Problemas com o clima e com o preço preocupam agricultores capixabas, que começaram a fazer a colheita do grão.
Começou a colheita do café conilon no Espírito Santo, maior produtor nacional. Problemas com o clima e com o preço preocupam os agricultores.
O agricultor Bento José Debortoli já começou a colheita nos 13 mil pés de conilon que possui em São Gabriel da Palha, noroeste do Espírito Santo. Neste ano, o cafezal enfrentou uma seca intensa em um período muito crítico para a planta. É entre janeiro e março que acontece a granação, etapa em que o grão precisa de água para se desenvolver. Para tentar amenizar os impactos na qualidade do café, o seu Bento colhe somente o produto maduro.
“Com o verde tem um prejuízo na produção. O maduro tem um valor agregado melhor na qualidade”, explicou seu Bento.
A agricultora Fabrícia Ortolane também tentou driblar os efeitos do clima. Ela investiu nos tratos culturais e na renovação de parte da lavoura. São mais de 200 mil pés de conilon que receberam cuidados especiais por causa da falta de chuva. O trabalho da panha também já começou na propriedade.
“Muitas lavouras que não têm irrigação nós não conseguimos molhar. Nas que têm irrigação a seca foi um pouco forte e o sol muito quente, vai dar uma diminuída na colheita. A gente que não vai colher o que colheu no ano passado”, avaliou Fabrícia.
O produtor tem mesmo razão em estar preocupado. Até mesmo em lavouras que possuem irrigação sofrem com a falta de chuva. Nas que não possuem esse benefício o prejuízo é bem maior. A colheita em uma delas está praticamente toda comprometida.
“O produtor para fazer a atividade depende de água. O número de irrigantes é muito grande e produção de água na região é pequena. Como consequência o produtor não consegue colocar o volume de água ideal para a planta”, explicou o agrônomo João Luiz Perini.
O resultado de tanta carência de água é percebido na hora da comercialização. A Cooabriel, Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel da Palha, já recebeu 1,5 mil sacas da safra deste ano. Ainda é pouco, com menos de 1% do total. Com a qualidade ruim, o preço, que é considerado baixo, no caso do café melhor, está ainda pior.
“Eu ainda não sei onde o café vai chegar. Mas nós já estamos no fundo do poço. Nosso preço de café hoje não cobre os custos. Nós estamos trabalhando porque não temos opção”, falou José Colombi, vice-presidente da Cooabriel.
De acordo com o Centro de Pesquisas Econômicas da USP, os produtores estão recebendo uma média de R$ 156,00 pelo café conilon. Em abril do ano passado, este valor girava em torno dos R$ 200,00. Já o arábica subiu. Hoje sai por R$ 280,00 em média. No ano passado, valia R$ 260,00.
Começou a colheita do café conilon no Espírito Santo, maior produtor nacional. Problemas com o clima e com o preço preocupam os agricultores.
O agricultor Bento José Debortoli já começou a colheita nos 13 mil pés de conilon que possui em São Gabriel da Palha, noroeste do Espírito Santo. Neste ano, o cafezal enfrentou uma seca intensa em um período muito crítico para a planta. É entre janeiro e março que acontece a granação, etapa em que o grão precisa de água para se desenvolver. Para tentar amenizar os impactos na qualidade do café, o seu Bento colhe somente o produto maduro.
“Com o verde tem um prejuízo na produção. O maduro tem um valor agregado melhor na qualidade”, explicou seu Bento.
A agricultora Fabrícia Ortolane também tentou driblar os efeitos do clima. Ela investiu nos tratos culturais e na renovação de parte da lavoura. São mais de 200 mil pés de conilon que receberam cuidados especiais por causa da falta de chuva. O trabalho da panha também já começou na propriedade.
“Muitas lavouras que não têm irrigação nós não conseguimos molhar. Nas que têm irrigação a seca foi um pouco forte e o sol muito quente, vai dar uma diminuída na colheita. A gente que não vai colher o que colheu no ano passado”, avaliou Fabrícia.
O produtor tem mesmo razão em estar preocupado. Até mesmo em lavouras que possuem irrigação sofrem com a falta de chuva. Nas que não possuem esse benefício o prejuízo é bem maior. A colheita em uma delas está praticamente toda comprometida.
“O produtor para fazer a atividade depende de água. O número de irrigantes é muito grande e produção de água na região é pequena. Como consequência o produtor não consegue colocar o volume de água ideal para a planta”, explicou o agrônomo João Luiz Perini.
O resultado de tanta carência de água é percebido na hora da comercialização. A Cooabriel, Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel da Palha, já recebeu 1,5 mil sacas da safra deste ano. Ainda é pouco, com menos de 1% do total. Com a qualidade ruim, o preço, que é considerado baixo, no caso do café melhor, está ainda pior.
“Eu ainda não sei onde o café vai chegar. Mas nós já estamos no fundo do poço. Nosso preço de café hoje não cobre os custos. Nós estamos trabalhando porque não temos opção”, falou José Colombi, vice-presidente da Cooabriel.
De acordo com o Centro de Pesquisas Econômicas da USP, os produtores estão recebendo uma média de R$ 156,00 pelo café conilon. Em abril do ano passado, este valor girava em torno dos R$ 200,00. Já o arábica subiu. Hoje sai por R$ 280,00 em média. No ano passado, valia R$ 260,00.
Fonte: Notícias Agrícolas
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