quinta-feira, 18 de março de 2010

ABIC lançará o Programa de Qualifdade do café no Estado

Visando aprimorar a qualidade do café produzido no Brasil, buscando adequar de acordo com as novas normas de regulamentação e com o perfil do consumidor, que está mais exigente de produtos diversificados, com sabor e de maior qualidade, a ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café – visitará o estado para a implantação do PQC – Programa de Qualidade do Café – junto as empresas torrefadoras de café do estado, durante a Reunião Regional do Espírito Santo, que acontecerá no Salão da Indústria da FINDES nos dias 22 e 23 de março.

Neste evento, será realizado no dia 22, várias palestras com os representantes da Diretoria da ABIC, entre eles Nathan Herszkowicz, diretor executivo da ABIC, para apresentar as novas normas de regulamentação e instruções normativas para a implantação do PQC – Programa de Qualidade do Café – aos empresários e representantes da indústria cafeeira.

No segundo dia do evento, dia 23, será realizado um café da manhã para oficializar o lançamento do PQC no Estado com a assinatura de Termo de Cooperação entre as indústrias e toda a cadeia produtiva do segmento do café do Espírito Santo mais a Associação Capixaba de Supermercados, Sindicato da Indústria da Panificação do ES e Sindibares – Sindihotéis. Estarão presentes representantes do Governo do Estado, da Secretaria de Agricultura, prefeitos da região de montanhas dos municípios, produtores de cafés de qualidade, além da presença de representantes da Assembléia Legislativa do estado, e da imprensa.

O Espírito Santo será o segundo estado brasileiro a aderir ao Programa de Qualidade do Café - PQC, sendo que o primeiro foi Minas Gerais.

Programa de Qualidade do Café - PQC

Para impulsionar o consumo do café através da melhoria de qualidade, a ABIC lançou em 1989 a primeira iniciativa, o Selo de Pureza, que permanece ativo com sucesso reconhecido mundialmente.

Em 2004, a ABIC lança a segunda iniciativa, o PQC – Programa de Qualidade do Café. Com o intuito de ampliar continuamente o consumo do café, através da oferta de produtos diversificados e de maior qualidade, uma das finalidades do Programa é informar a qualidade do café que está sendo vendido, além de permitir que o consumidor identifique o tipo de grão utilizado por cada marca, e com isso escolher o sabor que mais agrada.

Para a ABIC, o PQC baseia-se na afirmativa de que a qualidade é a forma principal do consumo de café e que a adesão ao programa significa um comprometimento da empresa com a adoção de padrões de qualidade da matéria-prima, manutenção de sabor ao longo do tempo, além de boas práticas de fabricação.

A intenção do programa PQC é mudar a percepção do consumidor fazendo com que abandone a crença de que os cafés são todos iguais, além de aumentar a sensação de sabor que se tem ao tomar uma xícara de café. A estratégia é simples e objetiva: consumidor satisfeito consome mais. Como, a cultura do cafezinho é muito forte entre os brasileiros, isso faz com que as pessoas se tornem mais suscetíveis às variações do sabor. Mas, a queda de qualidade se reflete no consumo interno, e o prejuízo é de toda a cadeia de produção.

Café no Espírito Santo

O Brasil é o maior produtor de café do mundo, e ocupa o segundo lugar em consumo da bebida, só perde para os Estados Unidos. Metade do que é gerado, é destinado à exportação. O mais interessante nesse cenário, é que o Espírito Santo, com apenas 0,5% do território nacional, é o segundo colocado no ranking de cultivo do país. É líder na produção da variedade do tipo conillon e se destaca também quando o assunto é o tipo arábica.

A cafeicultura é a principal atividade agrícola do Estado do Espírito Santo. A produção do café está presente em todos os municípios, com exceção de Vitória, gera cerca de 400mil postos de trabalho de forma direta e indireta, ou seja, um terço da população ativa do Espírito Santo. Ocupa uma área de 500 mil hectares, em 60 mil propriedades e representa 40% do PIB agrícola do Estado. A atividade emprega 33% da população ativa do Estado, gera cerca de R$ 2 bilhões em venda do produto, e em 2008 teve a produção total de 10,3 milhões de sacas de café.

É tempo de cafés de qualidade

É uma tendência mundial. O consumo de cafés está cada vez mais com alto nível de qualidade, com ares de sofisticação e com um estilo gourmet. Com variações e harmonizações entre a gastronomia e a bebida café. Com todas essas mudanças, aconteceu o surgimento de cafeterias, espaços confortáveis e elegantes para degustar as formas mais variadas que o café pode oferecer, e também a procura do consumidor por cafés especiais com aroma e sabor de qualidade, independente do preço.

Iniciativas como a Reunião Regional com os industriais do Estado do Espírito Santo, que será realizada no dias 22 e 23 de março, assim como o 1º Salão de Cafés Especiais do Espírito Santo, evento que acontecerá em julho na Super Acaps Panshow 2010, acontecimento que levaram o estado a valorizar mais ainda os cafés de qualidade e também mudar a visão do consumidor local, apresentando a ele a possibilidade de degustar uma boa xícara de café produzido na região de montanhas do nosso estado, com qualidade até superior aos cafés produzidos em outros estados brasileiros.

Esta visão do consumidor local foi comprovada em uma pesquisa qualitativa feita no primeiro semestre de 2009, onde foi revelado pela grande maioria o desconhecimento, a importância e a qualidade do café produzido no estado, pelos seguintes pontos de vista:
1) o melhor do que é produzido no Espírito Santo é exportado;
2) os cafés produzidos nas montanhas do Espírito Santo são de melhor qualidade;
3) as embalagens dos cafés produzidos no Estado não são compatíveis com a modernidade;
4) os cafés servidos em cafeterias são de qualidade superior;
5) a maioria dos consumidores questionados alia o preço mais caro à qualidade, ou seja, quanto mais caro, melhor o café;
6) a maioria dos consultados não tem conhecimento da importância e da qualidade do café produzido no Estado do Espírito Santo;
7) os consultados externaram que os cafés produzidos em São Paulo e Minas Gerais são de melhor qualidade e de melhor tradição;

A partir desta pesquisa e observando a evolução no mercado do café, os empresários e representantes do setor, começaram a buscar atrativos para satisfazer os pontos de vista afirmados pelo consumidor, através de embalagens mais modernas e convidativas, além de oferecer cafés especiais 100% arábica, produzidos na região de montanhas do Estado.

Para acompanhar esta nova tendência, os industriais qualificaram a mão–de–obra, investiram em novas tecnologias e equipamentos de última geração, além de se adequar às novas normas de regulamentação e instruções normativas do Ministério da Agricultura para melhorar cada vez mais a qualidade do produto e consequentemente atrair o consumidor
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