As cotações do arábica no mercado internacional, apesar de não registrar alta tão forte quanto a observada em junho, se mantiveram em patamares elevados em julho. O contrato com vencimento em setembro na Bolsa de Nova York (ICE Futures) fechou o dia 30 de julho a 176,30 centavos de dólar por libra-peso, alta de 4,8% em relação ao dia 1º.
Assim, os preços para os cafés brasileiros se mantiveram satisfatórios, apesar do recuo na média mensal. A média de julho do Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, foi de R$ 302,36/sc 60 kg, queda de 1,2% em relação ao mês anterior. A moeda norte-americana teve média de R$ 1,77 em julho, desvalorização de 2,2% frente à de junho.
La Niña pode atingir o Brasil no período de florada
A ocorrência do fenômeno “La Niña” no final deste ano e início do próximo tornará a primavera e o verão mais secos nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, afetando a cafeicultura brasileira. Segundo a Somar Meteorologia, os sinais do fenômeno deverão ser mais visíveis a partir de setembro deste ano, justamente no período em que se iniciam as floradas da próxima safra (2011/12) brasileira. De modo geral, as lavouras costumam ter as primeiras florações em meados de outubro.
Conforme colaboradores do Cepea, uma forte estiagem no período de floração pode proporcionar estresse hídrico e influenciar a indução floral. O tempo seco pode atrasar a ocorrência de floradas e dificultar o pegamento, visto que essas fases de desenvolvimento dependem de solo úmido. Por outro lado, o tempo mais seco facilita os trabalhos de colheita e a secagem do café, contribuindo para uma melhor qualidade do grão.
Com o La Niña, maiores volumes de chuva só devem ocorrer em algumas regiões do Sul, no leste do Nordeste e no extremo Norte do Brasil. Segundo a Somar, o episódio de 2010 deve ser muito semelhante ao observado em 1998/99, quando uma forte seca atingiu algumas regiões brasileiras. Além do Brasil, os efeitos do fenômeno devem ser sentidos também em outros países produtores de café, como Colômbia, Indonésia e Vietnã.
Na Colômbia, segundo o Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (Ideam), do governo daquele país, há chances de os impactos do La Niña serem sentidos no segundo semestre de 2010. Lá, porém, os efeitos deverão ser opostos aos registrados nas regiões cafeeiras do Brasil, com chuvas acima da média durante o período de colheita. Na temporada passada, a ocorrência do El Niño na Colômbia levou a estiagem, o que agravou a redução da safra local já afetada por outros fatores. O resultado foram 9 milhões de sacas em 2009/10, segundo a OIC (Organização Internacional do Café). O potencial produtivo do país, segundo o Fedecafe, seria de 11 a 12 milhões de sacas de 60 kg. Com o La Niña, a ocorrência de chuvas significativas pode ser benéfica para a próxima safra colombiana, permitindo que os cafezais obtenham mais vigor. Porém, precipitações intensas podem derrubar grãos dos cafezais. O mesmo poderá ser observado na Indonésia e Vietnã, que também poderão sentir os efeitos do mesmo fenômeno. Para esses dois países, contudo, ainda não há previsão sobre a intensidade do La Niña.
Fonte: Cepea
Assim, os preços para os cafés brasileiros se mantiveram satisfatórios, apesar do recuo na média mensal. A média de julho do Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, foi de R$ 302,36/sc 60 kg, queda de 1,2% em relação ao mês anterior. A moeda norte-americana teve média de R$ 1,77 em julho, desvalorização de 2,2% frente à de junho.
La Niña pode atingir o Brasil no período de florada
A ocorrência do fenômeno “La Niña” no final deste ano e início do próximo tornará a primavera e o verão mais secos nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, afetando a cafeicultura brasileira. Segundo a Somar Meteorologia, os sinais do fenômeno deverão ser mais visíveis a partir de setembro deste ano, justamente no período em que se iniciam as floradas da próxima safra (2011/12) brasileira. De modo geral, as lavouras costumam ter as primeiras florações em meados de outubro.
Conforme colaboradores do Cepea, uma forte estiagem no período de floração pode proporcionar estresse hídrico e influenciar a indução floral. O tempo seco pode atrasar a ocorrência de floradas e dificultar o pegamento, visto que essas fases de desenvolvimento dependem de solo úmido. Por outro lado, o tempo mais seco facilita os trabalhos de colheita e a secagem do café, contribuindo para uma melhor qualidade do grão.
Com o La Niña, maiores volumes de chuva só devem ocorrer em algumas regiões do Sul, no leste do Nordeste e no extremo Norte do Brasil. Segundo a Somar, o episódio de 2010 deve ser muito semelhante ao observado em 1998/99, quando uma forte seca atingiu algumas regiões brasileiras. Além do Brasil, os efeitos do fenômeno devem ser sentidos também em outros países produtores de café, como Colômbia, Indonésia e Vietnã.
Na Colômbia, segundo o Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (Ideam), do governo daquele país, há chances de os impactos do La Niña serem sentidos no segundo semestre de 2010. Lá, porém, os efeitos deverão ser opostos aos registrados nas regiões cafeeiras do Brasil, com chuvas acima da média durante o período de colheita. Na temporada passada, a ocorrência do El Niño na Colômbia levou a estiagem, o que agravou a redução da safra local já afetada por outros fatores. O resultado foram 9 milhões de sacas em 2009/10, segundo a OIC (Organização Internacional do Café). O potencial produtivo do país, segundo o Fedecafe, seria de 11 a 12 milhões de sacas de 60 kg. Com o La Niña, a ocorrência de chuvas significativas pode ser benéfica para a próxima safra colombiana, permitindo que os cafezais obtenham mais vigor. Porém, precipitações intensas podem derrubar grãos dos cafezais. O mesmo poderá ser observado na Indonésia e Vietnã, que também poderão sentir os efeitos do mesmo fenômeno. Para esses dois países, contudo, ainda não há previsão sobre a intensidade do La Niña.
Fonte: Cepea
Nenhum comentário:
Postar um comentário