terça-feira, 15 de junho de 2010

Café é alvo de especulação

Os preços dos contratos de café no mercado futuro internacional sobem há três dias. A alta reflete a escassez física da commodity e dá margem a especulações nas apostas de preços para o café robusta na Bolsa de Londres. O contrato para setembro fechou segunda-feira com valorização de 2,23%, e o para novembro, de 1,96%. Na sexta-feira passada, a alta dos contratos chegou a 6%.

Diretor geral do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Guilherme Braga explica que o preço do café físico vem crescendo há alguns meses em função da escassez da produção na América Central e, principalmente, na Colômbia. “Agora, as cotações nas bolsas estão se aproximando dos preços físicos”, aponta.

Eduardo Carvalhaes, especialista em mercado de café do Escritório Carvalhaes, lembra que os estoques do grão vêm caindo no mundo nos últimos anos, e a dependência da safra será muito grande agora.

– Os especuladores começam a perceber isso – destaca Carvalhaes. – Não está faltando café, mas também não está sobrando. E o consumo mundial só aumenta.

A produção de café tem como característica a bienalidade, ou seja, um ano de grande safra seguido de um ano de safra menor.

Primeiro produtor e segundo consumidor mundial de café, o Brasil industrializou 18,39 milhões de sacas em 2009, 4,15% a mais do que no ano anterior, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). A previsão para este ano é que o consumo interno cresça 5%, para 19,31 milhões de sacas.

O Brasil está atrás apenas dos Estados Unidos, que consomem de 20 a 21 milhões de sacas/ano. Mas o consumo interno brasileiro é o que mais cresce.
Fonte: Jornal do Brasil

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