terça-feira, 31 de maio de 2011

Café e Saúde


Por que o café faz bem?

O café não é remédio, mas a comunidade médico-científica já considera a planta como funcional (previne doenças mantendo a saúde) ou mesmo nutracêutica (nutricional e farmacêutico). Isso porque o café não possui apenas cafeína, mas também potássio, zinco, ferro, magnésio e diversos outros minerais, embora em pequenas quantidades. O grão do café também possui aminoácidos, proteínas, lipídeos, além de açúcares e polissacarídeos. Mas, o principal segredo: possui uma enorme quantidade de polifenóis antioxidantes, chamados ácidos clorogênicos. Durante a torra do café, esses ácidos clorogênicos formam novos compostos bioativos: os quinídeos. É nessa etapa também que as proteínas, aminoácidos, lipídeos e açúcares formam os quase mil compostos voláteis responsáveis pelo aroma característico do café. É toda essa composição que faz do café uma bebida natural e saudável.

Os benefícios à saúde




Prof. Dr. Darcy Roberto Lima

O Programa Café e Saúde tem como Coordenador Científico o Prof. Dr. Darcy Roberto Lima. Ph.D em Medicina pela Universidade de Londres, este médico, escritor e professor do Instituto de Neurologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Diretor Associado de Pesquisas, ICS, Vanderbilt University, TN, USA, dedica-se a pesquisar os efeitos do café na saúde humana há mais de 20 anos.





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segunda-feira, 30 de maio de 2011


Proposta: O Programa Permanente de Controle da Pureza do Café, certificação pioneira da ABIC, lançada em 1989 e que atesta a pureza do café torrado e moído, continua ativo e consistente. São mais de 2 mil amostras coletadas e analisadas por ano! O objetivo, desde o início, é o monitoramento contínuo das marcas, a fim de inibir a ação de empresas que adulteram seus produtos.
Estrutura: As amostras são coletadas por auditores independentes nos pontos-de-venda e, depois de codificadas, são analisadas em laboratório, garantindo total isenção do processo. Só é fornecida autorização de uso do Selo de Pureza na embalagem aos produtos 100% feitos com café.

Resultados: Além de ter sido o responsável pelo crescimento do mercado doméstico nos anos de 1990, o Programa continua sendo fundamental para o combate à fraude e à comercialização de cafés de baixíssima qualidade e com alto percentual de impurezas. No caso de empresas associadas com marcas impuras, são abertos processos administrativos com penalidades que chegam à exclusão do quadro social. No caso de empresas não-associadas, além da expedição de comunicados a elas, são enviadas comunicações para Ministérios Públicos, Anvisa e Procon, entre outros.

Como é feita a coleta para o programa do Selo de Pureza ABIC



Programa de auto-regulamentação da indústria de café

Criada em 12 de março de 1973, a Associação Brasileira da Indústria de Café - ABIC surgiu da necessidade de aglutinar as ações desenvolvidas pelos Sindicatos e Associações estaduais da atividade industrial torrefadora, até então dispersas e isoladas, com o objetivo de coordenar e reivindicar os interesses em âmbito nacional.

Desde a época de sua criação, a ABIC enfrentou - e enfrenta - o desafio de conseguir para o café e para o consumidor brasileiro melhor qualidade, a garantia da pureza, o aumento de consumo e preço justo para o produto.

Em 1988 foi concluída uma pesquisa de hábitos do consumidor brasileiro de café demonstrando que 67% dos brasileiros acreditavam que "café puro era apenas o exportado - o de consumo interno, infelizmente, era sempre fraudado".

Outra pesquisa realizada pela ABIC ainda em 1988, tinha como objetivo conhecer a problemática das indústrias em todas as regiões do País. De caráter quantitativo e incluindo empresas associadas e não-associadas à entidade, a pesquisa revelou um perfil do setor dos mais preocupantes: uma indústria estagnada, tecnologicamente superada, compondo um parque instalado com idade média de 7,6 anos.

Foi principalmente com base nessas duas pesquisas que a ABIC definiu a linha estratégica de ação que a partir de 1989, iria colocar em prática:

  • Resgatar a credibilidade do produto, a partir do Programa de Autofiscalização e do lançamento do Programa Permanente de Controle da Pureza de Café.
  • Desenvolver um programa junto ao consumidor, despertando-o para uma nova mentalidade, baseada na diversificação na qualidade dos produtos e voltada para abertura de novos nichos de consumo.

Lançado em agosto de 1989, dois anos antes do Código de Defesa do Consumidor, o Programa Permanente de Controle da Pureza de Café viria a se transformar em um divisor de águas. O saneamento do setor era mais do que necessário e a única maneira de reverter a tendência cada vez mais acentuada de queda de consumo.

As negociações para a formalização do Programa de Autofiscalização entre a ABIC e o IBC, na época presididos, respectivamente, por Carlos Barcelos Costa e Jório Dauster, tiveram início em 1987 e se concretizaram em 10 de novembro de 1988, quando entrou em vigor a Resolução n.º80, baixada por aquela autarquia.
Por meio desta Resolução, a ABIC passava a responder pela fiscalização do setor, arcando com todas as despesas de coleta e análise de amostras de café em todo o País - o que acontece até hoje.

O Programa tinha como principais objetivos:

  • Sanear a indústria do café;
  • Desenvolver a credibilidade no produto ao consumidor brasileiro;
  • Desenvolver em todo o público conhecimentos sobre o produto;
  • Retornar o consumo per capita ao nível de 5,9 kg/ano.


Inicialmente, para colocar em prática e coordenar o programa, a entidade criou um Comitê de Autofiscalização, (posteriormente denominado Auto-Regulamentação), e instituiu o Regulamento/Acordo de Comportamento Ético do Programa de Controle de Pureza do Café Torrado e Moído, que estabelecia as normas e condições para obtenção do direito ao uso do Programa Permanente de Controle da Pureza de Café.

Quando o programa foi lançado, 319 empresas representando 463 marcas, eram responsáveis pela industrialização de 330 mil sacas/mês, já faziam parte do programa. Hoje, o programa conta com a participação de 500 empresas, com mais de 1000 marcas sendo comercializadas e que representam 480 mil sacas/mês.

Na época da implantação do programa, mais de 30% das marcas de café analisadas burlavam a legislação, ou com impurezas acima do limite de tolerância, ou com mistura de outras substâncias.

O programa deu certo, e atualmente menos de 5% das marcas são impuras ou adulteradas, e elas representam apenas 1% do volume de café comercializado no mercado interno. É o que respalda o grande passo que a entidade dará 13 anos depois, ao buscar o estabelecimento de um nível mínimo de qualidade para os cafés (tipo 8 COB) e lançar o ousado PACIC - Programa de Aumento do Consumo Interno, cuja meta é elevar o mercado para 16 milhões de sacas até 2005.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Preço do cafezinho do brasileiro vai ficar mais amargo até dezembro

Consumida por 95% da população, bebida já acumula alta de 6,49% e deve ficar mais cara.

O Dia Nacional do Café é comemorado no Brasil nesta terça-feira, 24 de maio. Tradicional na mesa do brasileiro, o café que a dona de casa compra no supermercado e leva para casa já está 6,49% mais caro para o consumidor em 2011, de acordo com a inflação oficial do governo, e o preço deve ficar ainda mais amargo nos próximos meses.

Segundo o diretor executivo da Abic (Associação Brasileira da Indústria do Café), Natan Herszkowicz, a bebida, que é consumida por 95% da população brasileira, só está mais cara por causa da conjunção de fatores: redução dos estoques, alta do consumo e safras ruins.

Herszkowicz explica que o preço atual da saca de café no mercado internacional, cujo padrão é de 60 kg, mais que dobrou de valor e atingiu o “maior preço nos últimos 50 anos no mundo”.

- Os preços do café para o consumidor dependem muito do custo da matéria-prima, que é o grão do café. Os preços do grão aumentaram 123% nos últimos 12 meses. Em abril de 2010, uma saca de café de 60 kg custava R$ 250. Em abril de 2011, esse preço subiu para R$ 550.

Segundo o diretor da Abic, três motivos provocaram essa escalada no preço do cafezinho para o brasileiro: os estoques mundiais do grão, que estão muito baixos; o crescimento médio do consumo no país, entre 4% a 5% ao ano; e problemas climáticos em países produtores de café, como Colômbia, Costa Rica e Honduras.

- Desde o ano passado, existe uma demanda maior e uma oferta menor de grãos de café arábica de melhor qualidade, o que, junto com os estoques pequenos e consumo crescente, fez com que os preços da matéria-prima explodissem.

Apesar da alta acumulada no ano, ele explica que o produto poderia estar muito mais pesado no bolso do consumidor e só não está porque a indústria segurou os preços nos últimos anos.

- Na verdade, faz cinco anos que o café não sobe de preço para o consumidor. Se você pegar pesquisas de preços, você vai ver que o quilo custa cerca de R$ 10, meioquilo custa até R$ 5 o pacote. Desde o plano real, em 1994, o café subiu 52%, enquanto a cesta básica subiu 290%. Ou seja, o café ao longo do tempo ficou um produto barato para o consumidor.

No entanto, os preços não deverão se manter estáveis nos próximos meses. De acordo com Herszkowicz, a safra brasileira, que está começando, tende a ser menor que a do ano passado, então, a disponibilidade de grãos pode ficar apertada e, assim, os preços do café podem subir um pouco.

- A expectativa é que os preços do café em grão cru mantenham o nível que estão ou aumentem durante o ano, o que pode causar um aumento de preços para o consumidor. Nada que assuste ou atrapalhe o consumo porque, na nossa opinião, o café é um produto barato para o consumidor.

Brasileiro deve consumir 85 litros de café em 2011

O consumo de café no Brasil neste ano deverá crescer 5% em relação a 2010, estima o presidente executivo da Abic (Associação Brasileira da Indústria do Café), Nathan Herszkowicz. Com isso, cada brasileiro deverá beber pouco mais de 85 litros durante o ano.

- O consumo no Brasil [em 2010] foi de 19,1 milhões de sacas de café. Isso corresponde a um consumo por brasileiro de cerca de 81 litros de café por habitante. Com a melhora do poder de compra da população, o consumo deve crescer 5% e chegar a 20 milhões de sacas de café.

Considerando que cada xícara de café – como aquelas em que se servem expressos nas padarias e cafeterias - tem, em média, 50 ml do produto, o brasileiro deverá tomar, em média, 1.700 xícaras de café em 2011. No ano passado, foram, em média, 1.620.

O aumento gradual do número de fãs da bebida deve contribuir para o aumento do consumo em 2011. De acordo com o diretor da associação, um levantamento da própria entidade comprova que o brasileiro está tomando cada vez mais café.

- Uma pesquisa anual da Abic mostra que 95% dos brasileiros acima de 15 anos declara que toma café diariamente e esse número vem crescendo ao longo dos anos. Em 2003, esse número era de 91%. Ou seja, o café é um dos produtos mais tradicionais do brasileiro.

Fonte: ABIC