As exportações brasileiras de café vão ser recordes neste ano. No ritmo em que as vendas externas seguem, o país deverá somar 32,5 milhões de sacas comercializadas no exterior, com valor superior a US$ 5,5 bilhões.
No ano passado, as exportações somaram 30,3 milhões de sacas, no valor de US$ 4,3 bilhões.
Guilherme Braga, diretor-geral do Cecafé (Conselho Brasileiro dos Exportadores de Café), diz que, se neste mês for mantido o ritmo de vendas de outubro (3,4 milhões de sacas), as exportações do país superarão 10 milhões de sacas apenas entre setembro e novembro.
E as previsões de Braga devem se confirmar, pois os mais recentes dados de exportações da Secex indicam receitas de US$ 616 milhões para este mês, valor próximo do recorde de US$ 638 milhões de outubro.
A maior presença do Brasil no mercado internacional se deve ao recuo das exportações de países tradicionais, como a Colômbia. Apesar da boa safra brasileira, os preços não tiveram tendência de baixa, segundo Braga. "A demanda sustentou [o preço]."
O executivo do Cecafé diz que o mercado mostra tendência de preços firmes para o café. Os chamados fundamentos de mercado são positivos: a demanda está aquecida, a oferta é menor e o consumo é crescente. Ele não acredita em grandes quedas nos preços do produto.
A alta de preços beneficia o produtor interno, já que 90% do valor FOB (Free On Board) das exportações são repassados internamente.
Apesar desse aumento, o produtor está perdendo a possibilidade de se capitalizar ainda mais.
Os custos internos, como mão de obra, são em reais -e vêm subindo. Já as receitas das exportações, em dólares, acabam sendo menores devido à valorização da moeda nacional.
Fonte: Folha de São Paulo
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