segunda-feira, 7 de junho de 2010

Agronegócio. O melhor do campo chega à cidade grande

Nesta semana, a Praça do Papa, em Vitória, exibirá o melhor retrato do agronegócio capixaba. A Feira Estadual de Agroturismo Sabores da Terra é uma oportunidade para os moradores dos centros urbanos conhecerem o potencial da área agrícola e também comprarem o que é produzido no campo, diretamente dos produtores, sem a figura do atravessador.

Na feira, que será realizada entre 10 a 13 de junho, de quinta a domingo, estarão representadas as principais cadeias produtivas do agronegócio e do agroturismo locais. Cerca de 500 produtores de diferentes segmentos agrícolas estarão expondo seus produtos em espaços que serão denominados de “ilhas”.

“O melhor da zona rural do Espírito Santo estará na feira. Lá estarão as propriedades que produzem, que preservam o meio ambiente, que geram renda. Lá estará o melhor resultado da agricultura feita com ações sustentáveis”, destaca o secretário estadual de Agricultura, Enio Bergoli.

A gerente de Atendimento em Agronegócio do Sebrae, Letícia Toniato Simões, explica que os parceiros do evento pensaram em levar o campo, o rural do Estado, para dentro da cidade. “Vamos mostrar o que temos na área rural, e como a feira acontecerá em Vitória, vamos montar “ilhas” específicas de produtos ou atividades para homenagear a Capital do Estado”.

Os itens que formarão as ilhas específicas são: café, cachaça, mel, produtos orgânicos, frutas e vinhos, pecuária, suínos e aves, artesanato, flores, agroturismo e manifestações culturais. Para os visitantes, a feira terá exposição, degustação e comercialização de produtos agroindustriais, como doces, queijos, iogurtes, geleias, bolos, biscoitos, artesanato, pães, defumados, embutidos, bebidas e flores.

O agroturismo, lembra Bergoli, é uma atividade que aproveita o potencial dos produtos da propriedade e reproduz renda e emprego no campo. Além de contribuir para manter as pessoas no meio rural, o agroturismo é um importante gerador de crescimento econômico dentro das atividades não-agrícolas.

Receita

Hoje, existem poucos estudos, no Estado, sobre a repercussão das atividades não-agrícolas. Dados do IBGE apontam que a receita bruta das atividades não-agrícolas era de R$ 23 milhões, em 2006. Hoje já passa dos R$ 30 milhões. O mesmo estudo aponta que, em 2006, 2.084 estabelecimentos rurais se declararam como de atividades não-agrícolas.

Após um comparativo entre um município onde o agroturismo está bem desenvolvido e outro que ainda não está bem estruturado, dá para se ter ideia de como as atividades não-agrícolas contribuem para ampliar a renda no meio rural. No ano de 2006, os 35 estabelecimentos de atividades não-agrícolas geraram R$ 2,35 milhões de renda bruta, ou seja, R$ 67,1 mil por ano para cada estabelecimento.

No mesmo ano, os 10 estabelecimentos de atividades não-agrícolas de Pinheiros geraram R$ 22 mil de renda bruta, ou seja, R$ 2,2 mil de receita adicional por cada estabelecimento. Em 38 municípios do interior, as atividades não-agrícolas estão em desenvolvimento. Em dez deles, entretanto, essas atividades são bem expressivas na geração de emprego e renda.
Fonte: Jornal A Gazeta

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