Perto de entrar para a seleta lista de cafés enquadrados no contrato "C" da bolsa de Nova York - o que permitiria a entrega física do produto, como já ocorre com os cafés colombianos e de outros importantes produtores -, o grão brasileiro está cada vez mais valorizado na bolsa americana.
Historicamente negociado com um deságio de quase 10% em relação ao valor de referência da bolsa, em maio, o desconto sobre o café brasileiro foi de 5,7%. Essa é a menor diferença em 16 meses.
Dados da Organização Internacional do Café (OIC) revelam que o deságio aplicado sobre o café brasileiro diminuiu 10,5% em maio. Enquanto em abril a penalização foi de 8,66 centavos de dólar por libra-peso, no mês passado esse valor caiu para 7,76 centavos, a menor diferença registrada desde dezembro de 2008.
O diferencial entre a cotação da bolsa e o preço do café brasileiro vem sistematicamente diminuindo desde dezembro passado, devido à quebra da safra colombiana e ao aumento da demanda pelo produto brasileiro no mercado internacional. No mês passado esse diferencial voltou a recuar com a valorização de 1,3% no preço médio do café nacional, apesar da alta de 0,5% no valor em Nova York.
Nem mesmo o início da colheita de uma das maiores safras do país, que poderia pressionar cotações, tem sido suficiente para limitar a alta do produto nacional, que foi negociado a uma média de US$ 1,216 por libra-peso em maio, segundo patamar mais elevado do ano. Já o preço médio na bolsa subiu para US$ 1,3508 por libra-peso, também o segundo mais alto de 2010.
"O diferencial entre os preços apertou e pode continuar diminuindo, caso não ocorra uma volta alta nos preços de Nova York. Além de o peso da safra brasileira ainda não ter aparecido, na América Central a disponibilidade é praticamente zero", afirma Rodrigo Costa, operador da corretora Newedge, de Nova York.
Para Eduardo Carvalhaes, diretor do Escritório Carvalhaes, de Santos (SP), a safra brasileira não foi adiantada como se esperava e as chuvas na América Central prejudicaram ainda mais a produção da região. "A procura por cafés bons para entrega imediata está grande, o que faz os diferenciais ficarem cada vez mais estreitos", afirma Carvalhaes.
O reconhecimento do mercado da qualidade do café brasileiro fez com que a própria ICE Futures decidisse reabrir as discussões sobre aceitar o produto no contrato "C". Essa solicitação foi feita pelo Brasil em 2004 e estava engavetada, apesar da conclusão da própria bolsa de Nova York de que não havia base técnica para que o café despolpado brasileiro tivesse um deságio mais acentuado do que o produto de outras regiões. A bolsa, aliás, sugeriu que um diferencial adequado estaria entre 4 a 6 centavos.
Fonte: Valor Econômico
Historicamente negociado com um deságio de quase 10% em relação ao valor de referência da bolsa, em maio, o desconto sobre o café brasileiro foi de 5,7%. Essa é a menor diferença em 16 meses.
Dados da Organização Internacional do Café (OIC) revelam que o deságio aplicado sobre o café brasileiro diminuiu 10,5% em maio. Enquanto em abril a penalização foi de 8,66 centavos de dólar por libra-peso, no mês passado esse valor caiu para 7,76 centavos, a menor diferença registrada desde dezembro de 2008.
O diferencial entre a cotação da bolsa e o preço do café brasileiro vem sistematicamente diminuindo desde dezembro passado, devido à quebra da safra colombiana e ao aumento da demanda pelo produto brasileiro no mercado internacional. No mês passado esse diferencial voltou a recuar com a valorização de 1,3% no preço médio do café nacional, apesar da alta de 0,5% no valor em Nova York.
Nem mesmo o início da colheita de uma das maiores safras do país, que poderia pressionar cotações, tem sido suficiente para limitar a alta do produto nacional, que foi negociado a uma média de US$ 1,216 por libra-peso em maio, segundo patamar mais elevado do ano. Já o preço médio na bolsa subiu para US$ 1,3508 por libra-peso, também o segundo mais alto de 2010.
"O diferencial entre os preços apertou e pode continuar diminuindo, caso não ocorra uma volta alta nos preços de Nova York. Além de o peso da safra brasileira ainda não ter aparecido, na América Central a disponibilidade é praticamente zero", afirma Rodrigo Costa, operador da corretora Newedge, de Nova York.
Para Eduardo Carvalhaes, diretor do Escritório Carvalhaes, de Santos (SP), a safra brasileira não foi adiantada como se esperava e as chuvas na América Central prejudicaram ainda mais a produção da região. "A procura por cafés bons para entrega imediata está grande, o que faz os diferenciais ficarem cada vez mais estreitos", afirma Carvalhaes.
O reconhecimento do mercado da qualidade do café brasileiro fez com que a própria ICE Futures decidisse reabrir as discussões sobre aceitar o produto no contrato "C". Essa solicitação foi feita pelo Brasil em 2004 e estava engavetada, apesar da conclusão da própria bolsa de Nova York de que não havia base técnica para que o café despolpado brasileiro tivesse um deságio mais acentuado do que o produto de outras regiões. A bolsa, aliás, sugeriu que um diferencial adequado estaria entre 4 a 6 centavos.
Fonte: Valor Econômico
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