sexta-feira, 4 de junho de 2010

Polícia Federal ainda procura cinco acusados de fraude na venda do café

Cinco pessoas envolvidas na fraude de comercialização do café ainda estão foragidas. Nesta quinta-feira (03), a Polícia Federal não realizou novas prisões, mas as investigações para identificar os integrantes do esquema desaparecidos vão continuar nesta sexta-feira (04).

Na quarta-feira, mais de dez empresários presos na Operação Broca foram transferidos da carceragem da Polícia Federal (PF), em São Torquato, em Vila Velha, para a Casa de Custódia, localizada em Viana. As informações foram passadas por um agente da PF, de plantão no feriado. Ao todo, 29 pessoas, envolvidas no esquema, foram detidas.

A Operação Broca começou na última terça-feira com a intenção de desmontar um esquema de obtenção de vantagens tributárias ilícitas por parte de empresas de exportação e torrefação de café.

A operação tem sido um trabalho conjunto entre a Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público Federal. Segundo a delegada da Receita Federal, Laura Gadelha, depois do recolhimento de milhares de materiais, o órgão entrará agora na fase de análise dos documentos.

A fraude, identificada pela Receita Federal, resultou num prejuízo aos cofres públicos superior a R$ 400 milhões. Os executivos e empresários presos são acusados de formação de quadrilha, estelionato, sonegação, falsidade ideológica e crime contra a ordem tributária. Auditores do Fisco também estão em investigação por suspeita de participar do esquema.

Entre os detidos estão empresários, diretores e funcionários de empresas e corretoras de café. As investigações apontam que todos tinham conhecimento da fraude, que consistia em obter vantagens tributárias ilícitas de PIS e Cofins.

As maiores e mais importantes empresas de exportação e torrefação do Estado, que estão envolvidas na fraude, utilizavam empresas laranjas como intermediárias fictícias na compra do café dos produtores.

Essas grandes empresas seriam as verdadeiras compradoras da mercadoria, mas, formalmente, apareciam as empresas laranjas, que tinham como única finalidade a venda de notas fiscais. Isso garantia a obtenção ilegal de créditos tributários.
Fonte: GazetaOnline

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