terça-feira, 16 de novembro de 2010

Encafé 2010: um novo tempo para o café no Brasil

O tema do evento neste ano foi "Um novo tempo para o café no Brasil"

Termina hoje em Natal (RN), o 18° Encafé, o grande encontro nacional das indústrias de café, realizado pela Abic. Em 2009, no 17º Encafé - Encontro Nacional das Indústrias do Café, na Bahia, a palestra motivacional esteve a cargo do alpinista Waldemar Niclevicz, 1º brasileiro a escalar o Everest e o K2, que mostrou, de forma emocionante, como as lições das grandes escaladas podem ajudar muito o setor empresarial. Para este 18º Encafé, que acontece de 12 a 16 de novembro no Centro de Convenções de Natal (RN), a lição virá do mar: a palestra será feita pelo navegador Vilfredo Schürmann, na segunda-feira (15/11), às 9 horas, no auditório Gov. Lavoisier Maia e é aberta aos congressistas e acompanhantes.

Vilfredo fez uma analogia entre os desafios enfrentados no mar com o mundo dos negócios, tendo a empresa como um veleiro e os colaboradores como tripulantes. O Capitão é formado em Economia, e foi proprietário de uma empresa de projetos industriais e consultor financeiro. Aos 35 anos de idade, trocou uma carreira bem-sucedida pelo prazer de desfrutar uma vida de aventuras, em seu próprio barco, junto com a família, navegando pelo mundo.

O evento, que teve como tema neste ano “Um novo tempo para o café no Brasil”, com início na sexta-feira (12), foi aberto por Nathan Herszkowicz, Diretor-Executivo da Abic (Associação Brasileira das Indústrias de Café) pronunciou depoimento em nome do Presidente da Associação, Almir Filho, que não pôde comparecer à cerimônia. Ele pontuou que a indústria tem vivido um grande paradoxo. "Há um grande aumento no consumo de café no Brasil, inovações em relação ao preparo do café, surgimento de novas casas de café e produtos novos de melhor qualidade e sustentáveis. Hoje a qualidade é o motor do crescimento do consumo," enfatizou.

Entretanto, Nathan comenta que a indústria tem sofrido com a baixa rentabilidade do negócio, impulsionada pela não valorização dos preços do café e alta nos custos de produção. "A pressão do varejo sobre a indústria pode ser outra explicação para a baixa rentabilidade".

Para enfrentar tais dificuldades, o caminho em direção da baixa qualidade acaba sendo a via para algumas empresas. Aí mora um grande problema: se há quem adquire esse café de baixa qualidade, com impurezas e grãos defeituosos, é por que há quem os produza e quem os comercialize.

O Diretor-Executivo acredita que a Abic e o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) devem impedir que esse tipo de ação contamine o agronegócio café.

A nova Instrução Normativa do Mapa (IN 16), que foi bastante discutida na 18ª edição do Encafé, é uma iniciativa muito importante que impedirá que esse tipo de produto seja comercializado.

Ainda segundo Nathan, o Encafé deve marcar a terceira onda da cafeicultura, com a melhora da qualidade do café do dia-a-dia do consumidor.

José Sette, Diretor-Executivo da Organização Internacional do Café (OIC), que também esteve presente na mesa de abertura, declarou que a Abic inspirou a OIC na promoção do consumo de café no mundo, e que o potencial de crescimento de consumo global é grande.
Fonte: Coffee Break

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