Nesta segunda-feira (30), o Governo do Estado e as organizações que representam os cafeicultores capixabas formalizaram um documento técnico que será entregue aos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Planejamento, da Fazenda e de Desenvolvimento Agrário (MDA), para reforçar a contrariedade às operações de importação de café verde pelo Brasil e posição conjunta favorável à construção de políticas públicas que sejam eficientes para todos os elos da cadeia produtiva do café brasileiro.
Intitulado 'Não à importação e sim à construção de políticas públicas eficientes para todos os elos da cadeia produtiva do café brasileiro', o documento foi assinado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Espírito Santo (OCB/ES), Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (Faes) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Espírito Santo (Fetaes).
As instituições que produziram o documento consideram que as ameaças que pairam sobre a cadeia produtiva do café, como rumores de importação e preços abaixo dos custos de produção, afetam fortemente o segmento da produção. Elas afirmam ainda que os ciclos de oferta mundial do café e os movimentos especulativos que se apropriam das falhas de mercado distribuem desigualmente os riscos da atividade, em desfavor dos produtores rurais, principalmente em períodos de baixa.
O presidente da Fetaes, Joel de Abreu, destacou que esse é o momento ideal de luta em prol dos produtores. "Nós temos um produto de excelente qualidade e diversas pessoas envolvidas nessa cadeia produtiva, por isso temos uma grande preocupação com os trabalhadores, já que pode voltar a ocorrer com mais intensidade o êxodo rural", avaliou.
Propostas para a consolidação da cadeia agroindustrial de café brasileiro
- Formação de estoques reguladores públicos e incentivos pactuados com o segmento industrial à estocagem, visando à regularidade de oferta e à garantia de preços mínimos compatíveis para os cafeicultores, para manter no longo prazo a posição de liderança brasileira no mercado mundial de café;
- Promoção de estudos aprofundados (ambiental, trabalhista, sanitários) sobre a oportunidade, legalidade e riscos, para todos os agentes da cadeia produtiva do café, da adoção do regime drawback, com as indicações de medidas de salvaguarda, ou até mesmo compensatórias, necessárias à abertura das importações de café verde, em especial os riscos de pragas e os desequilíbrios de custos;
- Exportação do café com maior valor agregado. Nossa condição de exportador de café verde, historicamente dominante, amplia as vulnerabilidades do setor, principalmente em períodos de escassez de oferta, que afetam mais o segmento industrial, ou de abundância de safras, que prejudicam mais os cafeicultores;
- Estabelecimento de uma nova política industrial para o café. Com foco numa plataforma para a exportação de industrializados, incentivos ao setor privado e equacionamento de gargalos de logística, especialmente no transporte e na infraestrutura portuária;
- Desenvolvimento de uma marca para o café brasileiro industrializado, com pesados investimentos, públicos e privados, em marketing no exterior, visando principalmente ao mercado de torrado e moído, para consolidar a posição do País como exportador de café de qualidade, em igualdade com outros países produtores e exportadores de café industrializado.
Promover o desenvolvimento da cadeia produtiva do setor cafeeiro é uma das metas do Novo Plano Estratégico de Desenvolvimento do Estado da Agricultura Capixaba (Novo Pedeag).
O documento está disponível na íntegra, para a consulta nos sites www.seag.es.gov.br e www.redeagricultura.com.br.
Fonte: Sincafé
Intitulado 'Não à importação e sim à construção de políticas públicas eficientes para todos os elos da cadeia produtiva do café brasileiro', o documento foi assinado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Espírito Santo (OCB/ES), Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Espírito Santo (Faes) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Espírito Santo (Fetaes).
As instituições que produziram o documento consideram que as ameaças que pairam sobre a cadeia produtiva do café, como rumores de importação e preços abaixo dos custos de produção, afetam fortemente o segmento da produção. Elas afirmam ainda que os ciclos de oferta mundial do café e os movimentos especulativos que se apropriam das falhas de mercado distribuem desigualmente os riscos da atividade, em desfavor dos produtores rurais, principalmente em períodos de baixa.
O presidente da Fetaes, Joel de Abreu, destacou que esse é o momento ideal de luta em prol dos produtores. "Nós temos um produto de excelente qualidade e diversas pessoas envolvidas nessa cadeia produtiva, por isso temos uma grande preocupação com os trabalhadores, já que pode voltar a ocorrer com mais intensidade o êxodo rural", avaliou.
Propostas para a consolidação da cadeia agroindustrial de café brasileiro
- Formação de estoques reguladores públicos e incentivos pactuados com o segmento industrial à estocagem, visando à regularidade de oferta e à garantia de preços mínimos compatíveis para os cafeicultores, para manter no longo prazo a posição de liderança brasileira no mercado mundial de café;
- Promoção de estudos aprofundados (ambiental, trabalhista, sanitários) sobre a oportunidade, legalidade e riscos, para todos os agentes da cadeia produtiva do café, da adoção do regime drawback, com as indicações de medidas de salvaguarda, ou até mesmo compensatórias, necessárias à abertura das importações de café verde, em especial os riscos de pragas e os desequilíbrios de custos;
- Exportação do café com maior valor agregado. Nossa condição de exportador de café verde, historicamente dominante, amplia as vulnerabilidades do setor, principalmente em períodos de escassez de oferta, que afetam mais o segmento industrial, ou de abundância de safras, que prejudicam mais os cafeicultores;
- Estabelecimento de uma nova política industrial para o café. Com foco numa plataforma para a exportação de industrializados, incentivos ao setor privado e equacionamento de gargalos de logística, especialmente no transporte e na infraestrutura portuária;
- Desenvolvimento de uma marca para o café brasileiro industrializado, com pesados investimentos, públicos e privados, em marketing no exterior, visando principalmente ao mercado de torrado e moído, para consolidar a posição do País como exportador de café de qualidade, em igualdade com outros países produtores e exportadores de café industrializado.
Promover o desenvolvimento da cadeia produtiva do setor cafeeiro é uma das metas do Novo Plano Estratégico de Desenvolvimento do Estado da Agricultura Capixaba (Novo Pedeag).
O documento está disponível na íntegra, para a consulta nos sites www.seag.es.gov.br e www.redeagricultura.com.br.
Fonte: Sincafé
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