O consumo de café no Brasil em 2009 aumentou 740 mil sacas e saltou de 17,65 milhões, em 2008, para 18,39 milhões de sacas. Esse crescimento de 4,15% superou até mesmo as expectativas iniciais da ABIC - Associação Brasileira da Indústria de Café, que eram de uma elevação de 3%. Esses resultados partem do estudo "Indicadores da Indústria de Café no Brasil/2009 - Desempenho da Produção e Consumo Interno", elaborado pela Área de Pesquisas da entidade e que analisa os dados do período compreendido entre Novembro/2008 e Outubro/2009.
O consumo per capita foi, em 2009, de 5,81 kg de café em grão cru, ou 4,65 kg de café torrado, quase 78 litros por pessoa por ano, registrando uma evolução de 3% em relação ao período anterior. Os brasileiros estão consumindo mais xícaras de café por dia e diversificando as formas da bebida durante o dia, adicionando ao café filtrado/coado consumido nos lares, os cafés 'espressos', cappuccinos e outras combinações com leite.
O estudo da ABIC mostra que este resultado aproxima o consumo per capita brasileiro ao da Alemanha (5,86 kg/hab.ano) e já supera os índices da Itália e da França, que são grandes consumidores de café. Os campeões de consumo, entretanto, ainda são os países nórdicos - Finlândia, Noruega, Dinamarca - com um volume próximo dos 13 kg/por habitante/ano. Por outro lado, considerando o café já torrado e moído, o consumo per capita de 4,65 kg/hab.ano aproxima-se do consumo histórico brasileiro, registrado em 1965, que foi de 4,72 kg/hab.ano.
Sem crise
De acordo com Almir José da Silva Filho, presidente da ABIC, na previsão inicial feita pela entidade para o ano de 2009 foi levada em conta a crise financeira e econômica mundial deflagrada no final de 2008. "Porém, como pudemos constatar em muitos outros segmentos produtivos e nas famílias brasileiras, essa crise não afetou o consumo de café". Inclusive, dados mostram que as empresas associadas à entidade, que participam com quase 65% do café industrializado produzido, tiveram uma evolução ainda mais significativa, de 6,28% em relação a 2008.
"Nesta apuração, mantivemos a hipótese, bastante conservadora, de que as empresas não-associadas e o consumo não-cadastrado, que é aquele informal e que ocorre nas fazendas, não cresceram, contribuindo com 0% na média final, ou seja, que o grupo das maiores empresas assumiu parte do mercado das menores. Assim, enquanto os dados das empresas associadas indicam neste grupo um crescimento de 6,28% em relação a 2008, o volume total, em função da hipótese assumida, reduziu-se para 4,15%", explica Almir Filho.
O estudo da ABIC mostra que tanto o consumo doméstico, predominantemente de cafés do tipo Tradicional, quanto o consumo fora do lar, onde predominam os cafés Superiores e Gourmet, apresentaram taxas de crescimento positivas. "Maiores investimentos em produtos e no marketing interno do café impulsionaram as vendas das marcas mais conhecidas", informa Natal Martins, responsável pela área de Pesquisa da entidade. Por outro lado, novas marcas de cafés especiais foram lançadas no período, fazendo com que o mercado interno passasse a apresentar uma oferta significativa de cafés de alta qualidade para os consumidores brasileiros. A ABIC estima que este segmento de cafés diferenciados, embora represente a menor parte do consumo, continue apresentando taxas de crescimento de 15% ao ano.
Expectativas para 2010
Para 2010 a ABIC projeta um crescimento de 5% em volume, o que elevaria o consumo para 19,31 milhões de sacas. As vendas do setor em 2009 podem ter atingido R$6,8 bilhões e espera-se que cheguem a R$7,1 bilhões neste ano.
Com isso, a meta da ABIC para o consumo interno atingir 21 milhões de sacas parece que poderá ser alcançada em 2012. "Com a economia brasileira sendo impulsionada em 2010, e as boas previsões que se fazem para o crescimento do PIB, do consumo das classes C, D e E, mais a previsão de que as classes A e B poderão crescer 50% até 2015, é natural que o consumo do café siga crescendo", diz Almir Filho. Assim, o limite desafiador de 21 milhões de sacas (que fará o Brasil ser o maior país consumidor mundial de café, superando os Estados Unidos) poderá ser atingido em 2012, mas desde que a evolução anual se mantenha em, pelo menos, 5% ao ano.
Para atingir essa meta, a ABIC vai continuar em 2010 a estimular o aumento do consumo geral e a oferta de cafés diferenciados, ampliando a adesão das empresas aos seus diversos programas de qualidade e certificação, como o Selo de Pureza, o PQC - Programa de Qualidade do Café e o PCS - Programa Cafés Sustentáveis do Brasil, entre outros.
Preços e exportação
Os preços do produto para os consumidores ficaram estáveis em 2009, acompanhando uma tendência que já se mantém nos últimos quatro anos, conforme mostram pesquisas permanentes feitas pela entidade. Em Janeiro/2008, o café custava R$10,20/kg, em média, nos supermercados, enquanto em Dezembro/2009 o preço era de R$10,49/kg, uma evolução de somente 2,8%, abaixo da inflação do período. Assim, o café continua sendo um produto muito acessível aos consumidores, mesmo nas categorias de maior qualidade e mais valor agregado, como os cafés Superiores e Gourmet.
Já as vendas para o exterior de café industrializado, torrado e moído com marca brasileira, totalizaram US$29,6 milhões em 2009, contra US$35,6 milhões em 2008. Em volume, as exportações reduziram 18,6%, e em valor, houve decréscimo de 16,8%. As razões desta redução, de acordo com análise da ABIC, estão ligadas ao menor volume de compras do mercado americano, principal importador do café industrializado brasileiro, na esteira da crise econômica que afetou os negócios e a economia daquele país no ano passado. Iniciativa recente, a exportação de cafés industrializados assumiu característica de negócio consistente a partir de 2002, com o convênio firmado entre a ABIC e a Apex-Brasil na forma de um Projeto Setorial Integrado de Promoção às Exportações de Cafés Industrializados.
Fonte: Site ABIC
O consumo per capita foi, em 2009, de 5,81 kg de café em grão cru, ou 4,65 kg de café torrado, quase 78 litros por pessoa por ano, registrando uma evolução de 3% em relação ao período anterior. Os brasileiros estão consumindo mais xícaras de café por dia e diversificando as formas da bebida durante o dia, adicionando ao café filtrado/coado consumido nos lares, os cafés 'espressos', cappuccinos e outras combinações com leite.
O estudo da ABIC mostra que este resultado aproxima o consumo per capita brasileiro ao da Alemanha (5,86 kg/hab.ano) e já supera os índices da Itália e da França, que são grandes consumidores de café. Os campeões de consumo, entretanto, ainda são os países nórdicos - Finlândia, Noruega, Dinamarca - com um volume próximo dos 13 kg/por habitante/ano. Por outro lado, considerando o café já torrado e moído, o consumo per capita de 4,65 kg/hab.ano aproxima-se do consumo histórico brasileiro, registrado em 1965, que foi de 4,72 kg/hab.ano.
Sem crise
De acordo com Almir José da Silva Filho, presidente da ABIC, na previsão inicial feita pela entidade para o ano de 2009 foi levada em conta a crise financeira e econômica mundial deflagrada no final de 2008. "Porém, como pudemos constatar em muitos outros segmentos produtivos e nas famílias brasileiras, essa crise não afetou o consumo de café". Inclusive, dados mostram que as empresas associadas à entidade, que participam com quase 65% do café industrializado produzido, tiveram uma evolução ainda mais significativa, de 6,28% em relação a 2008.
"Nesta apuração, mantivemos a hipótese, bastante conservadora, de que as empresas não-associadas e o consumo não-cadastrado, que é aquele informal e que ocorre nas fazendas, não cresceram, contribuindo com 0% na média final, ou seja, que o grupo das maiores empresas assumiu parte do mercado das menores. Assim, enquanto os dados das empresas associadas indicam neste grupo um crescimento de 6,28% em relação a 2008, o volume total, em função da hipótese assumida, reduziu-se para 4,15%", explica Almir Filho.
O estudo da ABIC mostra que tanto o consumo doméstico, predominantemente de cafés do tipo Tradicional, quanto o consumo fora do lar, onde predominam os cafés Superiores e Gourmet, apresentaram taxas de crescimento positivas. "Maiores investimentos em produtos e no marketing interno do café impulsionaram as vendas das marcas mais conhecidas", informa Natal Martins, responsável pela área de Pesquisa da entidade. Por outro lado, novas marcas de cafés especiais foram lançadas no período, fazendo com que o mercado interno passasse a apresentar uma oferta significativa de cafés de alta qualidade para os consumidores brasileiros. A ABIC estima que este segmento de cafés diferenciados, embora represente a menor parte do consumo, continue apresentando taxas de crescimento de 15% ao ano.
Expectativas para 2010
Para 2010 a ABIC projeta um crescimento de 5% em volume, o que elevaria o consumo para 19,31 milhões de sacas. As vendas do setor em 2009 podem ter atingido R$6,8 bilhões e espera-se que cheguem a R$7,1 bilhões neste ano.
Com isso, a meta da ABIC para o consumo interno atingir 21 milhões de sacas parece que poderá ser alcançada em 2012. "Com a economia brasileira sendo impulsionada em 2010, e as boas previsões que se fazem para o crescimento do PIB, do consumo das classes C, D e E, mais a previsão de que as classes A e B poderão crescer 50% até 2015, é natural que o consumo do café siga crescendo", diz Almir Filho. Assim, o limite desafiador de 21 milhões de sacas (que fará o Brasil ser o maior país consumidor mundial de café, superando os Estados Unidos) poderá ser atingido em 2012, mas desde que a evolução anual se mantenha em, pelo menos, 5% ao ano.
Para atingir essa meta, a ABIC vai continuar em 2010 a estimular o aumento do consumo geral e a oferta de cafés diferenciados, ampliando a adesão das empresas aos seus diversos programas de qualidade e certificação, como o Selo de Pureza, o PQC - Programa de Qualidade do Café e o PCS - Programa Cafés Sustentáveis do Brasil, entre outros.
Preços e exportação
Os preços do produto para os consumidores ficaram estáveis em 2009, acompanhando uma tendência que já se mantém nos últimos quatro anos, conforme mostram pesquisas permanentes feitas pela entidade. Em Janeiro/2008, o café custava R$10,20/kg, em média, nos supermercados, enquanto em Dezembro/2009 o preço era de R$10,49/kg, uma evolução de somente 2,8%, abaixo da inflação do período. Assim, o café continua sendo um produto muito acessível aos consumidores, mesmo nas categorias de maior qualidade e mais valor agregado, como os cafés Superiores e Gourmet.
Já as vendas para o exterior de café industrializado, torrado e moído com marca brasileira, totalizaram US$29,6 milhões em 2009, contra US$35,6 milhões em 2008. Em volume, as exportações reduziram 18,6%, e em valor, houve decréscimo de 16,8%. As razões desta redução, de acordo com análise da ABIC, estão ligadas ao menor volume de compras do mercado americano, principal importador do café industrializado brasileiro, na esteira da crise econômica que afetou os negócios e a economia daquele país no ano passado. Iniciativa recente, a exportação de cafés industrializados assumiu característica de negócio consistente a partir de 2002, com o convênio firmado entre a ABIC e a Apex-Brasil na forma de um Projeto Setorial Integrado de Promoção às Exportações de Cafés Industrializados.
Fonte: Site ABIC