sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Produtores e autoridades se reúnem para discutir importação de café

Está marcada para o dia 16 de março uma audiência pública com o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Manuel Bertone, que virá ao Espírito Santo para discutir sobre o drawback do café. Os cafeicultores capixabas temem a importação do produto, por não conseguirem concorrer com países como o Vietnã, que não possui leis de amparo trabalhista, o que influencia na queda do preço da mão de obra, e consequentemente, nos custos de produção e no valor final do café. Além disso, as leis ambientais brasileiras contribuem para o encarecimento da produção.

A reunião acontecerá às 10 horas na Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo e contará com a presença da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo - Faes, do deputado estadual e presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa, Atayde Armani e de outras autoridades do setor cafeeiro capixaba.

No ano passado, a Faes, os sindicatos rurais, a Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Espírito Santo (OCB/ES), a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Espírito Santo (Fetaes) assinaram um documento reforçando posição contrária à importação de café pelo Brasil, que foi encaminhado ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes.

O documento continha ainda posição conjunta favorável à construção de políticas públicas eficientes para todos os elos da cadeia produtiva do café brasileiro. As sugeridas no documento foram: a exportação do produto com maior valor agregado, a formação de estoques reguladores públicos e incentivos pactuados com o segmento industrial à estocagem, a produção de estudos aprofundados sobre toda a cadeia produtiva do café (oportunidades, riscos e legalidade) e o desenvolvimento de uma marca para o produto brasileiro industrializado.

O drawback é a importação de matéria-prima para reexportação de produto industrializado com maior valor agregado.
Fonte: FAES (Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo)

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