A presidente eleita, Dilma Rousseff, acaba de bater o martelo sobre a nomeação de dois peemedebistas para seu ministério. A petista vai anunciar nesta sexta-feira (03/12) os nomes de Wagner Rossi para continuar na Agricultura e o de Edison Lobão para o Ministério de Minas e Energia.
O nome de Wagner Rossi já era esperado. Ele substituiu em março deste ano o ministro Reinhold Stephanes, que foi eleito deputado federal.
Assim, o desenho do setor rural, no governo Dilma Rousseff, terá a mesma configuração que teve nos oito anos de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva - ou seja, a esquerda da base de sustentação do governo no Congresso comanda a área social, incluindo agricultura familiar e reforma agrária, e os setores de centro-direita mantêm o controle do chamado agronegócio.
No momento, Dilma negocia o comando da área social, inclusive o Ministério da Integração Nacional, com os governadores do PT e do PSB do Nordeste, região nas qual ela bateu recordes de votos nas eleições de outubro. Eles devem indicar os ministros do Desenvolvimento Social (MDS) e do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Para o MDS, pasta que abriga o Bolsa Família, o carro-chefe dos programas sociais do governo Lula, está cotada a prefeita de Lauro de Freitas (BA), Moema Gramacho, indicação do governador baiano Jaques Wagner.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) é reivindicado pelo ex-governador e senador eleito pelo Piauí, Wellington Dias (PT), mas também está cotado o pernambucano Pedro Eugênio, da cota do governador Eduardo Campos (PSB), de Pernambuco.
Além do senador eleito pelo Piauí, dois outros nomes do Nordeste podem ocupar o MDA: o deputado federal Pedro Eugênio (PT-PE), que foi secretário da Agricultura de Miguel Arraes, em Pernambuco, e diretor do Banco do Nordeste, ou o secretário da Agricultura da Bahia, Geraldo Simões, ex-prefeito de Itabuna.
Nem mesmo o nome da prefeita Moema Gramacho está confirmado no MDS. Em encontros do PT, Moema emocionou Dilma puxando canções em homenagem a presidente eleita. Moema, a exemplo de Dilma, também venceu um câncer.
Fonte: Globo Rural/ Valor Econômico
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