Os bons preços do café fino trouxeram alento para as regiões produtoras. É o caso do cerrado mineiro, onde a colheita está um pouco atrasada.
No cafezal do seu João Batista Montanari, em Patrocínio, no cerrado mineiro, a colheita começou há cerca de duas semanas. E ele só conseguiu retirar até agora perto de 20% da produção. No ano passado, ele já tinha feito o serviço em quase metade da lavoura.
“Nós tivemos que fazer uma colheita mais pré-liminar, mais o ponteiro do pé de café, para que a gente pudesse iniciar e ocupar o terreirão, que está vazio. O café está muito verde”, explicou seu João.
O seu João cultiva a variedade topázio, um cruzamento da variedade mundo novo com o catuaí amarelo. É um café que produz uma bebida muito boa para a exportação. Só que este ano colheita ainda não deslanchou porque o clima não ajudou a maturação dos frutos.
“Teve uma concentração de chuvas num período pequeno e diminuição nos meses seguintes, de janeiro, fevereiro. Então, isso deu uma diferenciação bem desuniforme da florada. A gente pode ver nos pés frutos muito verde, com pouco cereja e com um seco também nos ponteiros”, explicou a agrônoma Elisa Veronezi.
Para evitar colher mais frutos verdes, o produtor precisou fazer ajustes na colheitadeira. Marcelo Montanari trabalha com o pai. “Houve a necessidade de se retirar as varetas da parte interior da colhedeira. Depois, teve de fazer um ajuste diminuindo a vibração da máquina, aumentar a velocidade de trabalho e soltar os freios”, contou.
Com esse ajuste, a porcentagem de grãos verdes pôde ser reduzida de 20% para apenas 8%. O custo aumentará um pouco porque será necessário passar duas vezes a máquina no cafezal. Mesmo com essas dificuldades, o seu João está sorridente.
“A gente está animado por que o preço nosso de custo está mais o menos baseado em R$ 260 por saca. O preço que estamos alcançando hoje, com esse aumento, é de R$ 310. Está ótimo. Em vista do preço que a gente estava vendendo antes, está ótimo”, avaliou seu João.
De um mês para cá, o preço médio do café subiu perto de 20%. Segundo as cooperativas, isso tem a ver principalmente com a redução dos estoques no mercado interno.
“Em relação ao ano passado, nós estamos com um estoque 70% menor. No ano passado, nós estávamos com 180 mil sacas. Hoje, nós estamos com pouco mais de 60 mil sacas. Mas isso não é só uma realidade da nossa região do cerrado. Isso é realidade em quase todos os armazéns do Brasil. A safra está demorando a chegar. O mercado esperava que a safra adiantasse, mas ela demorou. Outra coisa é que os produtores já estão colhendo e vendendo, aproveitando essa alta do momento”, esclareceu o Joel de Souza, gerente da Expocaccer.
No Espírito Santo, a colheita do café conilon caminha pra etapa final. Já foi concluída em 80% das lavouras.
Fonte: Globo Rural
No cafezal do seu João Batista Montanari, em Patrocínio, no cerrado mineiro, a colheita começou há cerca de duas semanas. E ele só conseguiu retirar até agora perto de 20% da produção. No ano passado, ele já tinha feito o serviço em quase metade da lavoura.
“Nós tivemos que fazer uma colheita mais pré-liminar, mais o ponteiro do pé de café, para que a gente pudesse iniciar e ocupar o terreirão, que está vazio. O café está muito verde”, explicou seu João.
O seu João cultiva a variedade topázio, um cruzamento da variedade mundo novo com o catuaí amarelo. É um café que produz uma bebida muito boa para a exportação. Só que este ano colheita ainda não deslanchou porque o clima não ajudou a maturação dos frutos.
“Teve uma concentração de chuvas num período pequeno e diminuição nos meses seguintes, de janeiro, fevereiro. Então, isso deu uma diferenciação bem desuniforme da florada. A gente pode ver nos pés frutos muito verde, com pouco cereja e com um seco também nos ponteiros”, explicou a agrônoma Elisa Veronezi.
Para evitar colher mais frutos verdes, o produtor precisou fazer ajustes na colheitadeira. Marcelo Montanari trabalha com o pai. “Houve a necessidade de se retirar as varetas da parte interior da colhedeira. Depois, teve de fazer um ajuste diminuindo a vibração da máquina, aumentar a velocidade de trabalho e soltar os freios”, contou.
Com esse ajuste, a porcentagem de grãos verdes pôde ser reduzida de 20% para apenas 8%. O custo aumentará um pouco porque será necessário passar duas vezes a máquina no cafezal. Mesmo com essas dificuldades, o seu João está sorridente.
“A gente está animado por que o preço nosso de custo está mais o menos baseado em R$ 260 por saca. O preço que estamos alcançando hoje, com esse aumento, é de R$ 310. Está ótimo. Em vista do preço que a gente estava vendendo antes, está ótimo”, avaliou seu João.
De um mês para cá, o preço médio do café subiu perto de 20%. Segundo as cooperativas, isso tem a ver principalmente com a redução dos estoques no mercado interno.
“Em relação ao ano passado, nós estamos com um estoque 70% menor. No ano passado, nós estávamos com 180 mil sacas. Hoje, nós estamos com pouco mais de 60 mil sacas. Mas isso não é só uma realidade da nossa região do cerrado. Isso é realidade em quase todos os armazéns do Brasil. A safra está demorando a chegar. O mercado esperava que a safra adiantasse, mas ela demorou. Outra coisa é que os produtores já estão colhendo e vendendo, aproveitando essa alta do momento”, esclareceu o Joel de Souza, gerente da Expocaccer.
No Espírito Santo, a colheita do café conilon caminha pra etapa final. Já foi concluída em 80% das lavouras.
Fonte: Globo Rural
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