segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Café: preços fecham a semana em alta com influência do dólar

Dia positivo para o café e commodities em geral. O dólar fraquíssimo frente outras moedas foi o principal causador deste movimento. NY fechou com alta de 0,54%, BMF com alta de 1,20% e Londres com alta de 0,87%. Novamente não tivemos notícias de destaque. Mais uma vez foi o mais do mesmo, com Luis Genaro da Federação Nacional de Produtores da Colômbia dizendo hoje em uma conferência em Bogotá que a safra do ano que vem será bem fraca, em torno de 8,5 milhões de sacas, devido aos problemas climáticos.

No Brasil as exportações de café devem gerar receita recorde em 2010. Com os problemas que Colômbia, América Central, Vietnã e outros passaram, o Brasil ficou como um dos poucos fornecedores mundiais. Graficamente na BMF fechou abaixo da resistência em 247,00, um sinal baixista. Em NY não conseguiu romper a LTB e no fechamento recuou fortemente, também outro sinal de baixa. Então podemos ter uma abertura na semana que vem um pouco mais negativa. Porém o tom mesmo será dado pela movimentação da moeda americana e dos outros mercados de commodities. Se o dólar continuar com o movimento de baixa visto hoje o café ficará firme.
Fonte: XP Agro

Após assumir Café Damasco, americanos demitem 150

A empresa norte-americana Sara Lee assume a administração da Café Damasco, em Curitiba, com a demissão de cerca de 150 funcionários. De acordo com informações do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Bebidas, Café e Alimentação de Curitiba e Região Metropolitana (Sindibebidas), o comunicado das demissões foi realizado ontem de manhã.

De acordo com o presidente do sindicato, Antonio Sérgio Farias, foi processado todo o estoque de café existente na fábrica. Ele desconfia que esta atitude tenha sido tomada talvez com o objetivo de parar a atividade industrial. Segundo ele, a empresa deve pagar todas as rescisões dos funcionários que começam a ser realizadas hoje, segunda-feira (6). “Se soubéssemos disso antes, teríamos feito um manifesto”.

Farias disse que, apesar de a venda ter sido anunciada só na última segunda-feira, o acordo já estava fechado há dez dias. “Fizeram tudo em sigilo para não fazermos protestos”. Segundo ele, a fábrica não tinha muita rotatividade de funcionários. O salário médio para os trabalhadores da linha de produção é de R$ 800. O sindicalista informou ainda que os salários e o depósito do FGTS até o momento estavam em dia. Ele disse que a Sara Lee contratou uma empresa para fazer a recolocação dos funcionários no mercado de trabalho, mesmo assim o sindicato pretende negociar mais algum benefício para os demitidos. “Não sabemos se a fábrica vai voltar a funcionar”, declarou.

Um dia antes das demissões, o porta-voz mundial da Sara Lee, Ernersto Duran, informou à FOLHA que, entre as decisões tomadas pela empresa, não havia o que resultasse na demissão de funcionários. Ele afirmou que a empresa vê essa aquisição como um investimento para ajudar todas as grandes marcas da companhia de café (Pilão, Caboclo e Moka) tornarem-se disponíveis para mais consumidores em todo o território nacional. Segundo ele, a compra da empresa paranaense permite que a Sara Lee se beneficie da força de vendas da Damasco e de sua rede de distribuição no Sul do País.

Ontem, em comunicado oficial, a Sara Lee informou que, como parte da incorporação dos negócios da Café Damasco, concluiu os estudos de reestruturação do quadro de funcionários. Esclareceu ainda que a empresa oferecerá aos funcionários desligados o suporte necessário para auxiliá-los em sua recolocação no mercado de trabalho, sendo observadas todas as regulamentações e procedimentos locais exigidos.

As vendas líquidas totais da Damasco em 2009 foram de R$ 100 milhões. A Sara Lee Corporation tem vendas anuais de aproximadamente US$ 11 bilhões, dos quais aproximadamente US$ 3,2 bilhões vêm da unidade de negócios de bebida internacional, ou seja, principalmente o café.
Fonte: Folha de Londrina/Andréa Bertoldi

Embrapa Café avalia produção de mudas por clonagem em larga escala

A produção de clones é de grande valia no processo de melhoramento genético do café

O pesquisador da Embrapa Café Carlos Henrique S. Carvalho está coordenando um estudo inédito na cafeicultura brasileira: o projeto produção de mudas clonais em larga escala de café arábica com resistência ao bicho-mineiro do cafeeiro (Leucoptera coffeella) e à ferrugem (Hemileia vastatrix), boa qualidade de bebida e alta produtividade. O objetivo é avaliar a viabilidade econômica da tecnologia medindo os custos de produção industrial em todo o processo de produção. A iniciativa é realizada em parceria com a Fundação Procafé.

“A previsão é que, no final de 2011, se inicie a distribuição de mudas clonadas aos produtores e cooperativas de Minas Gerais e de outras regiões produtoras, que têm dado grande apoio aos estudos. Após o plantio, a pesquisa entra em outra etapa: a avaliação da adaptação e do comportamento agronômico das plantas selecionadas. A nossa expectativa é de que a produção em larga escala seja vantajosa economicamente para todos os envolvidos na cadeia produtiva, agregando ainda mais valor ao produto”, explica o pesquisador.

Clonagem e suas vantagens – As mudas clonadas de plantas de café são produzidas por meio do uso de biorreatores semelhantes ao equipamento desenvolvido pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília-DF), instituição participante do Consórcio Pesquisa Café. O biorreator participa de uma etapa importante no processo de produção de mudas clonais reduzindo o custo de produção e otimizando o processo.

“Um dos grandes benefícios dessa pesquisa é a garantia de produção de mudas de alto valor agronômico, conferindo mais competitividade para o café brasileiro no mercado nacional e internacional. Ao se produzir cafeeiros resistentes a pragas e doenças, o uso de agroquímicos diminui expressivamente, o que tem implicações positivas no equilíbrio do meio ambiente e na saúde do consumidor. Em um contexto de valorização dos preços da commodity e de aumento do consumo no Brasil e no exterior do produto, a produção industrial de mudas de forma sustentável - econômico social e ambientalmente - é promissora. Pode-se dizer que a produção de clones representa uma ferramenta muito valiosa para o processo de melhoramento genético do café e mantém o Brasil na vanguarda das pesquisas cafeeiras”, completa Carlos Henrique.

Segundo o pesquisador, outra vantagem da tecnologia de seleção de plantas matrizes de grande importância agronômica e produção de mudas clonadas é a redução para um terço do tempo convencional no processo de desenvolvimento de cultivares de café arábica, que por outras técnicas chega a atingir cerca de 30 anos para chegar ao campo. “A técnica de reprodução por clonagem é considerada a mais adequada alternativa para a multiplicação de plantas híbridas em larga escala. Em breve, com a validação em larga escala, a multiplicação do material poderá ser feita em biofábricas ou em cooperativas”.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), por demanda do Polo de Excelência do Café (PEC/Café), é uma das instituições que apóiam financeiramente o projeto, além da Fundação de Apoio à Tecnologia Cafeeira (Fundação Procafé), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), CIRAD e do Consórcio Pesquisa Café. A pesquisa também conta com o apoio imprescindível de cooperativas e de produtores de regiões produtoras.
Fonte: Asscom Embrapa Café

Nova York: Preços do café trabalham com baixa volatilidade

Na bolsa de Nova York, os futuros do café arábica operam com pouco volume de negócios e baixa volatilidade. As cotações se mostram firmes em torno dos 200 cents/lb para o vencimento em março.

Agentes de mercado estão atentos e cautelosos em relação às questões econômicas atuais na Europa, sobre as dúvidas de recuperação dos Estados Unidos e a alta da taxa de juros na China.

Mas, fundamentos como a safra menor prevista para o próximo ano no Brasil, o frio que se aproxima no hemisfério norte e o clima não favorável na América Central, Vietnã e Colômbia, por exemplo, dão sustentação aos preços.

Às 14h46, horário de Brasília, o vencimento dezembro era cotado a 204,50 centavos de dólar por libra-peso, com alta de 110 pontos. Já o julho, tinha alta de 465 pontos, valendo 209,30 cents.
Fonte: Notícias Agrícolas

Atrasos em portos no país ultrapassam 70 mil horas

Os atrasos nos embarques e desembarques nos 17 principais terminais de contêineres do país ultrapassaram 72 mil horas entre janeiro e setembro deste ano, de acordo com levantamento realizado pelo Centronave (Centro Nacional de Navegação), entidade que representa as empresas do setor.

A retomada do comércio exterior após a crise expôs as deficiências de infraestrutura, causa do problema de atrasos e cancelamentos, segundo o Centronave.

O movimento cresceu 17,5% nos primeiros nove meses deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. O Centronave estima que serão necessários aproximadamente R$ 40 bilhões de investimentos nos próximos anos para a modernização dos portos e a eliminação dos gargalos.

No maior terminal de contêiner do país, o Santos Brasil, as escalas efetivadas recuaram de 803 para 705 devido ao aumento das horas de espera e dos atrasos nos embarques e desembarques. No terminal de contêineres de Paranaguá foram registrados 220 cancelamentos de escalas, um aumento de 220% em relação ao ano passado, provocado por atrasos e congestionamentos em outros portos.

No porto de São Francisco do Sul (SC), os cancelamentos saltaram de 4 para 14, de acordo com o estudo do Centronave. Em Rio Grande (RS), de 62 para 136. No Tecondi, também em Santos, o número de cancelamentos passou de 1 para 12 no período.
Fonte: FOLHA DE S. PAULO

MG: Assembleia debate fortalecimento da política para o café

As audiências públicas que discutirão a proposta de criação do Fundo Estadual do Café e do Projeto Minas Leite e do Polo de Excelência de Leite e Derivados já têm data marcada para acontecer: 13 de dezembro. Ambas acontecerão no auditório da Assembleia nos turnos da manhã e tarde, respectivamente e foram propostas do presidente da Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado estadual Antônio Carlos Arantes.

O parlamentar é conhecido por ter inúmeras ações em prol dos interesses do homem do campo. Durante uma reunião com o governador Antônio Anastasia, por exemplo, que aconteceu recentemente, o deputado Antônio Carlos e o deputado federal Carlos Melles pediram apoio ao Governo do Estado no sentido de fortalecer o café e o leite em Minas Gerais.

Para participar da audiência que envolve o café, serão convidados o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gilman Viana Rodrigues; o presidente da Frente Parlamentar do Café, deputado federal Carlos Melles; a secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena; o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais, Vilson Luiz da Silva; o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), Roberto Simões; o presidente da Comissão Nacional do Café (CNA), Breno Pereira de Mesquita; e o presidente da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater), Antônio Lima Bandeira.

Já para a audiência que discutirá o projeto Minas Leite, serão chamados também o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Supeior, Alberto Portugal; o gerente geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Duarte Vilela; o gerente executivo do Polo de Excelência do Leite e Derivados, Geraldo Alvim Dusi; e o diretor do Departamento de Agronegócios do Banco do Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Fernando Lage.

O deputado está otimista com a realização das duas audiências. “Um dos nossos compromissos de campanha era provocar estas discussões em torno do café e do leite, precisamos dar a condição de o produtor trabalhar com capacidade de lucro, gerando, assim, emprego e renda e proporcionar a ele e sua família uma condição digna e estímulo para continuar no campo”, finalizou.

Fonte: Asscom deputado estadual Antônio Carlos Arantes/ Ricardo Gandra

Mercado de café pela manhã - 06/12/10

Nesta manhã, o mercado de café arábica em Nova Iorque trabalha cotado a 204,75 com 5 pontos de queda e range entre 204,00 e 205,00, base mar/11.

Trabalhando basicamente em movimento inalterado, a cotação do café nesta manhã de segunda-feira vem apresentando leve depreciação, mostrando num range de 100 pontos desde sua abertura, um moderado acompanhamento de certa depreciação do euro frente ao dólar.

Na sessão de hoje desceram 46 canudos, totalizando no acumulado do período 440 canudos. Mercado trabalha com suporte a 204,00/202,15/200,05 e resistência de 205,00/207,45/ 208,25.

De acordo com a Cecafé, os embarques de deze mbro (de 01 a 02) somam 48.770 sacas, uma variação positiva de 7,7% em relação ao mesmo período do mês anterior.

Volume: 481 (às 8:10 AM)
Fonte: Revista Cafeicultura

Governo inicia capacitação de degustadores de café

Trinta profissionais serão habilitados pela Universidade Federal de Viçosa

O primeiro Curso de Atualização de Classificadores de Café Grão Cru será realizado no período de 4 a 15 de janeiro de 2011, em Minas Gerais. A iniciativa, que envolve os departamentos de Inspeção de Produtos Vegetais e do Café do Ministério da Agricultura, qualificará 30 classificadores como degustadores de café torrado e café torrado e moído na Universidade Federal de Viçosa.

Os profissionais habilitados, ligados a empresas credenciadas pelo Ministério da Agricultura, classificarão os produtos segundo o novo Padrão Oficial de Classificação do Café Torrado e Moído, publicado na Instrução Normativa nº 16, de maio de 2010, que vai vigorar em fevereiro de 2011. “O objetivo do curso é preparar os técnicos para classificar o grão de café cru (matéria-prima) e habilitá-los em degustação dos outros dois tipos do produto torrado”, explica o coordenador de Qualidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Fábio Florêncio.

O novo padrão será uma ferramenta importante para o controle de qualidade do produto, com critérios para limite de umidade, matérias estranhas, impurezas e prova da xícara, que consiste na degustação do produto para verificar as características sensoriais do café, como aroma, sabor, fragrância, nível de acidez, amargor ou se a bebida é encorpada, mais densa. “Essa iniciativa tende a eliminar problemas, como misturas de outros grãos, uma vez que todas as indústrias de torrefação serão obrigadas a classificar café de acordo com o padrão do governo”, ressalta o coordenador.

Segundo Fábio Florêncio, o governo promoverá outros cursos para atualização dos técnicos e formação de classificadores e degustadores de café torrado e torrado e moído. “A expectativa é capacitar 340 profissionais até o final de 2011”, afirma.

A partir de fevereiro, o café produzido no Brasil ou o importado poderá ter, no máximo, 1% de impurezas. A presença de umidade no grão torrado ou moído não poderá ultrapassar 5%. Serão observados ainda o estado de conservação do produto, aparência, odor e informações de rotulagem, como nome de fabricante, lote, prazo de validade e país de origem, quando for o caso.
Fonte: Mapa/ Leilane Alves

Chuva volta para a zona da Mata, mas continua nas demais áreas de café

Chuva continua nesta segunda-feira, sol aparece em Sergipe e Pernambuco

Segundo a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as chuvas continuam nessa segunda feira, 6 de dezembro, nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte. Pode chover com mais intensidade no extremo oeste de Santa Catarina, oeste e noroeste do Paraná, oeste e norte de São Paulo, em Minas Gerais, áreas de serra do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.

O Inmet prevê chuva também no oeste da Bahia, sudoeste do Piauí, sul do Maranhão, em Tocantins, sul e oeste do Pará, Amapá, Roraima, Amazonas, norte do Acre e de Rondônia, centro-leste de Mato Grosso do Sul e em Mato Grosso. Para o Nordeste está prevista chuva na Paraíba, litoral do Rio Grande do Norte e do Ceará. Nas demais áreas da região, o sol aparece entre nuvens.

Um quadro típico de verão já pode ser observado sobre o cinturão produtor de café. O calor e presença de umidade proveniente da Amazônia causam pancadas de chuva típicas da estação, ou seja ocasionalmente fortes e concentradas no período da tarde. Nessa semana, as áreas de instabilidade se espalham sobre o Sudeste e passam a atingir também o norte dessa Região, o que leva chuva para a zona da Mata. Na segunda metade da semana, as chuvas atingem também o Estado da Bahia.

SÃO PAULO

As condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, em areas isoladas no Litoral Norte, com trovoadas e rajadas de ventos ocasionais, no período entre 00:00h, do dia 06/12/2010, às 24:00h, do dia 06/12/2010.

MINAS GERAIS

As condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com trovoadas e rajadas de vento ocasionais EM ÁREAS ISOLADAS no NOROESTE, NORTE, NORDESTE, LESTE e CENTRO do estado, no período entre 00:00h, do dia 07/12/2010, às 24:00h, do dia 07/12/2010.

As condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com trovoadas e rajadas de ventos ocasionais em áreas isoladas no NOROESTE, NORTE, CENTRO, SUL, TRIÂNGULO MINEIRO e ZONA DA MATA, no período entre 00:00h, do dia 06/12/2010, às 24:00h, do dia 06/12/2010.

RIO DE JANEIRO

As condições meteorológicas sao favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com rajadas de ventos ocasionais em áreas isoladas do estado, no período entre 17:00h, do dia 05/12/2010, às 23:00h, do dia 06/12/2010. Com informações do SOMAR, INMET e MAPA
Fonte: Revista Cafeicultura

Mito: tomar café alivia os sintomas da asma?

A cafeína é conhecida mais como uma bebida estimulante do que um remédio caseiro, mas por anos os cientistas se perguntam se a cafeína pode trazer benefícios para pessoas com asma.

A suspeita deriva em parte de sua estrutura química, que se parece com a da teofilina, um remédio comum para a asma que relaxa os músculos das vias aéreas e alivia a respiração ofegante, falta de ar e outros problemas respiratórios. De fato, quando a cafeína é ingerida e decomposta pelo fígado, um derivado são pequenas quantidades de teofilina.

Num estudo de 2007 publicado no "Cochrane Database of Systematic Reviews", os pesquisadores coletaram e analisaram os resultados de meia dúzia de testes clínicos, observando os efeitos da cafeína sobre os asmáticos. Eles descobriram que a cafeína produzia pequenas melhoras na função das vias aéreas por até quatro horas, em comparação a um placebo, e que até mesmo uma pequena dose – menos que a quantidade presente numa xícara de café do Starbucks – poderia melhorar a função pulmonar por até duas horas.

Em outras palavras, uma xícara de café ou chá forte pode oferecer algum alívio momentâneo.

Mas as melhorias são muito leves, como mostram estudos – certamente não suficientes para que a cafeína substitua a medicação. O outro problema é que, devido a suas similaridades químicas, consumir cafeína demais pode aumentar qualquer efeito colateral da teofilina. Como resultado, os médicos recomendam que as pessoas que tomam a medicação prestem atenção ao seu consumo de café, chá, chocolate e outros alimentos com cafeína.

Conclusão: os benefícios da cafeína para a asma são reais, porém mínimos.
Fonte: The New York Times/ Tradução: Gabriela d'Ávila

Café produzido na Fazenda São Gabriel é vendido na França

A fazenda São Gabriel é centenária e está com a família de Mariângela Taramelli Francisco desde 1968. A EPTV conversou com ela sobre a história da fazenda.

EPTV - Como vocês descobriram que esta região poderia dar um café com tanta qualidade?
Mariângela - Na verdade o município é uma referência de cafés de qualidade, e meu pai era comprador de café, ele intermediava os produtores e as exportadoras. Na época de 1968 ele resolveu investir realmente na produção e começou a comprar os pedaços de terra, comprou um sítio de 24 alqueires, todos escolhidos a dedo e formou as fazendas a partir desse sítio.

EPTV - E porque o café aqui é bom?
Mariângela - Porque aqui é o terroir do café, pedaço de terra onde tem a melhor condição para produção de alguma planta, aqui no caso, do café. E é considerado um terroir porque estamos a mais de 1000 metros de altitude. Existe um estudo de 30 anos do Instituto Agronômico, que viu que aqui não tem déficit hídrico, a temperatura média anual é 20º, então é um lugar propício para o café. Por mais que esteja calor durante o dia , de noite a temperatura cai bruscamente, então isso é uma coisa saudável para a lavoura.

EPTV - Como foi participar da seleção para comercializar o café de vocês em uma loja da França?
Mariângela - Em 2005 teve o ano do Brasil na França, uma homenagem que fizeram aos brasileiros, e fomos procurados pela Apex, Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos, e ela queria um café de cada região brasileira para participar desses eventos na França, e no estado de São Paulo nós fomos os escolhidos.

EPTV - Essa história da França é mais que uma premiação, é uma escolha entre muitos?
Mariângela - Existe uma boutique em Paris, de produtos de alta gastronomia, eles tem 30 lojas e a mais tradicional está fazendo 140 anos. Eles resolveram, para comemorar essa data, escolher no mundo 40 produtos que eles classificam excepcionais, entre frutas, doces, geléias, vinhos , queijos, e inclusive, o café, eles entraram em contato conosco e disseram que estavam em busca de um café bourbon amarelo, que tivesse uma história e que para eles fosse excepcional. Mandei amostras de café verde, torrado e moído, foi um trabalho delicado, de Março até Agosto, eles pediram para delimitar a área de exclusividade deles, coloquei até uma placa para isso, e foram acompanhando tudo. Em Agosto eles avisaram que dos cafés que tinham sido selecionados, nós tinhamos sido escolhidos e eles precisariam da história da minha família. Contei para eles que sou neta de imigrantes italianos, que meu avô trabalhou na lavoura do café e meu pai também colheu café quando menino.

EPTV - Vocês também ganharam um prêmio em São Paulo este ano?
Mariângela - A fazenda São Caetano ganhou, que é junto aqui, mas é do meu irmão, ele mandou uma amostra de café cereja descascado e foi o campeão aqui do município.

EPTV - Cereja descascado é quando se colhe o café vermelho?
Mariângela - Sim, vermelho, e tira a casca dele ainda naqule estágio de maturação, de cereja, e ele fica com aquele mel.

EPTV - E o que isso ajuda na bebida?
Mariângela - Melhora muito a bebida do café, fica muito mais suave, adocicado, porque o mel está concentrado no grão.

EPTV - E isso dá mais trabalho, a colheita fica mais cara?
Mariângela - Dá mais trabalho, a colheita fica mais cara e ele custa muito mais caro para quem quer adquirir, em média de R$ 100 a mais a saca.

EPTV - Quantos prêmios vocês já ganharam?
Mariângela - Já ganhamos vários prêmios nas fazendas e na nossa torrefação, mais de 20.

EPTV - Falando sobre a qualidade do café, tema da nossa enquete, quanto tempo a senhora acha que vai demorar para o café de qualidade chegar à mesa da maioria dos brasileiros?
Mariângela - Acho que vai levar algum tempo ainda, mas já existem safras especiais, cafés gourmets, em muitas lojas o consumidor já encontra esse tipo de café. Lógico, com o preço bem diferenciado do café que o brasileiro está acostumado a tomar todos os dias.

EPTV - Chega a ser o dobro?
Mariângela - Mais que o dobro, só que para que isso seja mais rápido é o próprio consumidor que tem que exigir um café de melhor qualidade.

EPTV - E você acha que o produtor está disposto a produzir um café de melhor qualidade?
Mariângela - Eu acho que sim, porque ele vai ser bem melhor remunerado, você consegue agregar valor no seu café, mesmo o verde, e deixa de ser comodittie, o café de qualidade deixa de ser comodittie.
Fonte: EPTV/ Programa Caminhos da Roça

Preço diário composto cotado a 238.75 centavos

A OIC (Organização Internacional do Café) divulgou que o preço diário composto, referente ao dia 03 de Dezembro ficou em 238.75 centavos por libra peso, com alta de 18,95%. Em Nova Iorque, os preços dos vários tipos de café se portaram de tal forma: os colombianos suaves atingiram 238.75 centavos por libra peso, com alta de 18,95%; os outros suaves apresentaram a cotação de 227.88 centavos por libra peso, com aumento de 31,92%; os brasileiros e outros naturais foram negociados a 176.75 centavos por libra peso, com a valorização de 25,88%, ao passo que os robustas ficaram cotados a 96.50 centavos por libra peso, com alta de 22,54%. O preço aferido pela OIC feito a partir da cotação de colombianos suaves (14%), outros suaves (20%), brasileiros naturais (31%) e robustas (35%).
Fonte: Coffe Break

Mercado de café não apresentou mudanças esta semana

O mercado de café não apresentou mudanças esta semana. As bolsas de futuro oscilaram bastante e o mercado físico manteve seus preços estáveis, com bastante interesse pelos arábicas de boa qualidade. A esta altura do ano-safra 2010/2011, os operadores começam a se perguntar sobre o volume de café arábica de boa qualidade que ainda existe em mãos dos produtores. Os embarques mensais estão batendo recorde mês após mês e nos cinco primeiros meses do ano-safra (julho a novembro) devemos ter embarcado 15,3 milhões de sacas de café (os números de novembro ainda não estão fechados, mas os registros indicavam 2, 996 milhões de sacas até o último dia 30, sendo provável que os números finais de novembro fiquem próximos dos de outubro, que chegaram ao recorde de 3, 404 milhões de sacas).

Boa parte desses embarques foi de café arábica de boa qualidade. Chama a atenção o fato dos estoques nos países consumidores não subirem apesar dos embarques recordes do Brasil. No consumo interno devemos ter usado oito milhões de sacas nestes primeiros cinco meses. Portanto já usamos, em cinco meses, 23,3 milhões de sacas de uma safra de ciclo alto. Não é difícil de perceber o aperto que teremos pela frente.

Com a safra de ciclo baixo no Brasil em 2011, quebra de safra na Colômbia e problemas climáticos no Vietnã e América Central, ficou impossível falar em abundância de oferta nos próximos dois anos, sobrando para os operadores especularem sobre a safra mundial de 2013.

Até o dia 30, os embarques de novembro estavam em 2.680.919 sacas de arábica e 83.364 sacas de conillon, somando 2.764.283 sacas de café verde, mais 232.049 sacas de solúvel, contra 2.747.027 sacas no mesmo dia do mês anterior. Até o dia 30, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em novembro totalizavam 3.245.373 sacas, contra 3.316.676 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 26, sexta-feira, até o fechamento de hoje, sexta-feira, dia 3, subiu nos contratos para entrega em março próximo, 210 pontos ou US$ 2,77 (R$ 4,66) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam no dia 26, a R$ 463,33/saca e hoje, dia 3, a R$ 456,48/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em março, a bolsa de Nova Iorque fechou com alta de 110 pontos.
Fonte: Boletim semanal Escritório Carvalhaes

Confira a previsão do tempo nesta Segunda-Feira

Região Sudeste
Segunda-feira chuvosa no noroeste mineiro, onde há risco de chuva forte. No oeste e região central de São Paulo, sol forte e chuva rápida em algumas cidades no período da tarde. Nas demais áreas da Região, sol entre muita nebulosidade e pancadas de chuva, sobretudo à tarde. No leste de São Paulo a chuva tende a ser mais fraca e localizada.

Região Norte
Nesta segunda-feira, muitas nuvens, alguns períodos de sol e pancadas de chuva a qualquer hora do dia em todas as áreas do Norte do Brasil. O ar continua bastante abafado e pode chover forte no sul de Rondônia.

Região Nordeste
Nesta segunda-feira, o sol brilha forte e o tempo fica firme, sem previsão de chuva no Seridó e no leste potiguar, no centro-leste da Paraíba e de Pernambuco, em Alagoas, em Sergipe e na Chapada Diamantina, Costa do Cacau, Recôncavo, litoral norte e no nordeste da Bahia. No oeste e sul do Maranhão, chuva a qualquer hora, mas com aberturas de sol. Nas demais áreas, sol forte e chuva isolada à tarde.

Região Centro-Oeste
Nesta segunda-feira, a Região Centro-Oeste terá um dia com muitas nuvens, alguns períodos de sol e pancadas de chuva a qualquer hora do dia, devido ao calor e a grande disponibilidade de umidade presente no ar. O sol mal aparece em Goiás, no Distrito Federal e na região central de Mato Grosso, onde pode chover forte.

Região Sul
Segunda-feira de sol fraco e muita nebulosidade, com previsão de chuva fraca ao longo do dia, do Vale do Itajaí e litoral norte catarinense ao leste paranaense. Muito sol e nenhuma previsão de chuva para o Rio Grande do Sul, exceto o norte do Estado, que terá pancadas isoladas de chuva à tarde, assim como nas demais áreas de Santa Catarina e do Paraná, onde o sol brilha forte na maior parte do dia.
Fonte: Coffee Break

A natureza agradeceria

Todos os dias são criadas novas tecnologias em diversas áreas do mercado. Aliada a estas criações, cresce a consciência ambiental da população e das empresas. Cada vez mais é exigido um comportamento que cuide da natureza na hora de desenvolver tecnologias. Porém, os investimentos para pesquisas com esta preocupação ainda são mais caras que os para as pesquisas tradicionais.

O Brasil, como vários outros países, trabalha na sustentabilidade das tecnologias. Entretanto, algumas dificuldades são enfrentadas na hora de implantar programas sustentáveis. O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Egon Krakhecke, fala sobre os entraves econômicos. "Trocar o modelo atual precisa de um estímulo muito forte, caso contrário não será viável implantar um modelo sustentável", explica Egon.

MÃO DE OBRA

A presidente da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (Abipti), Isa Aseff, ressalta que falta mão de obra especializada para desenvolver tecno logias sustentáveis. "Sem mão de obra sustentável fica difícil trabalhar mais a fundo a questão de novas tecnologias", explica a presidente.

A implantação de um novo molde sustentável pode ser um bom negócio para o mercado de trabalho. "A criação de novas tecnologias cria mais empregos, pois demanda mais mão de obra", pondera Isa Aseff. A especialização na área é uma carreira promissora devido à grande demanda por profissionais competentes e especializados para esta função. "Na Amazônia, por exemplo, existem diversos projetos. Além de preservar o meio ambiente, estas ações acabam gerando emprego para muitas pessoas", exemplifica a presidente.

Mas esta não é a única barreira que as pesquisas enfrentam. Interesses econômicos nem sempre convergem para a sustentabilidade. "Não podemos ignorar a necessidade de preservar, infelizmente estas tecnologias sustentáveis ainda são mais caras. Isto dificulta sua implantação", avalia Isa Aseff. Os custos são de fato mais elevados para se investir nas tecnologias verdes. Na construção civil, por exemplo, segundo especialistas, uma obra com materiais sustentáveis pode sair 30% mais cara que uma obra não sustentável.

"A economia se sobrepões a outras áreas, dentre elas a sustentabilidade", explica Egon. Ele também pondera que o desafio de enfrentar o aquecimento global não é só brasileiro. "Os principais responsáveis pelo aquecimento global são os países desenvolvidos, em especial os Estados Unidos. Eles devem ser os estimuladores para esta consciência de preservação por todo o mundo", ressalta o secretário.

Petróleo alternativo

Várias empresas enfrentam as dificuldades econômicas e implantam a sustentabilidade às suas produções. Um exemplo desta iniciativa é a Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa) que desenvolve diversas pesquisas para preservar e conservar a natureza.

Um produto desta iniciativa é o biodisel que a empresa testou recentemente em um avião da companhia aérea TAM. O biocombustível é feito a partir do óleo do pinhão-manso. Segundo dados da Embrapa, o transporte aéreo do mundo é responsável por aproximadamente 2% dos gases que agravam o efeito estufa. A previsão é de que os biocombustíveis passem a ser utilizados regularmente no cotidiano aéreo dentro de cinco anos.

Ele tem em sua composição 50% de óleo de pinhão-manso, o que diminui a poluição produzida, explicam os pesquisadores. Além disso, a iniciativa traz benefícios econômicos e sociais relevantes. A matéria prima do óleo vem de projetos de agricultura familiar e empresarial e a fruta não é comestível.

Cabos podem ser reciclados

A extração de minérios é um exemplo de ação que agride a natureza. Por exemplo, para produzir uma tonelada de cobre, se gastam 190 toneladas de minérios. Tendo consciência desta agressão a empresa Furukawa, com sede localizada em Curitiba, iniciou uma campanha para reciclar cabeamentos usado.

Os cabos são feitos de PVC, polietileno e cobre. Todas estas matérias podem, e são, aproveitadas na reciclagem. "Estes materiais são tóxicos, além de gastarem muitos recursos naturais para serem produzidos", explica o gerente de engenharia da Furukawa, Dário de Menezes. Ele complementa que 103 empresas já aderiram ao programa, algumas do Distrito Federal.

O processo funciona da seguinte maneira: primeiro a empresa manifesta interesse em recolher o cabeamento para a reciclagem. Em seguida, a Furukawa envia uma bag para o material a ser recolhido. Quando o recipiente fica cheio, ele é enviado para a sede, onde é direcionado para fábricas de reciclagem. Ao término do processo, a empresa que enviou os cabos recebe um certificado e bônus, normalmente em produtos. Esta ação atinge todo o Brasil e já dura cerca de dois anos. O nome deste programa é Green IT.

SAIBA +

Nos dias 24 e 25 de novembro aconteceu o 6º congresso da Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (Abipti).

O tema escolhido nesta edição pela associação foi a pesquisa tecnológica para o desenvolvimento sustentável.

As palestras contaram com a presença de vários especialistas na área da Ciência e Tecnologia, como, por exemplo, o ministro Sergio Machado Rezende.
Fonte: Jornal de Brasília/ Renata Rios

Cai a oferta de café de qualidade

As preocupações do mercado em relação à disponibilidade d cafés de qualidade ficaram ainda maiores na última sexta-feira. A Federação Nacional dos Produtores de Café da Colômbia informou que no ano que vem a disponibilidade de café do país - segundo maior produtor da variedade arábica do mundo - será 7,6% menor que o volume colhido em 2010.

Hector Falla, diretor executivo da federação de produtores na Província de Huila - segunda maior região produtora da Colômbia -, disse, em entrevista em Bogotá na sexta-feira que a produção nacional cairá de 9,2 milhões para 8,5 milhões de sacas. O motivo para a redução são as chuvas que atingiram as regiões produtoras, consideradas as piores nas últimas três décadas, conforme a Bloomberg. "É um efeito do clima. As chuvas que estão ocorrendo não permitem que as flores do café se desenvolva", disse.

Existia uma expectativa que em 2011 a Colômbia se recuperaria de uma série de safras ruins. Em 2008, a safra de café do país sul-americano foi de apenas 7,8 milhões de sacas, a menor desde 1976. Em janeiro de 2010, a estimativa projetada era de uma oferta de 12 milhões de sacas para o ano, volume que foi revisado para 9,5 milhões de sacas. Mas, em se confirmando as 8,5 milhões de sacas, será o terceiro ano consecutivo de perdas para o país.

A disponibilidade de café da Colômbia é tão crítica que, para preservar as exportações de seu produto, muito valorizado no mercado internacional, o país está importando do Brasil. Entre janeiro e outubro saíram dos portos brasileiros com destino à Colômbia 16,5 mil sacas, conforme dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Dessa forma, os exportadores colombianos importam do Brasil por um preço médio de US$ 1,9062 por libra-peso e embarcam sua produção a um valor médio de US$ 2,4402 por libra-peso, obtendo nessa operação uma margem de quase 30%.

E é a redução da disponibilidade de café, especialmente de maior qualidade, que tem influenciado diretamente os preços na bolsa de Nova York. Na última sexta-feira, os contratos com vencimento em março de 2011 subiram 110 pontos - foi a terceira alta consecutiva - e encerraram a sessão a US$ 2,048 por libra-peso, o maior preço nos últimos sete dias de negociação.

Cálculos do Valor Data baseados nas médias mensais dos contratos futuros de segunda posição de entrega (normalmente os de maior liquidez) mostram que apenas no mês de novembro os ganhos acumulados foram de 8,54%. Somente em 2010 a valorização chega a 44,21%; em 12 meses, a 48,21%. Além da situação colombiana, a atual realidade do mercado combina ainda problemas climáticos no Vietnã e uma safra de ciclo baixo no Brasil, país que se transformou em uma opção ao ainda famoso, mas já não tão disponível, café colombiano.
Fonte: Valor Econômico

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Nestlé investirá US$ 72 milhões na cidade mexicana Toluca

Planta será a maior para café solúvel no mundo

A multinacional suíça Nestlé recorrerá a produtores mexicanos de café para cobrir a necessidade de grãos naquela que será a maior planta de café solúvel do mundo, informou o vice-presidente da empresa no México, Antonio Núñez.

A Nestlé finalizará a ampliação de sua fábrica na cidade mexicana de Toluca, com um investimento de US$ 72 milhões, até o segundo semestre do ano de 2011, disse ele. Esse projeto é parte do plano de investimentos de US$ 390 milhões da empresa para o México nos próximos três anos.

Após a expansão, a planta terá capacidade de produção de 42.000 toneladas de Nescafé Clássico e precisará de cerca de 24.000 toneladas a mais de café verde. Mais de 70% do café que essa planta usará será de produtores locais que, além disso, se beneficiarão de um programa patrocinado pela companhia para o cultivo de 5 milhões de novos cafezais no país entre 2011 e 2015.

Esta medida impulsionará o setor cafeeiro mexicano, que tem visto um declive constante em sua produção desde o início da década, quando um colapso dos preços globais do café levou muitos produtores a abandonar a atividade.

"Manteremos nossa estratégia de compra atual. Hoje compramos no México aproximadamente 70% do café usado em Toluca e os 30% restantes são importados".

Apesar da volatilidade atual do mercado cafeeiro e do recente aumento no preço da variedade arábica pela baixa na produção na Colômbia, a Nestlé não planeja mudar sua mistura ou usar grãos mais baratos, disse ele. Os consumidores que tomam as 4.600 xícaras de Nescafé a cada segundo no mundo são fieis a seu sabor atual, disse Núñez.

"Nossa estratégia sempre tem sido elevar a eficiência operacional nas fábricas, para reduzir custos e não passar a conta aos consumidores", disse ele.

O México, atualmente, produz cerca de 4,6 milhões de toneladas de café por ano.
Fonte: Reuters

Arábicas operam positivos na Bolsa de Nova York

Há pouco, o contrato Dezembro operava a 205,70 centavos, com ganho de 2 cents, e Março/2011 era negociado a 206,55 centavos de dólar por libra peso, com alta de 3.5 cents. Já o vencimento Maio/2011 operava com valorização de 3.55 cents, cotado a 207,35 centavos de dólar por libra peso.
Fonte: Coffee Break

Chuvas em forma de pancadas no cinturão produtor de café

A última noite foi de chuva forte no norte de São Paulo e parte sul de Minas Gerais, devido à presença de uma frente fria e áreas de baixa pressão. Estas áreas de instabilidade ainda causam chuva sobre a parte sul do cinturão produtor de café até o final dessa semana. A zona da Mata tem menores condições para chuva até o sábado, quando as áreas de instabilidade aos poucos retornam para essa região.

Minas Gerais

As condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com trovoadas e rajadas de vento ocasionais em áreas isoladas no SUL, CENTRO, NOROESTE e ZONA DA MATA do estado, no período entre 00:00h, do dia 05/12/2010, às 24:00h, do dia 05/12/2010.

As condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com trovoadas e rajadas de vento ocasionais em áreas isoladas no SUL e ZONA DA MATA do estado, no período entre 00:00h, do dia 04/12/2010, às 24:00h, do dia 04/12/2010.

As condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com trovoadas e rajadas de vento ocasionais em áreas isoladas no SUL, TRIÂNGULO, e ZONA DA MATA do estado, no período entre 00:00h, do dia 03/12/2010, às 24:00h, do dia 03/12/2010.

RIO DE JANEIRO

As condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com trovoadas e rajadas de vento ocasionais em áreas isoladas no SUL e na REGIÃO SERRANA do estado, no período entre 00:00h, do dia 03/12/2010, às 24:00h, do dia 03/12/2010.

SÃO PAULO

As condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com trovoadas e rajadas de vento ocasionais em áreas isoladas do estado, no período entre 00:00h, do dia 03/12/2010, às 24:00h, do dia 05/12/2010.

PARANÁ

As condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com trovoadas e rajadas de vento ocasionais em áreas isoladas do estado, no período entre 00:00h, do dia 04/12/2010, às 24:00h, do dia 05/12/2010.

As condições meteorológicas sao favoráveis à ocorrência de chuva moderada a forte, com trovoadas, rajadas de vento ocasionais e possibilidade de queda de granizo em áreas isoladas no OESTE do estado, no período entre 00:00h, do dia 03/12/2010, às 24:00h, do dia 03/12/2010.

Previsão do tempo para a região Sudeste

Sexta, 03 de dezembro de 2010
Nublado a parcialmente nublado. Pancadas de chuva e trovoadas isoladas em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e sul do Espírito Santo. Demais áreas do Espírito Santo, claro a parcialmente nublado passando a nublado com possibilidade de chuva isoladas na região Serrana.
Temperatura: Estável. Máx.: 35°C Mín.: 13°C

Sábado, 04 de dezembro de 2010
Nublado a encoberto com pancadas de chuva e trovoadas no centro, zona da Mata, triangulo e sul de Minas Gerais. Demais áreas, nublado a parcialmente nublado com pancadas de chuva isoladas.
Temperatura: Estável. Máx.: 35°C Mín.: 13°C

Domingo, 05 de dezembro de 2010
Encoberto a nublado com pancadas de chuva e trovoadas no centro, oeste e sul de Minas Gerais. Demais áreas, parcialmente nublado a nublado com chuva isoladas em São Paulo e sul do Espírito Santo, possibilidade de chuva isoladas no Rio de Janeiro, leste e norte de Minas Gerais.
Temperatura: Ligeiro declínio. Máx.: 34°C Mín.: 14°C

Segunda, 06 de dezembro de 2010
Nublado com pancadas de chuva e trovoadas isoladas em Minas Gerais. Parcialmente nublado a nublado com pancadas de chuva isoladas em São Paulo e possibilidade de pancadas de chuva isoladas no Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Temperatura: Estável. Máx.: 34°C Mín.: 14°C
Fonte: INMET e SOMAR

Wagner Rossi segue no Ministério da Agricultura

A presidente eleita, Dilma Rousseff, acaba de bater o martelo sobre a nomeação de dois peemedebistas para seu ministério. A petista vai anunciar nesta sexta-feira (03/12) os nomes de Wagner Rossi para continuar na Agricultura e o de Edison Lobão para o Ministério de Minas e Energia.

O nome de Wagner Rossi já era esperado. Ele substituiu em março deste ano o ministro Reinhold Stephanes, que foi eleito deputado federal.

Assim, o desenho do setor rural, no governo Dilma Rousseff, terá a mesma configuração que teve nos oito anos de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - ou seja, a esquerda da base de sustentação do governo no Congresso comanda a área social, incluindo agricultura familiar e reforma agrária, e os setores de centro-direita mantêm o controle do chamado agronegócio.

No momento, Dilma negocia o comando da área social, inclusive o Ministério da Integração Nacional, com os governadores do PT e do PSB do Nordeste, região nas qual ela bateu recordes de votos nas eleições de outubro. Eles devem indicar os ministros do Desenvolvimento Social (MDS) e do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Para o MDS, pasta que abriga o Bolsa Família, o carro-chefe dos programas sociais do governo Lula, está cotada a prefeita de Lauro de Freitas (BA), Moema Gramacho, indicação do governador baiano Jaques Wagner.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) é reivindicado pelo ex-governador e senador eleito pelo Piauí, Wellington Dias (PT), mas também está cotado o pernambucano Pedro Eugênio, da cota do governador Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco.

Além do senador eleito pelo Piauí, dois outros nomes do Nordeste podem ocupar o MDA: o deputado federal Pedro Eugênio (PT-PE), que foi secretário da Agricultura de Miguel Arraes, em Pernambuco, e diretor do Banco do Nordeste, ou o secretário da Agricultura da Bahia, Geraldo Simões, ex-prefeito de Itabuna.

Nem mesmo o nome da prefeita Moema Gramacho está confirmado no MDS. Em encontros do PT, Moema emocionou Dilma puxando canções em homenagem a presidente eleita. Moema, a exemplo de Dilma, também venceu um câncer.
Fonte: Globo Rural/ Valor Econômico

Comissão aprova R$ 25 bi em subsídios a produtores

A Comissão de Agricultura da Câmara aprovou na quinta-feira um polêmico projeto de lei que transfere R$ 25 bilhões anuais em subsídios do Tesouro Nacional aos produtores rurais.

O texto do deputado federal Carlos Melles (DEM-MG), que ainda será submetido a outras duas comissões, prevê a concessão de um subsídio direto de R$ 500 por hectare de área cultivada ou explorada com atividades agropecuárias. A ajuda pode ser atualizada a cada dois anos até o limite de R$ 750. Pelo texto, o produtor continuará a receber outros subsídios - seguro rural, frete, escoamento da safra. Além disso, o governo poderá fixar subsídios adicionais a culturas ricas em proteínas. O dinheiro seria embolsado até 31 de março de cada ano, plena época de comercialização da safra de grãos.

Não é um troco, mas está mais do que na hora de subsidiar a agricultura. A sociedade está madura para entender isso. E vai ser uma conta aberta, não tem nada de esqueleto, diz o deputado Melles. Para ele, a geração de empregos e de renda no campo mais do que justificam os subsídios. Abrimos lá atrás para o Pronaf [apoio à agricultura familiar] e hoje temos R$ 16 bilhões de orçamento.

O relatório, assinado pelo deputado Luís Carlos Heinze (PP-RS), estima que a medida beneficiará 50 milhões de hectares, área equivalente ao total hoje plantado com grãos, fibras e cereais no país. Quem receber o subsídio não poderá estar inadimplente com o Fisco ou bancos oficiais, além de ter que respeitar regras trabalhistas, ambientais, sanitárias, alimentares, de zoneamento agrícola e de bem-estar animal.

Os deputados defendem o benefício como forma de mitigar efeitos negativos climáticos, cambiais, de mercado e de crédito no país. E só seria suspenso se, e quando, os principais países produtores e exportadores de alimentos revogassem os subsídios diretos aos seus produtores. É uma forma de dizer às potências que também temos bala na agulha. Se eles tirarem subsídios lá, nós tiramos aqui, diz Carlos Melles. Ele estima em US$ 500 bilhões os subsídios agrícolas na Europa e EUA.

O projeto não especifica impactos negativos sobre os preços da terra ou a tendência de concentração desse ativo, além de evitar detalhes técnicos de rotação de culturas ou o modelo de pecuária. Dada à magnitude da subvenção, equivalente ao custo de produção da lavoura ou de exploração pecuária, ser dono de terra significará ser candidato a receber polpuda subvenção, critica o deputado Beto Faro (PT-PA), que redigiu um relatório derrotado e substituído na Comissão de Agricultura pela bancada ruralista.

Além disso, os opositores da medida apontam a dívida rural, estimada em R$ 100 bilhões, como o motivo da busca pelo subsídio. O mercado de terras experimentará imediata reação, elevando sobremaneira seu custo. Os agentes econômicos visualizarão, em sua posse, a possibilidade de ganhos imediatos e fáceis, diz Faro. Para ele, a falta de limites do projeto transforma os 300 milhões de hectares em candidatos potenciais ao subsídio. O projeto eleva demasiadamente as despesas públicas com o setor. Não assegura distribuição justa dos recursos públicos no âmbito das diversas categorias de produtores rurais. E, principalmente, poderá se transformar em fator de contrariedade da opinião pública com o setor agropecuário.
Fonte: Valor Econômico/ Mauro Zanatta

Produtores testarão desempenho de clones de arábica em um ano

Em pouco tempo, os cafeicultores poderão utilizar mudas clonadas de café arábica com resistência ao bicho-mineiro-do-cafeeiro (Leucoptera coffeella) e à ferrugem (Hemileia coffeicolla), boa qualidade de bebida e alta produtividade. Para alcançar esses resultados, há 12 anos são selecionados, por meio de propagação vegetativa, plantas matrizes com características de grande interesse agronômico e econômico.

A previsão é começar, no final de 2011, a distribuição de mudas clonadas aos produtores de cooperativas de Minas Gerais e de outras regiões produtoras. Nessa etapa serão avaliados a adaptação e o comportamento agronômico das plantas selecionadas. “Será uma boa opção para a região do Cerrado, que sofre com a ocorrência do bicho-mineiro”, relata o pesquisador Carlos Henrique Carvalho, da Embrapa Café, de Brasília (DF), e coordenador do estudo.

No decorrer de 2010 e 2011, os clones serão multiplicados para serem repassados aos produtores no final de 2011. “É necessário um ano e meio para desenvolver uma muda clonada”, explica Carvalho. Futuramente, a multiplicação do material poderá ser feita em biofábricas de iniciativa privada ou de cooperativas com o repasse da tecnologia desenvolvida pela Embrapa.

O pesquisador destaca que a técnica da clonagem permite que as novas plantas tenham as mesmas características das originais, enquanto na multiplicação por sementes isso não ocorre com tanta fidelidade, como é o caso das híbridas. O desenvolvimento de cultivares de café arábica envolve um longo processo. Normalmente, demora cerca de 30 anos para uma nova cultivar chegar ao campo. Esse tempo pode ser reduzido para aproximadamente 10 anos com a seleção de plantas matrizes de grande importância agronômica e produção de mudas clonadas.

Segundo Carvalho, a técnica de reprodução é considerada a mais adequada alternativa para a multiplicação de plantas híbridas (cruzadas geneticamente) em larga escala. Em caráter experimental, a propagação por embriogênese somática foi testada com sucesso para a multiplicação de híbridos em alguns países da América Central. Cultivares obtidas por esse processo apresentam comportamento semelhante ao das oriundas de sementes, não havendo limitação para usá-las.

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), por demanda levantada pelo Polo de Excelência do Café (PEC/Café), é uma das instituições que apóiam financeiramente o projeto, além da Fundação de Apoio à Tecnologia Cafeeira (Procafé), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), por meio dos Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), e do Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café.
Fonte: Revista Anuários reproduzida por Conselho Nacional do Café - CNC

Mercado de café pela manhã

Nesta manhã, o mercado de café arábica em Nova Iorque trabalha cotado a 206,20 com 250 pontos de alta e range entre 203,15 e 206,70, base mar/11.

Dando seqüência às duas últimas sessões em que a moeda européia apresentou acentuada apreciação, a cotação do café nesta manhã de sexta-feira vem perfazendo um relativo movimento de alta, marcando logo pela abertura sua máxima de 6 dias a 206,70.

Na sessão de hoje desceram 114 canudos, totalizando no acumulado do período 394 canudos. Mercado trabalha com suporte a 203,00/201,45/200,15 e resistência de 207,00/208,25/211,60.

De acordo com a Cecafé, os e mbarques de dezembro (de 01 a 02) somam 48.770 sacas, uma variação positiva de 7,7% em relação ao mesmo período do mês anterior.

Volume: 1.086 (às 8:15 AM)
Fonte: Revista Cafeicultura

Empresas de café ganham posições no ranking da Abic

As indústrias de café da região de Ribeirão Preto ganharam posições nos últimos três anos no ranking das cem maiores do setor, segundo a Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café).

A Cocapec (Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas) de Franca foi a que mais subiu no ranking: saiu do 92º lugar para o 74º. A Camilo Alimentos Ltda., de Barretos, ganhou 12 colocações e atualmente ocupa o 49º lugar no levantamento.

A Torrefação e Moagem de Café Ribeirão Bonito Ltda., de Ribeirão Bonito, estreou no ranking na 85ª posição. Já a Café Utam S.A., de Ribeirão -a mais bem colocada na região- se mantém pelo menos desde 2006 no 12º lugar.

Segundo especialistas do setor, o fechamento de outras empresas e as fusões facilitam a entrada e o crescimento das empresas no ranking. Por outro lado, há preocupação com o avanço das multinacionais.

Segundo dados da Abic, nos últimos seis anos, 67% das associadas fecharam ou se fundiram, passando de 1.170 empresas para 384. No mercado brasileiro, 85% das vendas estão concentradas nas mãos de multinacionais.

Para as indústrias brasileiras, restam os mercados regionais. A Café Utam, que completa 40 anos de existência, tem seu foco na região e estima aumento de 10% no faturamento do próximo ano. Ela emprega 220 pessoas, incluindo as duas unidades em Minas Gerais.

Segundo a presidente da empresa, Ana Carolina Cardoso, a estratégia é difundir as marcas de acordo com as exigências regionais dos consumidores. Em Franca, diz ela, o café precisa ser extraforte pela ligação com Minas Gerais, onde se consome um café mais encorpado.

Já em Ribeirão, o café mais solicitado é o padrão. Na cidade, a Utam diz deter 51,7% do mercado. (VBF)
Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO DE RIBEIRÃO PRETO

Recuperação dos preços do café fecharam em alta pelo segundo dia consecutivo na bolsa de Nova York

Recuperação em NY Os preços do café fecharam em alta pelo segundo dia consecutivo na bolsa de Nova York. Os contratos com vencimento em março terminaram a quinta-feira cotados a US$ 2,037 por libra-peso, com ganhos de 15 pontos. Segundo a Dow Jones Newswires, as cotações estão se recuperando depois de o mercado ter testado no início da semana patamares mais baixos. O sentimento entre os analistas é que a disponibilidade de café, especialmente o de melhor qualidade, ainda é muito pequena, devido aos problemas climáticos que atingiram a Colômbia e países da América Central. No mercado interno o dia também foi de ganhos modestos. O indicador Cepea/Esalq fechou a quinta-feira valendo R$ 360,94 por saca, alta de 0,06%, após dois dias consecutivos de queda.
Fonte: Valor Econômico

Governo Dilma manterá divisão do setor rural

Agricultura familiar e reforma agrária ficam com a esquerda e o agronegócio com a centro-direita

O desenho do setor rural, no governo Dilma Rousseff, terá a mesma configuração que teve nos oito anos de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - ou seja, a esquerda da base de sustentação do governo no Congresso comanda a área social, incluindo agricultura familiar e reforma agrária, e os setores de centro-direita mantêm o controle do chamado agronegócio.

No momento, Dilma negocia o comando da área social, inclusive o Ministério da Integração Nacional, com os governadores do PT e do PSB do Nordeste, região nas qual ela bateu recordes de votos nas eleições de outubro. Eles devem indicar os ministros do Desenvolvimento Social (MDS) e do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Até ontem, o nome mais cotado para o Ministério da Agricultura era o de Wagner Rossi, afilhado político do vice-presidente eleito e presidente do PMDB, Michel Temer. Rossi, que já dirige o ministério, só não será nomeado no caso de o PMDB ter de reformular suas indicações de modo a assegurar mais apoio da bancada da Câmara dos Deputados.

Para o MDS, pasta que abriga o Bolsa Família, o carro-chefe dos programas sociais do governo Lula, está cotada a prefeita de Lauro de Freitas (BA), Moema Gramacho, indicação do governador baiano Jaques Wagner.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) é reivindicado pelo ex-governador e senador eleito pelo Piauí, Wellington Dias (PT), mas também está cotado o pernambucano Pedro Eugênio, da cota do governador Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco.

Ontem, os governadores Marcelo Déda (SE), Jaques Wagner (BA) e Eduardo Campos (PE), além do senador eleito Wellington Dias reuniram-se em Brasília para discutir a indicação de nomes do Nordeste para o ministério de Dilma Rousseff. Déda e Campos viajaram com Dilma e Lula a Tucuruí, no Pará, e cobraram da presidente eleita uma resposta à expressiva votação que ela teve na região.

Escaldados com a experiência do governador Sérgio Cabral (RJ), que indicou seu secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, e na saída declarou sua nomeação como fato consumado, os governadores nordestinos têm evitado discutir nomes. Na reunião, os três disseram que não pretendem pretendem brigar por ministérios. Mas Dias deixou claro que faz questão de ficar com o MDA, território hoje da tendência petista Mensagem ao Partido.

A tendência indicou para o cargo o nome do gaúcho Joaquim Soriano que trabalhou com Dilma no governo de Olívio Dutra no Rio Grande do Sul. Dilma, no entanto, está disposta a entregar a Pasta a um nordestino. O argumento já está engatilhado: a Mensagem ao Partido terá dois ministros fortes na Esplanada dos Ministérios - José Eduardo Cardozo (Justiça) e Fernando Haddad (Educação).

Além do senador eleito pelo Piauí, dois outros nomes do Nordeste podem ocupar o MDA: o deputado federal Pedro Eugênio (PT-PE), que foi secretário da Agricultura de Miguel Arraes, em Pernambuco, e diretor do Banco do Nordeste, ou o secretário da Agricultura da Bahia, Geraldo Simões, ex-prefeito de Itabuna.

Nem mesmo o nome da prefeita Moema Gramacho está confirmado no MDS. Em encontros do PT, Moema emocionou Dilma puxando canções em homenagem a presidente eleita. Moema, a exemplo de Dilma, também venceu um câncer.

Aliado de primeira hora de Lula e Dilma, o senador eleito Blairo Maggi (PR-MT) tem sido apontado como nome forte ao Ministério da Agricultura. Ele rejeitou: "Meus negócios são todos na agricultura. Se fosse convidado, o que não aconteceu, não poderia aceitar. Ficaria sob ataques e não ajudaria a presidente Dilma".

Em conversa com a presidente eleita, Maggi preferiu fazer gestões para manter o Ministério dos Transportes sob controle do PR. "Viajei com ela [a Tucuruí, no Pará] para falar sobre a posição do partido. Queremos manter os Transportes. E o Alfredo Nascimento é o nosso candidato. Não tem oposição nem objeção contra ele", disse.

Maggi considera o Dnit mais importante. "Temos muitas obras em andamento. Precisamos concluir e avançar. Há uma boa gestão que tem agradado a todos". Maggi fez um movimento tático ao defender o PR nos Transportes, já que o PMDB pode apresentar o senador eleito Eduardo Braga (AM) como candidato à vaga.

A região Sul perderá um ministro com a substituição de Guilherme Cassel por um nordestino, mas em compensação deve ganhar com a provável indicação da deputada Maria do Rosário para a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos. Há outros dois nomes de mulheres do Sul cotadas para o ministério da presidente eleita Dilma Rousseff, ambas catarinenses: Iriny Lopes, que pode ficar com a Secretaria da Mulher, e a senadora Ideli Salvatti, virtualmente convidada mas com cargo ainda em aberto.
Fonte: Revista Cafeicultura

Pesquisadores identificam gene que dá ao café tolerância para crescer na seca

Um grupo de pesquisadores brasileiros identificou um gene que confere à planta do café alta resistência para crescer em áreas afetadas pela seca e com escassez de água.

O gene, já usado para desenvolver uma variedade geneticamente modificada de café que permite o cultivo do grão em terras secas, foi identificado por cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), informou esta última em comunicado.

"O gene já foi patenteado e será introduzido em outras plantas de interesse agronômico, como soja, cana-de-açúcar e algodão", indica a Embrapa.

Trata-se de um importante avanço para o Brasil, que já é o maior produtor e exportador mundial de café, assim como o segundo maior consumidor da bebida - atrás somente dos Estados Unidos.

O gene foi identificado graças a um estudo coordenado por Eduardo Romano de Campos Pinto, pesquisador da subsidiária da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, e Márcio Alves Ferreira, pesquisador da UFRJ.

Segundo a Embrapa, o gene se encontra naturalmente presente em plantas de café e o estudo permitiu demonstrar que, se introduzido em outras plantas, pode ajudar a elevar a tolerância das mesmas à seca.

A Embrapa já tinha decifrado em 2004 a sequência genética do café, o que o permitiu criar um banco de dados com cerca de 200 mil genes, dos quais 30 mil já foram identificados.

Para identificar o gene que confere ao café tolerância à seca, os pesquisadores submeteram a plantas do grão a períodos de até dez dias sem água. As análises moleculares permitiram identificar um gene cuja expressão aumentava cada vez mais nas condições de seca.

"É o que caracteriza a defesa natural da planta para sobreviver em condições de estresse", explicou Romano em declarações citadas no comunicado da Embrapa.

Uma vez identificado este gene, os pesquisadores o transferiram mediante técnicas de engenharia genética a outras plantas e verificaram que as mesmas desenvolviam uma maior tolerância à seca e que transmitiam essa condição a seus descendentes.

Segundo os pesquisadores, as plantas geneticamente modificadas e suas descendentes permaneceram saudáveis até 40 dias, apesar de não contar com água nesse período.

Os estudos foram realizados com variedades do café arábico, que é o mais cultivado no Brasil.

A próxima ação dos pesquisadores é tentar transferir o mesmo gene a outras plantas de importância econômica para o Brasil, como soja e cana-de-açúcar.
Fonte: Terra

Futuros dos arábicas abrem positivos em Nova Iorque

Os contratos futuros do café arábica abriram positivos na sesssão de hoje na Bolsa de Nova Iorque. Dezembro abriu com ganho de 3 cents, cotado a 206,20 centavos de dólar por libra peso, Março/2011 abriu com alta de 2.75 cents, cotado a 205,80 centavos e Maio/2011 teve a valorização de 2.7 cents, cotado a 206,50 centavos de dólar por libra peso.
Fonte: Coffee Break

Robustas abrem estavéis na Bolsa de Londres

Os contratos futuros do café robusta abriram estavéis na sessão de hoje da Liffe. Há pouco, o contrato de Novembro/2010 operava a US$ 1763 dólares por tonelada, no momento da abertura da bolsa, os contratos se encontrão estavéis.
Fonte: Coffee Break

Estudo da Embrapa aponta contribuição das florestas para a produtividade do café, em região produtora de Rondônia

Pesquisa sobre serviços ambientais mostra que o microclima gerado pela mata beneficiou a produção

Que o verde das matas traz benefícios para o equilíbrio ambiental do planeta, todo mundo já sabe. Mais do que isso, a sociedade cobra a manutenção dessa condição, especialmente do setor produtivo. O que talvez nem todos tenham conhecimento é que áreas de florestas também podem contribuir de maneira direta para a produtividade agrícola. Um exemplo é o café produzido em uma região de Rondônia. , objeto de estudo da Embrapa, concluído neste ano. O trabalho mostrou que o café cultivado no entorno das reservas florestais teve um aumento de produtividade de até 20% em relação ao café cultivado em áreas mais distantes das reservas. Um exemplo claro do benefício gerado pela mata em termos de produtividade do café.

O trabalho foi realizado pelo pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite, João Mangabeira, e culminou na defesa de tese de doutorado no Instituto de Economia da Unicamp, sob orientação do professor Ademar Ribeiro Romeiro. O trabalho inédito analisa a trajetória de acumulação de capital pelos produtores rurais familiares de Machadinho D’Oeste, RO, por intermédio dos serviços ambientais prestados pelas matas nativas - serviços que envolveram principalmente o trabalho de polinização das abelhas nativas e a geração de um microclima que reduziu o abortamento das flores do café em períodos críticos.

O aumento de 20% na produtividade tem muito peso para um município onde os agricultores familiares são dependentes da renda proveniente da cultura do café. Nos últimos dez anos, eles vêm enfrentando um grande problema na região com a ocorrência de sucessivos “veranicos”. Esse fenômeno, caracterizado por dias de calor intenso e insolação no início da estação chuvosa, em agosto e setembro, vem afetando justamente a fase de floração do café e prejudicando o crescimento dos frutos. “O cafeicultor sabe bem que a falta de chuvas na época da floração é prejuízo certo porque vai provocar uma redução drástica na produção da sua lavoura”, explica João Mangabeira. O estudo mostrou que os produtores de café que estão localizados perto das reservas florestais sofreram menos com o impacto dos “veranicos”. “O microclima gerado pela mata ajudou a lavoura de café a enfrentar o período de estiagem, reduzindo o abortamento das flores e garantindo a produtividade dos frutos”, ressalta o pesquisador.

O trabalho, que analisou a trajetória de acumulação de capital dos agricultores ao longo de 22 anos, utilizou imagens de satélite de alta resolução para identificar as propriedades rurais e as reservas florestais na área de estudo. Os agricultores foram divididos em cinco tipos quanto ao seu nível de capitalização e, por meio de geoestatística, foi realizada a correlação dessa radiografia da área com os dados socioeconômicos. Tomando como referência a distância em relação às reservas de mata nativa, o estudo analisou a localização tanto das propriedades mais capitalizadas ao longo do tempo quanto das lavouras de café mais produtivas. Os resultados mostram que as propriedades com café plantado próximo às matas, em média, apresentam maior produtividade e melhor desempenho. Observou-se também que, em maior quantidade, propriedades com melhor nível de capitalização situam-se próximas às reservas, evidenciando a existência de prestação de serviços ambientais pelas matas.

Para o pesquisador João Mangabeira, é essencial esse esforço de quantificar, do ponto de vista econômico, a importância e os benefícios dos serviços ambientais em nossas vidas. “Quando orientados para a agricultura, esses serviços ambientais podem ser traduzidos ainda em redução dos desmatamentos, absorção do carbono atmosférico, conservação de água, conservação do solo, preservação da biodiversidade, redução do risco de fogo, entre outros”, completa o pesquisador.

Machadinho D’Oeste

O município de Machadinho D’Oeste, onde foi realizada a pesquisa, nasceu a partir de um projeto diferenciado de reforma agrária do Incra, estabelecido na década de 80. Diferente da maioria dos projetos de assentamento na Amazônia, em Machadinho D’Oeste foram planejados um traçado e uma divisão de lotes que não obedeceram ao tradicional padrão do tipo “espinha de peixe”. Ali, procurou-se combinar lotes privados com reservas florestais coletivas, que vêm se mantendo em boas condições, mesmo com a evolução da atividade agropecuária no município. A rede viária respeitou o relevo e a hidrografia do local, permitindo também o acesso mais fácil aos lotes mais remotos e diminuindo os custos de manutenção. Os atores locais acabaram sendo contemplados com um modelo institucional diferenciado de assentamento, com repercussão em vários aspectos ligados à sustentabilidade econômica e ambiental da região.
Fonte: Revista Cafeicultura

Museu do Café oferece programação de Natal com luz e música

Programação “Natal com gostinho de Café” inclui apresentação de coral, grupo de flautas, banda marcial infantil e reativação da iluminação da fachada do edifico da Bolsa Oficial de Café.

Começa no dia 09 de dezembro, quinta-feira, a programação “Natal com gostinho de café”, promovida pelo Museu do Café, Organização Social ligada a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo. Entre as atrações estão a reativação da iluminação da fachada do edifício da Bolsa Oficial de Café e apresentações musicais com o Coral Municipal de Santos, o Grupo de Flautas da UME Leonardo Nunes, a Banda Marcial Infantil de Cubatão e o duo Choro de Bolso, com participação especial da cantora Babi Mendes. Todas as atividades são gratuitas.

Abrindo a programação “Natal com gostinho de café”, o Museu do Café recebe o Coral Municipal de Santos. A apresentação será no dia 09 de dezembro, quinta-feira, às 19h30, no Salão do Pregão. Regido pelo maestro Roberto Martins, o grupo executará repertório de música clássica, MPB, e também as tradicionais canções natalinas. Após o espetáculo, o público poderá presenciar a reativação da iluminação da fachada do edifício da Bolsa Oficial de Café. O prédio permanecerá iluminado durante todas as noites de dezembro e janeiro.

No dia 10 de dezembro, a atração é o Grupo de Flautas da UME Leonardo Nunes, que se apresenta às 17h30 sob a cúpula de entrada do edifício da Bolsa Oficial de Café. O grupo é formado por 40 crianças que integram o “Projeto Sopro Doce”, da Secretaria Municipal de Educação de Santos. Já no dia 15, quarta-feira, é a vez da Banda Marcial Infantil de Cubatão, formado por 30 crianças, se apresentar entre 18h30 e 19h30, no Salão do Pregão.

Encerrando a programação, no dia 23 de outubro o duo Choro de Bolso, com participação especial da cantora Babi Mendes, apresenta repertório com canções de natal de compositores brasileiros. O show será realizado entre 12h30 e 13h30, no espaço da Cafeteria do Museu.

O Museu do Café fica à rua XV de Novembro, 95, no Centro Histórico de Santos. Seu horário de funcionamento é de terça a sábado das 9h às 17h, e aos domingos entre 10h e 17h. Os ingressos para visitação custam R$ 5, estudantes e pessoas acima de 60 anos pagam meia-entrada. Já a Cafeteria do Museu funciona de segunda a sábado das 8h às 18h, e aos domingos entre 10h e 18h. Mais informações pelo telefone (13) 3213-1750 ou e-mail museudocafe@museudocafe.com.br.

Programação
“Natal com gostinho de café”

- Coral Municipal de Santos / Reativação da iluminação da fachada do edifício da Bolsa Oficial de Café
Data: 09/12 (quinta-feira)
Horário: 19h30
Preço: Grátis

- Grupo de Flautas UME Leonardo Nunes – Projeto Sopro Doce
Data: 10/12 (sexta-feira)
Horário: 17h30
Preço: Grátis

- Banda Marcial Infantil de Cubatão
Data: 15/12 (quarta-feira)
Horário: 18h30
Preço: Grátis

- Choro de Bolso e Babi Mendes
Data: 23/12 (quinta-feira)
Horário: 12h às 14h
Preço: Grátis
Fonte: Assessoria de Comunicação do Museu do Café

Tequila e café inspiram latinos nos EUA na criação de partido próprio

A guinada conservadora da política norte-americana nas eleições parlamentares de novembro, quando os republicanos tomaram o controle da Câmara de Deputados, fez com que grupos de imigrantes latinos no país começassem a pensar em uma proposta política unificada que defendesse seus interesses. Já que o conservadorismo havia encontrado no Tea Party um novo front político, e que mesmo os democratas não haviam correspondido ao apoio dos hispânicos, eles passaram a cogitar a criação de um partido próprio – o Coffee Party, ou Tequila Party.

Segundo Fernando Romero, organizador de um grupo político voltado a latinos no Estado de Nevada, a ideia tem sido discutida por 300 grupos de imigrantes hispânicos em todo o país. “Percebemos o êxito do Tea Party ao chamar atenção para sua plataforma política e passamos a achar que poderíamos ganhar mais atenção e força se criássemos um grupo nosso”, disse, em entrevista ao G1.

“Em princípio, a ideia era que o partido se chamasse Coffee Party (partido do café), por ser o oposto do Tea Party (partido do chá) e pelo fato de o café ser uma símbolo da nossa comunidade latina. Algumas pessoas do grupo deram a ideia de chamar Tequila Party, que também seria interessante”, explicou.

Romero disse ainda que todo o projeto está ainda sendo discutido e que não há nada prático. Segundo ele, um partido voltado aos interesses dos imigrantes latinos teria espaço também para os brasileiros que vivem no país. “Os brasileiros vão estar incluídos em nossa luta política”, disse.

Força política

A perda do controle da Câmara pelos democratas representou uma enorme perda para os latinos que vivem nos Estados Unidos, que têm uma ligação e uma preferência pelo Partido Democrata, mais afeito a sua causa, explicou ao G1 o professor Carlos Muñoz Jr., pesquisador de estudos étnicos e política na Universidade da Califórnia em Berkeley.

“É preciso que se registre, entretanto, que os democratas tiveram domínio total do Congresso americano por dois anos e não fizeram absolutamente nada pelos imigrantes. É pior ter republicanos lá, mas os democratas não ajudaram muito também”, disse. Segundo o pesquisador, do ponto de vista eleitoral, os hispano-americanos são cada vez mais importantes e foram em grande parte responsáveis pela eleição de Obama em 2008. “Em eleições parlamentares, entretanto, essa força se destaca menos, e os latinos não fazem tanta diferença.”

Para Muñoz Jr., a política norte-americana de fato precisa da criação de um novo partido, mais à esquerda, que incorpore a maior parte desses imigrantes latinos, mas que seja mais amplo e multirracial, pensando nacionalmente. “Não acho que um partido só para latinos seja viável. Ainda por conta desse nome ridículo, Tequila Party, que parece incentivar o alcoolismo”, disse.

Segundo ele, os imigrantes latinos não são um grupo homogêneo que possa ser reunido sob um partido. Eles até são segregados da sociedade, mas não são homogêneos, não concordam em tudo politicamente. “Além disso, um número imenso desses imigrantes são ilegais e não têm direitos políticos.”
Fonte: G1

Fundo Estadual do Café mobiliza lideranças

O Fundo deverá aprimorar processos produtivos, de agregação de valor, de divulgação, mas para que o produtor tenha renda

O compromisso de criação do Fundo Estadual do Café, proposto pelo governador mineiro Antonio Anastasia (PSDB), durante sua campanha à reeleição, está mobilizando o setor produtor de café, que enxerga no Fundo um instrumento para o fortalecimento da cafeicultura nacional.

Neste sentido, o Conselho Nacional do Café – CNC se reuniu na quarta-feira (01), em São Paulo, iniciando as discussões para a formatação de um documento com sugestões ao Governo de Minas, contendo diretrizes fundamentais para que o fundo possa efetivamente contribuir com uma política nacional de café, que tenha como meta aprimorar processos produtivos, de agregação de valor ao produto, de divulgação, entre outros pontos, mas sempre com a visão de que o produtor deve ter renda com sua atividade.

O consultor do CNC, Francisco Ourique, explicou que o projeto sugerido será um arranjo de uma estrutura institucional mínima para coordenar, acompanhar e produzir informações relativas à cafeicultura mineira.

“Minas é o maior estado produtor de café do Brasil e do mundo, mas não tem um produto característico do estado nas prateleiras dos consumidores nacionais ou internacionais. A qualidade e as características do café mineiro se perdem pela manipulação do produto in natura pelos agentes comerciais”, refletiu Ourique.

Ourique diz que “para viabilizar tudo isto, que envolve a criação de uma nomenclatura mineira, regra de origem, marketing e propaganda, além da estruturação da cafeicultura mineira em áreas típicas, será necessário a alocação de recursos. A idéia que estamos desenhando, como sugestão ao governador, é a criação do Fundo de Defesa da Cafeicultura Mineira com recursos oriundos do ICMS, em modelo parecido com que o Estado de Mato Grosso fez há alguns anos”, detalhou o consultor.

“A intenção do governador Anastasia tem importância histórica, considero antes mesmo de sua criação uma grande vitória do setor cafeeiro. É fundamental porque os produtores de café foram esquecidos pelo governo federal nos últimos anos, o que agravou a situação de penúria que vemos hoje no campo”, enfatizou o presidente da Frente Parlamentar do Café, deputado federal Carlos Melles. Para o deputado “Minas, como o maior produtor nacional de café pode e deve contribuir para uma política nacional do produto, que é responsabilidade do governo federal”.

“O Fundo é usado no momento de crise. Se há uma ferramenta forte na base, há sustentação que dá proteção ao produtor, garantindo renda mínima para o seu sustento”, disse o presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do Estado, deputado estadual Antônio Carlos Arantes, que também é produtor de café.

“Já temos uma política muito positiva de cooperação, de assistência técnica, de produtividade e excelência do café em Minas. Vamos criar um projeto estruturador, vinculado ao governador do estado, e o Fundo Estadual do Café, com recursos do tesouro de Minas, exatamente com este objetivo de identificarmos onde estão as prioridades para alocarmos esses recursos. Ora para seguro, ora para garantia, e para diminuir a questão das margens”, explicou o governador Anastasia em entrevista em agosto de 2010.

Outro que endossa a criação do Fundo e que promete arregimentar apoios em nível federal é o ex-governador Aécio Neves, eleito para uma cadeira no Senado. “O café não tem a atenção que precisa ter. Espero, no Sendo também, ao lado do governador Anastasia, agir com o apoio de outros estados produtores para que possamos ter uma política permanente, que dê tranqüilidade e, obviamente, lucratividade para a atividade da a cafeicultura”, afirmou Aécio Neves.
Fonte: Coffee Break