual de café no município. “Se os produtores estão plantando de 3 a 5 mil plantas por hectare, pretendemos aumentar esse número para 5 a 10 mil por hectare. O objetivo é ampliar a produtividade de 20 sacas por hectare para 80 sacas por hectare ao ano e, dessa forma, contribuir para a maior rentabilidade da atividade”, afirma.

O painel de debates gira em torno do tema Cafeicultura Sustentável, sob coordenação da pesquisadora do Incaper Maria Amélia Gava Ferrão. A primeira palestra será ministrada pelo sócio da P & A Marketing Internacional, Carlos Jorge Brando, que falará sobre as oportunidades para os cafés das montanhas do Espírito Santo num mercado mundial competitivo. Já a segunda será apresentada pelo administrador rural do Incaper José Clério Dalmonech, que discutirá as ações estratégicas na busca de rentabilidade na cafeicultura arábica.

Ainda durante o encontro, o especialista Fabiano Alixandre vai mostrar aos agricultores as ações estratégicas elaboradas no início deste ano para o município de Brejetuba, dentro do programa Renovar Arábica. “A apresentação é uma forma que os agricultores têm de tomar conhecimento sobre o que o Instituto pretende fazer em 2010 para melhorar a assistência técnica e, consequentemente, a produtividade nas lavouras”, afirma.

O café é a principal atividade econômica de Brejetuba, com 20 mil hectares de área plantada distribuídos em 1.184 propriedades.

Fórum sobre o Programa Renovar Arábica

Esse ano o encontro apresenta um diferencial em relação aos anos anteriores, pois durante o evento acontece também o I Fórum dos Municípios de Abrangência do Programa Renovar Arábica que contará com a participação de 100 técnicos e secretários municipais que vão discutir os desafios para a cultura cafeeira no Espírito Santo.

O fórum será realizado das 09 às 11 horas e terá um amplo debate técnico, com o levantamento da atual realidade do cenário da cafeicultura no Estado e do programa Renovar Arábica. Na oportunidade, serão apresentadas aos participantes as metas de aumento de produtividade com a utilização das boas práticas agrícolas até 2025.

Programa Renovar Arábica

O projeto ‘Renovar Café Arábica’, inserido no Programa de Cafeicultura Sustentável que está sendo elaborado para o Espírito Santo (baseado no Novo Pedeag – 2007-2025) é uma ação importante e estratégica para aumentar a produtividade, melhorar a qualidade final do produto e, a rentabilidade do cafeicultor de arábica no Estado, com sustentabilidade

O objetivo é Renovar é revigorar lavouras de cafés arábicas do Estado, com foco no aumento da produtividade, melhoria da qualidade do produto e de processos, visando a oferecer maior sustentabilidade da atividade.

O programa abrange 49 municípios, que ocupam uma área de aproximadamente 190 mil hectares, abrangendo mais de 20 mil pequenas propriedades de base familiar.

Metas:

- Renovar 100% do parque cafeeiro de arábica com variedades recomendadas e com a utilização de boas práticas agrícolas.
- Ampliar a cobertura florestal em áreas vulneráveis.
- Elevar a produtividade média da cafeicultura de arábica, de 14,6 sacas beneficiadas/ha para 22,6 sacas.
- Aumentar a produção que se encontra nos últimos cinco anos, entre 1,8 a 2,5 milhões de sacas, para 4 milhões de sacas, sem ampliar a área plantada.
- Ampliar a produção de café superior de 300 mil sacas, para 1 milhão de sacas por ano.
- Implantar salas de provas de café arábica em todos os municípios.
- Ampliar a exportação de café com valor agregado.

Serviço:
9° Encontro de Cafeicultores de Brejetuba
Dia: 23 de abril
Local: Ginásio de Esporte Municipal, em Brejetuba

Programação:

09h00 às 11h00 – I Fórum dos Municípios de abrangência do Programa Renovar Arábica: Desafios para a Cultura do café Arábica no Espírito Santo.

13h00 – Painel de Debate I – Cafeicultura Sustentável
Coordenadora: maria Amélia Gava Ferrão – Pesquisadora Embrapa café/Incaper

13h20 – Palestra: “Oportunidades para os Cafés das Montanhas do Espírito Santo num mercado Mundial Competitivo”.
Palestrante: Carlos Henrique Jorge Brando – P&A Marketing Internacional

14h20 – Palestra: “Ações Estratégicas na busca por rentabilidade na Cafeicultura de Arábica”.
Palestrante: José Clério M. Dalmonech – Administrador Rural do Incaper

15h10 – Coffe Break

15h30 – Palestra: Renovar Arábica: Ações Estratégicas para o Município de Brejetuba / 2010
Palestrante: Fabiano Tristão Alixandre – Especialista em cafeicultura / Incaper

16h00 – Debate

16h30 – Pronunciamento das autoridades

17h30 – sorteio e encerramento
Fonte: Incaper

Cotações do café subiram pelo terceiro pregão consecutivo

Retorno às altas. As cotações do café na bolsa de Nova York subiram na quarta-feira pelo terceiro pregão consecutivo após sofrerem queda na última semana causada por forte movimento especulativo. Os papéis para julho fecharam ontem a US$ 1,3125 a libra-peso, alta de 35 pontos. A valorização veio mesmo com notícias de que a Tanzânia, quarto maior exportador de café da África, irá produzir 38% mais grãos na safra 2010/11 devido ao clima favorável, segundo informou a Bloomberg, citando a bolsa de café da Tanzânia. A produção do país africano nos 12 meses até 30 de junho de 2011 pode subir para 55 mil toneladas, ante as 40 mil toneladas desta safra. No mercado interno, não houve cotações ontem devido ao feriado. No dia 20, a saca do arábica teve leve alta de 0,13% fechando a R$ 279,39 a saca, segundo o Cepea/Esalq.
Fonte: Campo Vivo

Safra brasileira de café não deterá recuperação

A opinião é de analistas de mercado, que acreditam que os preços irão evoluir no médio prazo graças ao aumento da demanda e à redução na oferta global do grão

O mercado brasileiro de café robusta trabalhou com preços baixos e bom volume de negócios nas duas primeiras semanas de março. A quantidade de produto disponível é grande, diante da cotação pouco remuneradora. Em 11 de março, o indicador Cepea/Esalq do robusta tipo 6 peneira 13 acima foi de R$176,85 por saca de 60 kg.

O café arábica brasileiro acompanhou as baixas das cotações internacionais. Segundo o Cepea, apenas compradores com grande necessidade de aquisição mantiveram as ofertas com preços pouco mais altos.

No mercado futuro, o arábica negociado na Bolsa de Nova York (Ice-Futures) foi pressionado pela oscilação do dólar e pela venda de fundos. Apesar disso, no médio prazo a tendência, segundo analistas de mercado, é de recuperação dos preços com o aumento da demanda e a redução da oferta mundial - mesmo com uma grande safra brasileira.

Segundo a Organização Internacional de Café (OIC), a produção global em 2009/2010 deverá chegar a 123,1 milhões de sacas e o consumo mundial de café deverá alcançar 134 milhões de sacas. A OIC alerta que apenas uma redução dos estoques poderá manter um equilíbrio entre oferta e demanda.

Nas exportações, os negócios não fluíram bem no mês de fevereiro e atingiram o menor patamar desde agosto de 2008. Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), os embarques nacionais da safra 2009/2010 totalizaram 2,22 milhões de sacas, 10,5% a menos que em janeiro e 15,1% abaixo em relação a fevereiro de 2009. As vendas externas de fevereiro renderam US$ 361,36 milhões, queda de 6,2% em comparação a janeiro.
Fonte: Revista Cafeicultura

terça-feira, 20 de abril de 2010

Café do Centro Gourmet adquire Selo Cafés Sustentáveis do Brasil

O Café do Centro - maior torrefadora de grãos gourmet e especiais do país – teve seu Café Gourmet certificado pelo Selo Cafés Sustentáveis do Brasil, Programa de qualidade da ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café - que existe desde 2007.

O Selo Cafés Sustentáveis do Brasil, é conferido pela ABIC para empresas que adotem em toda a cadeia produtiva do café, procedimentos ecologicamente corretos, sustentáveis, econômicos e que considerem os impactos sócioambientais de seus produtos. Desta maneira é possível garantir maior qualidade e atestar a origem dos grãos, desde os métodos agrícolas, como plantação, colheita e beneficiamento do café até o processo industrial da torrefação. Dados da ABIC revelam que no Brasil, pouco mais de 1% dos 18,3 milhões de sacas industrializadas de café, são produzidas dentro de padrões sustentáveis. Na Europa, em países como a França, o consumo consciente chega a ser superior a 20% do mercado.

Os Diretores do Café do Centro, Rodrigo e Rafael Branco Peres, ressaltam a importância de se obter uma certificação como essa. “No Brasil temos observado a transformação dos hábitos de consumo em relação ao café gourmet, um produto de qualidade superior que vêm ganhando mercado no país por conta destas mudanças. Certamente, este consumidor que é um pouco mais exigente, vai exigir que na embalagem constem informações precisas sobre a procedência, origem e a forma com que o produto que está adquirindo foi preparado”, informam os diretores.

O Programa de Qualidade da ABIC, do qual faz parte o Selo Cafés Sustentáveis do Brasil é uma certificação da qualidade do café, nele são analisadas características como sabor, aroma, corpo dentre outras características relevantes que possuem os cafés torrados e moídos. O processo para certificar as marcas de cafés é feito por meio de monitoramento e auditorias nas lavouras e indústrias, além de avaliação permanente nos produtos em pontos de venda, feitas por técnicos. O selo Cafés Sustentáveis do Brasil só é conferido a produtos classificados como Gourmet e Especiais.

Os cafés certificados por este selo recebem uma identificação especial - o logotipo de uma árvore, símbolo do Selo Cafés Sustentáveis do Brasil - que facilitará sua identificação pelos varejistas, distribuidores, cafeterias e consumidores.
Fonte: Campo Vivo

Estudo aponta redução no custo da mão de obra do café

O aumento da rentabilidade da cafeicultura no Brasil e no mundo e o futuro da atividade passam necessariamente por mudanças no sistema de colheita do café. Por ser uma cultura perene, o processo de colheita representa pelo menos 50% dos custos de produção do café. A outra metade do custo fica dividida entre fertilizantes (30%) e demais despesas como água, energia, entre outros custos.

A conclusão de que a colheita é a peça-chave para a rentabilidade da cafeicultura é de um estudo elaborado pela P&A Consultoria, especializada no setor cafeeiro. Segundo o levantamento, a colheita seletiva dos grãos - processo em que os trabalhadores retiram dos pés apenas os grãos maduros - permite um elevado grau de seleção. Esse, porém, é o sistema de maior custo para os cafeicultores.

Levando-se em consideração uma mesma área, com a mesma quantidade de cafeeiros e dentro de um mesmo período de tempo, o sistema de derriça manual - em que o trabalhador retira todos os grãos de café do pé com as mãos - permite a colheita de um volume de três a cinco vezes maior do que no processo seletivo dos grãos.

"Diferentemente do que foi colocado historicamente pelos colombianos, a colheita seletiva do café não interfere na qualidade do produto final. Para se ter um café de alta qualidade na xícara você precisa de grãos 100% maduros, mas não que tenham sido 100% colhidos de forma seletiva", afirma Carlos Brando, diretor-presidente da P&A.

Há outras desvantagens no sistema de colheita seletiva, segundo ele. Quando se leva em consideração a chamada derriça mecânica - sistema que utiliza um instrumento em forma de garras para realizar a colheita - , além de haver uma substituição da mão humana pela "mão" mecânica, os volumes colhidos superam em 20 vezes o sistema seletivo e em até quatro vezes a derriça manual.

Quando a avaliação da consultoria leva em conta a colheita feita com colheitadeiras mecânicas as diferenças são maiores. Além de ser um trabalho menos desgastante para o agricultor, permitir uma colheita seletiva e ter um baixo custo, a máquina colhe um volume 500 vezes maior que o sistema seletivo, 100 vezes superior à derriça manual e 25 vezes maior que a derriça mecânica.

Hoje, no Brasil, apenas 1% da colheita do café é feita de forma seletiva. Na maior parte dos casos, o processo é feito por meio da derriça, seja ela mecânica (15%) ou manual (61%), sendo que aproximadamente 18% é feito por meio de colheitadeiras. "Essa sempre foi a vantagem competitiva que o Brasil teve. O café chegava mais barato porque o sistema de colheita utilizado era mais eficiente, só que isso está mudando", afirma Brando.

O consultor avalia que a vantagem brasileira está sendo consumida pelo desvalorização do real em comparação com o dólar. Por esse motivo, Brando defende que haja uma migração da colheita por derriça manual para a derriça mecânica e, quando possível, para a colheita mecanizada com um sistema de irrigação.

As alterações no sistema de colheita podem fazer bastante diferença. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam que na Bahia, onde predomina a colheita mecanizada e o uso de irrigação, os custos de mão de obra representam apenas 9%, enquanto defensivos e fertilizantes somam 41%. Já em Guaxupé, no sul de Minas Gerais, onde as colheitadeiras são raras, o gasto com mão de obra, fixa e temporária, representa quase 50% do custo de produção.

Na Colômbia, praticamente toda a colheita do café é feita de forma seletiva, o que consequentemente exige um elevado volume de mão de obra. Apesar disso, Brando afirma que é possível identificar cerca de 3% de grãos verdes no café colombiano, quando não deveria existir nenhum. "O que é preciso ficar claro é que existe mercado para todos os tipos de café, tanto para os grãos maduros quanto para os verdes", afirma o consultor.

Geralmente, os grãos maduros são utilizados para a produção dos cafés finos e especiais, consumidos nos expressos. Já os grãos verdes, que não atingiram o ponto ideal de maturação e, por isso, não absorveram as melhores características da planta, são utilizados para a produção de bebidas tradicionais, consumidas em casa, com coador e também para café solúvel.

Especialistas consideram que mudanças são realmente necessárias. Dados da Conab mencionados em um estudo do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Banco Brasdesco mostram que o setor, especialmente o de café arábica, enfrenta problemas de rentabilidade. Em Guaxupé, por exemplo, o setor fechou 2009 com um prejuízo operacional de 9%, considerando um custo médio de R$ 281,10 por saca e um valor médio recebido pelo produtor de R$ 256,18 por saca.
Fonte: Sincafé

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Exportações de 23 estados brasileiros cresceram em março

As exportações de 23 unidades da Federação tiveram crescimento no mês de março de 2010 com relação ao mesmo período do ano passado. Os dados estarão disponíveis, a partir de hoje (15/4), no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), www.mdic.gov.br.

Dentre os estados que apresentaram crescimento em suas vendas, o destaque foi o Maranhão, que exportou US$ 484,912 milhões no mês passado, contra US$ 122,638 milhões no mesmo período de 2008, apresentando um aumento de 295%. O Rio de Janeiro também registrou elevação, com crescimento de 175%. O estado embarcou US$ 1,807 bilhão, sendo que em março de 2009 os embarques foram de US$ 656,963 milhões.

A Região Sudeste vendeu ao mercado externo US$ 8,856 bilhões, com um participação de 56% na pauta exportadora. Os três estados que compõem a Região Sul tiveram embarques de US$ 2,803 bilhões (17%). As próximas regiões do ranking são Centro-Oeste – US$ 1,601 bilhão (10%); Nordeste – US$ 1,572 bilhão (10%) e, por fim, a Região Norte, com US$ 666,223 milhões (4%).

Municípios

Dos mais de 2 mil municípios que participam do comércio brasileiro, Angra dos Reis (RJ) foi o maior exportador em março de 2010, com embarques de US$ 1,760 bilhão. No ranking dos municípios que mais exportaram, em segundo e terceiro lugares apareceram, respectivamente, São Paulo (SP), com US$ 1,248 bilhão; e Macaé (RJ), com US$ 1,106 bilhão. O município de São José dos Campos (SP) ficou em quarto, com US$ 1,062 bilhão e em quinta colocação foi para Parauapebas (PA), com US$ 1,014 bilhão.
Fonte: Revista Cafeicultura

Estado do Espírito Santo quer conilon a R$ 180 a saca

O Ministério da Agricultura recebe nesta semana um ofício da Secretaria da Agricultura do Espírito Santo com duas solicitações: que em 2010 o preço mínimo do conilon para efeito de aquisição do governo federal seja fixado em R$ 180 a saca, um avanço em relação aos R$ 156,57 que valeram até 31 de março para a safra 2009; e que efetivamente haja dotação orçamentária para que a compra seja feita. São propostas aprovadas entre produtores e representantes do governo estadual. O secretário da Pasta no Estado, Enio Bergoli, explica que a cafeicultura está sendo afetada por três fatores: seca a partir de dezembro, preços baixos e custo elevado – principalmente em função da mão de obra, que responde por 60% do desembolso para produzir.

Preço mínimo
Este ano é de safra grande de café, segundo estimativa preliminar da Conab. Isso deve acentuar a necessidade das aquisições do governo para ajudar a sustentar preço.

Tamanho
Por falar em safra, um palpite forte entre os homens do campo diz que o café a ser colhido neste ano no Espírito Santo nem será tanto quanto pareceu na primeira estimativa da Conab (perto de 12 milhões de sacas), mas, ainda assim, pode superar o total de 2009. Então, ficaria entre 10,5 a 11 milhões de sacas. A conferir.

Renda
Para o Espírito Santo, a questão do preço do café interessa a 350 mil pessoas diretamente envolvidas na produção. Só o conilon responde por cerca de 38% do valor bruto de toda a produção agrícola no Estado.

Valor
O levantamento mensal feito em março pelo Ministério da Agricultura aponta que o VBP (Valor Bruto da Produção) do café no Espírito Santo cairá neste ano para R$ 1,68 bilhão, portanto muito abaixo de R$ 2,04 bilhões em 2009. Anote para conferir.
Fonte: A Gazeta - 18/04/10

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Mudanças na colheita podem elevar a rentabilidade no café

O aumento da rentabilidade da cafeicultura no Brasil e no mundo e o futuro da atividade passam necessariamente por mudanças no sistema de colheita do café. Por ser uma cultura perene, o processo de colheita representa pelo menos 50% dos custos de produção do café. A outra metade do custo fica dividida entre fertilizantes (30%) e demais despesas como água, energia, entre outros custos.

A conclusão de que a colheita é a peça-chave para a rentabilidade da cafeicultura é de um estudo elaborado pela P&A Consultoria, especializada no setor cafeeiro. Segundo o levantamento, a colheita seletiva dos grãos - processo em que os trabalhadores retiram dos pés apenas os grãos maduros - permite um elevado grau de seleção. Esse, porém, é o sistema de maior custo para os cafeicultores.

Levando-se em consideração uma mesma área, com a mesma quantidade de cafeeiros e dentro de um mesmo período de tempo, o sistema de derriça manual - em que o trabalhador retira todos os grãos de café do pé com as mãos - permite a colheita de um volume de três a cinco vezes maior do que no processo seletivo dos grãos.

"Diferentemente do que foi colocado historicamente pelos colombianos, a colheita seletiva do café não interfere na qualidade do produto final. Para se ter um café de alta qualidade na xícara você precisa de grãos 100% maduros, mas não que tenham sido 100% colhidos de forma seletiva", afirma Carlos Brando, diretor-presidente da P&A.

Há outras desvantagens no sistema de colheita seletiva, segundo ele. Quando se leva em consideração a chamada derriça mecânica - sistema que utiliza um instrumento em forma de garras para realizar a colheita - , além de haver uma substituição da mão humana pela "mão" mecânica, os volumes colhidos superam em 20 vezes o sistema seletivo e em até quatro vezes a derriça manual.

Quando a avaliação da consultoria leva em conta a colheita feita com colheitadeiras mecânicas as diferenças são maiores. Além de ser um trabalho menos desgastante para o agricultor, permitir uma colheita seletiva e ter um baixo custo, a máquina colhe um volume 500 vezes maior que o sistema seletivo, 100 vezes superior à derriça manual e 25 vezes maior que a derriça mecânica.

Hoje, no Brasil, apenas 1% da colheita do café é feita de forma seletiva. Na maior parte dos casos, o processo é feito por meio da derriça, seja ela mecânica (15%) ou manual (61%), sendo que aproximadamente 18% é feito por meio de colheitadeiras. "Essa sempre foi a vantagem competitiva que o Brasil teve. O café chegava mais barato porque o sistema de colheita utilizado era mais eficiente, só que isso está mudando", afirma Brando.

O consultor avalia que a vantagem brasileira está sendo consumida pelo desvalorização do real em comparação com o dólar. Por esse motivo, Brando defende que haja uma migração da colheita por derriça manual para a derriça mecânica e, quando possível, para a colheita mecanizada com um sistema de irrigação.

As alterações no sistema de colheita podem fazer bastante diferença. Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam que na Bahia, onde predomina a colheita mecanizada e o uso de irrigação, os custos de mão de obra representam apenas 9%, enquanto defensivos e fertilizantes somam 41%. Já em Guaxupé, no sul de Minas Gerais, onde as colheitadeiras são raras, o gasto com mão de obra, fixa e temporária, representa quase 50% do custo de produção.

Na Colômbia, praticamente toda a colheita do café é feita de forma seletiva, o que consequentemente exige um elevado volume de mão de obra. Apesar disso, Brando afirma que é possível identificar cerca de 3% de grãos verdes no café colombiano, quando não deveria existir nenhum. "O que é preciso ficar claro é que existe mercado para todos os tipos de café, tanto para os grãos maduros quanto para os verdes", afirma o consultor.

Geralmente, os grãos maduros são utilizados para a produção dos cafés finos e especiais, consumidos nos expressos. Já os grãos verdes, que não atingiram o ponto ideal de maturação e, por isso, não absorveram as melhores características da planta, são utilizados para a produção de bebidas tradicionais, consumidas em casa, com coador e também para café solúvel.

Especialistas consideram que mudanças são realmente necessárias. Dados da Conab mencionados em um estudo do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Banco Brasdesco mostram que o setor, especialmente o de café arábica, enfrenta problemas de rentabilidade. Em Guaxupé, por exemplo, o setor fechou 2009 com um prejuízo operacional de 9%, considerando um custo médio de R$ 281,10 por saca e um valor médio recebido pelo produtor de R$ 256,18 por saca.
Fonte: Faes (Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo)

Consumo de café aumenta 10% no Espírito Santo

Dados da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) apontam que, nos últimos sete anos, os brasileiros aumentaram o consumo de café em cerca de 6.6%. E os capixabas se incluem nesse grupo, já que o Espírito Santo superou a media nacional, com aumento de 10% no consumo nos últimos sete anos. Segundo Egídio Malanquini, presidente do Sincafé (Sindicato da Indústria de Torrefação e Moagem de Café do Espírito Santo), os cafés que mais agradam o paladar dos capixabas são o superior e o gourmet. "A produção do café capixaba e o aumento em seu consumo estão relacionados à melhoria da bebida e ao fato dos consumidores já saberem distinguir o que é um café de boa qualidade", enfatiza Malanquini.

Egidio Malanquini destaca que, para melhorar cada vez mais a qualidade do produto que é oferecido ao consumidor, é necessário que os empresários do setor invistam cada vez mais em tecnologia.

1º Salão de Cafés Especiais
E pensando no crescimento que o setor atravessa, o Sincafé vai realizar, em julho, durante a Super Acaps Panshow, o 1º Salão de Cafés Especiais. O objetivo do evento vai ser dar destaque à qualidade dos cafés especiais produzidos nas montanhas do Estado. ‘Vamos mostrar durante o Salão que a produção de café capixaba pode abastecer o mercado local. As montanhas capixabas produzem o melhor café do mundo', diz Egídio Malanquini.

Setor
- O Espírito Santo é o 2º maior produtor de café do Brasil;

- É o 1º em produção de conilon, alcançando a marca de 73% da produção nacional;

- Entre os 20 municípios de maior produção do país, 11 são capixabas;

- Mesmo sendo um Estado com pequena área territorial e com a produção cafeeira de base familiar, emprega cerca de 330 mil pessoas;

- Exporta principalmente para a Argentina, Alemanha, Eslovênia, Estados Unidos e Países da Região do Mediterrâneo;

- Das 100 maiores indústrias de café do país associadas à ABIC, cinco são empresas capixabas.
Fonte: Sincafé

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Qual padrão de uniformidade dos grãos para nova safra?

Em janeiro de 2010 foram publicados alguns artigos sobre o cenário de desolação das lavouras de café em Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo.

Alguns cafeicultores afirmaram naquela época que o excesso de chuva comprometeu a formação dos brotos florais dos cafezais, resultando em floradas irregulares, o que seria responsável pela redução da safra 2010/11.

Os produtores de café apontaram ainda que devido aos diferentes tamanhos de grãos e flores numa única planta, ocorreu um abortamento dos grãos pequenos ou chumbinhos, a medida que ocorreu enchimento dos outros grãos.

A análise mensal de café arábica, divulgada pelo Cepea em 08 de abril, informa que a produção brasileira de café arábica da safra 2010/11 está se uniformizando, em termos de padrão do grão. De modo geral, o calibre dos grãos tem se igualado na maioria das regiões e, com o grau de maturação avançado, alguns lotes poderão ser colhidos um pouco antes do previsto.

Agentes colaboradores do Cepea estavam preocupados quanto à qualidade da temporada, uma vez que o prolongamento do período de floradas poderia resultar em produção com granação e maturação desuniformes. O receio era de que, durante a colheita, existissem grãos verdes e maduros no mesmo galho. Como a colheita do café dificilmente é seletiva, os lotes poderiam registrar um percentual maior de catação. Em algumas regiões, como o Sul de Minas Gerais, bem como Mogiana Paulista e Noroeste do Paraná, o tamanho dos grãos está mais uniforme, diminuindo a preocupação quanto à qualidade da safra 2010/11.
Fonte: Sincafé

Suspensa importação de 2 milhões de sacas de café do Vietnã

Uma tentativa de produtores de café solúvel do Brasil de importar do Vietnã 2 milhões de sacas de um café conilon de qualidade e preço inferior ao brasileiro, e exportá-lo pelo regime de drawback (compra, beneficiamento e exportação) foi denunciada ontem no Senado porque prejudica o Brasil e principalmente a economia capixaba.

Segundo o senador Gerson Camata (PMDB), que ocupou a tribuna da Casa para fazer a denúncia, um pedido de exportação feito a Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério da Indústria e Comércio chegou a ser votado mas teve seus efeitos suspensos devido a reação política. O pedido foi feito pela Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics).

"Essa medida quase perpetrada ameaça a produção e a rentabilidade de milhares de agricultores e dezenas de municípios: só no ES são mais de 120 mil familias que vivem da atividade, disse Camata.

O senador lembrou ainda que a tentativa foi feita numa época critica, quando o preço do café no Brasil está R$ 146 reais a saca, e o custo de produção em torno de R$ 180 reis.

A tarde Camata conseguiu falar com o ministro Alexandre Padilha, (Relações Institucionais) que ficou de pedir ao ministro da Indútria e Comércio, João Jorge Filho, para mudar o voto que deu a favor da importação, na próxima reunião da Camex dia 18 de maiodia 18 de maio.
Fonte: Jornal A Tribuna

Seminário discute melhoria da qualidade de café Conilon em Colatina

Na agricultura, colher alimentos de qualidade é tão importante quanto aumentar a escala de produção. Com esse objetivo, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), e a Prefeitura de Colatina realizam, nesta quinta-feira (15), a partir das 8 horas, o primeiro Seminário de Qualidade de Café Conilon. O evento acontece no auditório do Instituto Federal de Ensino Tecnológico do Espírito Santo (Ifes), em Colatina, e a expectativa é que cerca de 200 produtores rurais da região participem do evento.

No seminário, pesquisadores e especialistas em cafeicultura irão abordar as tecnologias necessárias para se obter um produto de qualidade, além das vantagens mercadológicas para o produtor que apresenta um café diferenciado.

“Com o início da safra do café Conilon no mês de abril, é importante que os produtores rurais estejam atentos às tecnologias indicadas pelo Incaper também para esta etapa da produção”, afirma o engenheiro agrônomo do Incaper, José Carlos Grobério.

O especialista em cafeicultura empresarial e degustação de cafés especiais e também presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, ministrará uma palestra técnica sobre qualidade de café, abordando a atual situação do produto no Estado.

O engenheiro agrícola do Incaper, José Geraldo Ferreira da Silva, vai falar sobre a importância da irrigação na cafeicultura, e, por fim, o presidente da Cooperativa de Cafeicultores do Sul do Estado Espírito Santo (Cafesul), Carlos Renato Alvarenga Theodoro, mostrará aos produtores as vantagens de comercializar produtos de qualidade.

De acordo com o engenheiro agrônomo do Incaper, José Carlos Grobério, os principais enfoques da reunião são instruir os agricultores do município para o uso adequado da água no processo de irrigação e capacitá-los para melhorar a qualidade do fruto nas propriedades.

“No seminário, os técnicos irão orientar os produtores sobre os métodos de secagem do café, chamando a atenção para o procedimento de operacionalização. Ainda assim, é importante que saibam do estágio de maturação do grão e quando se deve colher para se obter um produto de qualidade”, afirma o engenheiro agrônomo.

José Carlos Grobério ressalta ainda que com o evento e as orientações, os agricultores poderão produzir e colher o café Conilon de boa qualidade, e consequentemente aumentar a escala de produção e a rentabilidade, o que melhorará a renda familiar.

1° Concurso de qualidade do café Conilon em Colatina

Durante o evento também será anunciado a realização do 1° Concurso de Qualidade do Café Conilon em Colatina. Na oportunidade, as inscrições serão abertas no escritório local do Incaper ou na Secretaria Municipal. A data e a premiação ainda serão definidas.

O objetivo é incentivar os agricultores da região a investir cada vez mais na qualidade da produção.

Atividades agrícolas em Colatina

No município, o café Conilon é a principal atividade econômica. São aproximadamente 3.500 propriedades rurais e 80 produtores familiares.

A área de produção em Colatina atinge cerca de 15 hectares, com produtividade média de 30 a 40 sacas por hectare. “Nesse sentido, o valor é consideravelmente satisfatório, mas é importante produzir frutos de qualidade”, afirma o engenheiro agrônomo.
Fonte: Incaper

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Mitos e verdades sobre esta bebida que tem muito mais do que cafeína


"O café possui de 1 a 2,5 % de cafeína e diversas outras substâncias em maior quantidade que podem ser mais importantes para o organismo humano", afirma Christianne Monteiro, nutricionista da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). A especialista se refere a uma infinidade de minerais, aminoácidos, lipídeos e açúcares encontrados no grão de café. São eles:

Minerais: potássio, magnésio, cálcio, sódio, ferro, manganês, rubídio, zinco, cobre, estrôncio, cromo, vanádio, bário, níquel, cobalto, chumbo, molibdênio, titânio e cádmio.

Aminoácidos: alanina, arginina, asparagina, cisteína, ácido glutâmico, glicina, histidina, isoleucina, lisina, metionina, fenilalanina, prolina, serina, treonina, tirosina, valina.

Lipídeos: triglicerídeos e ácidos graxos livres.

Açúcares: sucrose, glicose, frutose, arabinose, galactose, maltose e polissacarídeos.

Além de todos esses nomes estranhos, o pequeno grão também é rico em niacina, vitamina do complexo B e, em maior quantidade que todos os demais componentes, os ácidos clorogênicos - antioxidantes naturais - na proporção de 7 a 10%, isto é, três a cinco vezes mais que a cafeína.

Por tudo isso, o café é um alimento funcional e pode fazer muito bem para a saúde, além de prevenir doenças. "A bebida proporciona o aumento da capacidade de trabalho físico e mental, do estado de alerta e vigília, da memória e do bem-estar, equilibra a hiperatividade infantil, ajuda na concentração e também minimiza os efeitos do mal de Alzheimer e de Parkinson", explica Christianne.

E mais: a nutróloga Daniela Hueb pontua outros efeitos atribuídos ao café. "Seus antioxidantes ajudam na remoção dos radicais livres reduzindo o estresse oxidativo nos tecidos.

A bebida também reduz o risco de cirrose hepática, previne cálculo da vesícula, ajuda na prevenção de cáries dentárias, possui atividade anti-inflamatória e protetora sobre o sistema cardiovascular, possui um discreto efeito antiobesidade, aumenta o desempenho durante o exercício prolongado, ajuda no alívio dos sintomas de asma e acelera o metabolismo". Quer mais?
Fonte: Sincafé

As faces do café


Depois do petróleo, o café é a segunda mercadoria mais importante para a economia do mundo

Somente em 2009, foram quase 78 litros por habitante, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). O estudo mostra que o resultado aproxima o consumo per capita brasileiro ao da Alemanha e já supera os índices da Itália e da França, que são grandes apreciadores de café. Os campeões de consumo, entretanto, ainda são os países nórdicos - Finlândia, Noruega e Dinamarca.

Quer mais números? Então, vamos lá. Cerca de 91% da população brasileira acima de 15 anos é consumidora de café. Os brasileiros estão consumindo mais xícaras por dia e diversificando as formas da bebida, adicionando ao café coado, os expressos, cappuccinos e outras combinações com leite. Tem para todos os gostos.

Tipos no mercado

Atualmente o mercado oferece quatro tipos de café: o solúvel, descafeinado, aromatizado e orgânico. Os cafés aromáticos tiveram boa aceitação, mas escondem um pouco o gosto peculiar do café, conforme explica a consultora em cafés Ana Argenta. "Eles podem ser os mais variados: menta, trufas, limão, chocolate, licor, amêndoas, avelãs, creme irlandês, damasco, entre outros. Há poucas marcas que disponibilizam esses cafés, mas são bem aceitos por quem os aprecia. Como os aromas são bem acentuados, predominam sobre os naturais".

Para muita gente, o café descafeinado é mais que sem graça. "Há basicamente dois processos para descafeinização que são por solvente e por água. O primeiro é essencialmente químico, onde a ação de um solvente faz a retirada da cafeína, e também dos aromas do café, por isso um café descafeinado pode "perder a graça". No segundo método, é utilizado água para retirar a cafeína, preservando os aromas do café", diz Ana. Entretanto, não se pode negar que ele é a salvação de muita gente. "Ele é uma opção para quem mais sensibilidade à cafeína, ou mesmo quem não consegue dormir a noite", pontua a cafeóloga Eliana Relvas.

Qualidade do café

Quanto à qualidade, podemos classificá-los em tradicionais, superiores e gourmets, como explica Eliana. "Os tradicionais são usados no dia a dia, com custo beneficio bom. Os superiores têm qualidade melhor na matéria prima e o amargor diminui, podendo ser usado em cafeteiras italianas, francesas e espresso. Por último, temos os gourmets, cuja matéria prima é melhor. São grãos mais caros, com aromas e sabores mais delicados, podendo ser preparado em todos os tipos de cafeteiras". Mas não pára por aí. Segundo a especialista existem outros tipos como os biodinâmicos - plantados e colhidos de acordo com o calendário lunar agrícola -, grãos com origens diversas como mogiana (SP), cerrado (MG) e sul de minas e exclusivos, como o bourbon amarelo.

Tantas variedades fazem as cafeterias movimentarem R$ 70 milhões por mês e ganharem cada vez mais clientes. A estimativa é de que já existem no Brasil cerca de 2,5 mil casas de café, empregando 30 mil funcionários. A expansão dobrou nos últimos seis anos. "As cafeterias estão cada vez mais preocupadas e empenhadas em oferecer ao público cafés de alta qualidade, variedade em seus cardápios, equipamentos compatíveis com a qualidade dos produtos e equipe treinada e profissionalizada para o preparo de um café de qualidade", ressalta Ana Argenta.

E nessa equipe entram os baristas, profissionais que devem conhecer todas as etapas da cadeia produtiva e comercial do café. "O barista deve ser obstinado no preparo de uma xícara de qualidade, conhecer e aprimorar técnicas e, como está em contato direto com o cliente, é fundamental que tenha perfil para trabalhar com os diferentes públicos", explica a consultora. Entretanto, somente um curso na área não basta. Segundo Ana, para ingressar na profissão, é importante ter muita vontade de aprender e muito amor pelo café. Essa é a hora: com o aquecimento do mercado do café cada vez mais a profissão se consolida e é valorizada.
Fonte: Sincafé

Colheita de café poderá ser antecipada

Este ano é esperada maior produtividade nas lavouras, mas preços baixos preocupam cafeicultor

A semana começou com chuva na maioria das regiões paulistas, provocadas pela entrada de uma frente fria acompanhada da primeira massa de ar frio do ano. As chuvas mantiveram em alta a quantidade de água disponível no solo. Os maiores volumes foram registrados em Iguape, 163,4 milímetros, e São Carlos, 90,7 milímetros.

Após a passagem da frente fria, as temperaturas médias declinaram de 2 a 5 graus, com os menores valores sendo registrados nas áreas de maior altitude, como Campos do Jordão, onde a mínima chegou a 7,1 graus. Em Campinas a mínima foi de 11,5 graus e, em Franca, 10,3 graus. As máximas também diminuíram acentuadamente. Piracicaba registrou 18,6 graus e São Carlos, 19,1 graus, valores bem abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.

As chuvas regulares e o regime térmico beneficiam a maturação dos grãos de café em Santo Antônio do Pinhal, Altinópolis, Mococa e Franca, o que pode antecipar o início da safra. Além disso, as chuvas regulares em julho, agosto e setembro anteciparam o florescimento dos cafezais. Apesar do aumento na produção este ano, os cafeicultores estão desanimados com o baixo preço do produto.

Os citricultores que já iniciaram a colheita da variedade precoce têm observado queda na produtividade, provocada pelo excesso de chuvas durante a floração. A menor oferta do produto no mercado, porém, tem impulsionado as cotações, que estão maiores do que no mesmo período do ano passado.

Em Guaíra e Birigui, o clima favorece os campos de sorgo que estão em fase de maturação e que serão colhidos em maio. O milho safrinha está em fase de desenvolvimento vegetativo e floração em Cândido Mota, Palmital e Itapeva. Em Itapetininga e Tatuí o trigo está em fase de desenvolvimento vegetativo.

Sobras de cana. A safra de cana-de-açúcar promete ser de muito trabalho, a começar pela colheita do que sobrou do ano passado. As chuvas dos últimos dias favoreceram o crescimento vegetativo, intensificando o acúmulo de biomassa nas plantas em fase final de crescimento.

As chuvas fortes que atingiram o sul e sudoeste paulista danificaram estradas rurais, dificultando o escoamento do pimentão em Santa Cruz do Rio Pardo. O clima favorece a colheita do abacate na região de Jardinópolis, do caqui em Piedade, da macadâmia em Dois Córregos, Garça e Marília.
Fonte: O Estado de S.Paulo

Hoje é Dia Internacional do Café

Grão verde, ardido ou brocado, blend e aroma são alguns termos que caracterizam uma das bebidas mais consumidas no mundo. O café, de origem etíope, tem seu dia internacional comemorado nesta quarta-feira (14). O grão negro muito presente na cultura brasileira representa renda para o País, saúde para os consumidores e sabor para os apreciadores.

Para a economia nacional rendeu, em 2009, US$ 4,27 bilhões em vendas externas, figurando como quinto produto na pauta exportadora do agronegócio. Mais de 31% do café produzido no mundo é brasileiro. O País colheu cerca de 39,4 milhões de sacas de 60 quilos do produto. Os principais importadores do café verde brasileiro são Alemanha, Estados Unidos, Itália e Japão. Já os grandes compradores do café solúvel são Estados Unidos, Rússia, Ucrânia e Reino Unido. O café torrado e moído é vendido, principalmente, para Estados Unidos, Itália, Colômbia e Argentina.

Além de maior produtor e exportador, o Brasil ocupa a posição de segundo maior consumidor mundial do grão, 18,5 milhões de sacas em 2009, atrás apenas dos Estados Unidos. Segundo informações da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), a melhora na qualidade do produto brasileiro pode ser apontada como uma das razões que justificam o aumento do consumo interno, que pode chegar a 19,3 milhões em 2010.

Saúde - Além da cafeína (substância mais conhecida), cada grão de café contém minerais, como potássio, cálcio, sódio, ferro, aminoácidos, triglicerídeos e ácidos graxos livres, além de glicose, frutose, maltose e polissacarídeos. Desde 1997, o Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café pesquisa as influências da bebida no organismo humano. São ações coordenadas pela unidade de Café da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e financiadas pelo Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), do Ministério da Agricultura.

Espécies - As duas principais espécies cultivadas no País são a conilon (ou robusta, que se desenvolve melhor em altitudes abaixo de 500 metros) e arábica (plantada em áreas com altitude acima de 600 metros). Do total produzido no último ano, 28,8 milhões de sacas foram do tipo arábica e 10,6 milhões do conilon.
Fonte: Revista Cafeicultura

domingo, 11 de abril de 2010

País africano conhece experiência brasileira na produção de café e cacau

Governo de Camarões está interessado nos programas brasileiros

A experiência na produção de café e cacau e a política brasileira direcionada pelo Plano Agrícola e Pecuário, levando em conta o desenvolvimento sustentável, foi apresentada, na quinta, dia 8, à delegação do governo de Camarões (África).

Participaram do encontro representantes da Secretaria de Política Agrícola (SPA) e Secretaria de Produção e Agroenegria (Spae) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Desenvolver o agronegócio, tendo como referência o modelo brasileiro é o objetivo da nossa visita ao Brasil, além da possibilidade de firmar acordos de cooperação - disse o diretor de Desenvolvimento da Agricultura de Camarões, Abdou Namba.

Ele informou que a delegação está interessada nos programas do Mapa para produção de alimentos, fruticultura, cafeicultura e cacauicultura.

Durante o encontro foi apresentado um panorama do agronegócio brasileiro, com números da produção de carne de aves, bovina e suína, café, cacau e soja. O grupo conheceu também o Zoneamento de Risco Climático, importante ferramenta de orientação ao agricultor, inclusive na obtenção de crédito e na preservação ambiental.
Fonte: Sincafé

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Preços futuros do café fecharam em baixa pelo terceiro dia consecutivo na bolsa de NY

Pressão do dólar. Os preços futuros do café fecharam em baixa pelo terceiro dia consecutivo na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em julho terminaram o pregão de quinta-feira cotados a US$ 1,3645 por libra-peso, retração de 280 pontos - a maior da semana - em relação ao dia anterior. A nova valorização do dólar no mercado internacional estimulou um movimento de vendas especulativas, o que pressionou as cotações do café, segundo a Dow Jones Newswires. Analistas consideram que os fundamentos não mudaram e o mercado segue sustentado pela menor oferta mundial de café, porém, pressionado pela grande safra brasileira próxima de ser colhida. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq fechou o dia a R$ 279,96 por saca, queda de 1,76%.
Fonte: Campo Vivo

Linhares deve produzir 30 mil toneladas de café em 2010

A colheita do café, que está entre os principais produtos agrícolas de Linhares, já começou para alguns produtores rurais do município. A previsão é de que a safra deste ano supere a de 2009 em cerca de 30%, com uma produção de mais 30 mil toneladas só em Linhares.

O aumento da produção deve-se, dentre outros fatores, ao crescimento da área de cultivo, melhoria nos tratos agrícolas e investimentos feitos nas lavouras. De acordo com dados do Incaper, a área cultivada teve um aumento de 800 hectares no último ano.

Apesar do preço da saca não estar satisfazendo aos agricultores, com preço médio de 160 reais a saca de 60 quilos, os investimentos tem garantido aumento também na produtividade. Em 2007, de acordo com informações do IBGE, a produtividade era menor que 1.800 quilos por hectare. A expectativa é de que nesta safra atinja 2.000 quilos na mesma área.

"Temos trabalhado para garantir aos produtores facilidade no escoamento da produção. É fundamental que as estradas rurais tenham boas condições de tráfego tanto para o deslocamento dos trabalhadores, quanto para o transporte do produto da lavoura para o armazém", destacou o secretário municipal de Agricultura, Aquicultura e Abastecimento, Dalziso Armani.

O cafeicultor Antonio Marangonia não está animado com o preço, mesmo assim continua investindo nas lavouras. "Quem conhece a cultura do café, desde novo foi criado no cafezal, não abandona. Vou parar de trabalhar com café para mexer com o que? Em vez de desistir vou continuar investindo para colher ainda mais", disse Marangonia.

Mesmo com a previsão de aumento de 30% na safra 2010, o índice poderia ter sido ainda maior. Levantamento feito pela Secretaria Municipal de Agricultura, Aqüicultura e Abastecimento, em parceria com Incaper, mostrou que devido a estiagem e as altas temperaturas nos primeiros meses deste ano, os produtores de café devem ter um prejuízo de cerca de 20% na safra.

"Atualmente, cerca de 90% das lavouras de café do município contam com sistema de irrigação. Mesmo minimizando os impactos da estiagem, a irrigação não impede o prejuízo que as altas temperaturas causam a agricultura", informou o chefe do escritório do Incaper de Linhares, Eli Gonçalves Viana.
Fonte: Campo Vivo

Bertone reafirma que importação de café conilon não vai acontecer

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) vetou, nesta semana, o pedido para a autorização de importação de café robusta pelo regime de drawback. O pleito do setor industrial era importar o correspondente a 20% da exportação brasileira anual da variedade, o que corresponde a aproximadamente 600 mil sacas de 60 kg ao ano.

Na quarta-feira (07), o secretário de produção de agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone, falou sobre o assunto, em entrevista concedida à Rádio Globo Linhares. Confira abaixo o trecho da entrevista sobre o drawback do café.

“O Brasil não possui excedentes exportáveis de café conilon, exceto pela forma de café solúvel. Esse procedimento de importação de café foi proposto à Camex e nós solicitamos a retirada dessa discussão na última reunião que aconteceu na segunda-feira (05). Foi uma grande vitória do Ministério da Agricultura, uma vez que nós não estávamos confortáveis com a importação do produto.

Na realidade, eu mesmo havia me comprometido na reunião que participei recentemente na Assembléia Legislativa do Espírito Santo de que não haveria a importação do café. No entanto esse assunto foi colocado em discussão, e o ministro da agricultura, Wagner Rossi, solicitou a retirada deste assunto da pauta de discussão neste momento e teve o apoio dos demais ministros do governo federal. Assim, o ‘drawback’ ainda não foi autorizado pelo governo federal e muito menos pelo Ministério da Agricultura.

É importante lembrar que se um dia a importação for autorizada haverá a necessidade de análise de risco de pragas no país de origem desse café, de modo que nós possamos estabelecer mecanismos de defesa do produtor nacional, a respeito da concorrência, eventualmente predatória de outros países produtores”
Fonte: Campo Vivo

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Café tem baixa no preço da cesta básica

O açúcar e o tomate foram considerados os vilões do aumento da cesta básica no mês de março. Na capital cearense eles apresentaram uma inflação de 22,16% e 16,2%, respectivamente, se comparados com o mês de fevereiro.

Segundo o supervisor do escritório regional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Reginaldo de Aguiar Silva, entre as causas destes aumentos estão o prejuízo na produção do tomate em decorrência das fortes chuvas e a queda da produção de açúcar pela Índia, além do clima adverso que reduziu o teor de sacarose e da colheita da cana, que está na entressafra. "No momento a oferta é pequena e o preço teve alta, o que consideramos um comportamento natural", explica.

Apesar da alta (3,13%), a cesta básica em Fortaleza é a segunda mais barata (R$ 182,43) das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, perdendo apenas para Aracaju (R$ 181,70).

Após um longo período com queda no preço do feijão, em março o quadro se alterou, com um aumento de 6,73%. "Isso é resultado da nova safra, que tem entrado no mercado com preço mais elevado e pressionado o produto de safras anteriores, que assim também têm subido", esclarece Aguiar.

Mais baratos
A banana foi o produto da cesta básica que apresentou a maior queda, segundo o Dieese (-2,26%), em seguida veio o café (-1,71%) e a carne (-0,85%). O leite, o óleo e o pão também tiveram deflação nos preços. A manteiga foi o único produto que permaneceu com o valor estável durante o período.

Enquanto a carne ficou mais cara em 11 capitais, em Fortaleza ela apresentou queda de 0,85%. O leite também caiu (0,57%) na capital cearense, apesar de apresentar aumento em 13 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese.

Para Aguiar, no primeiro semestre do ano, a alta nos preços dos produtos que compõem a cesta básica é considerada normal, sendo observada uma queda a partir do segundo semestre. "A maioria deles está em produção no começo do ano, sendo mais escassos nesse período", afirma.

E MAIS
- De acordo com o Dieese, considerando o valor da cesta básica em Fortaleza em R$ 182,43 e tomando como base o salário mínimo de R$ 510 (correspondente a uma jornada mensal de de 220 horas), pode-se dizer que um trabalhador teve que desprender 78h e 42min de sua jornada de trabalho mensal para essa finalidade.

- O maior custo para a cesta básica foi registrado em Porto Alegre, com R$ 257,07. São Paulo apresentou o segundo maior valor (R$ 253,74), vindo a seguir Vitória (R$ 240,22) e Manaus (R$ 236,41).

- Já os menores valores foram apurados em Aracaju (R$ 181,70), Fortaleza (R$ 182,43) e João Pessoa (R$ 196,29).

- Os aumentos mais expressivos do tomate foram anotados em Curitiba (75,39%), São Paulo (73,13%), João Pessoa (67,78%) e Rio de Janeiro (64,31%). Já do açúcar foram em Brasília (28,57%), Aracaju (12,38%) e São Paulo (10,65%).
Fonte: Revista Cafeicultura

Café gourmet: consumo no Brasil cresce 2,7% em 2009

A Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC) divulgou o Estudo Anual sobre o Consumo de Café em todo o país, e aponta que no ano passado 97% dos entrevistados haviam tomado café no dia da entrevista e no dia anterior. A preferência pelo tipo de café também apresenta novas tendências. O consumo por grãos gourmet e especiais mais que duplicou, comparando-se 2008 com o ano passado, foi de 1,2%, para 2,7%.

O Café do Centro, maior torrefadora de grãos gourmet e especiais do país, registrou índices acima do mercado de gourmet que cresce de 15 a 20% ao ano segundo a ABIC. A torrefadora obteve aumento de 40% nas vendas em 2009, apenas no Food Service, atuando nos estados Paraná e Santa Catarina no sul; Rio de Janeiro e São Paulo no sudeste e Rio Grande do Norte na região nordeste. No mercado varejista concentrado em Florianópolis e Porto Alegre, por meio das redes Angeloni e Zaffari a expansão foi de 10%. Segundo Rafael e Rodrigo Branco Peres, diretores do Café do Centro, a mudança nos hábitos de consumo é fator determinante para o aumento da venda de cafés gourmet e especiais no país. "Características como aroma, corpo diferenciado, doçura e origem dos grãos são alguns dos diferenciais que já são percebidos por quem consume café gourmet. Este tipo de consumidor busca alta qualidade acima de tudo e está disposto a pagar por um excelente café".

O Café do Centro também passou por avanços na produção nos últimos quatro anos em decorrência do aumento do consumo no mercado interno. A produção de café gourmet da torrefadora passou de 15% em 2006 para 40% no ano passado, uma expansão de 25%. A ABIC estima que do consumo total de café em 2009 (18,39 milhões de sacas), os cafés gourmets representaram cerca de 4% (760 mil sacas). Apesar de parecer pequeno, o segmento gourmet representa de 7% a 8% das vendas totais (que foram de R$ 6,8 bilhões em 2009).
Fonte: Revista Cafeicultura

Governo projeta aumento de 4% na exportação do café em 2010

O secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Manoel Bertone, disse nesta quarta-feira, dia 07, que participação do café brasileiro no mercado internacional deve crescer em 2010. "Neste ano civil, com previsão de safra de ciclo alto, devemos exportar aproximadamente 31,6 milhões de sacas de 60 quilos de produto beneficiado, o que representa aumento superior a 4% em relação a 2009", afirmou.

Em nota, o secretário lembrou ainda que o governo vai elaborar um programa de financiamentos com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), envolvendo cerca de R$ 2 bilhões, valor que será aplicado na safra 2010/11. "O objetivo é proporcionar condições financeiras aos produtores durante a colheita e pré-comercialização da safra", disse.
Fonte: Revista Cafeicultura

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Exportações de março foram as maiores dos últimos cinco anos no mesmo mês, divulga o Cecafé

As exportações brasileiras de café no mês de março alcançaram um volume de 2.605.962 sacas do produto, para uma receita de US$ 412.573 milhões. O mês apresenta variação positiva de 0,2% no volume em relação ao ano passado (2.600.354) e também na receita, com variação de 18,4% para mais (foram US$ 384.420 milhões em 2009). E mais: em comparação com o mês de março dos últimos cinco anos, março de 2010 foi o que registrou a melhor performance nas exportações.

O balanço foi divulgado hoje pelo Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O diretor-geral da entidade, Guilherme Braga, salienta que o bom resultado de março, notadamente na receita, “deve-se à recuperação dos preços internacionais”.

O balanço do Cecafé mostra ainda que na participação percentual por qualidade, o arábica mantém participação de 89%, enquanto o solúvel permanece com 10% e o robusta com 1% respectivamente.

No acumulado dos últimos doze meses, o país já comercializou 30.143.314 sacas de café, correspondentes a uma receita de US$ 4.403.238 bilhões.

Os maiores compradores do produto nacional continuam sendo a Alemanha, com 1.468.047 sacas de café (contra 1.483.638 no mesmo período do ano passado), Estados Unidos, com 1.248.311 sacas (contra 1.193.366 em 2009), Itália com 700.409 (com queda em relação a 2009, quando comprou 788.086 sacas) e Japão, com 536.096 sacas (que em 2009 comprou 609.321 sacas no período).

Os principais portos de embarque foram Santos, com uma participação de 76,2% no volume embarcado (5.604.864 sacas), Vitória, com 11,5% (845.005), e o Rio de Janeiro, com 9,7% (713.957).
Fonte: Revista Cafeicultura

terça-feira, 6 de abril de 2010

Café tem maior preço em 2 meses

O café atingiu ontem a maior cotação em dois meses na bolsa de Nova York. Os contratos para entrega em maio, mais negociados, fecharam o pregão com alta de 1,64%, cotados a 139,65 centavos de dólar por libra-peso. Os preços foram puxados por compras de especuladores, ávidos por ativos de risco em dia de notícias positivas sobre a economia nos Estados Unidos.

Os fundamentos do mercado de café arábica também são considerados atraentes para os fundos que especulam com commodities. A oferta escassa de grãos de qualidade no mercado internacional, resultado de colheitas menores em vários países, cria um cenário favorável para a elevação dos preços - pelo menos até a colheita da próxima safra brasileira, a partir de maio. Nos últimos 30 dias, o café acumula valorização de 6,7% em Nova York - o melhor desempenho entre todos os mercados futuros agrícolas.

Apesar do ambiente favorável para as commodities, com a alta das bolsas de valores e o dólar mais barato, os preços do açúcar voltaram a cair em Nova York. O contrato para entrega em maio terminou o dia cotado a 16,40 centavos de dólar por libra-peso, um recuo de 1,8% em relação à última quinta-feira. O mercado de açúcar segue enfraquecido depois de acumular perdas superiores a 40% em dois meses, reflexo de um ajuste nas expectativas do mercado em relação à produção de Índia e Brasil.
Fonte: Revista Cafeicultura

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Por uma colheita segura

O agronegócio do café é a principal atividade econômica do Espírito Santo. A colheita do produto é o período que mais movimenta a economia dos municípios do norte capixaba e, também, a época que mais gera emprego temporário no Estado. É nessa ocasião que muitos trabalhadores de outras regiões vêm atrás de um emprego nos principais centros produtores. Porém, a violência chega junto com alguns deles que utilizam a oportunidade de trabalho para fugir da polícia e cometer crimes no campo e nas cidades. Os municípios precisam se prevenir para evitar que o período próspero da colheita não vire um tormento para a população.

Sooretama, terceiro maior produtor de conilon do Estado, é um dos municípios que registra aumento de violência durante o período da colheita de café. De acordo com o secretário municipal de agricultura, Alcino Silva, na época da colheita, por exemplo, há um aumento de roubos de motos e sequestros na cidade. “Muitos trabalhadores de outros Estados, como a Bahia, não voltam para a cidade de origem quando termina a colheita e ficam em Sooretama causando alguns transtornos”, diz

Existe uma preocupação em relação a segurança durante a colheita de café. Com altos índices de violência no campo registrado nos últimos anos, a situação em Sooretama chama a atenção das autoridades. O uso em excesso de bebidas alcoólicas favorece as confusões entre os trabalhadores. De acordo com Silva, a administração municipal ainda não tem um programa especifico para evitar os altos índices de violência no campo, mas pretende se movimentar. “Vamos, em parceria com a Polícia Militar, tomar alguma providencia que possa diminuir os casos de furtos, brigas e crimes no município. Aumentar o número de policiais na cidade na época da safra de café e orientar os produtores nas contratações. Temos que ter um controle sobre a situação”, afirma.

No município de Vila Valério, principal produtor da varidade conilon no Estado, os casos de violência durante a colheita acontecem de forma mais isolada. O presidente do Sindicato Rural da cidade, Nilson Izoton de Almeida, diz que os crimes só acontecem quando trabalhadores de fora chegam ao município já com algum indício ou sem intenção de trabalhar. “Mas os casos de violência são poucos. A maioria dos produtores contrata pessoas conhecidas, e essa é a principal orientação que damos para eles no período de colheita. Além disso, eles contam com pessoas de confiança nos lugares de contratação dos trabalhadores, como na Bahia e em Minas Gerais. Essas pessoas fazem a seleção de quem vai trabalhar na safra e procuram selecionar trabalhadores com boas referências”, explica.

Na hora de contratar os trabalhadores, segundo Izoton, a Polícia Militar puxa a ficha das pessoas para verificar se não existe nenhum indício criminal. “Isso já inibi os bandidos, que automaticamente vão embora. Quando os produtores percebem que alguns dos trabalhadores têm algo de errado, eles não contratam. O período da colheita em Vila Valério é tranquilo”, afirma.

Em Linhares, principal pólo econômico da região norte, algumas medidas já estão sendo tomadas para evitar os casos de violência. A Polícia Militar criou um policiamento específico para a época da colheita, é o policiamento rural. Segundo o tenente da 3ª Companhia Independente da PM, Rony Natali, esse método funciona há dois anos e colaborou para redução de crimes na cidade. “Antes, as reclamações dos agricultores sobre objetos, equipamentos, e até animais que sumiam na propriedade eram constantes. Depois que implantamos o policiamento rural, a quantidade de reclamações diminuiu”, afirma o tenente.

Tenente Rony Natali: atenção na hora de contratar

O policiamento ocorre nas propriedades rurais do município. Os policiais vão até o local e fazem o cadastramento dos trabalhadores. Além disso, eles orientam os produtores na hora da contratação. “Pedimos cuidado na hora de contratar alguém. Peçam referência da pessoa e procurem saber a origem do trabalhador, onde ele pode ser encontrado faça algo de errado”, salienta Natali.

Sistema semelhante foi criado em Jaguaré. Desde abril de 2006, uma campanha para diminuir a quantidade de casos de violência no município e impedir que bandidos de outras regiões se empreguem na cidade no período da colheita de café foi implantada na cidade: a Campanha Safra. O maior número possível de trabalhadores é cadastrado em um sistema de dados interligados ao Poder Judiciário, Ministério Público e as Polícias Civil e Militar. A iniciativa é do Conselho Municipal de Segurança de Jaguaré e possibilita investigar qualquer pendência criminal do cadastrado.

Segundo o presidente interino do Conselho, Edinardo Carminate, na última safra, o sistema cadastrou cerca de 624 trabalhadores. A medida tem colhido bons resultados. “Diminuiu o indício de assaltos e homicídios. A campanha está inibindo o crescimento da criminalidade em Jaguaré durante a colheita, quando milhares de trabalhadores chegam a cidade”, diz, lembrando que 80% dos contratados para a colheita são de outras regiões e estados.

Com a elaboração prévia da ficha do trabalhador é possível evitar contratações suspeitas. Em Jaguaré, já ocorreu casos de pessoas com mandados de prisão, ou casos de roubos e homicídio, serem identificadas no momento do cadastro. A campanha Safra pode ser adotada por qualquer agricultor e não é obrigatória. Para participar da campanha, o produtor deve ficar atento aos veículos de comunicação. Em março e abril, antes do início da safra, a campanha é divulgada nas rádios, TV e outros meios. A partir daí, o agricultor interessado pode procurar o Conselho de Segurança e levar os trabalhadores que serão contratados para a realização do cadastro no local. “É importante que o produtor adote o método. Isso pode contribuir para segurança da propriedade dele e da cidade em que mora”, recomenda Carminate.

Movimento pede paz no campo

Preocupado com a onde violência na zona rural do Estado, o Movimento Paz no Campo (MPC) vem lutando pela melhoria da segurança no interior. De acordo com o presidente do MPC, Edivaldo Permanhane, os casos de violência acontecem não só no período de colheita do café, mas o ano todo. “Na colheita aumenta um pouco, mas a insegurança é geral”, diz. Segundo ele, é preciso uma mudança na política de segurança para que o produtor consiga trabalhar com tranquilidade. “Ao invés de ficar vigiando só o meio ambiente, tem que vigiar é o produtor rural que não tem coragem nem de dormir na sua propriedade por causa da insegurança”, afirma Permanhane.
Fonte: Faes (Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo)