Com a previsão de safra cheia na Colômbia, na América Central e no Vietnã, o produtor brasileiro de café robusta (conillon) deve olhar para a entressafra com cautela e aproveitar as boas cotações do momento. Para Gil Barabach, analista da Safras & Mercado, o cafeicultor corre o risco de investir na retenção do produto, apostando em preços mais atrativos, e comprometer sua rentabilidade. "A comercialização deve ser escalonada, mas a dimensão da expectativa não pode afetar a possibilidade de fechar bons negócios agora", afirma.
De acordo com Barabach, em função da carência de café de qualidade no mercado externo, as cotações internacionais têm sustentado os preços no Brasil. "No curto prazo, os preços devem seguir firmes, mas em três ou quatro meses isso pode mudar."
Segundo Natan Herszkowicz, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), a indústria tem pago hoje, tanto para o conillon quanto para o arábica, R$ 40 a mais por saca, ou 20% a mais do que pagava há 60 dias. "Não tenho a informação de que o produtor esteja segurando o produto. Quando a indústria paga, o café aparece", afirma.
Levantamento do Centro de Estudos Avançados de Economia Aplicada (Cepea) mostra que as negociações do produto, diferentemente de anos anteriores, tem caminhado de junho até agora a passos muito lentos. As cotações do café robusta vem registrando alta pelo segundo mês consecutivo, ainda segundo o Cepea.
Os cafeicultores estariam ofertando lotes pequenos apenas para custear o beneficiamento do grão, já que esperam patamares de preços acima de R$ 170 por saca de 60 quilos, para o robusta tipo 6 e R$ 165 para o tipo 7 e 8. "Com um efeito cruzado do arábica, se o preço aumentar, o ritmo de vendas pode ganhar força", afirma Margarete Boteon, pesquisadora do Cepea.
Por outro lado, segundo Fernanda Geraldini Gomes, pesquisadora do Cepea, o volume produzido de café robusta no Espírito Santo na temporada 2010/2011, que pode atingir 8,1 milhões de sacas, já estaria com 30% da safra comercializada.
Para Boteon, o comportamento do produtor de segurar a mercadoria ocorre normalmente neste período, após o fim da colheita. "Ele escoa a produção até a colheita seguinte, neste caso, abril de 2011", diz.
No entanto, ainda de acordo com a pesquisadora, à medida que avança a temporada, se a venda não é feita, o caixa pode ficar restrito. Por isso, o cafeicultor deve vender uma parcela da produção para honrar seus compromissos. "A oferta também depende da interação preços, custos e rentabilidade", diz.
Segundo Herszkowicz, é incerto que ocorra mais elevação nos valores do café. "Como os preços já subiram, é normal que o produtor conte sempre com alguma cotação a mais", diz.
Barabach afirma, ainda, que desde 2009 o preço do café passa por um processo de queda. "A entressafra abre espaço para elevação, mas a puxada não será alta."
No fim deste ano e início de 2011 começam a entrar o volume de ofertas de café do Vietnã - maior produtor mundial e exportador do tipo robusta. "Além do grão da Colômbia e da América Central", comenta o analista, lembrando que as cotações do produto ficaram acima de R$ 200, por quase todo o ano de 2008, quando houve quebra de produção do grão no Vietnã.
Pesquisa da Safras & Mercado, realizada em maio, aponta uma produção nacional de café robusta de 13,1 milhões de sacas. Os principais estados produtores são Espírito Santo e Rondônia.
"Para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), cada um desses estados deve produzir 8,1 milhões de sacas e 2,2 milhões de sacas respectivamente", afirma Gomes.
De acordo com estudo do Cepea, os cafezais de robusta, nos dois estados, já tiveram boa florada. "Pode haver outras, mas vai depender da ocorrência de chuvas nos próximos dias", indicam as pesquisadoras do Cepea.
Na última sexta-feira, o valor à vista do café conillon calculado pela Esalq recuou 0,15%, ficando em R$ 173,24 a saca. Em dólar, o valor ficou em US$ 98,43 a saca, recuo de 0,49%. A prazo, o grão fechou cotado a R$ 173,38 a saca.
Fonte: Notícias Agrícolas
De acordo com Barabach, em função da carência de café de qualidade no mercado externo, as cotações internacionais têm sustentado os preços no Brasil. "No curto prazo, os preços devem seguir firmes, mas em três ou quatro meses isso pode mudar."
Segundo Natan Herszkowicz, diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), a indústria tem pago hoje, tanto para o conillon quanto para o arábica, R$ 40 a mais por saca, ou 20% a mais do que pagava há 60 dias. "Não tenho a informação de que o produtor esteja segurando o produto. Quando a indústria paga, o café aparece", afirma.
Levantamento do Centro de Estudos Avançados de Economia Aplicada (Cepea) mostra que as negociações do produto, diferentemente de anos anteriores, tem caminhado de junho até agora a passos muito lentos. As cotações do café robusta vem registrando alta pelo segundo mês consecutivo, ainda segundo o Cepea.
Os cafeicultores estariam ofertando lotes pequenos apenas para custear o beneficiamento do grão, já que esperam patamares de preços acima de R$ 170 por saca de 60 quilos, para o robusta tipo 6 e R$ 165 para o tipo 7 e 8. "Com um efeito cruzado do arábica, se o preço aumentar, o ritmo de vendas pode ganhar força", afirma Margarete Boteon, pesquisadora do Cepea.
Por outro lado, segundo Fernanda Geraldini Gomes, pesquisadora do Cepea, o volume produzido de café robusta no Espírito Santo na temporada 2010/2011, que pode atingir 8,1 milhões de sacas, já estaria com 30% da safra comercializada.
Para Boteon, o comportamento do produtor de segurar a mercadoria ocorre normalmente neste período, após o fim da colheita. "Ele escoa a produção até a colheita seguinte, neste caso, abril de 2011", diz.
No entanto, ainda de acordo com a pesquisadora, à medida que avança a temporada, se a venda não é feita, o caixa pode ficar restrito. Por isso, o cafeicultor deve vender uma parcela da produção para honrar seus compromissos. "A oferta também depende da interação preços, custos e rentabilidade", diz.
Segundo Herszkowicz, é incerto que ocorra mais elevação nos valores do café. "Como os preços já subiram, é normal que o produtor conte sempre com alguma cotação a mais", diz.
Barabach afirma, ainda, que desde 2009 o preço do café passa por um processo de queda. "A entressafra abre espaço para elevação, mas a puxada não será alta."
No fim deste ano e início de 2011 começam a entrar o volume de ofertas de café do Vietnã - maior produtor mundial e exportador do tipo robusta. "Além do grão da Colômbia e da América Central", comenta o analista, lembrando que as cotações do produto ficaram acima de R$ 200, por quase todo o ano de 2008, quando houve quebra de produção do grão no Vietnã.
Pesquisa da Safras & Mercado, realizada em maio, aponta uma produção nacional de café robusta de 13,1 milhões de sacas. Os principais estados produtores são Espírito Santo e Rondônia.
"Para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), cada um desses estados deve produzir 8,1 milhões de sacas e 2,2 milhões de sacas respectivamente", afirma Gomes.
De acordo com estudo do Cepea, os cafezais de robusta, nos dois estados, já tiveram boa florada. "Pode haver outras, mas vai depender da ocorrência de chuvas nos próximos dias", indicam as pesquisadoras do Cepea.
Na última sexta-feira, o valor à vista do café conillon calculado pela Esalq recuou 0,15%, ficando em R$ 173,24 a saca. Em dólar, o valor ficou em US$ 98,43 a saca, recuo de 0,49%. A prazo, o grão fechou cotado a R$ 173,38 a saca.
Fonte: Notícias Agrícolas
E otiimas esses comentariios :)
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