quinta-feira, 1 de julho de 2010

Libertado primeiro envolvido na Operação Broca

A decisão do juiz do Tribunal Regional Federal no Rio de Janeiro (TRF-2), Aluísio Mendes, segundo um dos advogados que atua no processo, foi estendida aos demais envolvidos na operação

Na noite desta quarta-feira (30), por volta das 23h, foi solto o primeiro detido por envolvimento na Operação Broca. Irineu Urbano da Silva, diretor da empresa cafeeira Custório Forza, recebeu um habeas corpus concedido pelo juiz do Tribunal Regional Federal no Rio de Janeiro (TRF-2), Aluísio Mendes, e deixou o Centro de Detenção Provisória, em Viana, ainda durante a noite.

A expectativa é que ainda nesta quinta-feira (01), chegue o alvará de soltura para os outros 23 denunciados. Nesta manhã, familiares e advogados dos acusados detidos na operação há um mês foram ao Centro de Detenção e não quiseram dar entrevistas.

A decisão do juiz do Tribunal Regional Federal no Rio de Janeiro (TRF-2), Aluísio Mendes, segundo um dos advogados que atua no processo, foi estendida aos demais envolvidos na operação que também foram detidos.

Com a decisão do TRF-2 todos os 23 denunciados que estavam com prisão preventiva decretada serão soltos. A expectativa é que de que nesta quinta, no decorrer do dia, todos os alvarás de soltura sejam expedidos pela Justiça Federal, em Colatina, e todos os detidos liberados.

Os nove denunciados na operação, que estavam em prisão temporária, foram soltos dias após a prisão.

Relembre a operação

A Operação Broca, desencadeada pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e Receita Federal está completando um mês. A ação revelou um esquema de obtenção de vantagens tributárias ilícitas por parte de empresas de exportação, torrefação e corretoras de café, que resultou em prejuízo superior a R$ 400 milhões aos cofres públicos, entre tributos sonegados e créditos gerados.

Os agentes envolvidos na operação cumpriram 74 mandados de busca e apreensão em Colatina, Domingos Martins, Linhares, São Gabriel da Palha, Viana, Vila Velha, Vitória e Manhuaçu (MG). O Espírito Santo é o segundo maior produtor brasileiro de café e o maior produtor nacional da variedade conilon. Executivos e empresários foram acusados de formação de quadrilha, estelionato, sonegação e falsidade ideológica.

As maiores e mais importantes empresas de exportação e torrefação do Estado estariam envolvidas na fraude, que utilizava empresas laranjas como intermediárias fictícias na compra do café dos produtores. Essas grandes empresas seriam as verdadeiras compradoras da mercadoria, mas, formalmente, apareciam as empresas laranjas, que tinham como única finalidade a venda de notas fiscais. Isso garantia a obtenção ilícita de créditos tributários.
Fonte: GazetaOnline

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