O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, espera ainda para hoje (14) o comunicado oficial da direção da Bolsa de Nova York sobre o início das negociações com o café arábica, tipo lavado e semi-lavado, de melhor qualidade, do Brasil. No final da noite de de quarta-feira (13), o comitê da Bolsa de Nova York aprovou a medida, mas ela ainda não foi ratificada pela direção.
“A nossa avaliação é positiva, mas não podemos contar com isso antes de uma decisão oficial”, assinalou Rossi. Mesmo assim, o ministro afirmou que a medida terá efeitos positivos para o país e seus cafeicultores. “Será muito importante em termos de liquidez para mostrar um novo patamar de exportação. É até esquisito que um dos maiores exportadores de café no mundo ainda não esteja na Bolsa de Nova York”, disse ele, por telefone, à Agência Brasil.
Segundo o diretor do Departamento do Café do Mapa, Robério Silva, a Bolsa de Nova York colocou em consulta para os envolvidos no processo de comercialização, em abril, a possibilidade de negociação do café arábica brasileiro naquele mercado. Ele disse que 19 países já comercializam o produto na Bolsa de Nova York.
"Até uns cinco anos atrás, a nossa produção do café que podia ser aceita na Bolsa de Nova York era pequena", disse Silva, explicando o motivo do café brasileiro ainda não ser comercializado nos Estados unidos. Atualmente, segundo ele, a produção nacional do café de melhor está na faixa dos 3,5 milhões de sacas de 60 quilos, com potencial de aumentar nas próximas safras.
Caso a decisão seja oficializada, os brasileiros só poderão negociar sua produção na Bolsa de Nova York daqui a pelo menos 22 meses. "A partir da data de oficialização, há um período de adaptação. Além disso, temos contratos em aberto, embora em pequeno número, até março de 2013", explicou Silva.
Fonte: Revista Cafeicultura
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